i N/A: Viu, não chama "Expresso Hogwarts". Ù.u
N/A²: O Capitulo ficou curto de novo... Desculpe, eu não tenho tido muito tempo pra escrever... /i
Lílian estava eufórica: Ia pro expresso Hogwarts. Nem dormiu a noite, e foi a sua vez de acordar Petúnia às cinco da manhã (VINGANÇA!!!!).
Thiago levantou obrigado pela mãe. Estava morrendo de preguiça. Bom, pelo menos ia ter sua varinha de volta...
Remo não precisou que ninguém o chamasse para levantar. Tinha tido uma boa noite de sono, e estava ansioso para chegar à Hogwarts.
Sirius levantou, mas não foi tomar café. Precisava dar um jeito de manter Bellatrix e Narcisa longe dele.
Anda Petúnia! – Dizia Lílian irritada para uma Petúnia que se recusava a sair do carro.
Não. – Ela cruzou os braços. – Não quero que me vejam com essa anormal.
O Sr. Evans suspirou.
Petúnia, querida, não quer se despedir de sua irmã? Vai ficar um bom tempo sem vê-la. – Disse a Sra. Evans, esperançosa.
Graças à Deus! – Disse Petúnia, recebendo olhares nervosos do pai.
Deixa ela no carro! – Implorou Lílian, que também não se sentia muito animada a ser vista com Petúnia no mundo bruxo. – Eu não ligo! De verdade!
Os pais da ruiva pensaram um pouco e depois decidiram que Petúnia podia ficar no carro.
Era complicado arrastar sua mala, mesmo com seu pai levando a maior parte das coisas. Ela chamava muita atenção, já que carregava um caldeirão, um monte de livros, um malão e uma coruja. Lílian estava começando a ficar realmente apreensiva. Onde será que ficava a tal plataforma?
Olá, será que posso ajudar?
Lílian deu um pulo enquanto virava-se para identificar o dono da voz. Um garoto bem magro com cabelos pretos que lhe caiam até o ombro e olhos da mesma cor exibia um sorriso torto diante do susto da ruiva. Ele tinha o nariz levemente curvo.
Desculpe. – Disse ele com a mesma voz sussurrada e sinistra. – Você me parece meio perdida.
E-estou. – Disse ela olhando para os pais. – Erm... Lílian Evans. – Ela estendeu a mão.
O menino não a apertou, mas deu outro sorriso torto e respondeu:
Severo Snape.
Thiago andava tranqüilamente com seus pais pela plataforma nove da estação King Cross. Foi quando ele viu a menina ruiva, Lílian Evans, que tinha encontrado no Beco Diagonal. Ele passou a mão pelos cabelos e apressou o passo para alcança-la, mas um outro menino – Feio, de cabelo ensebado, nariz-de-gancho e porte nada atlético, aliás – chegou por trás e falou algo pra ela. Ela pulou de susto. Thiago sorriu: tinha que anotar em seu caderno que ela assustava bem fácil. O moreno observou de longe Lílian estendendo a mão pro pote de óleo ambulante e ele a desprezando.
Que sujeitinho arrogante. – Ele pensou alto, franzindo o nariz.
Viu em seguida a ruiva recolhendo a mão estendida e, sem jeito, enrolando uma mecha do cabelo com o dedo.
Já estava quase alcançando eles quando o garoto do nariz torto apontou a entrada da plataforma para Lílian, que entrou segundos depois, meio apreensiva. Os pais da garota olhavam a "coluna sólida", espantados. A vassoura com os cabelos oleosos fez uma cara de desprezo, falou algo como "Ela está bem" com uma voz patética e se preparou para atravessar a barreira da plataforma.
Ainda não. – Disse Thiago para si mesmo. Não sabia por que, mas não tinha gostado daquele ranhoso. Ele elevou o tom de voz. – Tchau mãe, tchau pai!
Ele se dirigiu para a barreira, dando um esbarrão no garoto e nem parando para pedir desculpas. Em segundos ele estava na plataforma nove e ½, procurando por aquela cabeça irritantemente loira.
Remo já estava em uma cabine no expresso Hogwarts. Como sempre, ninguém apareceu para sentar-se com ele. Mas ele não se importava: agora podia fazer mágica, e treinar coisas simples, como Wingardium Leviosa, era fascinante. Ele praticava com uma de suas penas de escrever, fazendo-a subir e descer. Surpreendeu-se, entretanto, quando, ao soltar a pena, fracos aplausos vieram da porta. Ele levantou os olhos.
Lílian! – Ele sorriu. – Como passou o mês?
