Nome da fic: UM COMENSAL APENAS
Autor: Viviane Valar
Pares: Severus/Personagem Original (Hanna Selena)Censura:R, NC-17 (tensão, sexo, angústia, violência)
Gênero: Drama, Romance, Tema Adulto.
Spoilers: Sem Spoiller (na verdade cita algo do HP5, mas não compromete aqueles que não leram.)Avisos ou Alertas: morte de personagem, estupro, sadomasoquismo, violência, sexo.
Desafio: 118. Snape como comensal da morte tem noites de violência juntamente com os outros. Ele seria capaz de viver sem isso? Ele realmente gosta dessa vida? Numa dessas aventuras nefastas ele agride e violenta uma trouxa, mas alguma coisa nela o faz ficar vidrado como nenhuma outra. Será que ele seria capaz de se apaixonar por ela? E ela seria capaz de perdoá-lo? Poderia ela gostar disso também?(Viv)
Resumo: A cima
Notas: Nessa fic estamos considerando o tempo, como um fator muito importante. Considerando que em HP5 Snape tem 42 anos e Harry Potter tem 15 anos. E que de acordo com o bolo do Sir. Nick-quase-sem-cabeça (HP2), estamos vivendo o HP5 no ano de 1995. E que o Outono equivale aos meses de Janeiro, agosto e setembro em Londres.Agradecimentos: à Rowling sempre!!!!!! E a mim mesma, que criou o desafio. Hehehe.Disclaimer: Esses personagens são de JKR, eu não quero nem vou ganhar dinheiro com eles.Esta fic faz parte do SnapeFest 2004, uma iniciativa do grupo SnapeFest, e está arquivada no site e no meu siteUM COMENSAL APENAS
CAPÍTULO – 1 Uma festinha
Ano de 1979. Outono. Em algum lugar de Londres. Severus Snape tem 26 anos. É um importante Comensal da Morte há quase oito anos. Desde que deixou Hogwarts, Snape ingressou na legião dos seguidores de Voldemort. Arte das Trevas era sua primeira natureza. Mesmo quando entrara, na escola, aos 11 anos, sabia mais desse tema que muitos alunos do último ano.
O dia já chegava ao fim. E a noite apenas começava. E no que dependesse de Snape e dos outros Comensais, demoraria muito para passar. Teriam uma festinha. O Lord das Trevas estava entusiasmado. Faltava pouco para o controle total. Esta noite seus servos fariam mais uma aparição. Espalhariam o medo, o terror. Mostrariam que aqueles que estavam contra o lado negro sofreriam as conseqüências.
Um povoado foi escolhido. Já estavam todos posicionados. Cada Comensal da Morte com sua capa negra, sua máscara, seu cavalo. Um deles se adiantou.
-MORSMORDRE!
E uma caveira verde com uma serpente saindo da boca como se fosse uma língua foi conjurada no ar. E todos se apressaram a galope pelas ruas. As pessoas que estavam ali se surpreenderam com o grito do feitiço. E quando viram a marca negra se apavoraram. Alguns corriam sem rumo. Desorientados. Uma senhora idosa perdeu a consciência aterrorizada. A criança morena que a acompanhava só fazia gritar sem, no entanto, se soltar da avó.
Alguns corriam para dentro das casas. Mas os mais lentos eram atingidos por feitiços variados. Sendo os preferidos enquadrados pelo ministério da magia, como Maldições Imperdoáveis. Homens se ateavam fogo e iam em direção a outras pessoas, sob a Imperius. Outros se contorciam dolorosamente sob a Crucciatus. Apenas a Avada Kedavra não era ministrada. Não tinha graça. Os Comensais buscavam a tortura e a dor. E a maldição da morte não lhes proporcionaria essa "diversão". Alguns já invadiam casas e bares em busca de um maior número de vítimas.
