- Fase I: Fazer ela se sentir rebaixada em relação a mim. – James disse no dia seguinte descendo para o Salão Principal.

- Essa eu quero ver... vai ser difícil. – Sirius debochou.

- Sente e observe. – James olhou para Snape que entrava distraído no Salão e para Lilly que estava do outro lado da mesa.

Ele foi se aproximando devagar de Snape e trombou nele que carregava vários livros, fazendo cair todos no chão. Foi tiro e queda, logo toda a mesa da Grifinória se juntou para ver o que James faria com Snape, incluindo Lilly. Ele sabia que apesar do que a garota havia dito não iria deixa-lo azarar Seboso.

Num tranco ele pegou o outro pelos braços e o pôs de pé bruscamente. Pegando todos os livros do outro olhou desafiadoramente para Snape.

- Não se mova Potter. – Lilly falou secamente. – Você não vai fazer nada.

- O que? Eu só ia pedir desculpas o Snape aqui... – ele esticou os livros para o outro garoto que os pegou desconfiado. – Eu estava totalmente distraído indo pegar umas anotações no salão comunal... que nem vi o pobre coitado... – Deu certo a monitora olhou para o chão ficando vermelha. – Como você é imatura Evans. Mas eu não ligo. Quer sair comigo?

- Sai da minha frente seu imbecil... – ela passou direto por ele saindo do salão.

Ele revirou os olhos e se assentou com os amigos não conseguindo segurar o sorriso.

- Putz... todo mundo deve estar falando o quanto imatura a Evans foi. – Sirius falou. – Você realmente conseguiu.

- Ainda não. Eu só vou ter certeza de que ela está se sentindo mais imatura que eu quando me pedir desculpas por ter me julgado mal.

- Eu não acho que ela te julgou mal. – Remus sorriu.

- O importante é ela achar. – James deu seu sorriso mais bonito que fez várias garotas pelo salão suspirarem, mas ele não ligou. – Tenho que preparar a fase dois também. Se tudo der certo ela já vai ser posta em prática em no mínimo uma semana. – ele comeu a última torrada saiu correndo


- Aquele... ele pensa que me engana... mas não mesmo... – Lilly bufava indo em direção a sabe-se lá onde.

- Lil. – A voz de Andrômeda chegou até ela.

- Quê? – a ruiva se virou e falou rispidamente com a amiga.

- Calma... eu só queria te dizer que...

- O quê? Eu não devia ter gritado tanto com o James? Não obrigada. Pra isso já basta a vozinha na minha cabeça dizendo. "Sua amigas estavam certas... você é mais imatura que ele..." – ela fez um voz de nojo. – Me deixa.

- Você está se sentindo tão imatura assim?

- Eu? Imatura? Não mesmo...

- Não adianta mentir pra mim. O que você tem Lil?

- Eu? Eu tenho James Potter. Até demais... Black... você não sabe... ele me persegue. – Lil falou fazendo movimentos com a mão como se espantasse uma mosca.

- Você me chamou de Black... está beeem irritada né?

- Você nem imagina...

- Mas e aí? Fiquei sabendo que você aplicou uma detenção no Lucius... – nisso o rosto de Lilly se iluminou com um sorriso.

- Ele me desacatou... Vai fazer companhia para o Filch hoje. Ajudar a lavar umas roupas sujas.

- De que casa?

- Lufa-Lufa. – Eu queria muito ver a cara dele quando tiver que lavar as roupas de gente que despreza tanto. E ele vai ter que fazer um bom trabalho, ou eu posso pedir pro Filch pendurar ele numa daquelas algemas, no meio do Salão pra todo mundo ver.

- Você é má, Lilly. – a outra fez uma careta.

- Eu? Não mesmo né? Só sou um pouco dura com certos alunos. – a ruiva sorriu.

- Eu que não queria pegar detenção com você. Tem aula de que agora.

- Adivinhação. – a outra fez uma careta. – Por que a gente precisa desse curso no Prep. para a Academia de Aurores?

- Sei lá? Eu quero ser Medibruxa de qualquer jeito... – deixa eu correr que agora é Herbologia... Essencial... meus testes de admissão são em 8 meses. Até mais tarde. – a morena saiu correndo mas se virou no corredor. – Não trate a Pam mal, ela ficou chateada.

- Certo... – Lilly revirou os olhos e subiu até a torre da Professora Titan, de adivinhação.

A Professora estava sentada numa cadeira séria, com suas roupas meio medievais que Lilly achava ridículas.

- A Primeira a chegar Srta. Evans? – a professora sorriu. – Sinto muito mas sua pressa não vai evitar que o Sr. Potter se sente perto de você.

- Ahn? – a outra não entendeu.

