Retração: "Eu não possuo os direitos sobre Saint Seiya, ou sobre qualquer de seus personagens. Todos os direitos cabem ao Masami Kurumada, criador e desenhista do manga series. Apenas os utilizo para a redação de fanfics."

Desejo de uma Deusa

Capítulo 5 - O Veredicto

- Camus, eu só quero que você entenda que eu e o Miro nunca tivemos nada um com o outro e... - ele olhou para o francês que não moveu um músculo, olhava fixamente para o cavaleiro de gêmeos. - E... Naquele dia estávamos embriagados, e...parecia que uma força maior nos atraí para a cama da Deusa Athena, e...

- Magnífico! Vocês não tem nada... Eu por acaso tenho cara de idiota?!

- Bem... Ninguém o chamou aqui e eu pretendia falar com você também e... - falou Miro.

- Calado Miro! - exclamou Camus.

Kanon franziu as sobrancelhas e falou: - Se você é um idiota, eu não sei. Mas confie na explicação que o Miro dá e não tenho absolutamente nada a ver com isso! - levantou-se da mesa.

- JÁ CHEGA! VOCÊ É PÉSSIMO EM CONTAR MENTIRAS, CAVALEIRO. - gritou furioso também se levantando de sua cadeira. Ele encarou Kanon por alguns segundos e com a sua frieza conhecida deu-lhe um soco.

Kanon foi arremessado ao longe, derrubou um dos garçons no chão e caiu por cima de algumas cadeiras empilhadas no canto do bar. - Camus, não! - gritou Miro que assistia a cena. Mas foi tarde demais, Kanon foi novamente arremessado ao longe com um soco de Camus.

- Como é? Não vai fazer nada, traidor? - provocou Camus furioso. Tinha se concentrado apenas para atacar e acabar com Kanon, o ciúme é um monstro de olhos verdes, que distorcia o azul dos olhos de Camus. Por outro lado permaneceu vulnerável ao 'Restriction' de Miro. Não mais se mexeu, sob o efeito do golpe. - Miro, me solta!!!

- Não Camyu, não até que você me escute. - pôs-se na frente dele. - Pare de bater no Kanon, nem eu nem ele temos culpa. A Saori nos envolveu com alguma bruxaria poderosa... Só pode ser esta a explicação!! Uma bruxaria!

Kanon limpou o sangue que escorria por sua boca e dirigiu-se para a porta do bar. - Não tenho mais o que fazer aqui. Adeus.

- Só queria que você acreditasse em mim... - soltou Camus da influência do seu golpe paralisador.

- Vou dar-lhe um voto de confiança. Mas... não me olhe assim. - enxugou as lágrimas que insistiam em cair do rosto de Miro. - Prometo confiar em você. - abraçou-o.

- Muito linda essa cena, aplausos!! Mas quem pagar os estragos, hein?! - perguntou o dono do bar com cara de poucos amigos.

- Er... bem... Camus é melhor sairmos daqui rapidinho...

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Os meses passaram-se rápido, e todos os cavaleiros podiam presenciar a evolução da gravidez de Saori. Havia chegado o grande dia, o que nasceria o herdeiro de Athena.

Desde cedo Saori entrara em trabalho de parto. Com certeza não seria um nascimento fácil. A criança ainda não tinha se ajustado na posição certa, e o médico tentava a todo custo reverter o quadro.

Na Sala do Grande Mestre, todos os cavaleiros de ouro, Seiya e os seus irmãos aguardavam ansiosamente o nascimento da criança.

- Não consigo entender! Ela já está nesse sofrimento a horas e o médico não faz nada! Vou até lá! - falou Seiya indo até a porta do quarto.

- Se acalme Seiya, não vai adiantar em nada. Você só pode esperar. - falou Shun, convencendo-o a voltar para sua cadeira. Pois se continuar a andar em círculos fará um buraco no chão.

Enquanto isso do outro lado da sala, Miro e Kanon tentavam a todo custo manter a calma, eles sabiam que poderiam ser pais da criança, mas essa dúvida só será extinta quando o bebê nascer.

- Shura, me empreste o seu elmo! - falou Máscara da Morte retirando o elmo da mão de Shura e pondo-o na cabeça de Seiya. - Agora está com o dono certo! Hahahahh!!!

- Essa brincadeira não tem graça, Câncer! - falou Shun irritado.

- Hum... então essa mocinha resolveu falar comigo? Que meda... HAHAHAHH!!!

- O que você quer dizer com isso? - perguntou Seiya.

- Nada Seiya, nada não... er.. vamos tomar uma bebida enquanto você espera, para relaxar.. - sugeriu Shiryu.

- Sim. Vou, com você eu vou até o inferno...ops.. Sim! Vamos é agora!! - saíram.

- Não s e esqueçam de trazer para a gente também!!! - gritou Ikki.

Alguns minutos depois... Shiryu volta a Sala do Grande Mestre, mas sem o Seiya.

- Gente, aconteceu um probleminha... O Seiya bebeu demais e desmaiou na mesa. Alguém podia chamar o médico?

- Não dá ele está muito ocupado com a Saori. Traz o Seiya para cá! Ele não morre não! - falou Hyoga.

Shiryu saiu e depois voltou trazendo o Seiya desacordado. Jogou-o num sofá e comentou com os irmãos:

- Ainda bem, assim não vou ter que agüentar aquela conversa chata do Seiya, que me ama, e que me beijar... - "Ainda bem que ninguém sabe que eu dei-lhe um soco para ele ficar quieto..." - sorriu.

Depois muito esperar, e muito beber também, os cavaleiros puderam escutar o choro da herdeira de Athena. E depois aos poucos, em dupla entraram no quarto para conhecer a criança.

- Ma...mas ela é loira?! - exclamou Camus ao entrar no quarto com Miro.