Snape sentia a adrenalina correndo em suas veias, quando avistou um vulto correr para um beco escuro. Sorriu por trás da máscara. Chutou com força seu cavalo e o seguiu. Havia algumas latas de lixo enfileiradas no fundo do beco. Não havia saída. Entre a parede e a última lata, mal pôde perceber um espaço onde só poderia caber uma criança. Pensou em retroceder. Mas algo o fazia seguir naquela direção. Parou um pouco. Desceu do cavalo. Era capaz de ouvir o coração da vítima disparado. Antecipou o prazer, se alimentando do medo.
Foi na direção do pequeno vulto. Afastou as latas com um movimento da varinha, podendo enfim visualizar sua presa. Com surpresa, avaliou a criatura ofegante diante dele. Era uma mulher jovem. Muito magra. Parecia uma menina, mas seus olhos verdes arregalados desmentiam. Tinha lábios muito vermelhos, cor de sangue. Os cabelos pareciam quase tocar o chão, pelo modo que estava sentada, toda encolhida. A palidez realçava os lábios e os olhos, mesmo na quase escuridão total.
Um calor pesado apertou as entranhas do Comensal. Queria aquela mulher. A tomaria naquele mesmo momento. Ela pareceu perceber o desejo puramente selvagem que brotava nele, pois prendeu a respiração de súbito.
Snape se aproximou como um felino. Ela pareceu despertar e se levantou um salto. Escorava pela parede, tentando escapar. Mas Snape era muito bom nesse jogo. A caçada era seu esporte favorito. E a luta dela fazia a vitória mais prazerosa. Guardou a varinha. Não precisaria dela. Queria a mulher consciente.
-Não! Me deixe ir! – gritava ela.
-Nunca! Quero você menina! – malicioso.
Ela olhava para todos os lados. Não chamou ajuda. Deveria saber que se o fizesse, apenas atrairia mais Comensais para o beco. Nenhum bruxo ou trouxa viria socorrê-la. Cada um tentava salvar sua própria vida. Tentou correr, pulando as latas que agora estavam espalhadas no chão.
Mas Snape a segurou a tempo. Ela se contorcia violentamente para sua constituição franzina. Conseguiu soltar um braço e esbofeteou o sonserino. Ela era mesmo muito forte. Mas apenas segurou seus braços, mais firme, nas costas, com uma das mãos. E com a outra, a agarrou pelos cabelos. A apertava com força, com certeza deixaria marcas.
E o que ele mais queria era exatamente deixar suas marcas, no corpo dela. Agora percebia que apesar de muito magra, tinha seios fartos e um quadril proporcional. Sentia sua virilha pulsando como poucas vezes.
Ela cuspiu na máscara. Ele riu e a tirou, como se desafiasse a repetir o gesto. E ela pôde então ver os olhos negros pela primeira vez. Em brasas. Assim como o corpo do Comensal. Snape a sentiu estremecer involuntariamente. Por alguns segundos uma sombra de confusão, mas foi tão rápido que ele duvidou que tivesse visto realmente. A empurrou sem delicadeza de volta para parede. Ouviu um gemido baixo. A sentiu um pouco mole, então aproveitou para se deliciar com seu colo. Mas ela se recuperou logo e recomeçou a empurrá-lo. Porém pouca ou nenhuma chance tinha contra o Comensal furiosamente excitado. Quanto mais ela resistia, mais ele a queria. E apesar de tudo, sentia o corpo da mulher responder a seus estímulos. Os seios ficaram mais rígidos e pesados, quando ele apertava ou sugava. O calor úmido das pernas era indisfarçável. Mesmo lutando contra exploração dele.
-Não! – dizia entre os dentes, furiosa.
Mas ele continuava. Sentiu um golpe forte na região que já estava dolorida e intumescida. Afrouxou um pouco o domínio sobre ela. Que conseguiu se desvencilhar. Mas não foi muito longe. Snape a alcançara antes que saísse do refúgio.
