N/A: Ainda não tô entendendo como funciona esse ff.net... rs... ele come meus parágrafos! Mas resolvi mandar logo o 1º cap. pq fiquei mt feliz com os reviews e em homenagem a uma amiga minha (Rê!!) que não gosta de fic mas disse que vai ler a minha! Beijos galera, espero que gostem!
CAPÍTULO UM
Como as coisas estavam acontecendo
Lílian estava sentada à beira do lago com suas amigas, revendo as questões do exame que haviam acabado de fazer: o NOM. Duas amigas suas discutiam uma questão, porém sua atenção não as acompanhava, mas sim a uma briga que começava a se desenrolar.
Potter e Black avançavam, varinhas empunhadas, na direção de Snape. Lílian levantou-se lentamente e andava em direção a eles.
Notou que Potter e Black avançavam em direção a Snape. Enquanto fazia piadinhas, Potter olhava para os estudantes e, principalmente, para as garotas, como que para saber se todos estavam mesmo prestando atenção nele.
Só porque Snape era impopular não significava que podia ser humilhado. Ela podia apostar que, se fosse o contrário, poucos estariam rindo de Potter naquele momento. Snape tentava se levantar, mas a azaração ainda estava funcionando; ele estava preso, como se estivesse amarrado por cordas invisíveis.
Bolhas de sabão cor-de-rosa saíram da boca de Snape de uma vez; a espuma estava cobrindo seus lábios, como uma mordaça, sufocando-o... Aquilo foi a gota d'água, Lílian não agüentava mais toda aquela infantilidade.
- Deixe-o em PAZ! – gritou ela.
Lílian revirou os olhos diante da preocupação de Potter em ajeitar o cabelo.
- Tudo bom, Evans? – disse Potter, com um tom de sua voz muito diferente ao que usara com Snape, estava mais profundo, mais maduro.
- Deixa ele em paz. – repetiu Lílian, raiva nítida em seus olhos. – O que ele fez pra você?
- Bem, – disse Potter, aparentando pensar sobre o caso, – é mais o fato de que ele existe, se é que você me entende...
Uma nova onda de risos entre os alunos irritou Lílian que, juntamente com Lupin, era a única que não ria.
- Você se acha muito engraçado. – ela retorquiu friamente. – Mas você é só um piadista infame e arrogante, Potter. Deixa ele em paz.
- Eu deixo, se você sair comigo, Evans. – respondeu Potter rapidamente. – Vamos... Saia comigo e eu nunca mais encosto a varinha no velho Seboso outra vez.
Lílian notou que o efeito do feitiço Impedimenta estava se acabando. Snape estava começando a engatinhar para junto de sua varinha, deixando escapar bolhas de sabão enquanto se movia. Tentou ganhar mais tempo para ele.
- Eu não sairia com você nem se eu só pudesse escolher entre você e a lula gigante. – disse ela.
- Deu azar, Pontas – disse Sirius marotamente, e se virou para Snape. – Hei!
Tarde demais. Snape já tinha sua varinha e, com um rápido feixe de luz, provocou um corte no rosto de Potter. Potter revidou: um segundo feixe de luz e Snape estava pendurado de cabeça para baixo no ar, suas vestes descendo e revelando um par de pernas pálidas e esqueléticas e cuecas de cor cinza. Muitas aplausos foram ouvidos. Black, Potter e Pettigrew se fartavam de rir. Lílian, cuja expressão de fúria hesitou por um instante como se ela fosse se render ao riso, não ria.
- Coloque ele no chão! – mandou, contendo-se.
- Com certeza. – respondeu Potter, baixando a varinha.
Snape caiu. Desenroscando-se de suas próprias vestes, ele se levantou rapidamente, varinha em punho, mas Black bradou, "Petrificus Totalus!" e Snape caiu outra vez, rígido como uma tábua.
- DEIXA ELE EM PAZ! – gritou Lílian. Ela tinha sua própria varinha empunhada agora. Notou olharam cautelosos dos dois garotos, mas manteve-se séria e apertou ainda mais a varinha na sua mão.
- Ah, Evans, não me faça azarar você. – disse Potter sério.
- Então retire o feitiço.
Potter, visivelmente contrariado, respirou fundo, e então obedeceu murmurando o contra-feitiço.
- Pronto. – ele disse, quando Snape se colocou de pé novamente. – Você teve sorte de a Evans estar aqui, Seboso...
