b Capitulo 7 - Primeiro dia /b
Lílian levantou-se e arrastou Sabrina, que tinha ficado lá, olhando bobamente para o nada.
Acha que transfiguração vai ser muito difícil? – Perguntou ela, só pra puxar assunto (e desviar a cabeça dos meninos dos "três quartos".
Nah, facinho. – Sirius abanou a mão no ar, como quem espanta uma mosca.
Super simples. – Completou Thiago.
É, mas nós estamos falando de "Transfiguração para quem nunca deixou o cabelo de ninguém verde nem vermelho e dourado". – Remo falou. Thiago, Lílian e Sirius riram, mas Pedro resmungou.
Isso vai ser difícil...
Pobre Pedrinho... – Disse Thiago com uma falsa cara de choro. – Nós vamos te ajudar, fica tranqüilo.
Eles andaram mais um pouco em silêncio, quando Lílian ouviu a voz de Remo:
Puxa que silêncio. O que deu em vocês dois? Espero que vocês não estejam aprontando mais na... – Lílian olhou para Remo, e o encontrou virado para trás, diante somente de Pedro, que olhava para os lados e Sabrina, que dava de ombros. – Thiago? Sirius? – Remo suspirou. – Ah, esses dois não têm jeito. Vem, vamos pra aula... Espero que eles não se atrasem...
Eles vão se encrencar com a McGonagall logo no primeiro dia de aula! – Falou Lílian balançando a cabeça negativamente. – Francamente, esses dois não são nada responsáveis. A propósito, o que foi toda aquela gritaria no dormitório hoje de manhã? Acho que ouvi Thiago Potter falando algo sobre invasão alienígena...
Remo riu brevemente e começou a narrar-lhe a história, com Pedro emburrado em seus calcanhares.
Vem, vamos até o dormitório. – Falou Thiago assim que achou que eles estavam longe o bastante dos outros dois.
O que é de tão raro e legal que você tem pra mostrar? – Perguntou Sirius, impaciente.
Shhhhhh! – Falou Thiago. – Alguém vai ouvir. É utra-mega-super-confidencial.
Sirius suspirou, impaciente. Eles entraram no dormitório.
Uma hora vão sentir nossa falta. Logo, eu diria. – Falou Sirius. – E o que pode ser mais legal que a minha guit...
Sirius parou no meio da frase quando Thiago tirou do malão um tecido longo e prateado. Thiago observou a cara de surpresa de Sirius por algum tempo antes de falar:
Vamos logo, ou acabaremos com uma detenção antes mesmo de termos aula de vôo.
É uma capa da...
É, é uma capa da invisibilidade. Útil, não? – Ele guardou a capa no fundo do malão novamente. – VAMOS! – Acrescentou, arrastando Sirius, que olhava abobalhado para o malão.
Remo sentou-se em uma das primeiras carteiras. Lílian sentou-se mais pro meio com Sabrina. Pedro sentou-se ao lado de Remo. A professora McGonagall começara a aula com uma demonstração de animagia, transformando-se num gato malhado, que tinha em volta dos olhos marcas quadradas, como seus óculos. Thiago e Sirius ainda não tinham chegado.
A Professora pareceu se preparar para voltar à sua forma humana, quando dois garotos abriram a porta com um grande estrondo. Sirius e Thiago entraram correndo e se sentaram na carteira atrás de Lupin.
Ufa, ainda bem que a professora não tá aqui. – Falou Sirius, alto.
Remo tentou avisa-los, mas Thiago continuou.
É... A tal da McGonagall tem cara de quem fica uma verdadeira fera quando a cutucam. – Falou, fazendo voz de falso medo.
Remo fez sinal pra eles se calarem, mas não funcionou.
Cara, que silêncio é esse? – Disse Sirius, olhando em volta. – Tudo isso é medo da coroa?
Remo deu um tapinha de leve na própria testa.
E esse gato estúpido na cadeira da professora? – Perguntou Thiago.
Remo suspirou, apoiando a testa com a mão.
O que você tem, Remo? – Perguntou Sirius, se esticando na carteira para cutucar o amigo. – Parece até que a McGonagall pode se materializar do nada a qualquer... – A gata sentada na cadeira foi aumentando de tamanho e mudando de forma, até que todos puderam reconhecer o rosto severo da professora. -... Momento.
