b Capitulo 10 –Animagos, tentativa 1 /b

Lílian suspirou, pensando. Os meninos andavam realmente estranhos. O primeiro fato da série de coisas estranhas foi o sumiço-não-explicado de Remo. Depois, o episódio todo no dia que ele voltou, todo machucado. Então, os marotos têm andado estranhos e quietos, discutindo coisas à voz baixa e parando de falar quando alguém se aproxima.

Ela levantou-se da cama, pegou um caderno e escreveu:

-Remo some

-Thiago e Sirius me azaram no corredor para que eu não os siga.

-Voltam com Remo e não dispostos a explicar nada.

-Cochicham pelos cantos.

Ela não sabia do que se tratava. Mas ia descobrir. Isso ela ia.

Mas antes, precisava ir até o salão principal para o almoço.

Thiago e os outros estavam trancados numa sala muito conveniente que eles tinham achado no sétimo andar. Lá eles tinham um amplo espaço, e alguns livros sobre animagia.

Eles estavam prontos para a primeira tentativa. Remo tinha demorado em concordar com a idéia maluca de Sirius. Mas, como sempre, eles acabaram o convencendo.

Certo. Você primeiro, Sirius. – Falou Thiago.

Por que eu? Você primeiro.

Eu acho que devíamos pesquisar mais antes. – Falou Remo, preocupado.

Eu concordo com o Remo. – Falou Pedro, assustado.

Nem pensar. Pesquisar é muito chato! Vamos à ação! – Falou Sirius.

Então vá à ação você primeiro. – Retrucou Thiago.

Eu não! Os três juntos então?

Beleza! – Falou Thiago. Pedro gemeu. – No três.

Um... – Contou Sirius. Remo arqueou as sobrancelhas. – Dois... – Pedro apertou os olhos. – Três!

Remo olhou para os três e se esforçou para não rir.

Thiago tinha orelhas parecidas com as de um cavalo. "Não..." Pensou Remo. Não podiam ser de cavalo. Eram um pouco maiores e cobertas de uma pelagem castanha por fora e branca por dentro. Que bicho era aquele, Remo não pôde deduzir, já que as orelhas foram as únicas partes do corpo de Thiago que foram alteradas.

Sirius tinha ganhado uma bela cauda negra. Uma cauda negra e um grande nariz canino.

Pedro não tinha modificações aparentes.

Controlando a risada, Remo perguntou:

Vocês três estão bem? Eu avisei que devíamos pesquisar mais.

Que malditas orelhas são essas? – Perguntou Sirius, rindo-se de Thiago. – Que bicho estranho é você?

Antes essas orelhas do que esse seu rabo! – Retrucou Thiago. – Elas pelo menos são macias! – Acrescentou, mexendo nas orelhas.

Pedro, você tá legal? – Perguntou Remo.

Squeak! – Pedro fez uma cara de horror, esfregando a garganta.

Squeak? – Imitou Thiago.

Squeak! Squeak, squeak... – Pedro tentou falar.

AH MEU DEUS! – Falaram os outros três, ao mesmo tempo.

O que fazemos agora? – Falou Sirius, levando as mãos à cabeça. – A situação não está boa... Nada boa...

Vamos para a Ala Hospitalar! – Falou Thiago, ainda brincando com suas novas orelhas.

Só tem alguns probleminhas... – Falou Remo. – Um: A ala hospitalar não é muito perto daqui. Como vamos até lá sem que ninguém note? E dois: o que vamos falar para Madame Pomfrey?

Squeak.

Não sei... – Falou Sirius. – Aí, será que eu posso abanar essa cauda?

Remo bateu na própria testa, e Thiago riu.

Podíamos falar que achamos uma caixinha no chão, abrimos, saiu uma fumacinha dela e fez isso. – Falou Remo.

...E você não foi afetado? – Retrucou Thiago, balançando a cabeça para que as orelhas se agitassem.

Squeak...

Eu fiquei para trás para amarrar meu sapato. – Consertou Remo.

Brilhante. – Concluiu Sirius. – Agora... Como chegamos até lá?

Lílian estava sentada num canto do salão principal, conversando com Sabrina sobre a sua idéia de anotar tudo de estranho que os marotos fizessem num caderno.

Veja, temos pouca coisa... – Explicou Lílian, mostrando o caderno. – Mas eu sei que podemos conseguir mais log...

Sua atenção se desviou do caderno para os quatro meninos que tentavam passar despercebidos pelo corredor que vai para o salão. Thiago, que tinha o casaco repuxado cobrindo a cabeça, Pedro que parecia horrorizado, Sirius que alem de sua veste de bruxo habitual, tinha uma por cima do rosto e algo peludo mal amarrado no cinto e Remo, que estava sem a capa e olhava para todos os lados, nervoso.

Ela levantou uma das sobrancelhas, abrindo o caderno e escrevendo furiosamente.

Eles finalmente conseguiram chagar na ala hospitalar. Thiago estava deitado, apalpando suas orelhas, que foram trazidas de volta ao normal por Madame Pomfrey.

Ela tinha engolido a desculpa de Remo, mas parecia um tanto desconfiada.

Depois que eles foram liberados, voltaram para o salão comunal. Eles tinham a tarde livre, por que o professor de Defesa contra as artes das Trevas e Dumbledore tinham convocado algum tipo de reunião.

