b Capitulo 6 – Marotos, finalmente. /b
Lílian estava atenta ao diretor. Foi quando se deu conta de uma coisa: Onde estava Snape?
Como se respondesse a pergunta dela, um garoto carrancudo com as vestes encharcadas entrou no salão correndo, pediu desculpas pelo atraso e sentou-se no banquinho.
Minerva deu de ombros e colocou o chapéu sobre sua cabeça. Segundos depois, o chapéu anunciou "Sonserina!", e Snape foi se sentar.
Nossa, por que será que ele se atrasou tanto? – Perguntou Lílian, distraída.
Furamos o barco dele. – Disse Thiago, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo, e Sirius concordou com a cabeça, distraidamente.
Lílian os fitou com desaprovação, mas decidiu que não ia adiantar falar nada.
Mas uma vez, Dumbledore se levantou.
A todos os alunos novos, Sejam Bem Vindos! Aos antigos, Bem vindos de volta. Tenho alguns avisos para dar antes de atacarmos nosso maravilhoso banquete de entrada. Primeiro, eu gostaria de avisar aos alunos novos que a floresta que está nos terrenos do castelo é estritamente, completamente, simplesmente e absolutamente proibida, inviável e muito, muito perigosa.
Lílian observou com horror os olhares divertidos e sorrisos maléficos que Thiago e Sirius mantinham no rosto.
E o Sr. Filch me pediu para lembrar-lhes de que é proibido fazer magia nos corredores, usar certos objetos perigosos ou andar pela escola depois das oito da noite.
Thiago e Sirius se olharam como se estivessem num tipo de paraíso: Milhares de regras para serem quebradas!
Lílian balançou a cabeça, olhando de relance para a mesa da sonserina. Bellatrix encarava Sirius com claro ódio.
Quando Thiago levantou-se para ir ao dormitório, estava completamente satisfeito. Primeiro, algumas regras à serem quebradas. Depois, um enorme banquete. Então, mas regras para se quebrar. Seboso mais uma vez no lago, todos na Grifinória, e Sirius falando algo sobre contrabandear para Hogwarts um guiturra, ou seja lá o que fosse que ele tocava.
Mal podia esperar para começar suas aulas de feitiço. Isso ia dobrar seu poder de destruição, com certeza.
Remo se sentia meio estranho. Parecia que tudo isso era meio... Irreal. É verdade, eles não sabiam de nada. Mas Sirius, Thiago e Lílian pareciam trata-lo como amigo. Pedro parecia à beira de adoração a eles todos.
Alunos do Primeiro ano, aqui, por favor! – Chamou uma menina de cabelos negros e óculos. – Com licença, sou monitora. – Anunciou a um grupo de quintanistas que passavam por eles.
Ele ia seguindo a monitora tranqüilamente, quando sentiu um braço passando pelo seu ombro e o puxando um pouco mais para trás. Era Sirius, que tinha feito a mesma coisa com Thiago.
Thiago, Remo, meus amigos, não deixem a Lily ouvir isso, mas esse ano nós seremos o Caos!
Só esse? – Perguntou Thiago, tentando libertar-se do "abraço" de Sirius, que estava quase o derrubando.
Todos os sete. – Corrigiu o outro.
Ei, porque vocês dois estão me metendo no meio? O que vocês querem? – Perguntou Remo, em tom de piada.
Três é sempre melhor do que dois. – Disse Thiago, com tom de sábio. – Além do mais, você tem cara de quem sabe inventar desculpas. – Acrescentou, voltando ao tom de voz normal.
Então quatro é melhor que três? – Perguntou Pedro timidamente.
Sirius o fitou com cara de "É melhor continuarmos cuidando do baixinho" e disse:
Claro Pedrinho! Chega mais.
Thiago puxou Pedro para o "abraço coletivo", mas Remo tentava se libertar, sem sucesso. A essa altura, metade dos primeiranistas já olhava o grupo, e Lílian já tinha se afastado um pouco e puxado conversa com uma garota de cabelos castanhos e encaracolados.
Então Remo se viu, pela primeira vez, sorrindo e brincando com amigos.
Quando chegaram no dormitório, Sirius foi correndo para i ela /i . Abriu a bolsa em que i ela /i estava guardada, i a /i tirou de dentro e parou fitando- i a /i e apreciando os seus belos tons de azul e negro.
Que é isso? – Perguntou Thiago, que se apossara da cama ao lado.
i Ela /i ... – Disse Sirius sonhadoramente.
Ih, olha, uma guitarra. – Falou Pedro. – Você toca?
Sirius fez que sim com a cabeça repetidamente em movimentos curtos. Uma tênue luz de compreensão se espalhou pelos olhos de Thiago, mas Remo e o outro menino que tinham entrado no dormitório pareciam na mesma.
Olha: - Disse Sirius antes de tocar um curto solo.
