U2 - Electrical
Storm
Ela se revirava na cama, o suor escorrendo
suavemente pela pele cálida e estranhamente pálida, os
olhos negros abertos numa estranha ascensão ao medo, ele
entrava a cada segundo junto a sua respiração, bombeava
juntamente ao seu sangue, parecia veneno, a cada segundo que se
passava dominava outra parte de seu corpo, sua alma, e a única
coisa que ela conseguia pensar era em Sirius. Estava tão
alienada a ponto de pensar que eles ficariam bem naquela situação?
Um auror com uma comensal, um amor de primos, um incesto... Ela não
se importava com nada disso, apenas se importava com eles. Aquele
amor corroía, ela se atreveria a dizer que machucava tanto que
chegava a doer, e ela seria capaz de matar para parar de sentir
aquela dor.
O mar dançava em seu ritmo taciturno e
controlado, estranhamente sedutor. Aquele cheiro de sal e areia,
aquele era o cheiro de Sirius, e ele agora estava a seu lado, o seu
maior problema estava a seu lado e ela sinceramente não se
incomodava com isso, gostava mais que o suficiente, na verdade. A
sensação de dependência que sentia pelo primo era
incrivelmente agradável, chegava a ser até
imprescindível, e ela se repreendia por gostar tanto disso,
mas ao fim acabava sempre caindo na mesma rotina, era como uma droga,
quanto mais ela se afundava a ele mais gostava, e incrivelmente
sentia-se bem, ao invés do típico gosto amargo do
arrependimento ela sentia sua adrenalina, sentia seu cheiro, e era
realmente reconfortante. Sirius Black era reconfortante. E ele estava
bem ao seu lado, Bellatrix podia sentir sua respiração
compassada e dominante, e aquilo era tão bom que doía,
ela não sabia explicar de onde vinha aquela dor, mas a sentia,
era como respirar, não podia escolher entre senti-la ou não,
era involuntário.
The sea it swells like a sore
head and the night it is aching
Two lovers lie with no sheets on
their bed
And the day it is breaking
Era como uma
tempestade, instabilidades, explosões, esses eram eles,
explosões e misturas de sentimentos que no final sempre os
deixava homogêneos. Era visível em todas suas atitudes,
Sirius e Bellatrix eram amantes, conselheiros, irmãos, eram
apenas um. Os toques, as brigas, até mesmo as palavras, não
havia como fugir, eles simplesmente eram um só.
Uma chuva
torrencial se iniciava lá fora, intensa e feroz, como ela. As
árvores batiam violentamente no vidro, o vento uivava como se
a desafiasse a enfrenta-lo, o céu, que é o palco das
sensações, estava de um tom chumbo, a chuva estava
cinzenta, o mundo estava sendo pintado de cinza, e ela já
sabia disso há muito tempo, mas simplesmente não se
importava, seu egoísmo gritante não permitia, ela não
se permitia, era muito boçal para ela. Sua freqüência
era desregulada, diziam que estava no sangue, sua freqüência
era a freqüência de Sirius, seus corpos se fundindo não
passavam de mesmos elementos, só que de cores diferentes, no
fim sempre acabavam na mesma situação, a mistura, que
sempre resultava numa cor negra, a junção de todas as
cores, a junção dos sangues dos Black's.
Bellatrix
levantou-se gradativamente da cama, o coração batendo
fracamente, aquela dor aumentava à medida que o tempo passava.
Os olhos de carvão estavam largos e profundos, ela podia
sentir, os móveis estavam tensos, a casa estava tensa, ela
estava tensa, o único que parecia ileso àquela
exaustiva ansiedade era Sirius, aquela sua inocência rara fazia
com que Bellatrix se sentisse apreensiva por ele, ele sabia que em
dias como aqueles não podiam se descuidar, mas ele não
se importava, como sempre.
