Heart of Sword

O professor tinha acabado de entrar na sala e começava sua aula, mas Sakura tinha seus pensamentos dispersos. Estava sofrendo, mas não voltaria atrás em sua decisão de terminar o namoro com Lien. Sua concentração, porém, não se alterara em nada. Lyu dissera estar impressionado com sua evolução em tão pouco tempo.

Já havia passado alguns dias desde que tiveram a conversa no pátio. Aquele dia eles ainda passaram o almoço juntos, mas desde então não estavam se falando direito. Lien precisava de um tempo, ela sabia que o machucara muito, mas era temporário, ele logo superaria, pelo menos ela esperava que sim.

Lien estava em sua carteira olhando pela janela. O término do seu namoro com Sakura foi o certo, mas ainda doía. Estava tão distraído que se assustou quando reparou subitamente na comoção de alunos na sala.

Olhou para frente e viu uma menina alta, com cabelos castanhos claros lisos, que iam até a cintura. Reparou também que tinha a pele bem clara, e lindos olhos azuis da cor do mar. Ele até a achou bonita, mas Sakura ainda não saíra de sua cabeça.

– Bem classe, chega de bagunça – disse o professor – Essa é Sharon Smith, ela veio da Inglaterra e irá se juntar a nós.

Sharon olhava a todos na sala. Ficou pensando de como fora rápida a sua ida aquele país. Estava meio desorientada ainda por tudo o que acontecera com ela. Fora bom sair da Inglaterra, mas sentiria falta de seus amigos. Estava ali pra começar uma nova vida e conseguiria realizar isso. De repente seus olhos avistaram uma pessoa. Ele era alto e forte, com cabelos negros e olhos em um tom de mel, mas seu olhar demonstrava tristeza.

Sakura andava pela escola sozinha. Tinha ficado na sala durante os outros dias para evitar encontrar Lien, mas não agüentava mais ver todos conversando e rindo, livres no pátio, enquanto ela se escondia como um animal assustado.

Foi em direção ao ginásio, tinha visto algum movimento de alunos por lá. Assim que entrou viu algumas meninas dançando, sendo coordenadas pela professora de educação física. Ficou a observá-las com evidente interesse, dança sempre fora seu hobby, junto com a música da harpa.

Assim que a música cessou, as dançarinas foram tomar água e descansar um pouco, enquanto a professora aproximou-se de Sakura.

– Pelo jeito gosta de dança.

– É sim... – ela confirmou com a cabeça, sorrindo. – Vão fazer alguma apresentação?

– Sim, é um festival de dança, sem fins lucrativos ou qualquer tipo de competição. – explicou a professora, com olhar sereno. – Eu pensei em chamá-la, mas imagino que tenha outros afazeres.

– Na verdade não... Se ainda estiver interessada em minha presença nessa apresentação, ficaria honrada em participar. – alargou o sorriso, era tudo o que precisava para clarear a mente: fazer o que adorava.

– Já estamos treinando há algum tempo, acha que consegue pegar o ritmo?

– Eu sempre tive facilidade em memorizar movimentos e séries, apesar de não dançar há algum tempo... Posso começar quando quiser.

– Estávamos treinando agora, pois não iremos treinar de tarde, mas temos ensaio marcado para amanhã após as aulas.

– Estarei aqui sem falta. – Sakura sorriu satisfeita, saindo do ginásio. Sentiu a presença de Shaoran aproximar-se, mas sequer virou-se, aprendera a controlar-se próxima a ele.

– Hei, parece que alguém está muito feliz hoje. – ouviu-o comentar.

– Pois é, parece que as coisas estão começando a dar certo para mim. – sorriu. – Mas não pense que vou amolecer no treino de hoje.

– Se amolecer mais é provável que eu a mate. – disse, debochado, levando um soco fraco no braço.

– Eu melhorei muito com a espada, viu? Os treinos com Lyu deram muito resultado... – suspirou, como que desapontada. – Espero que ao menos não o deixe inconsciente em nosso próximo treino com magia. – riu, pulando para escapar de uma rasteira que ele ia passar-lhe. – Meus reflexos também estão bem melhores.

– Você vai ver quando treinarmos... Pelo menos eu não fiquei desmaiado por três dias como você ficou quando treinou com o Eriol... – viu-a arregalar os olhos e riu. – Ele contou-me sobre isso, sabia?

