b Capitulo 11 – Animagos, tentativa 2 /b
Lílian nem se preocupou em anotar no caderno que Minerva estava procurando os marotos de novo. Fora o fato de que ela estava sempre fazendo isso, Lílian estava preocupada demais com a tal reunião para dar atenção ao que aqueles quatro andaram fazendo.
Minerva parecia realmente preocupada também.
Thiago observou o rosto severo de Minerva. Havia algo de diferente nos olhos dela. Tristeza... Pena, talvez?
Seja o que for, não fomos nós. – Sirius disse, recebendo olhares severos de McGonagall.
Ora, Black, é claro que não foram vocês! – Retrucou, áspera.
É? – Falou Sirius, confuso, lançando um olhar ao garoto que dividia o quarto com eles.
Pedro, posso falar com você um minuto, querido? – Perguntou Minerva docemente, ignorando as caras confusas (e quase desapontadas) de Sirius e Thiago.
Pedro deu de ombros e saiu sem falar nada.
Remo tinha uma suposição do que era. E desejava muito estar errado. Primeiro, a reunião com o professor de Defesa contra as artes das trevas e Dumbledore. Aí, Minerva vinha, não dava nem atenção para as peças de Sirius e Thiago. Então, chamava Pedro para conversarem, daquele jeito doce. Estranho... Bastante estranho.
Bom, seja o que for, descobrimos quando Pedrinho voltar! – Falou Sirius. – Então, o nome da banda fica acertado?
Fica! – Respondeu Thiago. – Os Marotos!
Agora vamos! – Falou Sirius. – Enquanto o Pedrinho não volta, vamos tentar mais uma vez.
Mais uma vez o que? – Perguntou Remo, espantando os pensamentos sobre Pedro.
Virar animagos, né? Dãh! – Falou Thiago, como se fosse óbvio.
Não! Nem pensar! – Retrucou Remo. – Temos que estudar mais! E eu já falei que não gosto dessa idéia.
Vamos TENTAR! – Insistiu Thiago.
Vocês vão acabar se encrencando por minha culpa. – Argumentou Remo, que está realmente se sentindo culpado pelo ultimo incidente.
Os três marotos se dirigiam para aquela sala
no sétimo andar. Agora, Thiago achou bem útil levarem a
capa da invisibilidade também. Sirius e Thiago tinham
convencido Remo, outra vez.
Quem sabe não descobrimos que
bicho é Thiago? – Falou Sirius, animado. – Já deu
pra notar que Pedro é um ratinho, e eu um cachorro.
Me
pareceram orelhas de cavalo no inicio. – Comentou Remo.
Nah, as minhas orelhas eram bem mais bonitinhas! – Argumentou Thiago em tom de piada.
Grandes de mais para um cavalo. – Falou Remo, sem dar atenção ao comentário do amigo.
Talvez as de um jumento! – Brincou Sirius.
EI! – Berrou Thiago, irritado.
Pequenas demais para um jumento. – Continuou Remo.
Viu? – Retrucou Thiago, mostrando a língua.
Eles chegaram à porta que estavam procurando, próxima à tapeçaria de um doido tentando ensinar balé a Trasgos.
Sabe, quando tivermos os instrumentos, vamos precisar de um lugar pra ensaiar. – Comentou Sirius, lembrando-se de repente da banda.
Algum lugar com isolamento acústico de preferência! – Brincou Remo, abrindo a porta.
Os três pararam de falar, levantando as sobrancelhas para dentro da sala.
Era aqui mesmo? – Perguntou Sirius, incerto.
Lílian estava tão cansada. Sabrina estava falando algo sobre bombinhas bruxa ou algo assim.
A ruiva sentiu seus olhos ficando pesados... Ela estava realmente com sono.
Lílian... Eu gosto de você de
verdade. E quando você vai admitir que gosta de mim
também?
Gostar de mim de verdade! – Retrucou Lílian.
– Você não sabe o que está falando, Potter.
Seu subconsciente protestou. "Potter?" Você está sonhando com o Potter! Acorde, sua maluca.
Eu SEI o que estou falando. E se você fosse um pouquinnho menos cabeça-dura, ia falar o mesmo.
Como você é pretensioso, egoísta, metido e...
...Burro, eu sei. Mas apaixonado.
Lílian acordou de repente, sentando-se, assuntada.
'Que foi? – Perguntou Sabrina.
Tive um pesadelo. – Falou Lílian, com a voz cheia de certeza.
Thiago olhou pasmo para a sala, que tinha isolamento acústico, uma bateria, um baixo, uma guitarra e um teclado.
Erramos a sala? – Perguntou confuso.
Não, era aqui. – Respondeu Sirius, parecendo tão confuso quanto.
Só um minuto. – Falou Remo, fechando a porta. – Eu preciso de uma biblioteca. – Falou.
Você o que? – Thiago perguntou, ainda mais confuso.
Porém, quando Remo abriu a porta, compreensão se espalhou pela mente de Thiago. Uma biblioteca, bastante ampla, aparecera no lugar da sala com isolamento acústico.