- Eu não preciso da ajuda de sangue-ruins imundos como ela!
Lílian piscou. Não estava acreditando na ingratidão de Snape.
- Bem, – começou ela friamente. – Não vou me incomodar no futuro. E eu lavaria suas cuecas se eu fosse você, Seboso.
- Peça desculpas pra Evans! – ordenou Potter, a varinha apontada ameaçadoramente para Snape.
Lílian revoltou-se com Potter. Não é assim que se consegue a gratidão de uma pessoa, além do que, Potter só queria aparecer, fazer-se de "bonzinho".
- Eu não quero que você faça ele se desculpar! – gritou Lílian para Potter. – Você é tão desprezível quanto ele.
- Quê? – foi a vez de Potter se revoltar. – Eu NUNCA chamei você de… você-sabe-o-quê!
- Bagunçando seu cabelo só porque você acha legal parecer que acabou de descer da sua vassoura, se mostrando com aquele pomo estúpido, andando pelos corredores e azarando que quer que seja só porque você pode... Estou surpresa que sua vassoura consiga sair do chão com um ego tão inflado quanto o seu. Você me dá NOJO.
Lílian, com a raiva consumindo-a, virou-se e correu dali.
- Evans! – ouviu Potter gritar enquanto corria. – Hei, EVANS!
Mas ela nem olhou para trás.
- Evans! Evans! EVANS!
Lílian acordou dando um pulo em sua própria cadeira. Remus estava à sua frente, aparentemente havia sido ele quem a chamara.
- Ãh? O que foi??
- Eu tô indo na biblioteca, resolvi te acordar porque não tem motivo pra você ficar aqui trabalhando em pleno sábado à tarde. Ainda mais que você parece cansada... – Lílian notou que ele a examinava com olhos – Enfim, tô indo Lílian...
Ela observou Remus sair da sala e fechar a porta atrás de si. Desde que eles haviam sido escolhidos para o cargo de monitores-chefes, começaram uma boa amizade. Não que ela não gostasse dele antes disso, era só que os amigos deles a deixavam... enjoada.
A garota, enquanto arrumava suas coisas que estavam espalhadas sobre a mesa, se perguntava porque tinha sonhado com aquela discussão de seu quinto ano. Por que tinha sonhado com um ato tão infantil assim de Potter?
Lembrando-se que queria falar com o diretor, deixou a sala dos monitores-chefes em direção à sala de Dumbledore, torcendo para que ele estivesse em sua sala. Na esquina que dava para o corredor onde se encontrava a gárgula da entrada à sala, deparou-se com Snape. Quase esbarraram-se.
- Hei, olha por onde anda, sangue-ruim!
Então percebeu que aquele sonho nada tinha a ver com Potter, e sim com Snape, lembrando-se que havia discutido com ele naquela manhã. Ela não estava com raiva dele, mais do que isso, queria entendê-lo.
- Você me odeia tanto assim? – perguntou ela.
O garoto ficou sem resposta diante de tal reação inesperada. Por um momento, Lílian pensou ter visto nos olhos dele que a resposta era não, mas no instante seguinte, a resposta era claramente sim.
- Esquece. – disse ela, balançando a cabeça confusa, e seguiu seu caminho.
Dumbledore a recebeu com um largo sorriso.
- Eu estava esperando por você! – disse jovialmente.
- Sério? Por quê? O senhor mandou me chamar?
Ele riu da confusão dela.
- Não, minha querida, mas já esperava que você viesse aqui para acertarmos as suas férias. Creio que a senhorita queira passar o Natal com sua família...
- Sim – respondeu ela sorrindo – Mas sei que tem que ficar pelo menos um monitor- chefe na escola e, como Remus costuma se ausentar regularmente por uma ou duas semanas, eu acho que terei que ficar, não é mesmo?
Quando, no início do ano, ela e Lupin assumiram o cargo de monitoria-chefe, o diretor lhe disse que Lupin, devido a uma doença, precisava se ausentar durante um certo período todo mês.
"Tenho certeza de que vocês poderão lidar com isso e de que saberão dividir a tarefas de modo que nem você, Lílian, fique sobrecarregada quando Remus se ausentar, nem você, Remus, quando voltar. Acho que fiz boas escolhas esse ano.", tinha dito ele, com um enorme sorriso.
- Acho que nós podemos dar um jeito nisso!
- Sério? – perguntou ela, os olhos brilhando de felicidade.