-Onde pensa que vai! – cruel. – Não acabamos ainda! – já recuperado. – Quanto mais você foge, menina, mais meu desejo cresce!
A forçou para o chão de qualquer maneira.
-Não! – olhos brilhando em lágrimas. – Não!
Mas ele realmente não se incomodava com o protesto. Apenas rasgou a roupa dela com um só golpe. Levantou a capa. Aproximou seu membro ereto e firme das pernas dela. Conseguiu afastá-la. Sentiu a umidade abundante. Se a mulher não estivesse tentando empurrá-lo e lutando contra a situação, poderia jurar que estava tão excitada quanto ele. Isso, provavelmente mais que qualquer outra coisa, o fez penetrá-la com algum cuidado.
Sentiu uma certa resistência. A rompeu com calma. Para então, aos poucos, seguir mais firme. Ela apenas emitiu um som de surpresa. Ele continuou se movimentando dentro dela. Mais fundo e agora mais forte. Ela não lutava mais. Ele continuou se afogando naquele ato. E era varrido para uma sensação tão intensa, que nunca sentira antes. Quase ensandecido. Sentiu o corpo dela tento espasmos de prazer. Provocando contrações repetidas em seu membro. Empurrando-o mais além, para um orgasmo que nunca havia experimentado antes. Ela também parecia muito assustada quando enfim terminou. Já eliminara todo vestígio de seu gozo, mas ainda estava sobre ela. Encarando os olhos verdes. Que mesmo na escuridão do beco pareciam brilhar.
Logo notou a dor voltando naqueles olhos, mas ela não chorou. Apenas desviou o rosto de lado. Não o empurrava mais. Estava parada como um corpo morto. E mais uma coisa aconteceu, como nunca antes houvera, Snape sentiu vergonha. Mas não deixou transparecer. Deixou com relutância o corpo da mulher e olhando seus seios descobertos, podia sentir o desejo voltando. No entanto se impediu de recomeçar. Aquela semente de arrependimento estava lá.
Levantou-se. Tornou a ajeitar a roupa sob a capa. Observou-a se envolver mais uma vez, tentando em vão cobrir a nudez com os trapos que restavam de suas roupas. Sentiu a pontada novamente. Sem dizer nada, tirou sua própria capa e estendeu a ela.
A mulher o olhava com desprezo. Mas pegou. Levantou-se. Com dignidade. Provocando admiração no Comensal insensível. O encarou acusadoramente. Queixo erguido. Ele sentiu vontade de tomar a boca vermelha e subjugá-la mais uma vez. Mas resistiu. Confuso.
Ela se virou de costas e foi embora. Snape ficou naquele beco escuro ainda por algum tempo. Tentando entender o que havia acontecido. Então se lembrou que não estava sozinho. Que havia outros Comensais. Não queria dividir a mulher com ninguém. Procurou o cavalo com os olhos. Assoviou. Ele veio. Montou, e foi o mais rápido que pôde em direção à rua. Tinha que achá-la.
Ao sair, perceber que tudo estava deserto. Exceto por alguns corpos sem vida no chão, não havia mais ninguém. Todos já haviam partido. Porém pôde ver a mulher do beco, entrar em uma das casas. Uma casa de frente rústica, com janelas parcialmente escuras, onde havia o que parecia ter sido uma sacada de flores. Viu ali, sinais de fogo. Provavelmente estava destruída por dentro. Quis entrar para verificar se poderia fazer algo. Mas ela jamais permitiria.
-Reparo!
Disse algumas vezes. Apontando para tudo o que poderia ser concertado do lado de fora. Agora parecia quase perfeita. Apenas não poderia reconstituir as flores. Mas já havia feito muita coisa. Tinha que ir embora. Era apenas uma trouxa. Não deveria pensar mais nela. Ela servira para extravasar sua luxúria. Agora deveria partir para outra. E foi. Com velocidade incomparável em seu cavalo