– Pelo menos não fui eu quem poderia ter sido morta a qualquer instante em um treinamento de nível tão baixo. – alfinetou, começando a andar mais rápido.

– Ah não? Será que preciso lembrá-la que quase cortei você em duas no seu primeiro dia de aula aqui? – indagou, começando a mostrar sinais de aborrecimento. Era tão fácil irritá-lo.

– Não lutamos a sério aquele dia... Nenhum de nós. – sorriu, marota. – Aquela vez não conta.

– Ah, é? Eu vou te mostrar o que é que não conta. – começou a correr atrás dela, enquanto a mesma fugia agilmente, olhando para trás de vez em quando.

– Hahaha! Essa eu quero ver! – mostrou a língua para ele. – Ai! – esbarrou em algo e caiu no chão. – Desculpe, eu... – levantou o rosto, mas não conseguiu continuar a frase ao fitar dois orbes cor de mel.

– Sakura, está tudo bem? – perguntou Shaoran, abaixando-se e logo depois vendo Lien parado, observando a cena.

– Está sim, Shaoran, obrigada. – respondeu, sem desviar o olhar do ex-namorado.

– Bem, então a gente se fala na sala... – ele afastou-se, deixando-os a encararem-se, constrangidos.

– Deixe-me ajudá-la... – murmurou ele, segurando a mão dela e ajudando a levantar.

– Obrigada. – agradeceu, ligeiramente corada, mordendo o lábio inferior em seguida.

– Isso é ridículo... Parece até que somos crianças. – ele comentou, rindo.

– É... Eu sei. – ela riu também. – Não podemos fingir que nunca iremos nos encontrar de novo... E eu não quero que isso aconteça. – viu-o encará-la, confuso. – Eu não sei como você está lidando com o que aconteceu, se quer mais algum tempo...

– Não, Sakura. – ele interrompeu-a. – Eu estou bem, apesar de não parecer... Nesses últimos dias fiquei pensando em tudo e cheguei a conclusão que posso lidar facilmente com o fato de não namorarmos mais, só não posso deixar de falar com você, mesmo como amiga, você é muito importante para mim.

– Você também é Lien, sabe disso. – sorriu docemente. – Amigos, então? – estendeu a mão.

– Amigos. – ele sorriu, apertando a mão dela. – Escute, você estava bastante alegre conversando com Shaoran... Aconteceu alguma coisa?

– Entre nós, nada. Mas estou feliz porque a professora me colocou no grupo de dança para a apresentação no festival.

– Mas o grupo já está ensaiando há algum tempo... Acha que consegue acompanhar? Mesmo tendo o tempo limitado pelos treinos?

– Consigo sim, Lien, pode deixar. – ela sorriu.

– Não se esforce demais, Sakura... Já fica esgotada sem participar de atividades na escola... E o grupo de dança não é fácil, acredite.

– Lien! Está tudo bem... Se eu perceber que não posso acompanhar o ritmo, eu saio do grupo... Calma. – ela riu.

– Assim espero.

Shaoran observava-os ao longe. Conversavam como se nada tivesse acontecido, simplesmente como bons amigos. Sorriu. Não entendera muito bem o que acontecera para que terminassem, mas parecia ser melhor assim. Sentiu uma mão pousar em seu ombro e virou-se para encarar duas gemas violáceas.

– Ora! Quem é vivo aparece... – ele comentou.

– Eu sei que andei sumida e nem avisei vocês, mas vou participar da competição de canto e estou com problemas para decorar a música... – explicou Tomoyo, sorrindo docemente ao desviar o olhar do casal para o amigo.

– Posso tentar ajudá-la... Tendo o chinês como língua mãe fica bem mais fácil.

– Não se preocupe, estou quase lá... E sei que tem um treino com Sakura hoje. – agradeceu, compreensiva.

– Ah, não se preocupe com isso. Acabo com Sakura em poucos minutos. – seu sorriso convencido esvaiu de sua fisionomia ao ouvir uma risada da parte dela.

– É... Continue tentando convencer-se disso. – viu-o fechar a cara. – Sei que tem mais habilidade com espadas que Sakura, mas ela treinou muito, não vai ser tão fácil quanto pensa.

– Veremos. – entrou no prédio, seguido pela jovem de cabelos escuros.

Sharon andava distraidamente pelo corredor do colégio. Estava no horário de almoço e ela ia a direção à lanchonete quando de repente esbarra em uma pessoa que estava no bebedouro.

