Heart of sword

Sakura acordou na manhã seguinte bem disposta. Levantou, lavou o rosto, colocou uma roupa simples, short colado ao corpo preto e camiseta branca simples, meia e tênis. Saiu do quarto e encontrou com Shaoran no corredor.

- A princesa acordou cedo hoje. – comentou ele.

- Bom dia para você também. – disse ela.

- Seu treinamento começa logo depois do café, vamos.

- Você é quem manda...

Os dois foram tomar café e depois foram para o dojo na parte de trás da mansão para treinarem.

- Vamos a um pequeno aquecimento antes de começarmos, testar sua velocidade e reflexos.

- Como quiser... – ela se alongou. – Imagino que depois vai querer um pequeno teste com minha visão?

- Não se preocupe com o depois, não vou forçar muito a barra no começo, não se preocupe.

- Você vai fazer a parte física, quem vai fazer a parte com magia?

- Não sei. Podemos começar?

- Claro. Como vai querer fazer isso?

- Segure isso. – ele entregou uma espada de madeira a ela.

- O que tem em mente? – perguntou ela, analisando a grossura e o comprimento da espada.

- Estou com outra exatamente igual a essa, só quero que se defenda. Não vou atacar muito forte, vamos só começar.

- Tudo bem, quando quiser. – Sakura afastou ligeiramente as pernas e segurou a espada firmemente.

- Lá vou eu! – ele começou a ataca-la por todos os lados e ela se defendeu sem dificuldade. – Bons reflexos... Agora podemos aumentar a velocidade?

- À vontade. – disse ela e ele o fez. Ela estava indo bem, até que, por uma distração já que um dos anciãos entrou no dojo, Sakura levou um golpe direto no ombro e caiu com tudo no chão.

- Sakura! – Shaoran se ajoelhou ao lado dela.

- Estou bem... Só me distrai por um instante.

- Não quero que se preocupe com as presenças à sua volta, Sakura. – disse ele. – Se fizer isso não vamos andar com o treinamento nunca.

- Vou tentar evitar... Mas você imagina como é difícil, sempre me utilizo das presenças à minha volta para me localizar.

- Você não precisa sentir presença para isso, quero testar seus reflexos, a magia não me importa.

- Tudo bem... – ela se levantou e ficou novamente em posição. – Vamos continuar.

- Acha que consegue? O golpe não foi fraco não.

- Anda logo.

- Tudo bem... – ele continuou a seqüência de golpes, e agora Sakura se defendia e revidava também. Shaoran não protestou, logo ia falar para ela fazer isso mesmo. Os dois percorriam todo o dojo, mas não acertavam um ao outro, nenhum baixava a guarda. Eles ficaram naquilo por um bom tempo, até que Shaoran queria parar o exercício, mas não podia perder a chance que vira naquela hora. Assim que Sakura bloqueou seu ataque, ele segurou o braço dela, passou uma rasteira, derrubando-a no chão e imobilizando-a com o próprio corpo. – Chega, vamos parar um pouco.

Sakura somente confirmou com a cabeça, sentia a respiração dele ofegante e algumas gotas de suor dele caindo sobre a sua blusa. Ambos estavam cansados, não fora fácil ficar quase uma hora naquele ritmo, mesmo para o todo poderoso Shaoran Li. Ela riu a esse pensamento e logo ele questionou o sorriso.

- Do que está rindo? – ele continuava sobre ela, admirando aqueles olhos esmeralda e aquele corpo de deusa que ela tinha. O peito arfante o atraía muito, quase o fazendo jogar-se em cima dela, mas ele se controlou.

- Nada não... Só um pensamento idiota. Dá para sair de cima de mim agora?

- Desculpe. – ele saiu, meio desapontado. – Quer alguma coisa?

- Um pouco de água cairia bem... Manda a minha bolsa que vou pegar uma coisa...

- Tudo bem. – ele pegou a bolsa e entregou na mão dela. – Já volto.

Shaoran a deixou sozinha por alguns instantes, o que deu tempo a ela de pensar em muitas coisas.

- 'Shaoran é estranho, às vezes parece que ele nem liga para mim e logo em seguida está dando em cima de mim... Pena que não tem coragem de ir em frente com isso...' É um covarde mesmo...