- Ora... – a professora riu, uma risada alta e que fazia Lilly lembrar das bruxas dos filmes de princesa que assistia quando criança. – Ele te irritou muito hoje não foi? Parece que se demonstrou mais maduro do que a Srta. pensava... Mas ele vai te surpreender mais ainda. Não sei se de alguma maneira boa... mas vai te surpreender de qualquer maneira. – a professora sorriu.

Lilly fez uma careta. A professora sempre fazia previsões tediosas sobre seu destino, todas sempre felizes. Lilly não acreditava em nenhuma delas. Por mais estranho que parecesse preferia acreditar nos sinais que Felicia Simpson da Lufa-Lufa via, que contavam com um casamento feliz, uma morte violenta, e um herdeiro herói.

Não que ela realmente acreditasse em previsões de qualquer maneira.

- Já chegou Evans... Deu um show hoje né? – a garota loira se assentou ao lado da colega. Lilly e Felicia não eram bem amigas, mas Felicia era a única garota no Preparatório da Academia e se não fosse com ela seria com James.

- Não me lembre. – a ruiva reclamou colocando o livro em cima da mesa.

- Foi uma cena e tanto. Todos comentaram da falta de maturidade da Monitora. Mas, hei, aquele garoto é realmente insuportável. O que será que aqueles lá estão tramando?

Felicia também era Monitora, pela Lufa-Lufa e era a única aluna, com ênfase no aluna, que detestava os marotos tanto quanto Lilly.

- Obrigada, você concorda comigo. Eu realmente não acredito que ele foi bonzinho com o Sebo... digo, Snape. – ela se corrigiu.

- Bem... alguma ele... – mas a outra não terminou a frase, pois um enorme Lírio branco aparecera na cara dela a fazendo espirrar.

- Potter! – Lilly levou um susto. O Rapaz estava estendendo o Lírio para ela com um sorriso no mínimo brilhante.

- Evans. Só pra você não dizer que eu sou mal educado... Fui muito duro com você lá embaixo. – ele colocou o lírio na mesa dela e se assentou na mesa de trás.

- Potter. – ela se virou irritada. – Se isso for pra me chamar pra sair eu...

- Evans... você acha que eu só sou gentil quando quero sair com uma garota? – ele parecia bem indignado. Ela se preparou para responder mas ele a interrompeu. – Não responda. Eu estou ofendido. – e dizendo isso ele se levantou e foi para outra mesa do outro lado da sala.

- Essa eu não esperava... – A ruiva se virou com uma cara espantada e se deparou com uma Felicia parada com um sorriso bobo.

- Você nunca me disse que ele te dava flores... – ela olhava para o lírio branco. - Ele é um imbecil, mas você vem se superando no quesito irritação...

- Me desculpe Felicia, mas eu achei que você odiasse todo e qualquer maroto.

- Sim, mas... flores... você sabe o que flores brancas querem dizer?

- O quê? – Lilly disse entediada.

- Paz... ele pediu trégua. – A outra disse decidida. Lilly havia se esquecido o quanto Felicia era romântica. - Olha... sério Lilly, eu gosto dele ainda menos que você... mas se ele pediu trégua... e ele tem ajudado tanta gente nesses dias, mais que zuado com elas... talvez ele vá..

- Você anda tendo aulas de adivinhação de mais... – Lilly revirou os olhos.

- Me desculpe... eu não resisto a flores.

- Percebe-se...

- Bem... a aula começou... – Felicia disse fazendo uma careta para Peter que havia jogado uma bolinha de papel nela.


- Ela está olhando? – James perguntou para Sirius, já que estava virado de costas.

- Boquiaberta. – o amigo sorriu.

James não resistiu e se virou discretamente e viu que ela conversava com Felicia Simpson a monitora antipática da Lufa-Lufa. E brincava com a flor.

- Essa idéia da flor viera de última hora quando ele ouvira uns alunos dizendo que ele praticamente humilhara "a monitora metida a superior.". Um dia ele havia ouvido sua mãe dizer que flores brancas representavam paz e correu para conjurar um lírio branco.

- Parece que ela gostou da flor. – James se virou novamente.

- Um toque de gênio. – Sirius completou. – Mas você ainda não disse o resto do plano.

- Não mesmo... se vocês souberem isso pode estragar tudo. Eu quero que ela pense que é tudo real. Se vocês soubessem iriam ter que mentir e aquela garota realmente sabe quando alguém está mentindo... estranhamente ela só não sabe quando eu minto.

- Ou não quer saber. Olha James eu acho que ela sempre foi caidinha por você e só é teimosa demais pra admitir.

- Sério Almofadinhas? - ele disse irônico mas se recompôs - Eu também... por isso que eu tenho que mostrar pra ela que todas as coisas que a dão motivo para ser teimosa são mentira, assim, ela não vai mais ser teimosa.

- Eu posso falar com a Andrômeda. De repente ela ajuda...

- Do que os senhores estão falando? – a professora colocou os testes deles nas mesas. – Distraídos e inteligentes como sempre.

