RYU
CAPITULO 3 – SHURA
"Me perdi de novo!" Pensou Duo olhando para os vários corredores ao seu redor.
- Droga! De onde será que eu vim? Aqui todos os corredores parecem ser iguais! – Disse o americano colocando a mochila no chão, enquanto tentava encontrar o mapa da base que havia sido enviado pelos cientistas.
- Foi de lá! – disse uma voz infantil.
Virando-se, Duo, viu atrás de si um menino de aproximadamente cinco anos sentado em cima de uma espécie de balcão, balançando as perninhas para frente e para trás, enquanto apontava para um dos corredores com um grande sorriso.
- O-Obrigado... – disse o americano se levantando. O menino pulou do balcão e se aproximou do americano com um grande sorriso, enquanto ajeitava seu boné preto.
- Eu nunca te vi por aqui! Você por acaso é algum espião?
O americano deu um grande sorriso amarelo do tipo 'fui pego em flagrante', enquanto pegava suas coisas e andava meio que paralisado, tentando dizer que não era nenhum espião que ele só era um novo recruta, mas como era um péssimo mentiroso, o menino logo soube que era mentira.
- Não se preocupe. Eu não vou dizer nada pra ninguém!
- Valeu, er... como e seu nome?
- Shura. – disse o pequenino colocando as mãos atrás da cabeça, deixando a mostra os raros e belos olhos vermelhos, que beiravam a cor de sangue.
- Muito obrigado, Shura.
Com um grande sorriso o americano começou a andar de volta pelo corredor que o menino havia apontado.
- Se eu fosse você não iria por ai.... – disse o menino com um sorriso divertido.
- E por que?
- Todos os guardas devem estar em estado de alerta por que eu.....Se quiser posso te mostrar o caminho. Eu não tenho nada pra fazer mesmo!
- Acho melhor você voltar para os seus pais. Eles devem estar preocupados.
- Eu te garanto que eles não vão sentir minha falta. E além do mais, eu quero leva-lo.
- Já que não tem problemas. Vamos nessa!
O americano estendeu a mão para o pequenino, que o olhou confuso, como senão estivesse entendendo o porque dá mão estendida. Sem muita cerimonias o americano pegou a pequenina mão e com um sorriso, disse:
– Pode me levar!
Com um grande sorriso de felicidade, Shura começou a puxar Duo para um dos corredores.
- Claro!
Olhando para o pequenino que segurava sua mão com entusiasmo, Duo lembrou-se de seu pequeno filho.
- Animo, Ryu! Seu pai logo vai estar aqui de volta! – disse o chinês sentado ao lado do pequenino, que estava sentado na varanda da enorme mansão.
- Tio Wufei! O papai é forte, né?
- Claro, Ryu! Não precisa ficar com essa carinha de choro.
- Desculpa. – disse o menino forçando um sorriso, enquanto passava as pequenas mãos sobre os olhos já cheios de lágrimas.
- O que acha de fazermos uma supressa para seu pai. Acho que ele vai adorar!
- Legal!
Ryu havia se lembrado de como seu pai adorava presentes e como sabia que ficar ali só iria preocupar os amigos de seu pai, levantou-se tentando demonstrar um novo animo, Wufei pegou a pequena mão e os dois voltaram para dentro da enorme mansão.
- Aquele demônio, fugiu de novo! – disse um velho com um jaleco branco andando de um lado para o outro, olhando de vez em quando para o quarto vazio, que mais parecia uma cela de vidro.
- Ele só está seguindo o treinamento. Ele deve ter percebido que iríamos mata-lo.
- Eu nunca deveria ter criado aquela aberração. Temos que destruir aquele monstro, o mais rápido possível. Ele é uma ameaça para a humanidade!
- Não se preocupe! Eu já dei ordens para os guardas atirarem pra matar!
- Só nos resta rezar, para que aquele demônio seja aniquilado.