A ruiva entrou na cabine, fechando a porta atrás de si.
Bem, tirando Petúnia, é claro. – Remo riu. – Dá pra me ensinar isso? – Perguntou, interessada, apontando para a pena. – E aí você me conta como você passou o mês enquanto eu tento.
Claro. Você tem que segurar a varinha assim... – Começo Remo, mas foi interrompido por uma explosão de risadas que vinham do lado de fora do trem. Os dois olharam pela janela da cabine.
Um garoto de olhos cinzentos e roupas de bruxo corria de um lado pro outro, desesperado. Seu cabelo tinha um tom visivelmente verde. Remo viu o queixo da ruiva cair. Segundos depois ele descobriu porque. Era Lucio Malfoy, o garoto loiro que os provocou no Beco Diagonal. A menina loira que tinha o chamado naquele dia tinha as mãos sobre a boca e olhos arregalados.
Remo e Lílian caíram na risada, parando de vez em quando para observar o pandemônio lá fora, e voltando a rir depois. Algum tempo depois, uma menina muito bonita passou correndo e trombou com Lucio, que caiu sentado. Ela se equilibrou e Remo reconheceu Bellatrix Black, a tal menina que estava no quinto ano e era um demônio. Foi difícil reconhece-la, considerando os cabelos vermelhos e dourados. Outro ataque de riso tomou conta da cabine.
Thiago observava tudo, orgulhoso de si mesmo. Ele não pôde esperar até chegar em Hogwarts para colocar em pratica a operação Leprechaum. Pensaria em alguma coisa no trem.
Tudo correra como ele planejara. O cara-de-veela do Malfoy tinha agora lindos e lisos cabelos verdes, e corria desabalado pela plataforma.
Thiago Potter, você é um gênio. – Ele disse para si mesmo.
Foi quando o "gênio" avistou algo que ele não tinha planejado, mas que veio muito a calhar: uma louca de cabelo vermelho e dourado veio correndo de trombou com Malfoy, o derrubando.
Quem era aquela maluca? Primeiro ele não entendeu nada. Mas depois seus olhos encontraram os olhos azuis-claros cheios de pânico da menina.
Thiago sentiu-se tomado por um ataque de riso quando ele reconheceu Bellatrix Black, e entendeu a essência da piada: As cores da Grifinória.
Eu preciso descobrir quem foi o gênio que bolou isso. – Pensou alto, entre risos.
Foi quando viu o menino que estava com os Black no beco diagonal se aproximar. Ele tinha a varinha em punho, e dizia algo como "Bellinha, a Miss sonserina homenageando a casa dos leões!".
O comentário arrancou risos dos presentes e fez Bellatrix sacar a varinha. Thiago correu até a cena.
Calma, Bellinha! – Disse Sirius, levantando os braços como quem se rende. Reconhecia que não tinha condições de duelar com Bellatrix.
Eu vou te mandar pra Hogwarts dentro de um envelope! – Disse ela, levantando a varinha.
Sirius viu os presentes se afastarem. A fama de Bellatrix era tão ruim assim? Ela parou com a varinha no ar.
Bellinha, você vai se dar mal... – Disse Sirius.
Para de me chamar de Bellinha!
Miss Sonserina, a Srta. Vai se dar mal...
Cala a boca! – Ela ameaçou abaixar a varinha e todos deram um pulo para trás. Sirius nem se mexeu. Lucio continuava atordoado com a trombada de Bellatrix.
Você não é louca de me azarar e arrumar confusão antes mesmo de chegar em Hogwarts. Eu sou um primeiranista indefeso, é covardia duelar com Bellatrix Black. – Disse ele irônico. Isso pareceu irritá-la ainda mais.
Ela, no entanto, só apontou a varinha para a própria cabeça, fazendo os cabelos voltarem ao preto sedoso inicial e engolindo a raiva.
Ah, estava tão bom! – Sirius ouviu uma voz desconhecida falar de trás de Bellatrix.
Bellatrix se virou, revelando um menino de óculos e cabelos negros bagunçados. Ela fez cara de quem estava começando a achar vantagem pegar umas cinco detenções só pra poder azaram Sirius, e esse menininho atrevido também.
Tenho, aliás, que cumprimentar o gênio responsável pela "Homenagem à casa dos leões..." – Disse o garoto, cordialmente. A platéia riu um pouco, mas se calou ao receber olhares irritados de Bellatrix. – O que você usou?
Sirius percebeu que o garoto se dirigia a ele.
Morph. – Falou Sirius, referindo-se ao feitiço que usara em Bellatrix.
