Continuando sua busca, Ash continua indo para Pallet.. Será que ele é capaz de suportar os desafios para chegar em sua cidade?



DARK AGES OF POKÉMON WORLD
(Ou 'Pokémon, Macabre version')



Capítulo 4:

Era de manhã, pelo menos parecia apesar do céu continuar escuro e nebuloso como nos outros dias. Ash abriu os olhos e se levantou da cama.. Não sabia quando ia voltar a ver uma cama. Colocou o boné e se levantou, saindo da cabana. Olhou em volta e prestou mais atenção no local onde ele estava; pois no dia anterior ele sequer prestava atenção nele mesmo. No lugar havia muitas pessoas agitadas correndo de um lado para o outro, uma pequena vendinha estava na sua frente. Na frente de algumas casas havia hortas, casas feitas com toras de madeira com o teto feito de palha. Uma alta parede de madeira cercava todo o local, como em um pequeno feudo. Ash entendeu que naquele lugar havia um ultimo resquício de paz, por isso o nome de Refúgio. Ash se encontrava perdido em seus pensamentos quando sentiu uma mão encostar em seu ombro.

'Venha cá..' - Disse Maisy olhando para ele -

'Bom dia..' - Disse Ash, porém não obteve resposta -

Ele a seguiu até um lugar coberto com algumas frutas em uma velha mesa.

'Coma. Vai precisar.' - Disse ela -

'Obrigado..' - Sussurrou Ash sentando e comendo com um pouco de voracidade, afinal fazia tempo que não comia direito -

'Quer mesmo ir para Pallet?' - Disse Maisy sentando em um pequeno banco que estava próximo -

'Claro! É o que eu mais quero.. Você sabe como posso chegar lá?'

Maisy olhou para baixo e depois voltou a olhar para Ash

'Sei sim.. Pelas Catacumbas do Poço dos Slowpokes..' - Disse ela com um ligeiro olhar tristonho -

'Você mencionou isso ontem. Pode me mostrar onde fica?'

'Posso..' - Sussurrou ela num tom quase inaudível -

'Então me mostre!' - Disse ele -

Ela levantou a voz e olhou com um estranho ar de medo no olhar

'Não é tão simples! Nós não podemos passar por Azalea pelo caminho normal, porquê a cidade virou uma espécie de quartel.. Fabricam armas e rendem escravos nesse lugar, além de sempre tentarem atacar o Refúgio.. Se nós nos aproximarmos.. transformarão você em escravo.. Quanto o a mim.. eles sabem quem sou..' - Ela parou um pouco e depois prosseguiu - 'Vão me matar! Ou.. pior.. me forçar a contar o segredo de como fazer as Pokébolas.. E depois.. - Ela soluçou -

'E quanto a esse caminho que você falou?' - Perguntou Ash -

'Bem.. Esse caminho antes era chamado de Poço dos Slowpokes, o lugar onde os Slowpokes viviam a 6 anos atrás.. Depois, ficou conhecido como Catacumbas.. Devido ao fato de Slowpokes e Humanos mortos ou com Pokérus B serem jogados e trancados no lugar, até a morte. Mas além disso, uma parte do povo de Azalea que sobreviveu foi morar no subterrâneo, se escondendo nos escuros caminhos da caverna. Dizem que alguns dos que foram para lá ainda vivem, mais pelo fato de ficarem sem ver o menor raio de luz do sol, que mesmo sendo pouca aqui fora é vital para todo o ser vivo, dizem que estão condenados a morte, doentes e com um aspecto terrível.' - Disse ela -

'Mas.. se são boatos.. como chegaremos nesse lugar?'

Ela se levantou, pegou uma bolsa de couro artesanal e entregou outra para Ash.

'Pegue.. As suas coisas.'

Ash olhou para ela com um olhar estranho, enfim tomou coragem e perguntou

'E o Pikachu?'

Ela olhou profundamente nos olhos dele e depois falou

'Está aqui.' - Ela atirou nas mãos dele uma Pokébola a parte de cima feita de um crânio e a parte de baixo muito negra -

'Não abra. Ou esse maldito poderá te matar. Se quiser abrir, vá longe do Refúgio, não quero Pokérus B de novo por aqui. Espero ter feito certo..' - Ela baixou o tom da voz - 'Eu ia matar esse Pikachu ontem a noite, mais senti, nele, o carinho que você tinha.. Se o deixar solto, perderá o resto de sua essência e alma para a doença. Dizem que Pokérus B tem cura.. Guarde- o e, se um dia descobrir use nele..' - Ela levantou o olhar - Não me faça achar que forjei essa rara Pokébola a toa.. Não fazia isso a muito tempo.. - Ela ergueu o pulso que estava enfaixado, provavelmente ela se machucou ao fazer a Pokébola -

Houve um periodo de silêncio e então..

'Porque está me ajudando?' – Disse Ash lentamente –

'Não sei.. Você me trouxe.. Alguma memória de meu avô..Agora vamos, pegue suas coisas.' - Disse ela andando -

Maisy se despediu de alguns do Refúgio e continuou andando, ela e Ash saíram pela estreita porta na muralha de madeira que protegia o lugar. Eles continuaram andando pela floresta até que ela parou olhando para uma árvore enorme, que, estranhamente não possuía folhas.

'É aqui.' - Disse ela ao puxar um dos galhos da árvore que abriu um enorme buraco no chão.-

Ash olhava perplexo enquanto ela acendia com duas pedras uma grande tocha e entregava nas mãos dele.

'Desce, anda.' - Murmurou ela -

Ele, sem pestanejar pulou no buraco, que, felizmente não era tão fundo. Ele estava com a tocha na mão e pegou as duas bolsas que ela jogou, então disse.

'Agora vem você, desce!' - Gritou ele -

'Desculpe Ash, mas não posso.. Tenho que cuidar do Refúgio.. Desejo-lhe sorte.' - Disse ela fechando a única saída e deixando Ash apenas com a luz da tocha.

'Nãããooo!! Abre! Abre!' - Disse ele, desesperado gritando e tentando chegar até a saída. Logo ele desistiu, notou que era impossível e chegou a conclusão que.. O único modo era continuar pelo túnel.. -

Depois de gritar muito Ash começou a andar. Logo ao se afastar da entrada onde pequenos buracos ventilavam o ar ele começou a sentir o cheiro pútrido que a caverna exalava. Foi quando ele se arriscou e ergueu a tocha um pouco mais a frente e viu que o chão estava coberto por crânios e esqueletos caídos. Ele olhos aquilo com pânico e se segurou para não gritar.. O ar se tornava cada vez mais irrespirável.

Não podendo recuar, ele mantinha na mente a idéia de chegar em casa.. Ele andava, andava.. Começou a arfar depois de um certo tempo. Não conseguia mais respirar, começou a se sentir tonto e achou melhor sentar-se por um instante. Respirava com dificuldade e sentia um sono terrível.. Encostou a mão que tremia num crânio e se recostou na parede, sentia seu corpo todo formigar. A tocha caiu no chão, e ouviu-se um barulho de água; ela apagou. Ash sentia seus olhos se fecharem e sentia que talvez nunca mais voltaria a abrí-los. Então ele ouviu um ruido, de algo se aproximando. Cerrou os olhos e desmaiou.

'Scyther..?'