– Desculpe, eu estava distraída e não vi você. – Sharon se desespera, pois vê que a pessoa acabou se molhando.

– Tudo bem, é só água, seca logo – ele fala sorrindo para ela. – Você é a aluna nova, não é? Meu nome é Lien Lang, muito prazer.

– Prazer, Lang. Meu nome é Sharon Smith. – ela fala envergonhada.

– Smith é estrangeiro. Você veio de onde? – Lien pergunta, pois não prestara atenção quando o professor a apresentou na sala.

– Eu vim da Inglaterra. Meu pai foi transferido pra cá.

– Sei... – ele comenta. – Vou indo agora. A gente se vê depois. – e sai andando.

Sharon fica parada no lugar olhando ele distanciar-se. Pensa no porquê dele estar mexendo tanto com ela.

Após o término das aulas, Lien despedira-se de Sakura e caminhou vagarosamente e solitário para casa. Mai Su combinara de zoar com uns amigos e até o chamara, mas ele não estava afim.

Apesar de voltar a conversar com Sakura, aceitar ficar somente na amizade, o sentimento de amor que tinha por ela não desaparecera. Sabia que devia tentar esquecer, ocupar-se com outra coisa. Tentaria fazê-lo, e começaria o mais cedo possível.

Lembrou-se da garota nova que esbarrara em si no bebedouro. Sorriu levemente, ela parecia uma peixinha fora d'água. Parecia ser meio estabanada e era bem bonita, não demoraria aos rapazes caírem em cima dela.

– Assim como caíram em Sakura... – e voltou a ficar cabisbaixo.

No final da aula, Sharon saiu sozinha e andava calmamente pela calçada olhando tudo a sua volta. Lembrou-se da Inglaterra, já sentia falta de seus amigos. Olhou pra frente e viu Lien andando devagar e cabisbaixo. Ela ficou reparando nele praticamente o dia todo, e viu que estava normalmente cabisbaixo, mas animou-se um pouco ao conversar com uma japonesa de olhos verdes. Ele a olhava com carinho e tristeza. Pensou em ir até ele, mas desistiu. Parecia que ele precisava de um tempo sozinho.

Shaoran entrou no salão de treinamento e viu que Sakura já se encontrava lá.

– Desculpe o atraso. – disse, observando-a pegar um par de katanas e aproximar-se de si.

– Não se preocupe, acabei de chegar também. – ela estendeu uma das espadas. – Quer se aquecer antes?

– Não... Podemos começar. A não ser que você queira.

– Não, obrigada. – ela sorriu, afastando-se dele e tomando posição.

– Você é quem sabe. – tomou posição de ataque também.

Estavam afastados cerca de um metro, observando cada movimento do outro, pronto para começarem a qualquer momento.

– Algum problema, Sakura? – indagou, sorrindo debochado. – Parece preocupada com alguma coisa.

– E realmente estou... Em como vou fazer para não deixá-lo inconsciente. – ela respondeu o sorriso à altura.

– Estranho... Pois essa é a minha preocupação. – rebateu, logo avançando sobre a jovem.

Shaoran investia estrategicamente, sempre mudando a direção do mesmo, observando Sakura bloquear todos os seus ataques com aparente tranqüilidade. Foi aumentando a força aplicada nos mesmos e começou a notar uma certa dificuldade dela em detê-los, o embate parecia estar no papo.

Sakura começou a ficar impaciente, ele estava somente testando-a. Sentiu quando ele começou a aumentar a potência dos golpes, ela não tinha tanta impulsão quanto ele, mas não poderia ficar somente defendendo-se. Aparou um golpe da espada dele, vindo à sua esquerda, com a sua própria, trocando a arma de mãos e ficando com a mão direita livre para desferir um soco no braço direito dele. Viu-o recuar, espantado.

– Posso não ter tanta força física quanto você, mas consigo manejar a espada em ambas as mãos, tornando meu contra-ataque mais ágil. – sorriu de lado, brincando com a arma, passando-a de uma mão a outra.

– Parece que Lyu fez realmente um bom trabalho com você. – começou a girar a espada na mão direita. – Mas a única coisa que seu soco fez foi pegar-me de surpresa, não me machucou nem um pouco.

– Quem disse que minha intenção era machucá-lo com esse soco? – ela riu, irônica. – Você é tão tolo... Se eu quisesse machucá-lo com as mãos livres, nunca teria escolhido um treino com espadas, não concorda?