On rainy days we'd go
swimming out
On rainy days swimming in the sound
On rainy
days we'd go swimming out
Sirius sentiu o corpo de
Bellatrix revirar-se sem sossego, parecia que ela estava presa a
algum pesadelo e estava tentando soltar-se, ultimamente ela andava
misteriosamente assustadora, vários quilos perdidos, os olhos
negros largos, como se buscassem, em meio à escuridão,
algo que não existisse, ele estava começando a se
preocupar com a prima.
Sentiu Bellatrix levantar-se da cama, e
abriu suavemente os olhos, mantendo-os semicerrados. Bellatrix
encontrava-se encostada à janela, o hálito suave de
hortelã embaçava a janela, ela observava o mar, Sirius
tinha certeza disso. Desde pequena Bellatrix tinha aquela estranha
ligação à água, especialmente o mar,
chegava a ser aterrorizante o modo solene com que a garota encarava
as ondas que beijavam as praia, seus olhos expressavam uma tristeza
tão profunda que parecia não ser possível que
ela, uma adolescente de 19 anos, a sentisse. Aliás, esse era o
maior problema de Bellatrix, sentir tudo tão profundamente,
antes Sirius não entendia porque tanto mistério, tanta
raiva, tanta tristeza, mas agora acreditava que talvez entendesse,
Bellatrix não era como todas as outras pessoas, ela era
simplesmente singular. Sua beleza era singular, suas palavras, seus
beijos, Bellatrix era totalmente insubstituível, e talvez
fosse por isso que não conseguia tirar a prima de seus
pensamentos, por mais que se esforçasse, ela estava em sua
mente a todo tempo, e ainda assim ele chegava a acreditar que isso
não era o suficiente, ele realmente a amava, por mais que ela
fosse quem era, que ele fosse quem ele era, Sirius simplesmente não
podia evitar quere-la perto de si a todo o momento. Para o amor
sempre havia um caminho, Sirius tentava acreditar que eles não
seriam uma exceção, queria acreditar que um dia
poderiam se encontrar sem ter toda aquela preocupação
os sondando, ele odiava sentir-se preso.
You're in my mind
all of the time
I know that's not enough
If the sky can crack
there must be someway back
For love and only love
Sirius
levantou-se e pôs-se ao lado da prima que ainda observava
insolentemente o mar, as mãos, que eram alvas e delicadas,
estavam comprimidas contra a janela, os lábios rosados
entornados num sorriso diabolicamente encantador, um sorriso que
pertencia somente a ela.
- O que está fazendo acordada a
essa hora, Bella? – a voz dele saiu suave, suave como o sopro do
vento, suas mãos fortes acariciando os cabelos negros, que
mais pareciam fitas negras de cetim, da prima, o desejo de que não
se separassem, quase inconsciente, mas presente e estranhamente
gritante em todos seus atos.
Bellatrix não respondeu,
apenas continuou a fitar o mar, os olhos estranhamente vazios, uma
expressão atordoada tomava-lhe a face élfica.
Repentinamente ela fechou os olhos e uma expressão de dor
tomou-lhe a face, seus pulsos, que pareciam ter sido cortados por
punhais invisíveis, jorravam um líquido cálido e
carmesim, o sangue banhava o corpo nu de Bellatrix por inteiro. Por
um instante Sirius se desesperou, aquilo poderia ser magia negra, mas
ele tinha absoluta certeza de que era um feitiço de proteção.
A garota virou-se para Sirius deixando que o seu sangue também
o tomasse, e ele sentiu-se fraquejado diante a atitude dela, ela
poderia morrer com aquele feitiço, e ela havia feito isso para
protege-los, para protege-lo...
-Pare com isso, Bellatrix! - a
voz de Sirius saiu grave, enquanto ele tentava comprimir o sangue de
Bellatrix apertando-lhe os pulsos. – Você está louca,
quer morrer?
Bellatrix abriu os olhos e encarou-o com um
desespero gritante, agora seu corpo todo tremia, e, pouco a pouco,
seu sangue não escorria mais, ela conseguira sobreviver ao
feitiço, isso já era um grande feito.
