N/A: bem vocês já sabem que essa fic é barra pesada, e quem não agüenta, esqueça. Mas quem seguir em frente pode até gostar dela. Quem sabe?????

Beijo a todos

Viv

CAPÍTULO 2 – O retorno à Vila

Muitos dias se passaram. Mas Snape não conseguia esquecer a mulher do beco. Sonhava com seus olhos verdes todos os dias. Chegou a tomar outras trouxas, mas não foi a mesma coisa. Nem mesmo uma pálida semelhança. Estava mais irritado e carrancudo que o habitual. Acabara assassinando a última trouxa que não atingira as expectativas. E ali, com o sangue dela nas mãos, descobriu que não adiantaria. Tinha que revê-la. Tinha que procurá-la mais uma vez. Para acabar com a agonia.

Era madrugada mais uma vez. Quando Snape retornou ao povoado da mulher do beco. Desta vez vinha á pé, sem capa e sem máscara. Não queria provocar pânico geral. Apenas achá-la.

Poucas pessoas passavam pelas ruas àquela hora. Um bêbado trôpego o cumprimentou antes de cruzar a esquina com dificuldade. Conteve o impulso de usar o Avada. Tinha desprezo pelos fracos. Mas se controlou e seguiu. Achou a casa que procurava.

Para sua surpresa, haviam flores na sacada. Até ele tinha que reconhecer que eram lindas. Notou luz no interior. Aproximou-se devagar. Tentou enxergar pela janela aberta. Lá estava ela. Suspirou satisfeito. O calor tornando a invadi-lo. Ela parecia serena. Sua atenção totalmente voltada para um livro que tinha nas mãos. Usava um vestido leve, como da primeira vez que a viu.

Forçou a maçaneta. Estava trancada.

-Alorromora! – disse baixo.

A porta destravou. Entrou. Tornou a travar. Foi até onde ela estava. Ficou observando-a. Viu suas faces corarem. Pôde notar ela ficando tensa. E olhou lentamente em sua direção, como se o pressentisse. Parou de respirar. O rubor passou. A palidez retornou. Segurou o livro com força.

-Você?! O que quer aqui? – fúria fazendo a cor voltar.

Snape via sentimentos como raiva, ódio, desejo, dor, indignação passarem rapidamente em seus olhos.

-Vim ver você! – não mentiu.

Ela se levantou do sofá. Ainda assim era mais baixa que ele. Mas não se intimidou.

-Vá embora! – falou alto.

-Não. – calmo. – Quero você. – não estava habituado a ser sincero. Mas não era difícil com ela.

-Isso é ridículo! Sai daqui, imediatamente! – esbravejou.

-Posso esperar se acalmar. Sei que gostei do que aconteceu tanto quanto você. Não teria gozado comigo se não tivesse sentido prazer. – malicioso.

Ela grunhiu e atirou lhe o livro na cabeça. Se não estivesse preparado para essa possibilidade, poderia ter se machucado.

-Merda! – ela agarrou uma garrafa que estava na mesa ao lado.

Mas ele também desviou. Chegou até ela. Segurou seus pulsos o suficiente para imobilizá-la sem machucar.

-Seu desgraçado! Seu cretino! Você não tinha o direito!

-Eu sei. Fui seu primeiro homem. – ele falou com alguma docilidade.

Ela pareceu enfraquecer de repente. Os olhos brilhavam, rasos d'água. Ele a soltou. Ela tornou a sentar. Snape foi para uma poltrona diante dela.

-Ainda não sei seu nome. – pareceu perceber de súbito.

O desprezo voltou aos olhos verdes.

-Hanna Selena. – disse após algum tempo. Como se fosse um palavrão.

-Severus Snape. – a cumprimentou com uma leve mesura. – Quantos anos você tem, Hanna?

Ela deu uma risada amarga.

-Importa agora?! O que quer? Um repeteco? Mas antes quer saber se sou maior de idade?!– se levantou mais uma vez ficando longe dele.

-Agora importa. – confirmou. – E sim. Já disse que quero você mais uma vez. – direto.

-Deus! Que loucura! – e saiu correndo para cozinha.

Ele a alcançou, mas não há tempo de impedi-la de pegar uma faca e atingi-lo no braço que a segurava. Gemeu baixo. Olhou-a furioso por alguns segundos. Ela temeu pela própria vida. A soltou. Puxou a varinha. Murmurou um feitiço e a lesão cicatrizou diante dela. Que pareceu surpresa e antes que pudesse fugir novamente, ele a agarrou. Segurou as mãos em suas costas mais uma vez.

-Me solte! – falava entre os dentes.

Ele a arrastou até a sala. E de lá adivinhou onde era o quarto. A atirou na cama.

