Capítulo 3 – Família
Estátuas e cofres
E paredes pintadas
Ninguém sabe o que aconteceu
Ela se jogou da janela do quinto andar
Nada é fácil de entender.
Dorme agora:
É só o vento lá fora.
Quero colo
Vou fugir de casa
Posso dormir aqui com vocês?
Estou com medo
Tive um pesadelo
Só vou voltar depois das três.
Meu filho vai ter nome de santo
Quero o nome mais bonito.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanh
Porque se você parar para pesar, Na verdade não há.
Me diz por que que o céu é azul
Me explica a grande fúria do mundo
São meus filhos que tomam conta de mim
Eu mãe mas meu pai vem me visitar
Eu moro na rua, não tenho ninguém
Eu moro em qualquer lugar
Já morei em tanta casa que nem me lembro mais
Eu moro com meus pais.
É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanh
Porque se você parar para pensar, na verdade não há.
Sou uma gota d'agua
Sou um grão de areia
Você me diz que seus pais não entendem
Mas você não entende seus pais.
Você culpa seus pais por tudo
E isso é absurdo:
São crianças como você.
O que você vai ser
Quando você crescer?
Pais e Filhos - Legião Urbana
Kaoru voltava de mais um dia de aula, e que dia, o suficiente para ela querer chegar em casa e ir direto para a cama. Virou a chave na fechadura da porta, quando entrou em casa percebeu luz vindo do quarto de seu irmão. "Ai, que bom que Aoshi está em casa!!! Eu não queria ter que fazer minha janta". Tirou os sapatos e foi em direção ao quarto de seu irmão.
- Aoshi, posso entrar??
- Sim – respondeu Aoshi no seu tom de voz costumeiro.
- Aoshi-chan? – falou Kaoru com a voz doce, abraçando seu irmão – Que tal fazer meu jantar???
- E porque eu deveria??? – continuou Aoshi indiferente as atitudes de sua irmã.
- Seu baka – Kaoru bateu na cabeça de seu irmão com o livro mais próximo que suas mãos puderam achar – Por que eu NÃO sei cozinhar, tá satisfeito???
- A Kaoru, não faça manha! – disse Aoshi levantando-se e abraçando a irmã – Eu tentei te ensinar, mas se Kami-sama quiser você irá se casar com um homem que saiba cozinhar! – prosseguiu em tom zombeteiro – Agora vamos para a cozinha e você me conta como foi o seu dia e eu faço o seu jantar – propôs Aoshi.
Os dois dirigiram-se para a cozinha. Kaoru um pouco emburrada pelo comentário do irmão. Aoshi seguia cantando a mesma música da manhã. Chegaram a cozinha e Aoshi começou a preparar as panquecas para Kaoru.
- Bom, a senhorita pode começar a me contar o motivo de só ter voltado ás onze e meia para casa?? – falou Aoshi virando as panquecas na frigideira.
- Ah, eu e a Misao fomos ver o cursinho, como eu te disse hoje de manhã. – falou Kaoru que bebericava um copo de leite – Bom como nós já estamos no segundo bimestre nós perdemos um pouquinho da matéria, mas não se preocupe, era só o básico. – completou percebendo o olhar "viu eu falei que era para você ter providenciado isso antes" de seu irmão – O professor de lá insistiu para que nós começássemos hoje.
- Ah, e tem alguém mais que eu conheça fazendo esse cursinho??? – perguntou Aoshi enquanto trazia as panquecas para Kaoru.
- Ah sim, o Sano e a Megumi. – completou Kaoru sorrindo para Aoshi, as panquecas estavam com uma aparência divina.
- Bom Kaoru, eu vou falar uma coisa importante, só me escute e não faça perguntas. – falou Aoshi sério, Kaoru parou de comer reparando o olhar que o irmão lhe lançava.
- Hum......
- Você está com bigode de leite! – disse Aoshi rindo – Parece criança. - e com isso se retirou da cozinha correndo, pois Kaoru lançava-lhe todos os objetos da cozinha em sua direção, desde talheres até panelas.
A semana passou sem mais novidades, e as folhas secas cobriam as ruas, afinal o inverno não tardaria a chegar.