– Faz sentido... – foi interrompido por uma voz, vinda da porta do salão.

– Que tal pararem de papear e continuarem o treino? – era Lyu, que acabara de chegar.

– Como quiser, primo. – disse Shaoran, tomando posição de ataque.

Sakura investiu primeiro dessa vez, pegando o rapaz de surpresa, que se defendeu de modo desajeitado, quase perdendo o equilíbrio, mas mantendo-se em pé.

A troca de golpes se tornou mais intensa, o barulho do encontro das lâminas soava como música para os dois espadachins, que sorriam quando os olhares se encontravam.

Lyu observava os movimentos de ambos com um meio sorriso. Nem parecia que eram dois confusos apaixonados, naquele momento eram somente guerreiros em treinamento, mas nem por isso deixavam de admirar um ao outro e divertirem-se.

O choque das lâminas tornava-se cada vez mais violento, Sakura estava começando a sentir que perderia o embate e isso era algo que não queria. Resolveu colocar tudo em um último golpe, portanto, tomou impulso e foi com tudo para cima dele. Sua espada foi bloqueada pela dele, mas o impacto fora tão forte que ambas as lâminas partiram-se, sendo que a lâmina de Sakura acabou por cortar profundamente o ombro esquerdo da mesma e a de Shaoran fez com que ele ganhasse um corte feio no braço esquerdo.

Sakura caiu no chão, levando imediatamente a mão ao ferimento, enquanto Shaoran dava alguns passos para trás, também cobrindo seu ferimento com a mão direita, mas preocupado com o estado da amada.

– Sakura! – ele abaixou-se ao lado dela enquanto Lyu fazia o mesmo em sua frente. – Está tudo bem?

– Claro que está... – respondeu, irônica. – Eu só tenho um corte no meu ombro, o que é que você acha? – suspirou, com um gemido de dor. – Não é nada muito sério, vá cuidar do seu ferimento que Lyu pode ajudar-me aqui.

– Tudo bem. – saiu do recinto, cabisbaixo.

Acabara de sair do banho e trocar o curativo quando ouviu batidas na porta.

– Só um instante, Shaoran. – pediu, colocando a blusa rapidamente. – Pode entrar.

– Sakura... Como você está? – perguntou, timidamente, enquanto entrava no quarto.

– Estou bem... Desculpe ter sido grossa com você aquela hora, acho que acabei levando tudo aquilo a sério demais e fiquei chateada por ter perdido. – sorriu constrangida.

– Você não perdeu. Minha espada também quebrou.

– Você poderia acabar comigo em instantes, eu estava caída. – começou a mexer em seu material escolar.

– Você poderia revidar, só o seu ombro esquerdo estava ferido. – replicou, impaciente.

– Está dizendo que eu ganhei? – perguntou, incrédula, virando-se para fitá-lo. – Shaoran Li discutindo para ter uma derrota?

– Não disse que perdi... Disse que não ganhei. – deu de ombros.

– Então qual o resultado? Empate? – indagou, intrigada.

– Eu diria que sim. Naquele ponto da batalha não podemos dizer quem ganharia. – explicou, colocando as mãos atrás da cabeça.

Duas semanas depois...

Bateu na porta da casa, incerta. Suas mãos, que seguravam o caderno do rapaz, tremiam, fazendo-a segurá-lo mais firmemente, para disfarçar. Deu um passo atrás quando a porta foi aberta e permitiu que ela visse um senhor alto, que sorriu amigavelmente a si.

– Posso ajudá-la? – perguntou ele.

– É aqui que mora Lien Lang? – indagou, sentindo o coração bater mais forte ao vê-lo confirmar com a cabeça. – Ele está?

– Está sim, entre. – abriu passagem a ela, que hesitou antes de dar um passo a frente.

– Com licença. – disse, adentrando a casa.

– Como é seu nome? – perguntou o senhor Lang.

– Sharon... Sharon Smith, senhor. Estudo na mesma sala que ele. – acrescentou rapidamente.

– Está bem. – riu do nervosismo dela. – Sente-se um instante que já irei chamá-lo.

– Sim senhor. – sentou-se no sofá e ficou esperando, de ouvidos atentos. Ouviu passos na escada e logo uma música agitada chegar aos seus ouvidos por alguns instantes, sendo logo desligada e, logo em seguida, novos passos na escada, mas em maior quantidade.