-Quero você, Hanna. E pelo que já senti, seu corpo também me quer. Então por quê negar?

Hanna ainda tentou sair do quarto, mas Snape já estava completamente despido. E a puxou de volta para a cama. Ela lutou por pouco tempo. Ele acariciava rudemente seu corpo delicado. Ainda tinha algumas marcas da primeira noite. Lambia e beijava essas marcas. Procurou a fonte do prazer dele. Dela. A penetrou com os dedos mesmo com seus protestos. Até percebê-la começar a estremecer.

-Seu desgraçado! Bastardo! Cretino! - arfava entre gemidos inconfundíveis de prazer.

Movimentava os dedos enquanto sugava os seios firmes, túrgidos. Até percebê-la atingir o orgasmo. Nesse momento subiu sobre ela e a penetrou de uma só vez. Ouviu seu grito. Continuou. As sensações eram tão intensas ou mais ainda que da primeira vez. Segurava seu quadril fortemente enquanto eliminava o resultado de seu prazer, enquanto ela terminava de se contorcer mais uma vez.

O silêncio era quebrado apenas pela respiração ofegante dos dois. Ele quis beijá-la. Mas ela se afastou. A viu deixar a cama e seguir para o banheiro.

Ainda estava lá. Impressionado com a intensidade das sensações. Foi até o chuveiro também.

-O que está fazendo aqui? Saia! – ela se virou de lado.

Cruzou os braços na altura dos seios mal ocultando o objeto de desejo de Snape.

-Já não conseguiu o que queria? Deixe-me em paz! – muito séria. Fúria mortal contida.

-Hanna! Deixe de bobagem...

-SAIA! AGORA!

Havia tanto rancor ali, que ele se assustou. Após o que tinham vivido, esperava que ela cedesse e admitisse que gostara. Resignado, saiu do banheiro. Murmurou feitiços para se recompor. Vestiu-se. Mas não foi embora. Ficou observando a sala. Os livros. Alguns títulos indicando serem em sua maioria romances, poesias, filosofia. Ela devia ser muito sonhadora. E para essas pessoas, aceitar a atração física que eles viviam, era realmente difícil.

Pegou um dos livros nas mãos. Tinha aspecto gasto. Pelo jeito deveria ser um dos preferidos. Leu o título. "Romeu e Julieta". Se queria entender sobre eles, deveria entender sobre ela. Aplicou no livro com um feitiço redutor e o guardou no bolso. Tornou a se sentar na poltrona onde a viu anteriormente.

-Ainda está aqui?! – ela retornou á sala. – Já não conseguiu o que queria? – suspirou. – Por favor, vá embora! Me deixe em paz! – suplicou.

Era o primeiro sinal de fraqueza dela. Não gostou. Era mais corajosa que isso. Mas pelo menos parara de gritar. Ele a olhava sério, mas clamo. Ele suspirou pesado. Sentou-se longe dele.

-O que quer agora? – cansada.

-Conhecer você. E entender porque me faz sentir assim. – admitiu.

Confusão passou pelos olhos verdes.

-Nunca procurei uma mulher mais de uma vez. – explicou. – Mas também nunca... desejei tanto a mesma mulher!

-Eu deveria estar orgulhosa? – desprezo.

-Quantos anos você tem? – ignorou.

-Vinte anos. Por quê? – ofensiva.

-Imaginei que fosse mais jovem. Por ter sido seu primeiro homem. – falou.

Mais um olhar letal.

-Não que se importe, mas eu estava me guardando para o homem que conquistasse meu coração. Aquele que eu amaria para sempre. - dor e sarcasmo na voz.

-Só uma romântica tola faria isso. E se privar do prazer que vivemos. Eu mesmo, nunca vivi algo assim! – sério.

-VÁ PRO INFERNO!!- voltou a esbravejar. Se levantou indo para a porta. – SAIA DAQUI E NÃO VOLTE NUNCA MAIS. ESQUEÇA QUE EU EXISTO! JÁ DDESTRUIU MINHA VIDA. TENHA UM MÍNIMO DE COMPAIXÃO E ME DEIXE EM PAZ! – firme.

Ele guardou na mente a imagem dela. Rosto corado. Olhos injetados. A paixão com que ela cuspia seu ódio, só servia para deixá-lo mais excitado. Mas resolveu ir embora. Voltaria outro dia. Até entender. Ou até o desejo acabar.

Deixou Hanna e seu povoado naquela noite, com a certeza de que voltaria logo. Mas desta vez ficou mais tempo longe. O Lord das Trevas tinha muitos planos. Novos servos e acertando as contas com desafiadores, alguns informantes descobriram que havia um grupo formado por Alvo Dumbledore. Que se denominavam Ordem da Fênix. Iria eliminar a todos. Um a