Heart of sword
Sakura corria sem nem parar para pensar se as pessoas estavam estranhando o fato de ela correr mesmo sem poder ver. Não importava, seu pai estava em perigo, ela sabia disso. Fez o feitiço para enxergar enquanto corria e assim que chegou na frente de sua casa viu seu pai caído no chão, inconsciente e muito ferido, enquanto um senhor ria. Ela reconheceria aquele rosto mesmo depois de todo aquele tempo: fora ele quem a havia deixado cega.
- Seu maldito, como pôde fazer isso?
- Ele não quis dizer aonde você estava.
- Como se você precisasse de informações.
- Certo, fiz isso de propósito. E daí? O que vai poder fazer?
- Muita coisa. – ela partiu para cima dele.
Quando Eriol, Yelan e Shaoran chegaram, a batalha já estava em seu desfecho. Feitiços voavam vindos de ambas as partes, de cores e feitios diferente, de acordo com seu elemento. Algumas vezes, porém, podiam ver um vulto correndo rapidamente e atingindo a outra parte. Gotas de sangue voavam e Sakura se preparava para dar o ultimo golpe, como Eriol pode verificar. Aos poucos, podia se perceber a aura de poder que emanava de Sakura, diminuindo e o homem achava que estava prestes a matar a Flor de Cerejeira, mas, ledo engano. Uma bola de energia foi se formando atras da maga e assim que ela pensou ser suficiente, guiou a bola até uma altura suficiente, olhou profundamente para os olhos daquele 'ser' e murmurou algo como "isso é por meu pai... e por mim" e direcionou a bola de energia para o homem e o transformou em pó ("putz, viciei em DBZ..." Pronto, cena estilo DBZ! ^_^). Devido a grande quantidade de poder gasto, Sakura caiu de joelhos e ofegante, lágrimas nos olhos, olhando o vento dissipar o pouco que restou de seu adversário. Seus olhos correram até seu pai. Esquecera por completo que ele estava ali e mais lágrimas correram de seus olhos. Discretas e silenciosas lágrimas se misturavam com um filete de sangue que descia de sua têmpora. Eriol foi o primeiro a chegar até Sakura que ainda estava na mesma posição, olhava atônita para o que fizera, e para o que aquele homem fizera.
- Sakura! – Eriol correu para ela com uma Yelan preocupada e um Shaoran hesitante.
- Não se preocupe comigo. – disse ela, ofegante.
- De quem é o cadáver ali? – perguntou Shaoran, tentando mudar o rumo da conversa, mas recebendo um olhar furioso de Eriol, fato que foi notado por Sakura.
- Deixa, Eriol. – disse ela. – Eu já sabia que ele estava morto. – mais uma lágrima rolou de seus olhos. – Ele era meu pai. - disse ela sem ao menos desviar o olhar do corpo.
- Opa... – Shaoran ficou sem graça. – Foi mal, nem imaginei... Lamento.
- Bom, acho que é melhor adiarmos a viajem. – disse Yelan, se abaixando ao lado de Sakura. – Podemos esperar o tempo que for necessário.
- Não... – disse Sakura. – Não precisa mesmo... Só quero fazer o velório e nós viajamos.
- Sakura, não seja tão dura consigo mesma. – disse Eriol.
- Não estou me culpando, Eriol. Eu fiz tudo o que pude... – Sakura enxugou as lágrimas e o sangue na manga da camisa e se levantou com a ajuda de Eriol. – Quero ir o mais rápido possível para tentar esquecer.
- Vamos, melhor cuidarmos dos ferimentos. – disse Eriol, entrando na casa com Sakura apoiada em seu ombro e seguido por Shaoran e Yelan.
Eriol limpou os ferimentos e enfaixou, Sakura parecia totalmente perdida e sequer reclamou de dor. Eles estavam no quarto da garota, e Eriol chamou os outros dois para a sala na parte de baixo da casa, deixando Sakura só.
- Você está louco? E se ela tentar se matar? – perguntou Shaoran.
- Ela pode ser a pessoa mais razoável do mundo, mas acabou de perder a única família que ela tinha, Eriol... – completou Yelan.
- Sakura não vai tentar se matar... Ela não seria egoísta a esse ponto. – ele suspirou. – Ela tem mais fibra que muitas pessoas que conheço, ficariam espantados se soubessem do que ela é capaz.
- O que ela fez agora a pouco já não foi suficiente? – perguntou Yelan, espantada.