- Quem é o covarde? – Shaoran voltara com a água.

- Ninguém... Só pensei alto.

- Está aqui a água. Vamos descansar que depois quero ver como seus reflexos são com a sua visão.

- Tudo bem. – ela tomou um demorado gole, fingindo não perceber que ele a observava, praticamente a secando. – Vamos começar?

- Claro.

Sakura fez o feitiço para enxergar por meia hora, preferia garantir, Shaoran sabia que aquilo tinha limites.

- Bom, não vamos perder tempo. Vamos sem espadas agora?

- Como você quiser, só que só vou me defender.

- Está bem.

Eles ficaram testando os reflexos dela por quinze minutos sem parar. Shaoran parou de atacar de repente e olhou pela janela do dojo, parecia procurar alguma coisa.

- O que foi? – perguntou ela.

- Senti uma presença estranha e poderosa...

- Deixe-me ver... – ela se concentrou e sentiu a presença que Shaoran falara. – Não pode ser...

- O que?

- Não ele...

- Sakura... – Shaoran via pânico nos olhos da garota. – O que foi?

- Droga, por que ele tinha que estar aqui? – ela ergueu uma barreira de magia em volta de si mesma e saiu correndo do dojo em direção à presença.

- Shaoran, o que aconteceu? – Eriol logo chegou ao rapaz, que já corria atrás de Sakura, mesmo sem entender.

- Estávamos treinando, mas eu senti uma presença estranha e parei um pouco o treino para analisar. Sakura sentiu-a também e ficou assim.

- Sabe me dizer mais ou menos onde a presença está?

- No centro.

- Deixe-me ver... – ele se concentrou e logo arregalou os olhos. – Precisamos alcança-la antes que chegue ao local.

- Não podemos simplesmente pará-la?

- Sakura ergueu uma barreira de magia em volta de si mesma, não conseguiremos penetra-la.

- Então, pernas para que te quero... – os dois aumentaram a velocidade, mas Shaoran tomou a dianteira, já que era mais rápido.

- Faça-a parar, pelo menos até eu alcança-los.

- Está bem. – ele começou a correr o mais rápido que conseguia. Conseguiu vê-la, chamou seu nome, mas ela não parava. Conseguiu alcançá-la e a segurou firme. – Pode parando aí, Sakura. Você é louca?

- Me solta! Você não sabe de nada!

- Não vou soltar, você não vai fazer nada sem que eu entenda o que está acontecendo.

- Não tenho tempo para isso agora, me solta!

- Sakura! – Eriol chegou. – Não pode enfrenta-lo, você sabe que não está em condições.

- Eriol, não começa, não posso simplesmente ignorar isso.

- E não vai precisar. – disse uma voz grave atrás dela.

- Droga... – disse Eriol, empurrando Sakura para trás de si e colocando-se em frente a ela. – Sr Amamiya, não se cansou de brincar com Sakura ainda?

- Ela é minha neta, não venha me falar bobagens!

- Shaoran, leve-a para a mansão, não a deixe ir a lugar algum. – disse Eriol.

- Eriol! Não vou sair daqui, não vim aqui para ser arrastada de volta.

- Parece que já está enxergando novamente, minha querida.

- Não diga besteiras... – retrucou Sakura. – É só temporário, e não vim aqui para pedir sua proteção.

- Orgulhosa assim como Nadeshiko... E linda como tal.

- Não se atreva a tocar no nome de minha mãe! Ela não merecia o pai que teve, orgulhoso e ganancioso, que não liga para mais nada além de lucro e poder!

- Sakura, acalme-se... – pediu Eriol.

- Saia daqui! – Yelan chegou até eles e se postou na frente de Eriol. – Sakura Kinomoto agora é integrante do clã Li. Sou responsável por ela e exijo que a deixe em paz.

- Como pôde fazer isso comigo, Sakura? Eu que te ajudei tanto...

- Claro... Assim como ajudou minha mãe quando ela precisou, não é?

- O que aconteceu foi um infeliz acidente.

- Mesmo assim... – ela cerrou os dentes.

- Vamos, Sakura, ele não pode fazer nada para você agora. – disse Eriol. – Ele não pode exigir nada.