- Mas é claro! Porém, creio que suas férias seriam menores do que o planejado, você passaria apenas metade das férias em casa, tudo bem? – perguntou o diretor.
- Pra mim está ótimo!
- Muito bem, então, vou providenciar uma volta mais cedo para a senhorita de modo que coincida com o período de ausência do nosso amigo Lupin... voltaremos a conversar quando eu já tiver tudo acertado.
- Certo. – disse ela ao se levantar – Muito obrigada mesmo! Tchau diretor!
***
Ao entrar na sala comunal, procurou por sua amiga Viviane, olhando por toda a sala. Sem encontrá-la, seguiu em direção às escadas para o dormitório feminino. Parou, porém, no meio do caminho.
Notou Potter e Pettigrew sentados no sofá ao seu lado. O que lhe chamou a atenção foi o fato de Potter parecer estar estudando. Porém, ele parecia estar irritado.
- Será que alguém pode me ajudar?!? – perguntou ele, jogando o livro no chão.
Lílian nem conseguia resumir o que sentia. Talvez "enjoada" fosse a palavra mais apropriada. Como ele podia ser tão convencido, esperando que todos devessem fazer tudo por ele, como um bando de elfos-demésticos sempre ao seu dispor?? Como ele podia ser tão... tão... Argh!
Viu então que uma garota, de cabelos castanhos, meio aloirados, e olhos cor de mel, se aproximava dele.
- Eu posso. – disse a garota, com um sorriso meloso. – Em que você precisa de ajuda?
Potter a olhou de cima á baixo, como se a analisasse, antes de responder, sorrindo.
- Feitiços. Mas, minha doce Cherr, não seria uma aula teórica, então, por que não vamos para uma sala vazia pra que você possa me ensinar os feitiços que aprendemos na última aula...
Lílian revirou os olhos e, evitando olhar para Potter, que conduzia a garota para fora da sala comunal, voltou a seguir seu caminho. Tão "enojada" que nem percebeu uma garota de cabelos e olhos cor-de-chocolate entrando na sala comunal, apenas quando foi parada por ela.
- Lílian! – exclamou Vi, sorridente – Você vai salvar a minha vida!
- Como assim? – perguntou a ruiva, já rindo da cena que Vi fazia.
- "Como assim"? Quem mais poderia me ajudar a fazer o último dever de casa pra ficar com o domingo livre?? Eu li tanto sobre o assunto – disse Vi, numa clara chantagem emocional – mas simplesmente não consigo organizar as informações no pergaminho!
"Ajudar? Leu? Organizar informações?", pensava Lílian, embora não deixasse de rir da amiga, pois sabia que Viviane tinha o incrível hábito de estudar com ela, a fazendo responder tudo, mas sem admitir que estava copiando e sim "debatendo sobre o assunto".
As duas sentaram-se em uma mesa ao canto. E fizeram, ou melhor, Lílian fez o trabalho, que durou até quase a hora do jantar.
No saguão principal, parou para falar com Remus, enquanto Vi seguia para a mesa da grifinória.
- Hei, Remus! Eu falei com o Dumbledore... – começou ela animadamente, mas foi interrompida pela professora de Adivinhação, Lawren Clearfut, cuja matéria não estudava mais.
- Olá, Evans, Lupin... – disse a professora sombriamente. – Creio que não sinto boas energias... devo adverti-la, minha querida, para tomar cuidado com seus poderes nas férias... e você, meu querido... – ela parou por um momento, como se não entendesse o que tinha para dizer – A lua estará forte em Dezembro... isso faz sentido para você?
- Não... – respondeu ele, franzindo a testa.
- Bem, de qualquer jeito, desejo-lhes boa sorte... – disse ela, antes de virar em seus calcanhares e voltar para o salão principal.
Lílian, ignorando o que a professora havia dito, ia continuar a falar, quando foi interrompida novamente.
- Olá, Evans!
- Olá, Potter, Black, Pettigrew – disse, sem emoção, e voltou-se para Lupin – Então, o diretor disse que vai dar um jeito pra eu ir passar pelo menos metade das férias em casa, aí eu volto quando você precisar, se precisar – corrigiu ela, receosa por falar de um assunto delicado como a doença – se ausentar...
- Que bom! – o tom animado dele a deixou aliviada.
- Aí depois, quando estiver mais perto, a gente resolve isso melhor... até mais!