Thiago passou a mão nervosamente pelos cabelos. Sirius sorriu bobamente para a professora, e deu inicio à sua tática básica.
Oh, a Senhora é Animaga! Fascinante! – A Professora o encarou com um olhar mortífero.
Qual a desculpa? – Falou ela, seca.
Erm... Minerva... Posso te chamar de Minerva? – Sirius disse sorrindo, simpático. Afinal, funcionara com Hagrid. Ela apertou os lábios. Melhor não esperar a resposta. – Então... Nós... Hum... Nos perdemos.
Nem um pouco criativo, Black. Sabe quantas vezes já ouvi isso?
Os alienígenas atacaram Hogwarts? – Falou Thiago, incerto. Remo e Lílian soltaram risinhos abafados, não agüentando. Pedro bufou.
Criativo... Mas não convincente. A Propósito, já tomei conhecimento da confusão na torre da Grifinória.
Fomos verificar se a torneira do banheiro do quinto andar continuava lá? – Arriscou Sirius.
A maioria da classe agora já não conseguia conter o riso. A Professora encarou os dois, irritada.
Não há um banheiro no quinto andar. – Retrucou a professora.
Viu, Thiago, não falei que estávamos perdidos? – Falou Sirius, fazendo algumas pessoas rirem. Minerva cruzou os braços.
Estávamos duelando contra as forças do mal! – Thiago parecia começar a gostar da situação. Sirius resolveu entrar no jogo.
Estávamos alimentando a Lula gigante!
Estávamos caçando vellas!
Estávamos fugindo de uma garça kamikaze!
Estávamos...
Já CHEGA! – Berrou Minerva, fazendo a classe parar de rir na hora. – Menos vinte pontos da Grifinória. Sentem-se e vamos voltar à aula.
Assim que a professora virou-se, Thiago e Sirius viraram-se para a classe, fizeram uma reverência, como se fossem atores agradecendo à sua platéia e foram se sentar atrás de Remo.
Viu como ele é metido? – Cochichou Lílian para Sabrina quando elas saiam para a aula de poções.
Ele é muito engraçado! – Falou Sabrina, teimando. – Ele e o Sirius.
É, mas eu não quero nem imaginar o que os dois estavam aprontando pra chegarem atrasados. Pode contar que o pobre do Snape vai aparecer com algum tipo de anormalidade, como orelhas de burro ou pior.
Poxa, Lílian, é esse o conceito que você faz da gente? – Lílian virou-se para dar de cara com Thiago, Remo, Sirius e Pedro. Thiago e Sirius tinham caras de cachorro-caído-de-mudança.
Não fizemos nada com o Seboso. – Falou Sirius, imitando ressentimento. – Embora tenhamos que admitir que a idéia das orelhas de burro não é tão ruim.
E eu não sou metido. – Acrescentou Thiago. – Eu não tenho culpa de ser perfeito.
Lílian revirou os olhos para os dois e andou mais rápido. Sabrina deu de ombros para eles e acompanhou Lílian.
Ela não sabia porque, mais tinha ficado furiosa com Thiago. Talvez fosse esse jeito "eu-sou-o-melhor" que ele tinha. Talvez fosse o gesto ("Gesto não, cacuete" Corrigiu-se) de passar as mãos pelo cabelo toda hora.
Por que o chilique? – Falou Sabrina, quando elas já estavam na porta da sala de poções.
Não importa. – Retrucou Lílian.
Sabrina a fitou com um olhar "acho-que-prezo-bastante-a-nova-amizade-e-por-isso-não-vou-falar-o-que-estou-pensando".
A ruiva fingiu não notar e foi se sentar. Sabrina sentou-se com ela.
Os marotos entraram na masmorra. Thiago parecia ir à direção das duas, decidido. Lílian o encarou, como se o desafiasse a dar mais um passo.
Thiago, deixa pra lá. – Disse Remo segurando o braço dele. – Ela tá nervosa agora, depois vocês conversam.
Nervosa por que? – Retrucou Thiago, mas acompanhou Remo e os outros até o outro canto da sala.
Remo abriu a boca para responder, pensou um pouco e disse:
Eu não tenho a mínima idéia.
O-que-foi-que-eu-fiz? – Disse, encarando a ruiva, que conversava com Sabrina.