- Eu não
quero morrer, Sirius, aliás, estou tentando impedir que isso
aconteça.- respondeu ela secamente - Tenho a leve impressão
de que você pensa que essa guerra é como uma aventura
que você tinha aos seus dez anos, mas não é,
Sirius. Você pensa que os comensais são bruxos
despreparados, apenas escolhidos ao acaso? – as mãos dela
agora tocavam o abdômen do primo suavemente –Nós não
fomos, eu te digo. Nós fomos treinados para matar, para
torturar, é desumano Sirius, e você não está
distante disso...- nessa parte as unhas de Bellatrix cravaram o
abdômen de Sirius, mas ele não demonstrou ter sentido
dor -E eu não quero esse fim para você... Você não
vai morrer, não dessa maneira.
- Eu não acho que
essa guerra seja somente mais uma aventura dos meus dez anos,
Bellatrix.- a voz dele era austera, quase cortante -Mas você
quase morreu, você quase morreu, Bellatrix. Isso não
era necessário...- agora ele estava próximo dela, seus
lábios se roçavam languidamente, uma deliciosa mistura
de corpos, sangue, prazer, dor.
A garota apertou o primo contra
si, os lábios se tocavam ásperos em beijos de tirar o
fôlego, o gosto do medo, da adrenalina, do sangue, um gosto que
de amargo passava ao doce. Ele pôs-se sobre ela, o cheiro de
terra molhada, que vinha dela, adentrava-lhe pelas narinas e
impregnava-se prazerosamente em seu cérebro, o gosto salgado
do mar e suor que compunham o belo corpo da garota tomavam-lhe a boca
e dominavam-no, como se fossem alucinógenos. Seus gemidos
suaves e inocentes, que ecoavam a todo o momento na mente do rapaz,
os olhos de carvão, largos de tanto prazer, o movimento, tudo
aquilo compunha uma incrível fórmula, deliciosos
momentos de prazer, e ele realmente não queria perde-la, era
complexo demais.
Sirius a odiava profundamente, mas a amava mais
ainda, seu rosto, seu gosto, seu corpo, tudo que a compunha, estar
com Bellatrix era sagrado.
Ele encarou-a nos olhos, os seus olhos
cinzentos contra os negros dela, o movimento acelerando-se
rapidamente, as batidas de seus corpos sincronizadas e seus olhos
estavam cheios de lágrimas, como um mar de trevas que
hipnotizavam e envolviam-no, ele não pode deixar de sentir a
boca secar.
Repentinamente tudo cessou e Sirius deixou seu corpo
tombar sobre o da prima, ela ofegava lívida, o suor escorrendo
por todo seu rosto juntamente às lágrimas, um gosto
salgado. Sirius suspendeu de leve a cabeça, lambeu o lábio
inferior de Bellatrix e com as mãos limpou-lhe as lágrimas.
- Não chore.
Electrical Storm
Electrical
Storm
Baby don't cry
Sons por todos os lados,
enquanto Sirius jazia adormecido sobre a cama, Bellatrix permanecia
na cama, a loucura infiltrando-lhe ao corpo, gritos de dor, choro,
beijos, ela via tudo passar por sua mente, mas aquilo não
pertencia a ela. Eram cenas vagas, cenas de morte das pessoas que ela
havia matado, e incrivelmente não sentia nenhum remorso,
apenas desafiava os pensamentos quase que insolentemente, não
se importava com o que os outros falavam, ela nunca se importava.
Ela tinha compromissos, tinha alianças, e uma delas estava
impregnada em seu braço esquerdo, a marca negra. Compromissos
com Tom Riddle, mortes, torturas, roubos, uma aliança de
sangue e sacanagem, os Comensais da Morte.