Lílian virou-se e começou a andar em direção à mesa, onde Viviane estava, ignorando os outros três. Pôde ouvir os risos de Black e ouviu ainda Potter dizer ameaçadoramente "Se você ficar com ela, Remus, eu MATO você!". Mesmo sem saber por que, isso a fez sorrir. Mas não comentou isso com ninguém, mesmo porque logo esqueceu afinal, era apenas Potter querendo bater o recorde de Black na quantidade de "ficadas" em Hogwarts.
***
Lawren Clearfut sabia que tinha algo errado, podia sentir isso. Resolveu voltar a sua sala. Já havia lido as cartas, as borras de chá, mas nem mesmo sua bola de cristal lhe mostrava coisa alguma. Era como se não houvesse nada para ver após um determinado tempo. Suas previsões alcançavam apenas o futuro próximo. Depois disso, parecia não haver nenhuma previsão a se fazer.
Sentou-se em sua grande almofada e olhou sua bola de cristal mais uma vez. Concentrou-se. Movia suas mãos sobre a bola, passando-lhe suas energias, mas tudo o que conseguia ver era uma forte neblina.
Desistiu. Confiava no Universo, sabia que haveria um motivo para isso. Mais do que isso, sabia que haveria uma solução.
***
- Bem vindos à luta de hoje, meus queridos alunos! – dizia o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas naquela manhã de segunda.
Enquanto os estudantes se acomodavam em seus lugares nada convencionais – as carteiras estavam arrumadas de modo a formarem um círculo no meio da sala – Jake Auro, o professor, armava uma espécie de disco no chão, no centro das carteiras.
- O que será o de hoje? – perguntou Maddeleine para as amigas.
- Espero que não seja algo que faça a gente sair correndo! – respondeu Vi, ao que Lílian apenas sorriu, pois o professor parecia querer falar.
- E então? Prontos? – perguntou ele, animadíssimo.
- Sim! – responderam os grifinórios e lufa-lufas presentes.
Auro apontou sua varinha para o disco no chão e dele elevou-se uma imagem em 3D. Um grande monstro esverdeado, com corpo humano, orelhas e olhos de gato e caninos de cachorro surgiu virtualmente no meio da sala, arrancando pequenos gritos de susto de alguns alunos. A imagem ficava girando, para que cada um pudesse vê-lo tanto de frente quanto de costas.
- O quê que você pediu mesmo, Vi? – perguntou Lílian, após a amiga gritar.
- Bem, este é um Gremillin! Não, não se preocupem meninas, ele só vive em cavernas montanhosas... – acrescentou sorrindo – Mas, enfim, hoje vamos aprender a se defender dele! Como vocês podem notar – disse ele apontando a varinha para o peito do monstro – ele possui um peitoral que é um forte escudo, então um feitiço lançado aqui não surtirá muito efeito... toda a sua pele é forte como o casco de uma tartaruga! Mas, reparem bem, essas orelhas não são fofas?
Uma onda de risos preencheu a sala. O professor parecia estar falando de um lindo bebê. Ainda com essa expressão, ele pareceu indignar-se com uma idéia.
- Não, gente, vocês não vão tentar explodir essas fofíssimas orelhas vão??
- Sim! – responderam alguns alunos, achando que era isso que o professor esperava ouvir. Mas se enganaram.
- Bem, vocês podem até tentar, mas tudo o que vão conseguir é deixá-lo surdo, furioso e então vão que conjurar uma potente vassoura pra fugir dos caninos dele... A fragilidade do Gremillin não está no "design" da orelha, mas na sua sensibilidade! Ele pode ouvir a sua respiração à quilômetros!!
Auro falava com entusiasmo, se aproximando de aluno por aluno, voltando-se hora para um lado, outra para o outro do círculo. Alguns alunos, levados pela representação do professor, afastaram-se dele e prenderam a respiração no momento em que ele passava.
- Se você fugir, – continuou, aproximando-se de dois alunos bruscamente – ele vai segui você mesmo que você deixe de respirar, porque ele ainda vai poder ouvir a batida do seu coração!!
- Então se eu ver um monstro desse eu grito! – disse Viviane.
- Muito bem, Srta. Whedon! Um grito estridente que faça estourar os tímpanos do Gremillin é a melhor defesa! Se vocês estiverem com a varinha, ampliem o som o gritem, gritem, e gritem muito! Depois sim, vocês podem sair correndo...