Os corredores da escola estavam vazios. "Sem a barulhada de toda essa garotada, isso não parece uma escola" pensou Kenshin, "hum agora vejamos, sala do clube, onde fica???". Kenshin parou em frente da sala que tinha uma placa indicando ser mesmo o clube em questão. Puxou uma folha de papel e leu ela em tom alto quando entrou na sala:
- Hum... vejamos, Senhorita Kamya???
- Sim – Kaoru parou atônita "a não ele não!".
- Êh, Ah, êh, bem – Kenshin falou meio sem jeito, ainda lembrava do acidente da escada – Vamos começar a aula?
"Ah Kami-sama isso não pode estar acontecendo, porque tem que ser esse cara o responsável pela recuperação??? Passar uma maravilhosa tarde de recuperação em matemática com essa anta" pensou Kaoru olhando o professor fechar a porta, Kenshin sentou-se em frente a Kaoru. Na sala existiam 2 grandes mesas quadradas, estantes cheias de livros e diversos materiais que auxiliavam os professores da matéria.
- Bom, vamos ver... – começou Kenshin – Hum, a senhorita foi mal na prova, só duas questões certas?
- É – murmurou Kaoru.
- Eu acho melhor nós começarmos resolvendo os exercícios da prova. – Kenshin apontou para o primeiro exercício – Sabe resolve-lo?
Kaoru nem respondeu ao professor, tirou da mala um caderno e uma lapiseira, e em pouco tempo já tinha resolvido o exercício.
- Bom, – limitou-se Kenshin – o próximo!
Kaoru resolveu o exercício também, Kenshin percebendo a facilidade com que a garota resolvia os exercícios pediu para que ela resolvesse toda a prova. Não se passou muito tempo e a garota já tinha resolvido a prova inteira.
- Mas está tudo certo! – exclamou Kenshin – Perfeitamente certo, porque a senhorita está em recuperação???
- Há, eu passei as respostas para o gabarito errado. – falou Kaoru meio sem jeito.
- Oro?! – exclamou Kenshin, e logo em seguida começou a rir – Que ............ trouxa – ria-se Kenshin.
- O que???? – Kaoru estava zangada, pronta para pegar o primeiro objeto ao seu alcance e atirar no professor.
Kenshin parou de rir e fez cara de sério:
- Eu vivia fazendo isso quando estudava, cometi esse erro até no vestibular. – disse desapontado.
Foi a vez de Kaoru:
- Que baka! – Kaoru começou a rir – No vestibular ......... baka ao quadrado! – continuava a rir.
- Também não precisa pisar, né. – falou Kenshin fazendo cara de "criança sem doce" – Parece que a senhorita não tem problemas com matemática, na próxima aula vou trazer uns exercícios mais interessantes. – terminou fazendo cara de "vamos ver então".
- Obrigada, isso melhora a recuperação consideravelmente. – falou Kaoru maliciosamente.
- Por hoje eu acho que a senhorita está liberada então. – falou Kenshin, começando a juntar seus materiais - Não tem sentido eu ficar explicando a matéria para a senhorita, já que já sabe tudo, .............. além disso eu tenho que sair mais cedo, se não se importar?? – terminou Kenshin.
- Sem problemas – respondeu Kaoru, arrumando suas coisas, quando seu celular toca.
- Alô?
- Kaoru, esta no colégio??
- Sim, o que foi Aoshi??
- Posso ir te buscar???
- Sim, já acabei, mas você não esta no trab......
- Estou indo te buscar, não saia da escola. – interrompeu Aoshi.
- Mas......... – não adiantava, ele já havia desligado o telefone, "estranho" pensou Kaoru olhando para a tela do celular, "esse número, não esta gravado na memória??".
- Algum problema??? – perguntou Kenshin.
- Não, nada não.
Kenshin esperou Kaoru terminar de arrumar suas coisas, quando ele e a moça retiraram-se da sala, Kenshin perguntou:
- A propósito, seus óculos, o que a senhorita fez???
- Ah, estou usando lentes. – sorriu Kaoru – Peço desculpas por ter gritado com você aquele dia.
- Não, eu que tenho que pedir desculpas à senhorita, estava distraído e acabei atrapalhando. – desculpou-se Kenshin.
- Ah, esquece isso! – falou Kaoru sorrindo.