Puxa tivemos a mesma idéia! – Respondeu o garoto, ignorando o grito de "Você!" que Lucio deu.
Você é o responsável pelo novo visual do Malfoy então? – Falou rindo. – Vamos entrar no trem antes que a Bellinha perca sua paciência curta, o que acha?
Ótimo. – Respondeu ele, lançando um olhar apreensivo para Bellatrix, que apertava sua varinha e bufava de raiva.
Os dois saíram correndo ao mesmo tempo em que Bellatrix lançou um feitiço. Sirius sentiu a azaração passar logo ao seu lado, fazendo algumas mechas do se cabelo levantarem.
A propósito: Thiago Potter, muito prazer! – Disse o garoto, ainda correndo em direção ao trem.
Sirius Black. – Respondeu, sentindo outro feitiço passar raspando pelo seu braço.
Lílian e Remo observavam a nova cena que havia se formado, boquiabertos. Thiago, o garoto que eles encontraram no beco diagonal, tinha chegado, falado algumas coisas, depois ele e o menino que parecia ser o responsável pelo cabelo vermelho e dourado da garota que trombou com o Malfoy saíram correndo em meio a rajadas vermelhas que desprendiam da varinha da garota.
Espero que os dois estejam bem... – Disse Lílian, olhando preocupada para a expressão de ódio da menina.
Eles estão. – Disse Remo, quase tranqüilo. – Se Bellatrix tivesse os acertado, agora ela estaria rindo, não bufando.
Bellatrix? – Então esse era o nome da menina?
Bellatrix Black. Tem péssima fama. Dizem que é muito poderosa, e extremamente má.
Ploft
Lílian
olhou para a porta, assustada. Com um estrondo, dois garotos morenos
caíram cabine adentro, levantando-se rapidamente e fechando
parcialmente a porta.
Thiago se virou para se desculpar com quem quer que seja que estivesse na cabine que ele e Sirius tinham invadido. Foi quando ele viu que Lílian e Remo o olhavam interrogativamente.
Lílian e Remo! – Disse, passando as mãos pelos cabelos. – Que feliz coincidência. – Ele lançou um olhar apreensivo por uma fresta entre a porta e a parede da cabine, voltando a cabeça para os dois logo depois. – Por favor, deixem a gente se esconder aqui.
É! – Disse o outro, olhando pela fresta da porta também. – Ou Bellinha vai nos comer vivos...
Vocês estão bem? – Perguntou a ruiva, enquanto Remo se levantava e terminava de fechar a porta.
Sim, eu pelo menos. – Disse Sirius. – Thiago?
Bem, muito bem.
Os dois se sentaram. Thiago olhou para Sirius, pensando que ele daria um ótimo companheiro de planos. Quando seus olhos e os de Sirius se encontraram, os dois caíram na risada.
Remo olhou para os dois garotos rindo como loucos, divertido. Parecia que eles eram amigos há muito tempo.
Então, vocês vão nos explicar como deixaram os cabelos dos dois lá fora estilizados ou vão ficar ai rindo o resto do dia? – Perguntou Lílian, quase rindo também.
Nós deixamos? – Disse Thiago. – Eu só sou responsável pelo cabelo verde do cara-de-veela. Sirius fez a piada de Bellatrix.
Mas agora eu não tenho nem idéia do que fazer quando chegarmos em Hogwarts... Gastei meu único plano. – Disse Sirius, pesaroso.
Remo franziu a sobrancelha. Então ele queria fazer alguma coisa do tipo em Hogwarts?
Não se preocupe, Sirius, seus problemas acabaram! – Disse Thiago num tom que fez todos rirem. – Eu tenho um raro CADERNO cheio de planos que eu passei minha vida bolando sem poder executa-los por dois motivos simples:...
Lílian
o interrompeu:
Sem varinha.
É. Ele concordou. E sem cúmplice. A maioria dos planos exige alguém pra me ajudar.
Eu sempre tive o mesmo problema. – Respondeu Sirius, enquanto abria um sorriso.
Sirius passou o resto da viagem muito bem. Pela primeira vez, não estava acompanhando nem de Bellatrix, nem de Narcisa, nem de sua mãe.
Ele e Thiago passaram a viagem toda discutindo os planos do caderno, muito completo, aliás. Lá eles tinham tudo bolado nos mínimos detalhes. Enquanto isso, Remo ensinava Lílian a fazer uma pena flutuar.
Sirius afastou os cabelos negros dos olhos. Esse ano prometia ser o melhor que já tivera.