- Como assim "sair correndo"? Não vamos lutar?
- Podemos, Srta. Evans, mas é desnecessário. Correr é sempre a melhor opção.
- Mas e se estivermos preso com o monstro em algum lugar?
- Então, Sr. Lupin, você faz o que eu vou ensinar. – respondeu o prof, com um amplo sorriso. – Algum voluntário??
Os alunos se entreolharam apreensivos. Ser voluntário numa aula de Jake Auro não era um bom negócio.
- Que tal um de vocês dois? – disse o professor, apontando na direção de Black e Potter, que cochichavam entre risos – Parece que vocês têm boas idéias... idéias, no mínimo, engraçadas...
- Por que não? – disse Black, levantando-se todo cheio de si, com um sorriso no rosto e uma expressão de quem está gostando de aparecer.
Expressão esta que fez Lílian revirar os olhos. Viviane, entretanto, estava adorando, pois torcia para que Black, assim como todo auxiliar de Auro, acabasse mal. Mas adorando mesmo estavam as outras garotas, Maddeleine incluída, que ajeitaram-se nas carteiras assim que o rapaz levantou.
- Bem, como eu já disse antes – começou o professor, após "desligar" o disco – é inútil um golpe, seja de varinha, seja em punho, não vai adiantar muito. Porém, exatamente por sua pele ser extremamente grossa, alguns de seus movimentos ficam lentos. Ele pode correr, e muito, mas virar-se rapidamente é difícil. Então, temos de ficar atrás dele...
Auro foi para detrás de Black.
- ...e então vocês devem colocar seu pé na frente do pé dele e puxá-lo, fazendo com que ele caia no chão!
Para melhor demonstrar isso aos seus alunos, ele passou seu pé pelo de Black e ambos foram parar no chão.
- E lembrem-se, levantar-se é outro movimento lento para ele! – disse Auro enquanto se levantava.
Black logo levantou-se também, elegantemente, e ajeitou seus cabelos negros enquanto sorria para as garotas da classe.
- Mas professor, e os feitiços de Petrificação, Imobilização, Impedimenta, nada funciona?? – perguntou Lupin.
Lílian gostou muito da pergunta, pois esta era uma dúvida que acabara de lhe ocorrer também. Tudo bem que tinha gostado de ver Black no chão (não mais do que Vi, claro), mas aquilo tudo não fazia muito sentido, parecia mais uma luta de artes marciais trouxas.
- Oh, sim, é claro! Isso também serve...
- Ãh?? – foi tudo o que Black conseguiu fazer para demonstrar sua indignação e revolta.
- É, mas nem sempre temos nossas varinhas em mãos, não é mesmo? Meu trabalho é lhes ensinar a se defender em quaisquer circunstâncias! E lembrando sempre que a pele dele pode inutilizar um feitiço... Mas, se vocês querem usar varinhas, ainda há outro recurso... Ninguém imagina o que possa ser?
Auro girou no centro, olhando para seus alunos, esperando que algum deles fosse capaz de descobrir a resposta sozinho. Parou seu olhar em Lupin, em Lílian e em outros alunos, mas ninguém conseguia pensar em nada. Lílian sentiu-se mal em ver uma pontada de desapontamento nos olhos do professor.
- Gente, o que eu já repeti 10 vezes aqui??
- Ainda bem que ele sabe que tá repetindo tudo né? – sussurrou Vi.
- Pele forte, grossa!! O que isso causa??
- Calor? – perguntou uma Lufa-lufa.
- Isso!! – animou-se Auro, virando-se para a garota.
- O senhor está sugerindo que a gente desidrate o monstro?? – perguntou Vi, como se fosse a coisa mais absurda do mundo.
- Quase isso! – respondeu ele, fazendo o queixo de Vi cair. – Gente, conjurar fogo!! Ele não ia agüentar muito tempo perto do fogo e vai embora e, se por acaso vocês estiverem presos com um Gremillin – acrescentou, olhando de relance para Lupin – mantenham-se atrás do fogo que ele não chegará perto de vocês! Vocês lembram como se conjura fogo, não é mesmo?
Mais uma vez ele rodou, olhando para seus alunos com esperança. Alguns balançaram a cabeça em afirmação, outros não a balançaram.