- Obrigado Professora. – James sorriu para a nota 130% e estranhou não ouvir suspiros.

- Ela é muito estranha. Todo mundo vai bem nas provas dela... – Sirius reclamava com Remus na mesa ao lado.

- Todos menos uma certa senhorita Evans. – Peter resmungou. James pensava que o fato de Peter ficar por aí como um rato ouvindo tudo o estava deixando muito bisbilhoteiro, mas as informações que ele vinha dando eram muito úteis.

- Sério?

- A professora acabou de dizer para ela que as notas dela estão muito baixas se as notas dela não alcançassem as suas, iria reprovar.

- Ah é... Sabe... as coisas saem melhores do que eu planejo... e olha que eu não planejei isso... – James sorria cada vez mais.


- OK. Agora foi demais. Potter o que você pensa que...

Lilly havia ouvido um monte de primeiranistas da Lufa-Lufa resmungarem qualquer coisa sobre James e logo já imaginou o que ele estaria aprontando.

Mas não estava pronta para ver o garoto dando dicas de vôo para os sempre estabanados primeiranistas da Lufa-Lufa, que tinham uma estranha tendência a só aprender a voar direito depois do terceiro ano.

O garoto a viu e se virou sorrindo, mas não aquele sorriso de conquistador que ele sempre dava, e sim um sorriso sincero de quem gostava do que estava fazendo.

- Sim, srta. Monitora. – ele disse suavemente. – O que foi demais?

- O que é isso? – a ruiva sussurrou. Já era a milésima vez nessa semana que ela ia brigar com ele e ele não fazia nada de errado.

- Aulas extras de vôo... Eu pedi ao professor pra me deixar dar umas aulas práticas para os primeiranistas... Não são todos que conseguem voar tão bem quanto...

- Você? – ela completou com cara de descrença. – eu realmente achei que...

- Eu ia dizer não são todos que sabem voar tão bem quanto querem. – ele sorriu. Parecia sincero demais para Lilly duvidar que ele realmente iria dizer aquilo. – Você está me subestimando tanto assim?

- Certo... me desculpe... é só que... – ela não evitou um sorriso meigo. – Você tem agido com bastante maturidade esses dias.

- E isso não é o que se espera de um rapaz com a minha idade? – ele botou as mãos na cintura imitando o modo que ela falava com ele de vez em quando.

- Você está certo... eu acho. Me desculpe de novo. – ela pareceu meio sem graça. – Eu não sei o que eu tenho.

- Tudo bem. Eu nunca fui um exemplo de pureza esses anos. – ele se virou para os alunos novamente e Lilly ia voltar para o castelo, mas ela ainda tinha que dizer algo.

Hesitou alguns instantes antes de chamar o garoto de novo, em que pôde reparar na maneira que ele ajudava os mais novos.

- James... – ela chamou timidamente e ele veio no mesmo instante. – Sabe o que é? Eu... bem... eu preciso de umas aulas de adivinhação extras e... bem... você é o melhor da classe e... bem... já que você mudou tanto nesse ponto... será que dava pra me ajudar?

- Eu não sei Evans... – ele parou com os braços cruzados e pensativo. O Sol o fazia franzir a testa e ele parecia outra pessoa, um ar quase comtemplativo, mas atennto. – Eu ando meio sem tempo... – ele se lembrou que era noite de lua cheia na próxima sexta.

- Certo então... – ela se virou meio desapontada.

- Mas eu posso dar um jeito. Que tal amanhã à noite no...

- Em nenhuma sala isolada. – ela disse rispidamente.

- Eu já não te provei que mudei? – ele sorriu. – Tudo bem. Amanhã à noite no Salão comunal. Leva seu livro e uns pergaminhos.

- Certo... ah... muito obrigada então. – ela voltou calmamente para dentro do castelo.


- Então quer dizer que ela te pediu desculpas? – Remus levantou uma sobrancelha desconfiado.

- Pediu desculpas, disse que estava me julgando muito mal, que eu tinha mudado... e me pediu umas aulas extras de adivinhação. – o moreno disse despenteando mais o cabelo.

- E aonde você vai leva-la? – Sirius perguntou com um sorriso maroto no rosto.

- No salão principal. Eu não posso atacar logo de cara não é?

- Esse é o James que eu conheço? Eu acho que nenhuma garota nessa escola levou tantos ataques, tantas diretas, tantas indiretas como ela de você. – Peter comentou.

- Certo... mas ela precisa acreditar em mim, acreditar que eu mudei.

- Certo então. É isso? Só isso? – Sirius disse desapontado.

- Claro que não. – James disse e se cobriu até as orelhas. – Agora eu vou dormir que o dia amanhã é cheio. E sexta tem lua... – James fechou as cortinas em torno de si e desapareceu.

N/A: e aí? gnte mande rewiews por favor... como eu vou saber se alguém gosta do q eu escrevo... assim a escritora fica desestimulada...

bjuz