Bellatrix olhou
gatunamente o primo, que se revirava sem jeito sobre a cama, ela
nunca pensara que poderia sentir tanto prazer, não
proporcionado por uma pessoa. Agora ela estava vendo novas cores,
estava indo a lugares que nunca alguém havia ido. O gozo de
estar com Sirius era quase inacreditável, ela consideraria uma
utopia se não pudesse sentir seu cheiro e suas mãos
tépidas tocando todo seu corpo, era como se fosse uma ilusão,
e ela tinha a certeza de que acabaria logo, podia sentir.
Car
alarm won't let you back to sleep
You're kept awake dreaming
someone elses dream
Coffee is cold but it'll get you through
Compromise that's nothing new to you.
Let's see colours that
have never been seen
Let's go places no one else has been
Cerca de sessenta por cento de seus pensamentos eram
reservados a ela, mas ele ainda sentia que não era o
suficiente. Parecia exagero, mas venera-la seria pouco. Bellatrix era
tudo que tinha, sua família, seu apoio, sua amante, seu
demônio, e mais que tudo, Bellatrix era ele, era parte daquele
Sirius que estava deitado, supostamente adormecido sobre a cama,
Bellatrix já era parte dele, e tira-la dele era como
extirpar-lhe uma parte do corpo, ele sentiria, primeiramente, uma dor
incondicional, de pois se estabilizaria, se acostumaria a viver sem
ela, porém mais tarde tudo voltaria, como uma crise de
abstinência, e ele definharia, seu corpo apodereceria e secaria
com a escassez de Bellatrix, ele morreria, não tinha nenhuma
dúvida disso. Seu sangue era o vinho, seu corpo o alimento,
seus olhos eram um paraíso gótico, a sustentação,
um ponto fracamente fixo, mas ainda assim um porto-seguro, e ele
impressionava-se ao ver que todas essas qualidades eram cabíveis
em um ser humano, a carcaça de carbono e distintamente bela de
Bellatrix, às vezes ele duvidava que ela era desse mundo e às
vezes estava certo.
O inferno vinha à tona em sua mente,
entrava em seu corpo e domava a pouca sanidade que ainda lhe restava.
A hora em que teria que fazer sua escolha estava chegando, o que era
certo ou o que para ele era certo.
O céu estava caindo
sobre sua cabeça e de repente tudo ficara escuro, as trevas
tomavam brutalmente o sistema ao seu redor e ele apenas tateava
Bellatrix, seus olhos estavam cegos. Quando ele finalmente conseguiu
se livrar do mar de trevas deparou-se com uma realidade medonha, uma
carnificina, tudo estava pintado de carmesim, inclusive ele, corpos
jaziam inertes sobre o chão, seus rostos apáticos e
cansados à espera de uma ajuda que nunca viera e que nunca
viria, não para seus corpos, mais brancos do que cera, frios e
sem nenhum rastro de vida. A vez deles passará, se iniciava
uma nova geração, uma geração pronta para
a rotina do sofrimento e da dor, um banho de sangue. Seguiam em fila
indiana, como animais irracionais domados, o rumo era a morte, eles
caíam, um a um, num mar vermelho, vermelho de amor, de desejo,
de ira, de sangue. E no meio de todo esse inferno ele buscava somente
Bellatrix, suas entranhas reviravam-se, como se fossem verdadeiras
moradas de serpentes, sua temperatura aumentava e seu sangue
borbulhava dentro de suas veias, precisava desesperadamente de
Bellatrix. Vê-la era como voltar para casa depois de um dia
ruim, era como sentir o cheiro de roupa limpa quando se está
cansado. Ele a procuraria até encontra-la, porque para eles
haveria um caminho, teria que haver.
