"Não consigo entender... como não atravessamos?" Perguntava Inuyasha sentado na cama de Souta, este passando iodo em um corte feito nas costas no tombo pela madrugada.

"Não importa agora. Se preocupe com o fato de que quando o Souta acabar isso você vai ser irremediavelmente estrangulado!" Diz Kagome enquanto segurava uma bolsa de gelo na cabeça "Por que não esperamos até de manhã como sempre para voltarmos?"

"Em primeiro lugar, seu irmão não tem nada para acabar! Isso não é um corte! Eu mal me arranhei em um prego no poço! Nem está sangrando! Veja!" Diz Inuyasha se virando revelando um leve arranhão logo abaixo das costelas

"Bem... precisamos de um pretexto para que você tire a camisa! Que culpa eu tenho se você é resistente?" responde ela com um sorriso

"Ai... tomara que eu nunca machuque a bunda..." Diz ele enquanto vestia a camisa de novo "E pra quê pretexto? Isso é uma fic! De que adianta eu estar sem camisa, sentado de pernas cruzadas na cama do seu irmão, se tudo são apenas um monte de palavras?

"Tem razão, Inuyasha. A fic precisa de mais descrição gráfica! Mais poesia! Inuyasha: Suas lindas mechas prateadas caem como uma cascata sobre seu lindo, musculoso e sexy peito que ostenta um inescrupuloso par de mamilos dourados cuja beleza é comparada a beleza do céu e das..."

"Aaaah! Chega! Não me deixe sem jeito Kagome!" Grita Inuyasha vermelho se vestindo de novo "Chama isso de poesia?"

"Grosso... Mas responda logo! Por que não esperou até hoje de manhã? Por que me jogou de pijama no poço?"

"Isso é porque eu me lembrei que estava sentindo o youki do Naraku próximo ao poço! Por isso quis voltar antes dele ir embo..."

Pausa de cinco minutos... O cérebro e Inuyasha demora para processar certas informações

"Aaaah! O Naraku que nos prendeu aqui! Ele só estava esperando eu passar!!!" Grita Inuyasha se levantando, derrubando o irmão de Kagome para trás.

"Nossa, você é um gênio!" Ironiza ela "Por que não foi atrás do Naraku já que sentiu ele por perto?"

"Você sabe, Kagome. Às vezes é melhor pensar antes de agir..." Fala o hanyou com ar de quem aprendeu alguma coisa

"QUE MORAL VOCÊ TEM PARA DIZER ISSO? Sango e Miroku podem estar em perigo!"

"Não se preocupe, Kagome. Eu dou um jeito, vamos, Souta!" Inuyasha põe Souta nas costas e pula a janela. A mãe de Kagome a chama para o café.

"E então, Kagome? Onde estão Souta e cão demônio?" Pergunta o avô, com a gentileza habitual.

"Não quero saber, vovô." Fala ela com uma fúria acima do normal, engolindo o café

"É melhor que saiba, Kagome. Pois vai ter que chamar eles antes que acabe o arroz!" A mãe de Kagome fala enquanto lava a louça

Kagome sai emburrada da casa e ouve um barulho do poço. Entrando lá, e olhando para o fundo, era possível ver os dois cavando com uma pá e as garras.

"Oh, god! O que estão fazendo?" Pergunta ela quase caindo, pendurada no poço.

"Prometi para você, Kagome! Nós vamos voltar! É só eu cavar até o outro lado!" Diz o hanyou animado, sem parar de cavar.

"Inu no nii chan, quanto falta para o outro lado?" Pergunta Souta

"Não sei, temos que continuar cavando até descobrir!"

Kagome estava muito chocada para argumentar com uma dupla tão inteligente como aquela. De repente a pá de Souta faz cloc

"Aaah! Inu no nii chan! Achei algo!"

"Sério? Sankoutessou!"

De repente do poço começa a jorrar água como um chafariz

"Inu no nii chan! Água! Estamos ricos! Faremos um parque aquático!" Comemorava o garoto se debatendo para não afundar

"Siiim! E o chamaremos de 'Parque aquático Higurashi e amigos!'" Respondia Inuyasha com os olhos brilhando, puxando Souta para fora

Kagome volta para a casa, desconsolada, no meio do caminho encontra a mãe.

"Kagome, faz idéia de porque o ralo da pia está fazendo um ruído estranho?".

"Inuyasha e Souta romperam o cano do esgoto, mas eu não tenho coragem de contar..." Responde Kagome com uma grande gota ao lado da cabeça

Ao meio dia, a família se reúne novamente para uma terceira tentativa de ter uma refeição normal, pizza, mas o silêncio era anormalmente mórbido. Souta se arriscou a falar.

"Eh... mana, está brava com a gente?"

"Oh, não, Souta, eu agora não só não posso voltar para a era feudal como também não teria coragem, já que o poço virou UMA PISCINA DE ÁGUA PODRE!!!" Disse ela aumentando o tom de voz nas últimas palavras para que Inuyasha ouvisse.

"Pelo menos não foi você que ficou nadando lá dentro!" Responde Inuyasha falando em igual tom de voz.

"Que culpa eu tenho se você é um acéfalo desnaturado???" rebate ela quase avessando os pulmões

"Já chega, Kagome, olha, o nosso telefone não está funcionando, então por que vocês não vão até o Cano Feliz do outro lado da cidade e chamam um encanador?"

"Vovô, se o telefone não está funcionando, como pediram essa pizza?" pergunta ela, um pouco mais calma

"Não discuta comigo ou eu conto para a sua mãe, mocinha!" grita o velho

"Eu estou na sua frente, papai!" Fala a mãe de Kagome contente.