– Olá. – cumprimentou Lien, entrando na sala. – Como está? – sentou-se numa poltrona em frente a ela.

– Bem e você?

– Vou bem. – respondeu, com um sorriso contido. – O que a traz aqui?

– Bem, sei que me disse que poderia devolver-lhe o caderno em mais alguns dias, mas temos prova e achei que fosse precisar da matéria para estudar, então copiei tudo o que precisava e pedi seu endereço para alguns garotos da classe. – estendeu o caderno com um sorriso constrangido.

– Não precisava preocupar-se com isso. – ele pegou delicadamente o objeto das mãos dela. – Espero que tenha ajudado.

– Ajudou sim, muito obrigada. – ela levantou-se. – Bem, era isso. Já vou indo.

– Minha mãe vai servir um chá em alguns minutos, não gostaria de ficar? – perguntou impulsivamente, imitando o movimento dela.

– Desculpe, mas tenho que ir para casa arrumar umas coisas.Agradeço o convite.

– Então nos vemos na escola amanhã. – completou ele, com uma ponta de desapontamento na voz.

Lien estava em seu quarto, arrumando o material para o dia seguinte. Estava colocando tudo na mochila quando um papel caiu de seu caderno.

Não conseguiu reconhecer a letra, mas leu o poema com cuidado.

Wishing on a dream that seems far off

(Almejando um desejo que parece estar tão longe)

Hoping it will como today

(Esperando que ele chegue hoje)

Into the starlit nigth

(Na noite estrelada)

Foolish dreamers turn their gaze

(Sonhadores tolos desviam seus olhares)

Waiting on a shooting star

(Esperando por uma estrela cadente)

But

(Mas)

What if that star is not to come?

(E se a estrela nunca chegar?)

Will their dreams fade to nothing?

(Irão seus sonhos desaparecer?)

When the horizon darkens most

(Quando o horizonte escurecer mais)

We all need to believe there is hope

(Tudo que precisamos é acreditar que há esperança)

Is an angel watching closely over me?

(É um anjo me guardando de perto?)

Can there be a guiding ligth I´ve yet to see?

(Pode existir uma luz guia que ainda irei ver?)

I know my heart should guide me but

(Eu sei que meu coração deveria me guiar mas)

There´s a hole within my soul

(Há um vazio dentro da minha alma)

What will fill this emptiness inside of me?

(O que irá preencher este vazio dentro de mim?)

Am I to be satisfied without knowing?

(Estou satisfeita sem saber?)

I wish then for a chance to see

(Eu desejo então uma chance para ver)

Now all I need disperately

(Agora o que mais eu quero desesperadamente)

Is my star to come

(É que minha estrela chegue)

Suspirou tristemente ao terminar de ler. Percebera que Sharon não era uma garota comum e que tinha muitas tristezas. Soube que ela era obrigada a mudar constantemente, pelo trabalho do pai, e que não gostava disso, mas não queria afastar-se de sua família para ficar com algum outro parente. Era uma garota muito simpática, companhia bastante agradável. Ficou impressionado ao ver como ela sabia bem se manter em silêncio quando ele divagava em suas lembranças com a ex-namorada. Ele não conversara sobre isso com ela, mas tinha certeza que ela já sabia, afinal, fora o assunto favorito de todos logo na semana que ela chegara à escola.

Colocou o papel em seu caderno novamente e guardou o material na mochila definitivamente, logo se deitando e adormecendo em um sono tranqüilo, sem sonhos.

N/A:

Oi, gente!!!

Mais um capítulo atualizado, junto com o final da minha outra fic...

Bem, antes de mais nada, eu quero avisar que não sei quando posto o próximo capítulo... To com uns trabalhos para fazer e isso vai tomar bastante do meu tempo... Mas prometo fazer o possível para escrever.

Meus agradecimentos são os de sempre... Felipe, Yoru, Rô...

Um abraço e um beijo especiais para a minha querida amiga Pety, que me ajudou com a nova personagem: Sharon Smith. Amiga, valeu mesmo!

Recebi vários tipos de reviews no capítulo anterior, e agradeço a todos os que os enviaram... Respondi individualmente os que achei necessário (certo, Yume?), e quem tiver alguma dúvida ou teoria, sugestão ou qualquer outra coisa, podem me falar... Eu não mordo... =P

A música utilizada é Winds Nocturne, da Jenny Stigile.

Beijos a todos...

Miaka Hiiragizawa.