- Até amanhã então Senhorita Kaoru. – sorriu Kenshin.
- Tchau professor!
"hum até que ele não é má pessoa, gostei dele". Kaoru andava distraída pelo corredor, tentava entender o motivo da preocupação de seu irmão em vir busca-la, quando trombou com um garoto no meio do corredor.
- Ai! – exclamou Kaoru que estava no chão.
- Desculpe-me senhorita. – disse um garoto que lhe estendia a mão – Machucou-se?
- Não. Eu só estava distraída.
- Muito prazer meu nome é Enishi Yukishiro, e a senhorita como se chama?? – perguntou o garoto.
- Kaoru Kamya.
- Senhorita Kamya permita-me.........
- Não, por favor, me chame de Kaoru. – falou a jovem.
- Então Kaoru, permita-me dizer que é linda.
- Muito obrigada. – "que cantada mais sem graça. Bom o que se pode esperar de um cara que usa colocação pronominal certa???" – Eu estou atrasada, com licença.
- Até!
Quando Kaoru chegou em frente à escola Aoshi estava esperando em frente ao portão. "que estranho".
- Olá irmãzinha !
- Aoshi o que está acontecendo? – perguntou Kaoru preocupada.
- Nada. – mais Aoshi não conseguia disfarçar o alívio de ver Kaoru bem.
- Aoshi, QUER ME DIZER O QUE ESTÁ ACONTECENDO!!! – gritou Kaoru aflita.
- Já falei, não está acontecendo nada! – disse Aoshi ríspido – Vamos para casa. – falou com mais calma.
Kenshin observava a aluna do carro, achou as feições do homem que conversava com ela conhecidas "mas esse não é Aoshi Shinomori, então a garota deve ser a filha do Senhor Kamya, mas isso é óbvio eles têm o mesmo sobrenome, porque eu não me toquei disso antes?", mas parou o carro repentinamente quando viu uma figura familiar, "mas esse é o Enishi, o que ele faz em Tóquio? Isso não é bom, ele deve ter agora.................17 anos, não é possível, ele deve estar......." . Kenshin nem queria pensar nessa possibilidade. Guiou o carro até o portão da escola eu se dirigiu ao hotel onde estavam hospedadas sua filha e ex-esposa.
Kenshin entrou pelo saguão do hotel. Pessoas iam e vinham de um lado para o outro. Kenshin logo reconheceu Tomoe no meio da multidão, Yuki estava sentada em uma das malas que estavam em volta delas, as perninhas balançando no ar, não demorou para a garota reconhecer o pai.
- Paieeeee!!!!!!!!!
- Yuki – Kenshin abraçou a filha.
- Pai eu não quero ir, eu quero ficar no Japão, o céu de Londres é muito cinza e lá eu não posso passear com você, papai deixa eu ficar? – disse a garota com urgência na voz e com lágrimas nos olhos.
Doía muito para Kenshin ver a criança chorando, mas com certeza ela estaria bem mais segura longe dele. Pegou a garota no colo e afagou os cabelos dela.
- Yuki querida, eu sinto muito, eu ............ – nesse momento a garota afundou mais o rosto no peito de seu pai e começou a soluçar – Yuki....
- Eu quero ficar com você pai! – soluçava a garota – Eu prefiro ficar com você, eu gosto de você! – a garota chorava em meio às palavras.
Ao ouvir isso as feições de Tomoe mudaram, havia tristeza estampada em seu olhar.
- Você é um estorvo na vida delas, porque não some logo de uma vez?? – disse uma voz fria atrás dele.
- Enishi! – exclamou Tomoe – Pare com isso!
Kenshin não gostava muito de Enishi, nem Enishi dele. O garoto olhava com profundo ódio para Kenshin, que fez questão de ignorar suas provocações, dada as situações atuais.
- Enishi vamos tomar um suco??? – propôs Tomoe, tentando evitar uma situação mais delicada.
- Sim onee-chan. – Enishi acompanhou Tomoe, mas não sem antes lançar um último olhar cheio de ódio para Kenshin.
Yuki continuava no colo do pai chorando. "droga, você é um lixo como ser humano, Kenshin" Kenshin então resolveu procurar um banco para sentar-se. Colocando a filha em seu colo, começou a falar:
- Yuki querida, – começou meio receoso – o papai te ama muito, mas ele não pode ficar com você. – disse Kenshin com uma expressão carregada no rosto.