- Bem, o fogo, como vocês sabem, nada mais é do que a combustão do oxigênio...er...com...er... ah, enfim, é combustão de ar com algum material inflamável, então é possível se "fazer" fogo mesmo sem uma varinha, é apenas necessário se concentrar energia num material como álcool, papel, etc... Vocês dois, nem pensem em fazer isso aqui!
O professor parou em frente a Black e Potter, que riam e cochichavam.
- Na verdade a gente nem tinha pensado nisso, Sr. Auro... – disse Black.
- Mas agora que o senhor citou... – completou Potter.
Auro ergueu uma sobrancelha, num nítida expressão de desconfiança, mas resolveu acreditar que era só uma brincadeira, embora fosse realmente difícil acreditar nisso.
- Então, se houver um incêndio aqui, já sabemos a quem culpar... – disse ele, sorrindo – Bem, alunos, por hoje é só! Até a próxima aula! – enquanto ele falava, o burburinho dos alunos guardando o material já podia ser ouvido – E não esqueçam de fazer uma dissertação sobre Gremillins nas férias!
- Hei Black! – chamou Viviane, quanto o avistou no corredor, cercado de garotas – Posse tentar aplicar aquele golpe em você??
- Só se você cair por cima de mim...
A resposta de Viviane provocou um ataque de risos em Lílian, pois ela simulou uma crise de vômitos, ao que Black não se abalou, apenas a ignorou e voltou-se para o seu "fã-clube".
Lílian estranhou apenas que Potter não estivesse com ele, já que o que os dois mais gostavam de fazer era ficar sorrindo e atraindo a atenção de um bando de garotas, mas logo entendeu quanto o viu andando por um outro corredor, muito mais vazio, com Cherr, a garota da voz melosa. Então foi sua vez de simular um vômito.
- Hem-hem... – fez Viviane – Lily, querida, as pessoas podem interpretar mal essa sua atitude heim... é claro que eu, como seu amiga, sei que não é ciúmes...
- Vi! É claro que não é! Eu só acho ela muito... – ela repetiu sua cara-de-vômito.
- Certo... – disse Vi numa clara ironia – Então vamos logo pra aula de Transfiguração.
***
Ver Potter e Cherr juntos tornou-se uma coisa freqüente, tanto que ninguém se surpreendeu quando, quatro dias depois, eles assumiram um namoro. Coisa que Cherr falava como se fosse um troféu que ela tinha acabado de ganhar, embora Lílian soubesse que ela ainda saía com os outros garotos. Discretamente, é claro. Se Potter aceitava, se não sabia ou se fingia que não via, Lílian não fazia idéia, tampouco sentia pena dele.
E parecia que Black também não sentia, ou pelo menos foi que o ela entendeu com um comentário dele, ao passar por eles na mesa da Grifinória no salão principal.
- Agora "Pontas" terá um novo sentido como apelido, não é mesmo Aluado? – perguntou ele, parecendo se dirigir a Lupin.
- Muito engraçado, "Almofadinhas"... – rebateu Potter desdenhosamente.
Pettigrew apenas ria.
Mas o que mais incomodou Lílian não foi a brincadeira ou a falta de sensibilidade de Black, mas os apelidos que eles usavam entre si, coisa que sempre despertou a curiosidade dela.
Então, quando estava na sala dos monitores com Lupin mais tarde, resolveu perguntar sobre isso. Foi até a mesa dele e sentou-se.
- Remus, eu ouvi hoje o Black te chamar te "Aluado", tem algum sentido específico isso?
- Ah, é palhaçada dele... ele fica dizendo que eu sou desligado, que "vivo no mundo da lua"... – respondeu naturalmente.
- Ah tá... – disse Lílian, não muito convencida, mas sem fazer mais perguntas.
- Dumbledore disse que podíamos passar na sala dele hoje pra planejar as suas férias, vamos?
- Claro! – animou-se Lílian, já se levantando.
As férias de Natal já seriam na próxima semana, Lílian estava muito ansiosa, mal podia esperar para ir para casa e rever sua família. Ficaria apenas quinze dias, voltando mais cedo, juntamente com alguns professores, como Dumbledore já providenciara. Mal sabia ela que não seria necessário esse transporte, pois ela nunca voltaria por ele.
N/AGente, desculpa por fazer vcs lerem de novo a cena da "pior lembrança de Snape", mas eu precisava de um sonho real pra essa cena, e essa é a única que temos...
Ah, e MUITO obrigado pelos reviews, vcs não fazem idéia de como essas pequenas mensagens nos estimulam a escrever mais!