- Shura! Você tem certeza que o caminho é por aqui?
- Claro! Eu quase nunca me perco!
- Quase?!
Assim que viraram no corredor, vários tiros acertaram os dois. Enquanto um dos guardas gritava pelo comunicador:
- Eu o encontrei! Mandem reforços acho que ele conseguiu um refém!
Duo e Shura exclamaram ao mesmo tempo:
- Droga!
- Moço! Venha por aqui! Você vai estar seguro! – disse Shura segurando a mão do americano, enquanto o guiava para um corredor.
- A sala de controle fica nesta direção. Nos separamos aqui! E a propósito como é seu nome?
- Duo! Duo Maxwell!
Os olhos vermelhos se arregalaram por alguns instantes, enquanto um sorriso se formava em seu rosto pálido, recuando dois passos, o menino disse retirando rapidamente o boné.
- Foi um prazer conhece-lo, Duo. Espero nos encontrarmos em breve!
Com um sorriso no rosto o menino começou a correr pelo corredor, recolocando o boné sobre os cabelos pretos, enquanto dizia bem baixinho:
- Espero te ver de novo, papai!
Assim que o menino desapareceu entre os corredores. Duo foi até a sala de controle, que para sua supressa estava completamente vazia. Sem perder muito tempo, Duo inseriu um cd no computador principal e começou a fazer várias cópias de vários arquivos.
- O que você tá tentando fazer, tio Wufei?
- É uma miniatura do Nataku! Não está bonito?
Wufei estendeu o boneco deformado de argila na frente do menino, enquanto, olhava para a figura que o menino modelava.
- O que você tá fazendo? È você e seu pai?
- Isso! – com um pequeno sorriso , Ryu perguntou - Tio Wufei! Depois que terminarmos de modelar nossos presentes o que vamos fazer?
- Vamos até a cidade comprar tinta para pintá-los! Heero disse que iria conosco!
- Oi pessoal! Eu e o Trowa fizemos biscoitos, vocês querem?
- Claro, tio Quatre!
Olhando para a cesta de biscoitos deformados e com formas esquisitas, Wufei e Ryu deram uma risada, enquanto olhavam para Trowa.
- Deixa eu adivinhar! – disse Wufei segurando um dos biscoitos esquisitos na mão – Esses aqui foi o Trowa quem fez!
- Meus biscoitos ficaram tão bons quanto os do Quatre! – disse Trowa pegando de volta o biscoito da mão de Wufei, com os olhos brilhantes olhou em direção a Ryu, enquanto dizia - Prova Ryu!
Todos na sala olharam para o pequeno menino, que com a mão um pouco tremula pegou um dos biscoitos deformados da cesta, colocando-o na boca. Todos o olhavam com curiosidade. Ryu engoliu o biscoito e com uma cara meio estranha disse:
- O biscoito tá legal, tio Trowa!
Trowa fez um sinal de vitória para Quatre, enquanto Heero que descia as escadas tentava segurar um riso da cena que tinha presenciado.
- Vocês acham que conseguem me matar, tiozinhos?
Atirando com uma arma pequena, que para seu tamanho se tornava enorme, o jovem menino de olhos vermelho sangue, disparou em todos os guardas, que sem terem tempo de reagir caíam mortos no chão.
- Vocês são lentos demais! – Com um grande sorriso o pequeno menino deixou sua arma cair no chão. - Hora de sair daqui!
Assim que se virou, Shura deu de cara com vários outros guardas, que apontavam suas armas na direção do menino.
- Onde pensa que vai? – disse um guarda atirando no menino, que conseguiu desviar seu ponto vital, porém seu braço havia sido atingido.
- Terminei! – disse o americano assim que pegou o cd e olhou para a sala com as bombas armadas. – Mas antes de sair daqui. Eu tenho que encontrar o Shura, não posso explodir o lugar com ele aqui!
Passando a mão nos cabelos o americano se sentou na cadeira giratória, enquanto olhava para o computador à frente.