- Porque, eu não sou uma garota boazinha?? – perguntou a menina inocentemente.
- É, você é a melhor filha do mundo. – disse Kenshin abraçando a filha – A melhor filha que eu poderia ter, mas o papai não para em casa, como ele ia cuidar de você???
- Mas eu prometo me comportar!!!! – disse Yuki com a voz manhosa.
- Yuki, não faz isso com o papai! – disse Kenshin, estava sentindo-se o pior ser humano da face da terra, como podia fazer isso com a menina – Você precisa ficar com a mamãe.
Yuki começou a chorar, Kenshin abraçou sua filha, doía tanto ver a garota assim...
- A mamãe também te ama e ela vai cuidar de você. – "melhor do que eu" – Além disso quem é que vai cuidar da mamãe?? Você não pode deixar ela sozinha!!
- Eu queria que vocês dois ficassem comigo. – disse Yuki olhando nos olhos do pai – Porque vocês não ficam juntos???
Aquilo atingiu Kenshin em cheio, a garota só tinha 7 anos e ele não se achava no direito de fazer aquilo com ela. "é só uma criança". Como podia explicar aquilo para ela, como ele queria que ela parasse de chorar e sorrisse, como ele queria dizer para ela que estava tudo bem e eles nunca iriam se separar, que eles morariam juntos para sempre, "como uma família de verdade".
- Yuki! – Kenshin falou com voz doce – Eu nunca vou deixar você sozinha, por isso não chore. – ao dizer isso sentiu a garota se acalmar em seus braços.
Passou algum tempo tentando acalmar a menina, que soluçava e balbuciava coisas como – eu quero o meu pai comigo, o Japão é mais bonito, que era bom ir jantar em uma sorveteria com seu pai, que queria ficar. Kenshin tentou de todos os modos acalmar a garota:
- Yuki, eu peçoo desculpas! – começou – Eu queria tanto que você tivesse uma vida........... normal.
- Pai. – Yuki percebeu a expressão de tristeza no rosto de Kenshin – Eu entendo! – mentiu Yuki.
- Não, você não entende, é só uma criança. – disse Kenshin docemente – Agora não vamos tornar as coisas mais difíceis??
- Hai. – mentia Yuki.
- Não precisa mentir minha filha – falou Kenshin tristemente.
Ao ouvir isso Yuki abraçou seu pai fortemente e começou a chorar descontroladamente. Kenshin abraçou a menina e não disse nada, não queria estar passando por isso.
- Papai nunca vai deixar de te amar, mesmo estando longe. – dizia.
Yuki não conseguia entender o que o pai lhe dizia, nem Kenshin acreditava que a garota estava entendendo.
- Então vamos fazer assim?? – propôs Kenshin animadamente – Vamos fingir que o papai teve que viajar??? E o papai não gasta de ver a filhinha dele triste, então a filhinha dele vai fazer uma cara bem alegre, pois ela sabe que o papai vai voltar da viagem e não vai querer ver a filhinha do coração dele com rugas por ter ficado chorando esse tempo todo. – Kenshin sorria – Então ela vai fazer uma cara bem alegre, porque o papai dela não quer ficar triste por que ela está triste!! – o modo como Kenshin falava essas coisas para a garota parecia acalma-la e deixar clara a situação. A garota apenas sorriu.
- Pai – disse ela abraçando o pescoço de Kenshin – você promete que volta???
- Mas com toda a certeza!!! – Yuki beijou o rosto do pai, que retribuiu beijando sua testa – Lembre que o papai te ama e que nunca vai esquecer de você!
- Promete que nós vamos morar juntos??? E que eu vou poder ir todo o dia pular na sua cama para te acordar??? E que eu, você e a mamãe vamos formar a família mais feliz do mundo??
Kenshin então disse:
- Prometo que vou sempre amar você, e que nunca vou me esquecer de você! – disse ele apertando de um jeito carinhoso o nariz de sua filha – Agora que tal nós brincarmos de Unidunitê?
Continuaram sentados no banco do hotel brincando, esperando Tomoe voltar.