You're in my mind all
of the time
I know that's not enough
Well if the sky can
crack there must be someway back
To love and only love
Electrical storm x 3
Baby don't cry
Nem o mar
infinito lá fora era capaz de suavizar o calor que os tomava,
ele estava invadindo o ambiente, seus corpos, suas mentes, e faziam
com que a sanidade entrasse em ebulição. Tudo ao redor
armazenava calor, a cama, os lençóis brancos, os
azulejos creme do banheiro, a porta de cerejeira, era o calor da má
sorte, o calor da desgraça, era o maléfico se
aproximando, rindo da inutilidade do casal diante ele, brincando com
sua felicidade, zombando de sua capacidade, era o que fazia arder
todo o ódio presente em seus corpos colados, o suor escorrendo
mutuamente e misturando-se ao sangue Black, um gosto de metal contra
a pele, uma necessidade do gosto de Bellatrix, a prioridade de gozo e
prazer a qual ele tinha direito, não era só porque ele
jamais tinha passado por aquilo que estava errado, Sirius
sinceramente torcia por isso.
Ele acariciou o interior das coxas
de Bellatrix, a pele delgada e macia arrepiando-se a cada toque, o
corpo tornando-se mais úmido a cada segundo, o tremor
involuntário do prazer tomando-lhe totalmente, seus olhos,
especialmente seus olhos, que eram de um negro -cor de ébano-
profundo como a própria melancolia, exalavam todo o prazer que
sentia com somente um toque.
Sirius pôs-se sobre a prima,
pode sentir seu sexo úmido, quente e pulsante, ele enfiou
vagarosamente a mão sobre a longa camiseta da prima e
tocou-lhe a fina calcinha negra, livrando a morena rapidamente do que
parecia lhe provocar um enorme incômodo àquela hora. Os
movimentos eram suaves, mas avançaram progressivos para a
violência, a violência que sempre estivera presente nos
dois, o gosto da brutalidade dissipando-se em seus lábios
ávidos, ávidos por novos gostos, novos mundos, novos
desafios, novas vitórias e decepções, mas dessa
vez eles sabiam que haviam perdido, não era preciso mais do
que respirar para dar-se conta de que não havia mais volta,
não havia mais ida, eles permaneciam estáticos,
cercados pela escuridão crescente que viria engoli-los o mais
cedo que lhe fosse permitido.
Bellatrix agarrou os cabelos negros
e sem corte de Sirius, o suor brotando de sua testa, seus olhos
distantes de tanto desejo e paixão misturados.
-Sirius, eu
te amo.- a voz saiu baixa como o farfalhar do vento, tão suave
que ele não pode escutar, somente fechou os olhos e deixou-se
dominar.
It's hot as hell, honey in this room
Sure
hope the weather will break soon
The air is heavy, heavy as a
truck
We need the rain to wash away our bad luck
Well if the
sky can crack there must be some way back
To love and only love
Uma tempestade torrencial e elétrica abraçava a
Terra, sua fragrância de medo e fascínio entrava nos
poros do casal nu que jazia inocentemente sobre a cama, os lençóis
brancos, levemente encardidos, jogados desajeitosamente sobre o chão
de madeira.
Um descontrole de energia, descontrole de
sentimentos, um misto de raiva, ódio, sangue, gozo, prazer,
uma mistura de Sirius e Bellatrix.
Electrical storm x 3
Ela levantou-se timidamente, os pés brancos como raios
de lua contrastando gritantemente com a madeira negra. Vestiu
silenciosamente a roupa negra e rumou em direção a
porta.
- Vai sem se despedir, priminha? – a voz dele saiu tão
fria que o estômago de Bellatrix parecia estar congelado
também, e repentinamente ela se sentiu impura por deixa-lo ali
sem nada, somente seu cheiro impregnado ao ar.
- Era a intenção.-
a voz dela saiu quente, nenhum sarcasmo perceptível.
Um
silêncio acusador tomou o aposento, uma acusação
invisível e esmagadora, o cheiro da morte escorrendo pelas
paredes, as lágrimas caindo dos olhos de carvão de
Bellatrix.
-Não chore.- ele se aproximou dela, limpou-lhe
as lágrimas e beijou-lhe a testa, para logo em seguida abrir a
porta e sair sem rumo pela praia na certeza de que tudo havia apenas
começado.
Baby don't cry x 3