- Isso foi só um teste, Sakura estava furiosa, não pensou na hora. Claro que ela lamenta a morte do pai, mas nesse momento está se questionando se o que ela fez foi o certo.
- Está falando de matar aquele homem? Não creio... – perguntou Shaoran.
- Pode crer, agora queria te pedir um favor... – disse ao amigo. – Sabe aqueles pãezinhos maravilhosos que você faz? Poderia fazer alguns para Sakura? Imagino que ela vá gostar...
- Claro, é só me mostrar onde estão as coisas.
Shaoran levou mais ou menos uma hora para fazer os pãezinhos, depois Eriol levou uns dois para Sakura, que não saíra do quarto desde então.
- Sakura? Está melhor?
- Um pouco... Que cheiro bom, o que você tem aí?
- Shaoran fez uns pãezinhos, achei que gostaria de comer alguma coisa.
- Pelo cheiro parece delicioso... – ela pegou um e deu uma mordida. – É muito bom mesmo. – ela terminou o pão em silêncio e depois comeu o outro que Eriol levava.
- Sakura, vai dar tudo certo. A polícia esteve aqui, falei que era um roubo e que o homem fugira... Levaram o corpo de seu pai, melhor começarmos os preparativos para o velório logo.
- Eu sei, mas hoje não quero pensar em mais nada. – ela apoiou a cabeça no ombro dele. – Você realmente acha que eu sirvo para o clã?
- Claro que acho, você provavelmente é a única chance de colocar juízo na cabeça daqueles velhos gananciosos... – Sakura riu.
- Só você, Eriol...
- Você quer mais? Posso pegar, Shaoran fez bastante...
- Não, obrigada... Agora não quero nada mais...
- Tudo bem, então descanse. – ele a deitou na cama e a cobriu. – Lembre-se de que nunca vai estar sozinha, você sempre vai ter alguém disposto a te ajudar.
- Eu sei, não vou me esquecer. – ela fechou os olhos e logo adormeceu.
Eriol olhou a sua volta, o quarto de Sakura praticamente não mudara desde a última vez que ele o vira. Mas algo no quarto chamou sua atenção: dois livros de capa dura azul clara. Como podia ser isso, Sakura não gostava de ler e raramente usava sua magia para enxergar... Era estranho, perguntaria para ela na manhã seguinte. Desceu e encontrou os dois sentados na sala.
- Melhor passarmos a noite aqui. – comentou Yelan.
- Vocês podem voltar para o hotel se quiserem. Eu vou ficar. – disse Eriol.
- E você acha que vamos te deixar com essa barra toda? Ficou louco... – comentou Shaoran, em tom de gozação. – Fala sério, cara...
Eles ficaram lá, Eriol e Shaoran no sofá e Yelan ficou no quarto de hóspedes.
Na manhã seguinte, Sakura acordou e todos já estavam de pé. Shaoran parecia estar na lavanderia, Eriol no jardim e Yelan na cozinha. Desceu as escadas depois de colocar um short jeans e uma camisa colada ao corpo azul.
- Bom dia. – disse a Yelan assim que entrou na cozinha.
- Bom dia, dormiu bem?
- Sim, obrigada.
- Já faço seu café.
- Não precisa se preocupar, eu posso me virar.
- Estou fazendo isso porque quero, não por pena.
- Não reclama, é raro ela querer cozinhar. – disse Shaoran, entrando na cozinha.
- Não quero causar problemas a vocês.
- Não é problema algum. – disse Yelan. – Realmente é bom voltar a cozinhar de vez em quando...
- Bom, tem alguma coisa queimando... – comentou Sakura.
- Opa... – ela desligou rapidinho o fogo. – Não queimou não, só está um pouquinho tostado...
- Bom dia, como a princesa dormiu? – perguntou Eriol, passando por ela e dando um beijo em seu rosto.
- Lá vem você com isso de novo...
- Mas ele está dizendo a verdade... – comentou Shaoran. – Parece mesmo uma princesa.
- Olha, para o Shaoran reparar em você, tem que ser mesmo atraente... – comentou Yelan.
- Certo, pode até ser... – ela foi interrompida pelo telefone.
- Ah, não esqueça o que ia falar. – disse Eriol atendendo ao telefone. – Residência dos Kinomoto. Quem gostaria de falar com ela? Um minuto. – ele tampou o bocal do telefone. – Desde quando Shinta te liga depois do que ele fez?