- Já sei! E só entrar no sistema de segurança e encontrar onde ele está!
Digitando rapidamente o americano conseguiu acesso ao sistema de segurança que não estava assim tão seguro. Acessando algumas câmeras, Duo conseguiu a imagem que queria. Assim que viu Shura cercado de vários guardas, o coração do americano apertou, aquele menino o fazia se lembrar tanto de seu pequenino filho. Sem perder tempo, o americano saiu correndo em direção ao ponto que o garoto estava.
- Não se preocupem! Em breve o Deus da morte vem buscar suas almas! – riu diabolicamente o pequeno menino, que recebia um chute no estômago de um dos guardas. Limpando o sangue que sujava sua boca o pequeno menino deu um grande sorriso, enquanto via a cara de pavor dos guardas a sua frente. Segurando o menino pela gola de sua camisa, o guarda riu de sua cara, enquanto outros guardas se enchiam de coragem para dizer:
- Ninguém vem salva-lo, demônio!
Lançando o menino no chão os guardas apontam as armas em sua direção. Sem muita dificuldade Shura senta-se no chão com um simples sorriso, fechando seus belíssimos olhos vermelhos esperando pelos tiros que dariam fim a sua existência, segurando firme o pequeno braço que continuava sangrando. O menino permitiu-se fazer um pequeno desejo, em seu peito ele desejou que alguém o salvasse. Ele não queria morrer ali, não daquela forma. Ele ainda era um garoto. Ele ainda queria viver, porém ele sabia que ninguém viria resgata-lo. Ele não era nada além de uma experiência defeituosa, ou como o velho maluco o chamava, ele era apenas um monstro. Sem perceber, Shura deixou cair dos olhos vermelhos uma pequena e solitária lágrima, enquanto aguardava a vinda da morte.
- Ora de morrer! - Shura apertou seu braço machucado com mais força, enquanto ouvia o som dos tiros disparados.
- Shura! Shura! Você está bem!
Abrindo os pequenos olhos vermelhos, Shura encontra os preocupados olhos violetas, que o abraçavam com tanto carinho.
- Desculpa a demora!
Com um grande sorriso, Shura tenta se levantar, porém Duo o pega colocando em suas costas, com um sorriso ainda maior, Shura coloca sua cabeça apoiada no ombro direito de Duo enquanto diz:
- Tem um carro, logo mais à frente! Podemos fugir por ali!
- Certo!
Rapidamente, os dois já estavam no carro e preparavam-se para fugirem, enquanto os olhos violetas ficavam mais escuros.
- Shura...
Com um sorriso cúmplice o menino respondeu:
- Vai nessa, Duo!
Já no hospital, o braço de Shura havia sido tratado e nenhum problema mais grave havia sido descoberto. Já era tarde e a noite estava chegando, quando Duo entra no quarto do pequenino.
- Shura! Eu vi os arquivos que salvei no laboratório...
O menino se virou na cama do hospital não querendo ver o rosto do americano.
- Não precisa ter medo, afinal eu sou seu pai.
O menino se encolheu ainda mais na cama.
- Ou melhor, Shura, você quer que eu seja seu pai?
Virando-se para o americano, com curiosidade o menino pergunta:
- Como assim?
- Quando eu era pequeno. Eu morava em um orfanato e sempre esperava por uma família, mas ninguém nunca me quis, sabe?
- Imbecis! – disse o pequenino sentado na cama observando o americano que se sentava a seu lado, bagunçando um pouco os longos cabelos pretos.
- Eu sei que deve estar sendo difícil pra você depois que aqueles médicos loucos machucaram você. Por isso, eu queria que você viesse morar comigo. Eu gostei muito de você, mas você só precisa vir se quiser.
Os olhos vermelhos observavam atentos os violetas que continuavam gentis.
- Eu posso?
