Disclaimer: Que é que será que me acontece se eu, por uma única vez, não disser que tudo isto é da Rowling?! E se eu disser que é tudo meu? Bem, é melhor não arriscar... Sim, por muito surpreendente que possa parecer é tudo dela (não que eu não tivesse pensado nisso também!) menos a Hillary- Adoro-Ficar-Com-Os-Rapazes-De-Quem-As-Minhas-Amigas-Gostam-Kepton...

Mais uma vez... espero que gostem!!!

Cap.5- Peões em Campo

Ginny acordou muito cedo naquela manhã. Tinha dormido bem embora os seus sonhos tivessem sido atormentados por vezes com um belo par de olhos cinzentos que insistiam em persegui-la. Tentando pôr esses pensamentos de lado levantou-se de um pulo e dirigiu-se imediatamente ao chuveiro. Tomado o seu banho, vestiu-se à pressa e, pegando no bilhete que escrevera a noite passada, correu apressada até ao Corujal. Tinha que enviar a sua resposta antes que toda a gente acordasse e lhe perguntasse que missiva era aquela, uma vez que não tinha o hábito de escrever a ninguém. Além de mais dava-lhe jeito que o bilhete chegasse à hora do pequeno-almoço, junto com todas as outras corujas.
Já no Corujal escolheu uma das mais discretas e atou-lhe a mensagem à pata. Ia soltá-la quando estacou pensativa... não seria aquilo um erro? Talvez devesse ficar quieta no seu canto, ainda se podia magoar com tudo aquilo! Mas logo esses pensamentos negativos voaram para longe junto com a coruja das torres que soltou, dizendo:
- Vai lá linda e vê se dás umas bicadas áquela cobrinha loira por mim, tá? – porém foi subitamente apanhada de surpresa por uma gargalhada aguda.
- Agora deste em falar sozinha Ginny querida?- Disse a voz que ela reconheceu facilmente. Só podia ser aquela falsa da Hillary. Que raiva!
- Hillary, que estás aqui a fazer tão cedo? – perguntou com azedume, nem um pouco interessada na resposta da outra. – Vieste enviar uma cartinha ao teu namorado?
- Por acaso acordei mais cedo para estudar e vi-te passar pela sala onde estava. Achei que era boa ideia seguir-te para falarmos. Ginny por favor... – suspirou com voz ressentida- Eu já te expliquei... Eu... eu comecei a gostar muito do Harry desde que ele nos salvou a vida no ano passado, mas eu tinha medo do que ias pensar e, bem... eu pensei que isso do Harry já te tinha passado... Tu já não falavas dele há tanto tempo!
- Isso não é desculpa Hillary! –cortou Ginny subindo o tom de voz, já irritada- Tu devias ter falado comigo, devias ter-me dito alguma coisa! Que vergonha que eu passei... E eu pensei que eras minha amiga enquanto tu andavas a namorar nas minhas costas com o rapaz de quem eu sempre gostei!
- Eu sou tua amiga Ginny! Eu já te pedi desculpas... Por favor perdoa- me, a sério... Tu tens que aceitar o meu namoro Ginny, temos que voltar a ser amigas como dantes!
- Lamento querida mas nunca mais nada vai ser como dantes... – disse sarcástica- Fica com o Harry à vontade, quero lá saber! Eu não tenho ressentimentos com ele, mas contigo... Desiludiste-me muito, não tenho mais nada para te dizer! Tchau e faz-me um favor: nunca mais me sigas nem me dirijas a palavra!- girou os calcanhares e dirigiu-se ao Castelo ainda bufando de irritação. "Isto de virar as costas as pessoas e ir-me embora já se está a tornar um hábito! Tenho que ter mais cuidado, qualquer dia ainda sou surpreendida." não pôde deixar de pensar...
Chegando ao castelo apressou-se a tomar o pequeno-almoço para não ter que ver a cara de Hillary, mas parecia que a rapariga não estava muito tentada a ir comer. Então deixou-se ficar mais um pouco, queria ver a reacção de Draco (que entretanto chegara e lhe piscara discretamente o olho ao sentar-se) quando lê-se o bilhete!
Felizmente não teve que esperar muito. Pouco depois apareceram centenas de corujas que foram deitando pacotes e cartas aos vários alunos que já se encontravam presentes. Claro que uma das corujas parou mesmo diante do Slytherin, que não pareceu surpreso com isso. Limitou-se a apanhar o bilhete e enxotar a coruja, que se retirou a piar indignada. Ginny verificou que, enquanto o rapaz passava os olhos pela mensagem, um sorriso triunfante surgia na sua boca ("Sorri à vontade Malfoy, vamos ver se vais sorrir no fim disto tudo!") e a sua expressão parecia maliciosamente satisfeita quando depois a olhou. Um arrepio percorreu a espinha da ruiva mas ela preferiu ignorá-lo e levantou-se simplesmente, dirigindo-se até à sala onde teria História da Magia.