"Pois quer saber? Eu vou mesmo!" Diz Kagome se levantando "E você" apontando para Inuyasha "Não me siga ou eu digo 'senta' e... opa!" Inuyasha acidentalmente quebra toda a prataria

"FORA DAQUI!!!" Berra o avô jogando o chinelo longe "VOU QUEBRAR FORA COM A BODEGA! WAAAAAH!"

"E nem quiseram a sobremesa..." A sra Higurashi parece não entender de propósito, e Kagome e Inuyasha já tinham se mandado.

Estavam os dois no centro, e, como Tóquio é muito pequena, se encontraram com Houjo, o garoto playboy que gosta cegamente de Kagome

"Ah, essa não, Inuyasha! O Houjo! Olha, promete que tudo o que eu disser você responde com 'sim'?

"Bem, eu..."

"Sim ou não?" Olhar psicopata "Responda certo ou digo aquela palavra o resto da vida!"

"Sim, sim!"

"Ooooi! Hiiiguuuraaashiii!" Falava Houjo em câmera lenta, como sempre que aparece.

"Houjou-kun! Como tem passado?" Pergunta ela com um sorriso amarelo

"Bem, mas estarei melhor quando me disser quem é este orelhudo que está com você!" disse ele enciumado, puxando as orelhas de Inuyasha. Que pacientemente esperava o momento certo de estrangulá-lo

"Esse é o meu amigo, o ... Hanaberto Pekopon! Estamos indo para um festival de cosplay de Chobits, não é, Pekopon?"

"Hanaberto Peko... digo, sim!"

"Pekopon... Em que escola você estuda?"

"Ele estuda em casa! De fato ele nem estuda! Uma anomalia no lóbulo cerebral esquerdo dele impede que ele aprenda a ser normal!"

"Anomalia?" Inuyasha pergunta Indignado e novamente se lembra que sua integridade física dependia de obedecer a Kagome. "Ah, sim! Anomalias! Muitas delas! De fato eu sou garoto propaganda de diversos livros de medicina! ( preciso... estrangular... preciso... )"

"Se você diz... Olha, Higurashi, por que não vem ao cinema comigo hoje a noite?"

"Me desculpa, Houjo, mas temos que ir..."

"Mas pelo menos na sorveteria! Olha, queria muito que a gente fosse mais pra frente e..."

"Não, Houjo! Eu já tenho namorado! O nome dele é Pekopon!"

"Sim, somos namorados! Eu adoro viver perigosamente!"

"Então tchau, Houjo-kun! Vamos, Pekopon?" Kagome dá sinal para que Inuyasha a acompanhe e os dois fogem da desagradável conversa.

"Hanaberto Pekopon..." Falava Houjo seguindo pelo outro lado "Não posso deixar minha Kagome nas mãos de um anômalo fantasiado de chobit! Jamais!" Houjo liga pelo celular "Alô? É do conselho tutelar? Tenho que prestar uma queixa..."

Voltando ao que interessa...

"Hanaberto Pekopon? Anomalia? Seu namorado? Você bebeu, Kagome? Que idéia é essa?"

"Gomen ne, Inuyasha, mas venha, eu te pago um ramen!"

"Sugoi!!!"

De noite os dois estão de volta, diversas viaturas estão paradas na frente do templo com a sirene ligada.

"Kagome, você voltou! Oh, meu deus!" Dizia a mãe pela primeira vez demonstrando preocupação

"Mãe, chamou a polícia só porque eu demorei? O Inuyasha está comigo!"

"Estes homens são do conselho tutelar, e dizem estar procurando por um Hanaberto Pekopon!"

Um dos guardas aponta para inuyasha e grita 'é ele' e logo vários outros policiais o cercam e algemam.

" O quê? O conselho tutelar quer levar o Inuyasha?" Pergunta Kagome assustada com tudo

"Eu tentei os mandar embora Kagome, mas eles disseram ter recebido uma ligação anônima de denúncia! Eu vou ser presa!" Diz a mãe

"Mas... como?"
"Sinto muito, garota, mas um rapaz desta idade que não freqüenta a escola é ilegal em nosso país! Seus responsáveis serão presos por negligência e ele será levado sob custódia para futura decisão do tribunal" Falou um policial colocando Inuyasha e a Sra Higurashi na viatura.

"Kagome, me ajude! Não deixa eles me levarem!" Grita Inuyasha antes que o vidro da janela se feche, ele não podia lutar contra humanos comuns

"Parem com isso vocês todos!" fala o vô de Kagome, chegando lentamente "De acordo com estes papéis posso provar que o Inuyasha estuda na mesma escola da minha neta Kagome! Acabo de matricula-lo, portanto vocês não vão levar ninguém daqui!"

"Vovô..." fala Kagome com os olhos úmidos enquanto o policial lia a documentação

"Está tudo em ordem" diz o guarda "vamos, saiam do carro estão com sorte hoje!"

Inuyasha sai da viatura sem entender nada, Kagome abraça o seu avô feliz

"Obrigada, vovô! Obrigada!!!"

"Kagome, o que está acontecendo aqui?" Pergunta o Hanyou ao ver as viaturas se dispersarem

"O meu avô acaba de te matricular na minha escola!"

"O que? Me matricular na sua escola?"

Esse foi o primeiro capítulo da minha nova fic! Gostaram? Digam o que acharam!
Abraços!

Cenas do próximo capítulo:

"Aaah! O que você faz aqui?"
"Surpreso em me ver, Houjo? Vou te ensinar a não tramar para cima de mim!"
"Você não pode me vencer! Eu vou lutar pela Kagome!"
"Que pena que ela não está aqui para te salvar agora! Sankon..."
Não perca! Inuyasha, capítulo dois: Em busca da resposta!
"Sesshoumaru, o que faz aqui?"