- Eu sei. – ela olhou com desprezo para o avô e saiu dali acompanhada pelos outros. – Shaoran?

- Que foi?

- Podemos continuar o treinamento amanhã?

- Claro, mas vou cobrar todo esse tempo que perdemos.

- Tudo bem. – ela sorriu fracamente.

Eles chegaram na mansão e Sakura foi para seu quarto. Tomou um banho e se deitou um pouco. Não demorou muito e Shaoran chegou no quarto com uma bandeja com o almoço dela.

- Não precisava...

- Não quero que você fique fraca. Me preocupo com você, talvez não tanto quanto Eriol, mas me preocupo.

- Eu sei... Me desculpe, fui grosseira com você mais cedo.

- Não se preocupe, sei que não tinha a intenção.

- Eriol te contou do meu avô?

- Que ele é um canalha que usou seus poderes para se impor na sociedade e quando você ficou cega ele simplesmente te largou em um canto qualquer? Contou sim...

- É uma maneira bem direta de encarar as coisas. – ela riu. – Mas, basicamente, foi isso o que ele fez.

- Agora entendo porque era tão fechada antes... Não era para menos também.

- Não sei... – ela continuou comendo silenciosamente.

- Escuta, Sakura... Tinha algo que eu queria te contar...

- O que foi? – disse, em tom doce e sugestivo, na esperança de ele não desistir de falar.

- Tipo, eu sei que nos conhecemos há pouco tempo e que você ainda não confia tanto em mim... Não a culpo por isso e nem vou se me achar doido, mas...

- Mas...

- Sakura... Eu... Queria te dizer que... Eu... Eu a...

- Sakura, eu preciso falar com você! – disse Eriol, entrando do nada, abrindo a porta com tudo e fazendo quase Shaoran ter um treco ali mesmo.

- Já que você já acabou, vou levar a bandeja para a cozinha. – Shaoran sentia seu coração a mil, estava tão perto de confessar seus sentimentos e Eriol o interrompera. Ele saiu do quarto, deixando Sakura e Eriol a sós.

- Você é um cretino, Eriol... Como é que ele te agüenta?

- Desculpe... Mas o clã nunca permitiria uma relação com a situação estando nesse pé...

- Eu sei... Mas você precisava frustrá-lo quando ele estava tão perto?

- É o jeito... – ele riu. – Mas não era mentira que eu precisava falar com você.

- O que foi?

- Eu tenho uma notícia maravilhosa para você. Acho que consegui achar um meio de te curar.

- Como é?! – ela se levantou rapidamente e arregalou os olhos. – Você não está brincando comigo, está?

- Nunca brincaria com isso, Sakura... Sabe muito bem que não o faria em circunstância alguma.

- Ai, Eriol, muito obrigada! – ela correu até ele e o abraçou (ela não está vendo, mas sente a presença).

- Não me agradeça. – ele a segurou pelos ombros e a afastou de si, encarando-a. – Não tenho certeza, preciso fazer alguns testes, isso se você estiver disposta a isso.

- Nunca quis algo tanto na minha vida, Eriol, você sabe disso!

- Eu sei, Sakura... Eu só vim aqui te dizer para descansar e se preparar. Amanhã podemos fazer o "ritual", mas preciso que você esteja descansada.

- Tudo bem... Esperei dois anos, não vai fazer mal esperar mais um dia. – ela sorriu e voltou a abraça-lo se apoiando no peito dele. – Nunca duvidei de você, Eriol, sabe disso. Sempre confiei muito em você e, hoje, você me prova mais uma vez que é digno de confiança.

- Sakura... Se tudo correr bem você vai poder ficar tranqüila quanto ao Shaoran. Acho que vai ser melhor para vocês se esperarem um pouco.

- Tudo bem... É até melhor assim, se não conseguir recuperar a visão só vou ser um peso para ele.

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Bom, gente... Tenho umas coisas a dizer...

Esse fanfic está sendo lido por muito pouca gente e eu to desanimando...

Se o movimento não melhorar eu tiro o fanfic do ar...

Queria agradecer à Yoruki Mizunotsuki e à Soi fofa.

Bjs, Miaka.