Legal! – Disse Remo. O outro garoto sorriu antipático e foi se deitar.
Você é de família bruxa? – Perguntou Sirius, já que ele não sabia o que era uma guitarra.
Só algumas poucas gerações. – Respondeu Remo. – Meu Bisavô era trouxa.
Meu pai é trouxa, mãe bruxa. – Disse Pedro.
Minha família é bruxa por várias gerações. – Falou Thiago, imitando um jeito pomposo. – Mas não quanto a "Mui antiga e Nobre Família Black". – Acrescentou com uma voz falsamente grave.
Ora, cale a boca, Thiago! – Zombou Sirius, rindo também.
Vai se casar com uma bruxa de família nobre, Sirius? – Continuou Thiago. – Lestrenge? Longbotton? Weasley, se é que nascem mulheres naquela família? Malfoy? – Acrescentou, caindo na risada logo depois.
Está pra nascer a mulher que vai me colocar coleira! – Falou.
Tá bom, sei. – Zombou Remo. – Vai, vamos dormir, amanhã temos que acordar cedo.
...E humilhar alguns sonserinos no café da manhã. – Completou Thiago.
Tsc, tsc... Lílian vai ficar uma fera. – Riu Remo.
Deixa ela. – Falou Thiago, dando de ombros em quanto se deitava. – Se ela quer ser certinha, que seja sozinha.
Lílian entrou no dormitório conversando com Sabrina, uma menina de cabelos castanhos e cacheados. Ela parecia ser muito legal, mas as outras três companheiras de quarto eram deprimentes. Primeiro, a tal da Trelawney, que não falava com ninguém, olhava pra elas com nojo e andava como se flutuasse. Depois, Fabiana, que tinha nariz empinado (em todos os sentidos) e longos cabelos louros dos quais ela se gabava toda hora. E finalmente, Camille, amiga de Fabiana, que também tinha cabelos louros, só que cacheados. Ela agia exatamente como a amiga.
... E o que você achou deles? – Perguntou Sabrina. Elas estavam conversando sobre Remo, Thiago, Sirius e Pedro, já que Sabrina vira Lílian conversando com eles.
Remo é legal. Thiago me pareceu meio metido. Sirius apronta de mais, aí juntou ele e o Thiago, já viu, né? E o Pedro, tadinho, me parece que ele não tem muitos amigos...
Tem razão. – Disse Sabrina, bocejando. – Aí, vamos dormir? Amanhã temos a-au... – Ela bocejou novamente. -...La.
Certo. – Disse Lílian, se sentindo muito animada com as aulas novamente. – Boa noite, todo mundo.
Sabrina respondeu, Camille e Fabiana empinaram o nariz e não falaram nada, Sibila nem pareceu ouvir.
Thiago abriu os olhos de repente. Escutou os pássaros cantarem: silêncio de manhã. Sorriu maldosamente, pegou sua varinha e sentou-se na cama, pensando em acordar os outros com algum tipo de barulho bem alto. Porém, quando abriu as cortinas da cama, topou com Sirius, com um sorriso maldoso no rosto e a varinha erguida.
O que? Eu fiz algum barulho? – Cochichou Sirius, abaixando a varinha, desapontado.
Não. É que eu ia levantar pra acorda-los com um barulhinho carinhoso. – Respondeu Thiago, dando de ombros.
Ah... Eu ia selar as cortinas.
Tudo bem, vamos pegar os outros.
Sirius fez que sim com a cabeça e eles se aproximaram furtivamente da cama de Remo. Mas quando estava bem perto, Remo abriu as cortinas, já sentado na cama.
Mas que previsível, rapazes. – Falou, sem se preocupar em abaixar o tom de voz.
Shhhhhhh! – Disseram Thiago e Sirius juntos, colocando os dedos em frente aos lábios em sinal de silencio.
Você escapa dessa vez. – Cochichou Sirius, virando-se para a cama de Pedro. – Cello. – Murmurou, e as pontas da cortina sumiram. As bordas grudaram no chão.
Thiago levantou a varinha com floreios, fazendo os outros dois rirem.
Sonorus. – Murmurou, apontando a varinha para a própria garganta. – Pedro, levante! Corra! Salve-se quem puder. ATAQUE DE ALIENIGENAS EM HOGWARTS!
O Barulho ecoou pelo quarto. O outro menino acordou emburrado e saiu do quarto antes que sobrasse para ele. Pedro tentava desesperadamente achar a saída da cama. Thiago, Sirius e até Remo caíram na risada com a cena: Pedro batendo na cortina aqui e ali, desesperado.
Ahhhhh! Socorro! – Gritou Pedro lá de dentro. – ELES ME PEGARAM!
Essa última frase fez Thiago chorar de rir. Sirius não conseguia nem respirar e sua pele tomara um tom literalmente vermelho. Remo foi o primeiro a se recompor do ataque de riso.