- Então Draco, viste um Hipogrifo azul ou o Potter-Perfeito caiu da vassoura e já não vai poder jogar este ano? – perguntou Zabinni com ar gozão, enquanto se sentava ao lado do amigo.
- Erras de longe Blaise...- respondeu Draco ainda sorrindo- Parece que aqui o velho Malfoy está de volta à acção!
- A tal rapariga respondeu-te, foi? Então força meu caro, alimenta-te bem... Vais precisar para teres energia mais tarde... se é que me entendes! E já agora, posso saber quem ela é?
- Não me parece Zabinni, conheço-te bem, prefiro manter isto só para mim.- respondeu Draco. Nem pensar que ele ia contar a Blaise que andava atrás de uma Weasley!
- Compreendo-te muito bem Draco,.meu amigo. Tens medo que eu, com toda a minha sofisticação, classe e beleza acabe por ficar com ela, certo? Pois, eu entendo o teu receio...
- Sim Blaise, vai sonhando... Mas enfim, pelo menos ela já entrou no meu jogo, ainda está meio relutante mas isso passa-lhe depressa... Bem, agora vou-me embora que ainda tenho que ir buscar os meus livros que deixei no dormitório. Encontramo-nos na sala, certo?
- Sim, sim, está bem, não tenhas pressa... Guarda as tuas forças para depois e lembra-te: não faças nada que eu não fizesse! – replicou dando uma dentada na sua tosta e piscando o olho a Draco.