- Ele e meu pai continuaram muito amigos, meu pai nunca soube do que ocorreu para que nós nos separássemos... – ela pegou o telefone. – Alô? Olá, Shinta. Não se preocupe, estou bem. Não, achei que você deveria desconfiar que não era realmente um assalto. É, o mesmo. Não se preocupe comigo, uns amigos meus estão aqui, não precisa vir. Ah, claro... O velório? – Eriol fez sinal de que era no dia seguinte. – Vai ser amanhã, vou ligar avisando o horário. Já disse que não precisa... Tudo bem, agora eu tenho umas coisas para resolver, te ligo mais tarde... Tchau. – ela desligou.
- Ele queria vir aqui? – perguntou Eriol.
- Faz algum tempo que ele anda querendo reatar comigo.
- Entendo...
- Não se preocupe, não vou cometer o mesmo erro duas vezes. – disse ela, interpretando o tom de voz preocupado do amigo. – Por mim não falaria com ele de novo, mas ele era amigo de meu pai, tem o direito de ir ao velório se quiser.
- Bom, será que eu preciso dizer que estou boiando aqui? – disse Shaoran.
- Shinta é meu ex-namorado, ele me enganou e me machucou muito... – ela suspirou. – Esqueçam isso, eu sei como lidar com ele.
Yelan a serviu e ela comeu calmamente. Depois resolveu dar uma volta, pediu para ir sozinha e eles consentiram. Ela deu uma longa volta pela cidade, pensando em tudo o que acontecera a ela, nos últimos dias. Estava sendo tudo rápido demais, mas era assim que ela queria. Voltou para sua casa depois de duas horas e meia e percebeu que somente Eriol ficara lá.
- Sakura, você está bem?
- Estou sim, Eriol.
- Bom, espero que não se importe, mas eu já dei um jeito na cerimônia. Achei que você queria um pouco mais de paz.
- Obrigada. Realmente, não estou com cabeça para organizar nada...
- Relaxe, está esperando demais de si mesma.
- Eriol, eu sei o que estou fazendo. Você já ligou para todos?
- Liguei para os amigos que estavam na agenda ao lado do telefone.
- Obrigada, não sei o que eu faria sem você.
- Pra começar não teria tantos problemas... Antes achei que estivesse fazendo o certo, mas agora acho que não foi realmente uma boa idéia te ensinar magia...
- Não se culpe, você não poderia saber... E se não fosse você seria outro que me ensinaria, não faria grande diferença. Minto, faria uma grande diferença, mas somente para mim, já que consegui um grande amigo nessa história toda...
- Fico feliz em saber que isso é tão importante para você. Escute, Tomoyo e Yukito pediram que você ligasse para eles quando chegasse.
- Obrigada, vou ligar. Para que horas ficou o velório?
- Duas e meia da tarde.
- Tudo bem, obrigada. – ela foi até o telefone e discou o número de Yukito. – Alô?
- Sakura, é você?
- Sou sim, Yuki. Você pediu que eu te ligasse?
- Pedi...
- O que foi?
- Sakura, como você está?
- Estou bem, Yuki, Eriol já deve ter te contado tudo o que aconteceu... Não se preocupe comigo...
- Eriol também disse que você tomou uma decisão que vai mudar sua vida totalmente, mas não quis dizer o que era...
- E ele fez bem, você saberá qual foi a minha decisão amanhã. Duvido que vá gostar muito, mas é o que eu vou fazer. Era só, Yuki?
- Era.
- Então até amanhã. – ela desligou e depois discou o telefone de Tomoyo. – Alô, por favor, a srta Daidouji?
- Quem deseja?
- Sakura Kinomoto.
- Só um instante, srta Kinomoto.
- Sim. – ela esperou alguns segundos.
- Alô? Sakura? – a voz de Tomoyo vinha muito preocupada.
- Olá, Tomoyo.
- Sakura, como você está?
- Estou bem, Tomoyo, Eriol já deve ter dito isso.
- Mas eu queria ouvir de você. Sakura, eu me preocupo muito com você, sabe disso.
- Eu sei, Tomoyo, mas não precisa ficar tão preocupada assim...
- Sakura, seu pai está morto e você quer que eu não me preocupe com você? Falei com mamãe e ela disse que seria uma honra que você morasse conosco.
- Tomoyo, esqueça isso por hora... Eu também já tenho meus planos...
- E quais seriam esses?