- Claro, a família não é muito grande. Por enquanto só tem eu, o Ryu e agora você. Mas também tem o Wufei, o Quatre, o Trowa e o Heero, além do J e G, eles são muito legais, com exceção do J e G.
Shura riu da cara que o americano fazia ao falar dos velhos cientistas.
- O Ryu tem a sua idade e eu acho que vocês vão ser ótimos amigos. Se quiser podemos ir agora mesmo para casa, o médico disse que eu já posso leva-lo, então o que me diz, vem comigo?
Com um sorriso enorme e com a única mão que estava livre do gesso, Shura pula no colo de Duo enquanto dizia animado:
- Vamos, Duo!
- Você pode me chama de papai se quiser!
- Ok! Pai!
- Então vamos, filhote!
- Perai, pai. Lá tem sorvete?
- Um pote enorme!
- Legal! Então podemos ir!
Já era noite, porém Ryu permanecia perto da enorme janela da sala esperando ansioso pela volta de seu pai. Assim que viu um carro parando enfrente a mansão e de dentro dele saindo a inconfundível silhueta de seu pai trazendo com ele algo em seus braços. Ryu correu o mais rápido que pode em direção a porta, a abrindo antes mesmo que seu pai pudesse tocar a campainha.
- Ryu! Ainda acordado!
Abaixando com o pequeno embrulho, Duo retirou o grande cobertor que tampava a pequena figura que descansava em seus braços. Pegando seu filho com o braço direito, dando um meio abraço. Olhos vermelhos se chocaram com os azuis. Ryu dá um grande sorriso para o menino que dividia com ele o colo de seu pai, este retribui o sorriso, Percebendo o silêncio que havia se formado o americano diz:
- Ryu, Shura. Espero que sejam amigos, porque a partir de hoje, vocês são irmãos!
Ambos olharam incrédulos para o americano, como ele dá uma noticia dessas dessa forma. Rindo do jeito de seu pai, Shura pula para o chão sendo seguido por Ryu que ainda não conseguia entender o seu jeito maluco que alegremente se vira para os dois e diz:
- Vamos, comer alguma coisa! To morrendo de fome! O que acham de...
- Sorvete! – diz Shura alegre.
- Isso! – diz o americano, dando um pequeno tapinha na mão que estava sem o gesso.
Ryu olha para os dois que sorriam alegres, enquanto entravam na casa, com um sorriso estendendo as mãos enquanto diziam juntos.
- Sorvete!
Observando seu pai e seu novo irmão, Ryu deu um sorriso e seu coração pareceu se aliviar, seu pai estava de volta e agora ele tinha um novo irmãozinho. Com um sorriso ainda maior Ryu disse bem baixinho:
- Agora tenho mais um para cuidar!
Correndo em direção ao novo irmão Shura pega uma das mãos de Ryu e o puxa em direção a cozinha, enquanto dizia:
- Vem Maninho. Hora do sorvete! Se continuar ai o papai vai comer tudo sozinho!
Assim que chegam na cozinha Duo já erguia uma colher em direção ao pote de sorvete.
- Ah não papai. O sorvete é meu! – disse Shura pegando sua colher e atacando o pote, numa grande disputa contra o americano. Enquanto Ryu assistia aos dois com um sorriso.
Aquela noite ia ser longa.
CONTINUA...
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OI PESSOAL!
MUITO OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS! OBRIGADA PELAS COBRANÇAS! OBRIGADA ARYAM PELA PACIÊNCIA! MUITO OBRIGADA MESMO, E A PROPOSITO O SHURA TÁ INDO DE BRINDE, ESPERO QUE ELE CHEGUE AI BEM! (COMO E BOM DISTRIBUIR OS FILHOS DO DUO POR AI! ) E CLARO LIN MUITO OBRIGADO PELO TUTORIAL, SEM ELE NÃO SABERIA O QUE FAZER! VALEU PESSOAL! MIL BEIJOS E ATÉ A PR"XIMA!