- Sim. - respondeu Saori ainda cansada, mas feliz.

- Miro, me diz a cor do seu cabelo não é loiro? Você o pinta, não é?

- Sim. Por Zeus! Ela é min... - desmaiou.

- Heheh... desculpe-nos Athena, mas vou ter que tira-lo daqui... - falou Camus arrastando Miro desmaiado. - "Não acredito! Essa criança deve ser filha do Miro!"

- Tudo bem. - ela respondeu. - Peça para o Seiya vir até aqui..

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- Kanon! Não faça isso! - gritou Saori. - Preciso de você aqui no Santuário.

Ele permaneceu de costas para ela e falou: - Não tenho mais o que fazer aqui. Minha presença só vai trazer problemas. Além de que tenho saudades de lá.

- Não é verdade, você é um ótimo cavaleiro. Um dos mais fiéis que eu tenho...

- Não precisa falar mais, Athena. Eu vou passar uns meses lá embaixo, prometo voltar. Afinal um homem do mar não consegue ficar muito tempo em terra firme... Agora sorria! Você está num período de paz, e com uma linda filha. - passou a mão em seu rosto. - Adeus.

Ele parou em frente ao precipício que embaixo guarda a prisão do Cabo Sunion, onde passou muito tempo preso por seu irmão, pulando no mar aberto, ele conseguirá chegar ao Templo Submarino de Poseidôn.

- Acho que ela ainda me espera lá embaixo... - pulou.

- Kanon... entendo sua atitude, e o espero aqui no Santuário, cavaleiro de Gêmeos. - falou Saori olhando para o mar agitado que batia nas rochas no final da barreira.

- Athena, o que faz aqui? Pode ser perigoso. - falou Saga. - Mas onde está o meu irmão, não o vejo por aqui embora tenha sentido seu cosmo aqui.

- Ele fez uma viagem, em breve voltará.

- Sim, ele nem se despediu de mim. Mas a senhora está atrasada, o seu avião está prestes a sair.

- Não tem problema. Vamos até lá. O Seiya já está me esperando? - perguntou fitando uma última vez o mar, onde um de seus cavaleiros acabara de desaparecer.

- Sim, junto com a Pallas. - sorriu.

No campo de treinamento, o jato particular da família Kido, aguardava à Senhora Kido para decolar. Seiya esperava impaciente, junto com os outros cavaleiros.

- Saori! Até que enfim! Onde você estava? - perguntou o cavaleiro de pégaso.

- Eu estava resolvendo umas coisinhas de última hora. E temos um problema! - falou pegando sua nos braços.

- Qual? - coçou a cabeça. - Acho que já está tudo pronto!

- Não posso levar a Pallas nesse jatinho. Ela é muito bebê para isso. Vou deixa-la com alguém, e como só vou passar um dia e um pernoite fora, ela não vai dar muito trabalho.

- Então com quem você vai deixa-la? Pode ser com a Marin, tenho certeza de que ela vai saber cuidar bem da minha lindinha! - falou Seiya meio desapontado por não poder levar a filha consigo na viagem.

- Mas Athena, eu sou o mais indicado para isso, afinal cuidei de você durante o período em que ficou no Santuário. - falou Shion.

- Eu sei disso, Shion, mas já escolhi outro cavaleiro para o serviço. Você poderia então leva-la até ele? - perguntou.

- Sim, qual deles?

- O mais próximo de Deus. - corou levemente as bochechas. - E Seiya, vamos embora, que temos muito que fazer na Fundação!

- Sim. - respondeu intrigado com o porque da 'babá' ser o cavaleiro de Virgem.

O jato decolou em poucos minutos e Shion entregou a criança ao cavaleiro que cuidará dela.

- Não chore minha filha, você se tornará uma bela mulher. Vai defender a terra com Athena, durma agora. Você não está sozinha, está com o papai. - ele usou o seu cosmo para acalmar a criança que dormiu em seus braços.

- O que você faz aqui?

- Eu? Vim trazer-lhe um presente, Athena. Sei da sua preocupação em ter uma herdeira e como cavaleiro mais fiel, trouxe-lhe algo que possa lhe ajudar, minha Senhora. - falou um rapaz alto e com longos cabelos dourados.

- O que você trouxe?

- Este colar, é muito poderoso, por isso muito cuidado quando for usa-lo. Ele traduz os seus desejos para a realidade.

- Então porque você quer me dar isto? Eu não vejo como ele poderia me ajudar...

- Simples, basta usa-lo e desejar do fundo do coração a sua herdeira, daí ele lhe dará. - ele se aproximou dela.

- Er... - ela corou. - Você sabe que não posso...

- Mas lembre-se de que quem está usando o colar sou eu, então... - ele a beijou.

Pallas, esse o nome dado à herdeira de Athena, volta a chorar. Acordando o cavaleiro de suas lembranças.

- Coisinha linda do papai! - fez cócegas na bebê.

Fim.

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N/A:

Esse é o último capítulo do fic, e... sinceramente espero que você vocês tenham gostado bastante dele, e... por favor não me matem por causa do final.

Bem demorou mais saiu. É que passei por uma pequena fase de crise de Criatividade, comum em todos os ficwriters... mas voltei!!!

Agradecimento a Yura Hiwatari por ter comentado o meu fic!

Espero que tenham gostado da fic, e agora os meus agradecimentos especias: a Masami Kurumada por ter inventado o maravilhoso Cdz; a escritora Marion Zimmer Bradley por ter criado "As Brumas de Avallon", no qual me inspirei para a fic; a Bill Gates por ter aperfeiçoado o computador e criado a Internet, meio pelo qual eu publico o fanfic e a eu mesma por ter tido essa idéia insana.

Kourin-sama

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