Eu sei lá. Mulheres... – Falou Sirius, balançando a cabeça.
Sabe, Thiago, eu acho que ela te achou metido. – Falou Pedro, sério.
Verdade? – Disse Thiago irônico. – Pois o problema é dela. Eu não ligo.
Remo, sinceramente, não achava que Thiago estava agindo como quem não ligava. Ele já tinha jogado a varinha no caldeirão em vez dos galhos de wingentree umas três vezes. As pobres lesmas de Thiago e Sirius tinham sido mutiladas. E agora ele se ocupava em mutilar a Molly, uma flor meio rosa, da qual eles deviam "tirar as pétalas delicadamente".
Remo suspirou, virando-se para a mesa em que Lílian tinha se sentado. A ruiva jogava tudo no caldeirão de qualquer jeito e Sabrina tentava consertar. A poção das duas, que deveria ser azul, estava verde, e a de Thiago e Sirius tomara um tom marrom-feio.
Remo balançou a cabeça, voltando à sua própria poção, na qual o tom azul céu borbulhava calmamente.
"Esses dois ainda acabam casados..." Pensou ele distraidamente.
Sirius estava começando a ficar preocupado com Thiago. E com a poção dos dois, que agora chiava perigosamente.
Ele não tinha entendido nada. Aliás, só tinha entendido uma coisa: Lílian e Thiago brigaram.
Não tinha entendido por que. Lílian achava Thiago metido. Thiago tinha ficado bravo. Sirius tentava organizar os pensamentos quando, com um estrondo, poção marrom-feia foi jogada por todos os lados da masmorra.
Foram atingidos, principalmente, Thiago, Sirius, Snape, que estava logo à frente dos dois, Remo e Pedro, que estavam atrás.
Uma grande quantidade de poção caiu no caldeirão de Remo, deixando a poção perfeitamente preparada meio roxa.
O Professor de poções, Victor Verick, se dirigiu decidido até os dois.
Sirius não sabia se fazia cara de inocente os se ria do Seboso, coberto daquele liquido marrom. É claro, ele também estava cheio de poção na cara, mas depois ele dava um jeito nisso.
Quando o professor abriu a boca para falar, Sirius sorriu, simpático, e disse:
Oh, belo dia, não, Victor? Posso te chamar de Victor? – Acrescentou.
O professor abriu a boca para falar novamente, mas o caldeirão de Remo começara a tremer perigosamente.
Ah, não! – Disse Remo, se abaixando e puxando Pedro para baixo da mesa também.
Segundos depois, uma pequena explosão fez voar liquido roxo por quase toda a masmorra, acertando Sirius, Thiago, Snape E o Professor Verick.
Sirius fez cara de quem não agüenta mais isso (¬¬") e passou a mão pelo rosto, se livrando daquela meleca roxa. Foi quando viu Snape, tentando se livrar da poção.
Viu o que você fez, Thiago? – Começou Sirius, irônico. – Agora o Seboso vai ter que lavar o cabelo OUTRA vez por nossa causa. E tudo isso é culpa sua e da ruivinha esquentada. – Ele apontou para Lílian, que o encarou com raiva.
Minha? Não, a culpa não é minha. – Disse Thiago, também sorrindo com ironia. – Na verdade, Snape me distraiu com as moscas que rodeiam seu cabelo. Você está bem, professor? – Acrescentou, hipócrita.
Verick os encarou com raiva.
Conversamos depois da aula. – Falou ele pausadamente.
As outras aulas transcorreram normais, na medida do possível.
Thiago e Sirius receberam uma detenção do professor Verick. Mas pra compensar, eles ganharam alguns pontos em feitiços e vôo. Na aula de história da magia eles só dormiram como dois anjinhos.
Lílian passou o resto do dia sem falar com nenhum dos marotos. No dia seguinte ia fazer as pazes com eles. Ou melhor, com Remo, Sirius e Pedro.
Remo passou o dia tentando convencer Thiago a pedir desculpas para a Lílian, mesmo que não tivesse feito nada pra ela. Mas não adiantou nada.
i N/A:
E aí está... Já começaram as brigas...
(..) Eu sinto muito, mas eles tem que se odiar até o final
dessa fic. Ù.u
Nenhuma peça com o Seboso nesse
capitulo? Cara, to decaindo... Tudo bem, no próximo
eu coloco duas! /i