Tudo bem... Foi só uma tentativa falha... Outras virão. – Disse Thiago.

Pedro resmungou.

Nós vamos ter que pesquisar mais. – Falou Remo, sério.

Mas enquanto isso, que tal uma musiquinha? – Falou Sirius, animado.

Sirius pegou a guitarra. E se preparou para tocar.

Ei, Sirius, será que dá pra você me ensinar a tocar? – Perguntou Thiago.

Claro! – Respondeu ele, num tom animado. – Mais algum aluno para o mestre aqui?

Remo riu e revirou os olhos.

Eu não... – Falou Pedro. – Estou traumatizado. Minha mãe me fez aprender teclado... – Ele balançou a cabeça, como se espantasse um pensamento ruim.

E você aprendeu bem? – Perguntou Remo, interessado, enquanto Sirius começava sua aula.

Até que sim... Mas pra que eu usaria isso?

Sirius parou de tocar e levantou a cabeça, com um sorriso e um perigoso brilho no olhar.

Brilhante. Fenomenal. Estupendo. Soberbo. Às vezes Sirius se surpreendia com ele mesmo.

Perfeito! Eu sou um gênio! – Berrou, assustando os outros.

O que é perfeito? – Falou Lupin.

Vamos formar uma banda! – Falou, com os olhos brilhando.

Hã? – Falou Pedro.

Uma banda, Pedrinho! Sirius na guitarra, Thiago no baixo, Pedro no teclado e Remo... Na BATERIA!

O que? – Falou Remo, olhando de Sirius para Thiago, que assumira um sorrisinho parecido com o do amigo. – Vocês só podem estar brincando! Desde quando eu toco bateria?

Desde agora! – Falou Sirius.

Brilhante... – Falou Thiago.

Eu sei! – Disse, convencido.

Mas e o vocal? – Remo parecia tentar apelar para qualquer desculpa.

Eu de primeira voz e o Thiago de segunda! – Falou Sirius.

Sei não... – Remo disse.

Mas é uma ótima idéia! – Falou Sirius. – Podemos ensaiar esse ano, e pedir para tocar uma música na festa de despedida!

NÃO! – Disse Remo, agora parecendo seriamente preocupado.

SIM! – Falou Thiago, todo animado. – Isso vai ser o máximo!

Lílian foi para a sala comunal da grifinória. Eles tinham a tarde livre. Essa reunião deveria ser realmente importante. E devia ter algo haver com Artes das Trevas, já que o professor dessa matéria tinha a organizado, junto com Dumbledore.

Lily, quer jogar xadrez bruxo? – Perguntou Sabrina, a tirando de seus pensamentos.

Claro... – Respondeu, distraída.

Lílian foi jogar, mas continuou pensando no motivo da reunião, o que lhe rendeu uma derrota devastadora e humilhante.

Precisamos de um nome! – Falou Thiago.

Eu ainda acho que isso não vai dar certo... – Falou Remo. – Eu não me imagino tocando bateria.

Eu imagino! – Falou Sirius. – Bom, o nome. Que tal Black's?

Nem pensar! – Protestou Thiago. – "Black" é só você!

Tá... – Falou Sirius, suspirando. – Black... Wolfs? – Falou com os olhos em Remo.

Nah, aí é só você e o Remo. – Retrucou Thiago.

Já falei para não me incluírem nisso. – Protestou Remo.

Sirius ignorou o comentário.

Black wolfs, o rato e o-bicho-de-orelhas-estranhas? – Falou, em tom de brincadeira.

Muito engraçado. – Ironizou Thiago.

Black...

Por que tem que começar com Black? – Falou Thiago.

Eu que tive a idéia.

Bah...

Remo balançou a cabeça. Mais essa agora. Aprender a tocar bateria. Bem, até que podia ser interessante...

Eu vou até a cozinha buscar algo para nós comermos. – Falou Thiago.

Você não sabe onde é a cozinha. – Retrucou Remo.

Você é que pensa. – Thiago sorriu. – Eu já volto.

Ele desceu dois degraus da escada em caracol, parou, pensou e voltou para trás.

O que? – Perguntou Remo.

Eu acabo de ouvir uma coisa. A Minervinha tá procurando por nós.

O que vocês fizeram agora?

Acho que foi a comida pra gato que mandamos embrulhada pra presente... Acho. – Falou Sirius, pensativo.

Tem mais alguma coisa? – Falou Remo, exasperado.

Bom, fora a poção de sono no suco dele? – Thiago apontou para o garoto que dividia o dormitório com eles, que estava dormindo como um bebê.

Onde vocês arranjaram poção do sono? – Perguntou, suspirando.

No armário particular do Verick. – Respondeu Sirius.

Esquece... – Falou.

A professora entrou no dormitório.

Sirius colocou na cara seu maior sorriso de inocência.

Sim, Minerva?

O que vocês estão aprontando? – Perguntou a professora. – Que sorrisinho maroto é esse, Black?

Maroto... Marotos... A Banda!

OS MAROTOS! – Gritaram Thiago e Sirius juntos.

Como? – Perguntou a professora.

i N/A: Hehehehe! Eu gostei desse capitulo... Achei que ficou engraçado! XD

Bom, até semana que  Por que a propaganda é a alma do negócio. /i