O dia passou-se sem incidentes de maior, tirando o facto de Ginny ter levado uma repreensão do Prof. Flitwick por estar totalmente distraída e quase ter pegado fogo ao cabelo de uma colega sua. Estava demasiado aérea, passando todo o tempo à espera do momento do encontro... Que iria fazer? Que iria dizer?
Quando tocou para o fim da sua última aula, suspirou nervosa. Faltava agora pouco tempo para o temido encontro! Apreensiva jantou o mais rápido que pôde, sem prestar atenção aos que os seus companheiros diziam e, assim que viu serem 20h foi para o quarto para poder preparar-se (mais psicologicamente).
Não fez nada de especial, limitando-se a escovar os dentes e o cabelo e a pôr um pouco de perfume, nada muito exagerado. De qualquer das formas tinha que estar no seu melhor, afinal o plano era seduzir o Malfoy, não o poderia fazer toda desmanzelada!
Pronto, estava despachada. Respirou fundo pensando "Vá Ginny, tem calma... Não te desconcentres nem te deixes levar pelas idiotices nem pela estonteante beleza dele. Limita-te ao plano e age com naturalidade!" e deixou a Sala Comum discretamente.
Encontrou algumas pessoas pelo caminho, a maioria dirigindo-se para as suas Salas depois da refeição, e nenhuma delas lhe disse nada. Apressou o passo ao ver que já estava na hora e, assim que saiu do Castelo estremeceu um pouco com o frio provocado pelo vento. Estavam em plena Primavera mas as noites ainda eram bastante frescas!
Deixando esses pensamentos de lado empurrou a porta da estufa e entrou cuidadosamente. Graças a Merlin que as estufas também eram iluminadas à noite, ela é que não se encontraria ali às escuras com um Malfoy! Por falar nele, o rapaz ainda não tinha chegado. "Desgraçado que me fez fazer figura de estúpida e agora não aparece!" pensou com raiva. Já ia dar meia volta para se ir embora quando sentiu algo puxá-la pela cintura, prendendo-lhe os braços e uma mão em volta da sua boca, impedindo-a de gritar. Começou imediatamente a espernear tentando soltar-se, (que idiota que ela fora em confiar no Malfoy, agora estava metida em apuros!) quando alguém lhe sussurrou rispidamente ao ouvido:
- Calma ruivinha, sou eu o Draco! Se não ficares sossegada vamos ser descobertos!- e, ao dizer isto, ouviu-se o rangido da porta a abrir e ele, sem nunca a soltar, saltou para trás de uns arbustos muito espessos, deitando-se por cima dela muito quieto. Ginny estava em pânico mas não pode evitar sentir um arrepio subir pela sua coluna ao sentir o loiro em cima de si. Por Morgana, aquele cheiro, o calor da pele dele, os seus belos olhos fixos nos dela! Tentando afastar essas sensações de si concentrou-se no barulho que ouvira. Alguém tinha entrado na estufa e andara um pouco. Franziu o sobrolho quando ouviu:
- Draquinho?! Eu sei que estás aqui meu doce! Eu vi-te!- exclamava a voz, claramente feminina- Vá lá, sai daí, temos que conversar amor, não podes continuar a ignorar-me!
Ginny pôde ver Draco revirar os olhos com ar chateado. Olhou para ele com censura, nada satisfeita com o que ouvira e ele olhou para ela e movimentou silenciosamente os lábios como que dizendo: "Eu já explico!".
A rapariga, entretanto, parecendo finalmente convencida que o seu "Draquinho" não se encontrava ali, foi-se embora resmungando impropérios. Assim que a porta bateu, Ginny saltou de onde estava não dando tempo a Draco de dizer nada:
- Seu estúpido, ia morrendo de susto! Achas bem o que fizeste?! Apareceres assim por trás e agarrares-me! Magoaste-me! – barafustava enquanto sacudia o pó das vestes.
Ele levantou-se calmamente e respondeu com voz arrastada:
- Preferias então que a Pansy tivesse dado conosco e feito mais um dos seus famosos escândalos? Acho que ela não ia ficar muito feliz de te ver aqui comigo...
Ela arfou irritada e ripostou, ignorando-o:
- Já agora podias explicar-me isto que se passou, não? Que é que aquela cara de porco andava a fazer atrás de ti Malfoy?
Ele deu um dos seus sorrisos típicos e disse, satisfeito:
- Com ciúmes Virginny? Afinal parece que não és muito indiferente a mim pequena... – e diante do ar cada vez mais furioso da rapariga apressou- se a continuar- A Parkinson anda atrás de mim há umas semanas, que é que eu posso fazer se sou irresistível?! Parece que me viu a sair do castelo e decidiu seguir-me. – fazendo então um ar sedutor concluíu- Mas eu não quero nada com ela. Eu só te quero a ti, linda...
Ginny corou por momentos mas depressa voltou à realidade pois replicou com ar mordaz:
- É o que tu dizes Malfoy. Ainda não sei bem se hei-de acreditar... Mas, decidi dar-te uma chance... – "Uma Weasley a dizer que dá uma chance a um Malfoy?!" notou o rapaz irritado. Mas depressa disfarçou, tinha que parecer simpático, e voltou a prestar atenção ao que ela dizia- ... Então aceito mas como já disse antes, tenho umas condições a impor... Não te importas?
- Claro que não, diz...- Respondeu fazendo um ar atencioso enquanto ardia de raiva por dentro "Quem é que ela pensa que é?!".