Já chega. – Falou ele, ainda rindo. – Finite Incantatem.
A cortina voltou ao normal e Pedro os olhava com cara de "não-teve-um-pingo-de-graça", mas Thiago e Sirius ainda não tinham parado de rir.
Vamos, se não vamos nos atrasar pra primeira aula. – Disse Remo. Thiago e Sirius limparam as lágrimas e respiraram fundo, tentando controlar o riso. Segundos depois os dois caíram na risada outra vez. – Ah, eu desisto.
Remo colocou seu uniforme enquanto os dois riam. Pedro se trocou também, e os dois rindo. Remo anunciou que ia para a aula, e os dois concordaram com a cabeça, rindo.
Não se atrasem. – Disse Remo, depois que Pedro saiu. – Nossa primeira aula é Transfiguração, favor não perder pontos por atraso logo no primeiro dia. – Falou com um tom de piada, depois saiu.
Assim que Remo saiu, Sirius e Thiago pararam de rir.
Ótimo, o que nós vamos esconder na cama de quem? – Perguntou Thiago, animado.
Mas nesse instante, Remo colocou a cabeça para dentro de novo.
Eu SABIA. – Disse, sorrido. – Vamos, os dois.
Thiago e Sirius se trocaram, carrancudos, e seguiram Remo até o salão principal para tomar o café da manhã. Eles foram abordados por um monitor no meio do caminho, mas Remo inventou uma história rápida sobre Sirius ter assustado Thiago sem querer, que gritou que Hogwarts estava sendo atacada por alienígenas porque ele tinha sonhado com isso. O grito assustou Pedro, que estava dormindo. Então, Sirius, tentando acalmar os dois, tropeçou e caiu em cima de Pedro, que gritou que tinha sido capturado. E o pior é que o monitor burro engoliu essa.
"Sabe", pensou Sirius. "Thiago tinha razão. Ele é muito convincente com desculpas. Até uma esfarrapada dessa funcionou".
Lílian conversava com Sabrina sobre as aulas do dia quando viu quatro primeiranistas e um dos monitores parados mais ao longe. Provavelmente estavam tomando bronca por causa da gritaria dessa manhã.
Que foi Lílian? – Perguntou Sabrina, curiosa. Lílian apontou para os marotos. – Ah... A zona de hoje cedo.
Sorte que nós não temos que dividir o dormitório com gente assim. – Falou Lílian.
Sabrina lançou um olhar de desgosto à Fabiana e Camille.
Quer saber? Preferia eles, pelo menos são bonitos.
Sabrina! – Disse Lílian rindo.
Ah, olha só o Thiago! – A outra falou, insistindo.
Olha só o cabelo dele. – Retrucou Lílian.
Erm... Mas olha só o Sirius então. Não tem nada de errado com ele.
Tirando o fato de que a qualquer momento podem nascer furúnculos na sua cara, misteriosamente?
Tá, mas olha o Remo. – Disse com os olhos brilhando.
Ele parece sempre triste. – Retrucou Lílian. – Além do mais, olha o Pedro!
Quem falou que eu estou falando do...
Olá meninas! – A voz de Thiago fez Sabrina calar-se instantaneamente.
Oi gente. – Disse Lílian com um sorriso amarelo.
Thiago franziu as sobrancelhas.
Não vai apresentar? – Falou Sirius, sentando-se em frente à Sabrina.
Ah desculpa! – Falou Lílian. – Gente essa é a Sabrina. Erm... Sabrina, esses são Remo, Pedro Thiago e Sirius. Os meninos que eu falei que encontrei no trem, lembra?
Sabrina fez cara de quem tentava lembrar. Ela realmente mentia bem, parecia realmente esforçada em lembrar de algo remoto.
Ah, ta. Lembro.
Pedro se sentou ao lado de Sabrina e Thiago e Remo foram se sentar em volta de Sirius.
Então, podem continuar a conversa. – Disse Thiago, as encarando desconfiado.
As duas desataram a falar ao mesmo tempo. Mas segundos depois Lílian sobrepôs sua voz:
Eu não lembro do que a gente estava falando, olha só!
Thiago e Sirius trocaram olhares significativos. Remo apenas sorriu e ser voltou para seu prato. Pedro nem parecia ter os ouvido, de tão concentrado que estava em seu bolo.
Matemática! – Falou Sabrina, e Lílian olhou para ela torcendo o nariz. – Falávamos de matemática. E como eu ia te dizendo Lílian, três quartos é uma ótima estatística.
Três quartos de que? – Perguntou Sirius.
NADA! – Responderam as duas juntas, rápido demais.
Quer dizer, nada significativo. Indefinido sabe, só três quartos. – Disfarçou Lílian, com um sorriso amarelo.
Vamos para a aula, que tal? – Disse Remo calmamente.
Pedro resmungou algo sobre mais um pedaço de bolo, mas resolveu ir com eles.