- Você vai saber amanhã no velório... É melhor contar para todos ao mesmo tempo... Ninguém vai gostar da idéia mesmo...
- Sakura, você está me assustando...
- Não é nenhuma loucura, Tomoyo, é o melhor tanto para vocês quanto para mim.
- Achei que confiasse em mim...
- Eu confio Tomoyo, confiaria minha vida em você, mas a decisão que eu tomei não vai ser muito aceita e não quero ninguém buzinando no meu ouvido até amanhã. Não se preocupe, nada mais vai acontecer.
- Tudo bem, eu confio em você. A gente se vê amanhã.
- Tudo bem, até lá. – ela desligou.
- Tomoyo é uma pessoa muito persistente. – comentou Eriol.
- E eu acho que você deveria dizer a ela o que sente antes de irmos.
- Esqueça o que eu sinto por ela. Minha prioridade agora é outra.
- Não há nada mais importante do que nossos sentimentos, Eriol. Shaoran e Yelan vão voltar, não vão?
- Vão.
- Então convide Tomoyo para jantar fora. Divirta-se Eriol, não se prenda por minha causa.
- Tudo bem. Acho que é melhor aproveitarmos nossa última noite aqui.
- Vocês compraram as passagens para amanhã à noite?
- Sim.
- Ótimo, quanto mais rápido formos menos terei que ouvir sermões da família de Tomoyo.
- Se é assim que você quer...
- É sim. Agora vou tomar um banho, ligue para ela.
- Vou sim, mas assim que Shaoran e Yelan chegarem.
- Tudo bem.
Sakura tomou seu banho percebendo quando Shaoran e Yelan chegaram e Eriol saía para se arrumar no hotel antes do jantar.
No dia seguinte, (acharam que eu ia entregar o jantar dos dois assim de bandeja? Não mesmo...) a manhã foi muito silenciosa. Ninguém sabia o que dizer. Shaoran e Yelan mal conheciam Sakura, mas sentiam pena por tudo o que havia acontecido. Eriol, por incrível que pareça, não falava nada desde que chegara. Sua expressão era neutra e impassível.
Eriol e Sakura arrumavam as coisas dela, com uma ajuda da magia de ambos.
- E o que são esses livros azuis? – perguntou ele.
- Guarde-os, são cadernos na verdade. Quando tenho meios escrevo um pouco.
- Certo... – ele guardou. – Você ainda tem tempo de mudar de idéia, Sakura.
- Não quero trazer mais problemas para essa cidade, e também essa pode ser minha única chance de recuperar a visão.
- Indiferente de você vir conosco ou não, fiz uma promessa e vou cumpri-la nem que seja a última coisa que eu faça.
- É engraçado como você mudou tanto e ao mesmo tempo não mudou nada. – ela parou e ficou encarando o rapaz. – Achou que eu não tinha reparado?
- Nunca pensei isso.
- Você mudou muito fisicamente, em magia e mentalmente, pelo que eu pude perceber. – ela se aproximou dele e mexeu nos longos cabelos. – Mais evidente que isso impossível.
- Eu sei, mudei um pouco o estilo... Mas eu não fui o único. – ele tocou a face de Sakura. – Sabe muito bem que sempre te admirei muito.
- E isso sempre gerou muitos boatos sobre nós.
- Nunca liguei para isso. – eles se olhavam bem nos olhos. De repente Sakura se apóia no ombro dele e começa a chorar.
- Estou com medo, Eriol... E se não der certo?
- Der certo o que?
- Você me conhece, não que eu não me adapte bem com novos ambientes, mas...
- Não fale mais nada. – ele a abraçou forte pela cintura com o braço esquerdo e acariciou os cabelos dela com o direito. – Você vai se dar bem, não se preocupe.
- Eu nunca me senti assim antes.
- E não tem que se sentir, confie em si mesma e confie em mim. Nada vai te acontecer.
- Tudo bem. – ela secou os olhos e se afastou um pouco dele. – Obrigada.
Eles continuaram a arrumando as coisas e foram para o velório num táxi, os quatro.
Todos chegaram, a quantidade de amigos era grande, Tomoyo e Yukito ficaram ao lado de Sakura. No final do velório foi perguntado a Sakura o que ela faria. Então ela resolveu anunciar.
- Essa noite, a pedido de meu amigo Eriol, vou me mudar para Hong Kong. Estou indo definitivamente para lá e nada me fará mudar de idéia. Antes que comecem a falar, isso já havia sido decidido entre eu e meu pai antes de tudo acontecer.