- Muito bem então- disse ela parecendo ligeiramente surpreendida com a resposta- Então é assim... Primeiro: nada de insultos à minha família ou aos meus amigos, certo?
Fazendo das tripas coração e pensando nos beijos fabulosos da ruiva à sua frente, Draco acenou positivamente. – Mais?
- Sim, quero que tudo se mantenha em segredo, não me apetece nada responder às perguntas dos meus irmãos! – Isso foi fácil de concordar, afinal ele não queria mesmo que ninguém soubesse que ele estivera com uma Weasley!
- ... e finalmente... – conclui ela-... nada de sexo!
Aí ele teve que chamar a si toda a sua capacidade de representação para poder disfarçar a surpresa e consternação. Ela dissera mesmo aquilo?! Não foi nada indirecta... Se não a podia levar para a cama o que ia fazer com ela?! E assim, como a tiraria da cabeça?! Aquela Weasley estava a dar- lhe muito trabalho. Agora teria que fazer o seu papel de apaixonado durante mais tempo até ela se deixar seduzir!
- Não me olhes assim Malfoy. Eu conheço-te bem e sei que não quero um relacionamento como os que tu tens com as tuas amiguinhas... Não quero nada de exageros da tua parte! Nós podemos fazer muitas outras coisas que não envolvam propriamente a cama... Além disso, se estás apaixonado por mim, não te vais importar em esperar, não é? – inquiriu com ar inocente, fixando os seus belos olhos castanhos nos dele. Que dizer agora? Acenou afirmativamente e condescendeu:
- Então está bem, que seja como queiras... Mas se mudares de ideias já sabes! – não pode evitar de acrescentar- E já agora, podias tratar-me por Draco, tá? Malfoy é meio... impessoal.
- Certo, então trata-me por Ginny, que é como todos me chamam. – respondeu ela, sorrindo para ele. – Então e agora? – perguntou meio sem jeito. Tinha planeado todo aquele discurso mas esquecera-se do que fazer depois!
- Já tratámos de todas as questões, pelo que parece- afirmou o loiro com voz rouca aproximando-se lentamente. Já que ela tinha terminado de impôr as suas regras ele podia passar à acção- podemos passar para a parte prática... – fechou os olhos quase tocando na boca de Ginny quando não aguentou mais e tomou-lhe os doces lábios num ímpeto! Agarrou-a pela cintura, tentando ser gentil e aprofundou o beijo, andando um pouco para trás e sentando-se num dos bancos, com ela por cima. "Vamos Ginny, força... é hora de pôr o Malfoy de quatro!" , pensou ela enquanto se sentava ao colo do rapaz, com as pernas apertadas à volta do seu tronco. Ele acabara de tirar a capa dela e agora afagava as suas costas, sem nunca cortar o beijo. Sorrindo, ela roçou-se mais nele, ouvindo o rapaz suspirar baixinho. "Esta vai ser canja!" pensou Draco enfiando as mãos por debaixo do tecido para sentir a pele quente dela. Passou então os dedos pela barriga da jovem Weasley e já ia a subir quando de repente ela se levantou, e exclamou com voz ofendida:
- Draco, vai com calma! Lembra-te do que concordaste à pouco! Tu prometeste e já estás a abusar... – e, fazendo um ar bastante magoado apressou-se a apanhar a sua capa e continuou enquanto a vestia- Pensei que estavas a mudar... pelos vistos enganei-me!
Ele olhou-a surpreso e, tentando ao máximo disfarçar a frustração que o atingia, aproximou-se dela e, pegando-a pelos ombros disse, com ar terno:
- Desculpa pequena, a sério... Eu, eu... descontrolei-me um pouco, é só! Juro que não volta a acontecer! – e abraçou-a pensando "Esta maldita ainda mas paga! Ai Draco, realmente és um óptimo actor!".
- Não há problema, pronto... – disse Ginny soando compreensiva enquanto que por dentro gritava de contentamento! "Boa Ginny, devias começar a fazer Teatro!". – Olha, agora tenho que ir, já está quase na hora de recolher e não quero ser apanhada fora da minha Sala! Tchau Draco, até amanhã! – exclamou alegremente dando-lhe um beijo de leve e saindo a correr.
- Vais ver ruivinha... Ainda vais cair nas minhas garras... – resmungou Draco preparando-se para sair também, frustrado, ainda sentindo pontadas no baixo ventre. Aquela Weasley ia fazê-lo ficar doido!

N/A: Oki, este foi o primeiro ataque da Ginny, na Operação Enloquecer o Malfoy! Será que ele aguenta muito tempo? E será que ela aguenta também?! (Se eu estivesse no lugar dela não aguentava!). Esperem pelo próximo capítulo para ver...

Agradecimentos: Muito, muito obrigada a quem continua a deixar reviews tão quidas para mim! Kika Felton-87 e Rute Riddle, só vos digo: vamos ganhar o Euro!!! Miaka, é com prazer que vou pôr o meu Slytherin preferido a sofrer pela Ginny! Carol Malfoy Potter e Vivian Malfoy obrigado por me apoiarem desde o início, aqui tá mais um cap.! Um bigada muito especial para a minha amiga e beta Sheeba que me sugeriu o nome deste capítulo!

O MINISTÉRIO DA SAÚDE E OS CURANDEIROS DE ST. MUNGUS ADVERTEM: ENVIAR REVIEWS FAZ BEM À SAÚDE ALÉM DE FAZER OS AUTORES MUITO FELIZES!!! =)