- Filhinha, já se despediu do papai??? – disse Tomoe com um sorriso.
- Sim, mãe eu vou pegar o presente dele na mala, onde ela tá??? – perguntou a garota.
- Está com Enishi. – dizendo isso a garota saiu correndo pelo saguão do hotel a procura do tio – E aí, o que aconteceu??? – perguntou Tomoe preocupada.
- Péssimo............. eu me sinto a pior pessoa do mundo!!! – disse Kenshin de cabeça baixa.
- A culpa não é só sua, – disse Tomoe sentando-se ao lado de Kenshin – se eu não morasse fora.......
- Não! – interrompeu Kenshin – Eu é que fiz tudo errado, eu é que sou o irresponsável eu é que sou o culpado por isso............ se ao menos eu tivesse uma vida normal!
- Kenshin – falou Tomoe, e logo em seguida abraçou o ex-marido – Não, eu também tenho culpa a filha também é minha, eu não queria................ porque nós fizemos tudo errado???
- Tomoe, o que passou passou, não da para voltar atrás. – Kenshin abraçava a ex-esposa, que estava chorando – Só cuide bem dela, por mim e por você. – terminou fazendo com que Tomoe olhasse nos seus olhos – Agora se acalme!
Tomoe limpou seu rosto.
- Só me responda umas perguntas! – disse Kenshin sério – Yuki esta tendo algum problema com seu marido??
- Não, eles se dão bem, ela o chama de tio, não tem nenhum problema entre os dois!! – respondeu Tomoe.
- Você está pensando em ter mais um filho?
- Não no momento, porque??? – perguntou Tomoe curiosa.
- Nada, por nada. – respondeu Kenshin, que prosseguiu – Enishi, ele irá com vocês?
- Não, ele ficará aqui em Tóquio. Ele quer ficar estudando aqui, não suporta a Inglaterra!
- Mesmo sabendo que você não vai estar aqui??? – desconfiou Kenshin, que conhecia muito bem a obsessão que o garoto tinha por sua irmã.
- Sim. A decisão foi dele!
"então porque quer ficar?? Será que....... " mas teve seus pensamentos interrompido por Yuki corria em direção aos dois com um sorriso no rosto, acompanhada por Enishi.
- Olha pai, para você!!! – a garota estendeu um pacote para o pai.
- Oba, para mim! – Kenshin abriu o embrulho – Hum, mas o que é isso?
- É um quebra nozes de soldadinho de chumbo!! – falou a menina docemente.
- Obrigado minha filha! – Kenshin disse abraçando-a – Agora que tal deixar o papai levar vocês ao aeroporto????
- Oba! – exclamou a garota.
Teria sido muito agradável ter ido levar as duas ao aeroporto se não fosse pelo fato de Enishi ter ido junto.
Amanhecia em Tóquio, dois homens conversavam em um banco no centro da cidade, as ruas estavam vazias, o sol ainda aparecia no céu.
- Você realmente acha que é isso mesmo??
- Sim. Ontem eu realmente fique preocupado. Seja qual for o modo, eles tentarão alguma coisa em breve.
- Então o que acha que vai fazer?
- Esperar. – disse um dos homens se levantando – Agora tenho que voltar para casa, a Kaoru logo irá acordar, não quero que ela desconfie de nada.
- Aoshi, não fale nada para ela.
- Sim. Você não precisava dizer.
Assim cada um dos homens partiu para uma direção diferente.
Kaoru acordou com o telefone tocando ao seu lado.
- Alô?
- Filha?
- Pai, quando o senhor vai voltar??? – perguntou Kaoru animada, sem dar chances para o seu pai falar qualquer outra coisa.
- Bom .... – começou – eu estarei voltando daqui uns 4 dias.
- Que bom!!! – exclamou a garota.
- Se cuide! Agora eu tenho que desligar, só liguei para ouvir a sua voz. – disse o pai.
- Tchau pai, te amo.
- Tchau Kaoru, também te amo muito.
Kaoru levantou-se e começou a se vestir para o colégio. Quando foi para cozinha seu irmão já tinha preparado o café da manhã.
Continua......
Meus sinceros agradecimentos a todas as pessoas que comentaram essa fic, vocês não sabem o quanto eles são importantes para mim.