- Mas, Sakura, como que você... – Yukito ia protestar, mas Tomoyo chamou-lhe a atenção, fazendo-o calar-se.
- Sabe bem que não quero que vá, Sakura, mas essa decisão é somente sua. – disse Tomoyo, ficando face a face com a amiga. Se for isso realmente o que você quer, desejo a maior sorte do mundo. – Tomoyo a abraçou.
- Não chore, prometo não esquecer vocês, e principalmente você, Tomoyo. – ela retribuiu o abraço.
- Não pode e nem vai se mudar assim, Sakura Kinomoto. – disse Shinta, que não parara de dar em cima de Sakura o velório inteiro.
- Não há mais nada que me prenda aqui, Shinta. – disse Sakura, desfazendo o abraço.
- Seu pai uma vez me disse que era para eu cuidar de você, ele confiou você a mim.
- Para mim chega, já aturei você demais. – Shaoran berrou e deu um soco no rapaz, fazendo-o cair no chão. – "Sakura, querida... Você está sozinha agora... Eu sei que a sua cegueira não é um grande empecilho, mas agora, para todos, você não passa de uma garota cega e sozinha. Mas eu tenho uma idéia... Você precisa de alguém que te faça ser respeitada e eu de uma garota bonita como você ao meu lado... Então eu pensei que eu poderia satisfazer suas necessidades. Se você satisfizer as minhas". – disse Shaoran, em tom de deboche, imitando o que Shinta fizera com Sakura quando chegara. – Faça-me o favor, deixa de ser tão ridículo. – Sakura deu uma forte gargalhada ao ouvir essas palavras.
- Eu realmente achei que não demoraria a você explodir... – disse ela. – Claro que eu nunca faria do jeito que você fez, mas não há nada que alguém possa fazer para mudar minha opinião, muito menos você, Shinta. Que horas são?
- Quase seis horas. – disse Tomoyo.
- Temos que ir. – disse Eriol.
- Vocês vão hoje? – espantou-se Sonomi.
- Em meia hora. – disse Sakura.
Eles discutiram um pouco, mas as seis e dez todos foram para o aeroporto, Sakura, Shaoran, Eriol e Yelan depois de pegarem as malas.
As discussões no aeroporto eram bastante complicadas, mas Sakura estava inflexível. Seis e vinte eles entraram no avião.
- Você realmente tem amigos muito insistentes... – comentou Shaoran.
- Você não viu como eu posso ser insistente... – comentou ela, com pouco caso.
- Não se ofenda, ela está cansada... – disse Eriol, sentando-se ao lado dela e ajudando-a a colocar o cinto. – Não fica assim, logo tudo vai se acalmar... – Eriol a confortou, enquanto esta se apoiava em seu ombro, relaxando.
- Desculpe, Shaoran... Não quis ser rude...
- Está tudo bem, só tente se controlar um pouco...
- Tudo bem... – ela sorriu fracamente.
- Descanse, não se preocupe com nada... – Eriol beijou a testa de Sakura. Uma aeromoça passava nesse momento. – Por favor, poderia trazer um cobertor e um travesseiro?
- Claro, só um instante, senhor. – ela se afastou e logo voltou com o cobertor. – Aqui está.
- Obrigado. – ele pegou os dois e ajudou Sakura a se ajeitar.
- Nós já vamos decolar, não é muito agradável dormir na decolagem. – aconselhou a aeromoça.
- Não vou dormir, só estou com um pouco de frio. – disse Sakura.
- Tudo bem. Qualquer coisa só me chamarem que virei assim que puder.
- Obrigada. – disse Sakura.
O vôo foi tranqüilo, Sakura foi o vôo inteiro calada. Sabia que teria grandes problemas quando chegasse em Hong Kong, tanto para se adaptar quanto para ser aceita pelo clã. As únicas coisas que a consolavam eram ter Eriol por perto e saber que se trouxesse problemas com magia, estaria com pessoas que teriam como lidar com isso.
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Gente, eu não queria ter que dizer isso, mas não sei quando vou publicar o próximo, estou tentando escrever, mas o capítulo seis travou...
A cena de luta foi feita pela Tomoyo Hiiragizawa, te adoro, valeu mesmo, linda.
Vou fazer o que eu puder, mas não garanto nada, e as provas também não ajudam...
Bjs, Miaka.