Nossa! – Falou Sirius. – Deixa eu tentar!
Ele pegou a maçaneta e fechou a porta.
Eu quero uma piscina! – Falou, abrindo a porta. Não deu outra. – Legal! – Ele fechou a porta de novo. – Quero um armário de poções. – Abre, fecha. – Preciso de chocolate. – Abre, fecha. – Preciso de toalhas. – Abre, fecha. – Que tal...
Um espaço para treinarmos animagia. – Cortou Remo, abrindo a porta e jogando os dois para dentro.
Ah, Remo! – Reclamou Sirius.
Alguém ia acabar nos ouvindo. – Falou Remo, sério.
Sirius deu de ombros, emburrado.
Vem, precisamos fazer o que a gente veio fazer! – Falou Thiago, animando Sirius.
Remo resmungou.
Vocês deviam estudar mais! Vão acabar encrencados outra vez, e Madame Pomfrey não vai acreditar que vocês encontraram outra caixinha daquelas, no mesmo dia!
Mas Thiago e Sirius já pareciam se concentrar para tentar a nova transformação.
Por que eu ainda tento? – Perguntou Remo para si mesmo.
POP
Sirius arregalou os olhos para suas mãos.
AhRG! – Gritou, tentando mexer os "dedos".
No lugar de seus dedos, duas patas caninas de pêlos negros e brilhantes tinham aparecido.
Nossa! – Falou Thiago. – Legal! – Continuou, cutucando as "mãos" de Sirius.
Ah, eu sabia! – Falou Remo, suspirando. – Vocês não deviam...
Thiago, você tem um rabo! – Gritou Sirius, caindo na risada.
E daí? – Falou Thiago, tentando se virar para ver o tal rabo. – Da ultima vez você também tinha.
Mas não era um rabo assim. – Insistiu.
Sirius segurou Thiago pelos ombros, o obrigando a virar de costas para Remo, que caiu na risada.
Thiago... – Começou Remo, cautelosamente, tentando não rir. – Isso é um rabo de um...
Um... – exigiu Thiago.
CERVO! – Falaram Remo e Sirius juntos.
Hahahahaha! Cervo, Cervinho, Thiaguinho o cervo! – Riu Sirius, que começara a saltitar em volta de Thiago, que estava bem vermelho.
Cala a boca, Sirius, sua cachorra! – Retrucou Thiago, nervoso.
Pelo menos não vou virar um CERVO! – Disse o outro, com a voz propositalmente afeminada.
Parem com isso! – Disse Remo, autoritário. – Precisamos levar vocês para a Ala Hospitalar.
Hiiii, Thiaguinho vai sair por aí com rabinho de Veado! – Falou Sirius, rindo.
Não é Veado, nem Cervo! – Retrucou Thiago.
Não, imagine! – Falou Sirius.
Eu fiz
algo errado. Não vou me transformar num cervo.
Vai sim.
Não vou.
Vamos! – Advertiu Remo. – Ala Hospitalar, lembram?
Vai.
Não vou.
Vai sim.
Não vou.
Vai sim.
Arg... – Reclamou Remo, batendo na própria testa. – Eu vou procurar algum feitiço pra reverter isso, ok?
Não vou.
Vai sim.
NÃO VOU!
VAI SIM!
Remo se dirigiu às imensas prateleiras de livros espalhadas pela sala, para ver se achava um jeito de fazer os dois voltarem ao normal sem precisar leva-los à Ala Hospitalar.
NÃO-VOU-NÃO!
AH-VAI-SIM!
Não vou.
Vai.
Pesadelo? – Falou Sabrina. – O que foi?
Eu sonhei que... – Lílian parou, pensando se devia contar. Sabrina ia, com certeza, a infernizar com isso pro resto da vida. – Que tinha um monstro me perseguindo.
"Bem, isso não deixa de ter um fundo de verdade.", pensou enquanto Sabrina concordava vagamente.
Thiago estava em silencio, em quanto Remo não voltava. Ele fora conseguir ingredientes para uma "poção rápida", que segundo ele, faria com que eles voltassem ao normal.
Ele não merecia isso. Um cervo.
Sabe o que me deixou chateado, Thiago? – Perguntou Sirius, num tom realmente tristonho.
O que? – Respondeu Thiago, curioso.
Você vai virar um cervo e eu nem vou poder espalhar isso! – A voz dele se tornou divertida novamente.
Muito engraçado! – Falou Thiago, seco. – Espero que você vire um Poodle.
Uuuu... Que medinho do cervo do mal! – Falou Sirius, com ironia.
Thiago bufou.
Brincadeira, Thiago, amigão! – Falou Sirius. – Acontece nas melhores famílias. Eu tenho um tio-avô que passou no teste da escola, mas não foi até o ministério oficializar, por que ele só conseguia virar uma minhoca.
Thiago riu. Ele se sentia mais animado agora. Afinal, um cervo não era ótimo, mas havia bichos piores.
Remo conseguiu todos os ingredientes que precisava sem ter que apelar para o armário particular de Verick, o que era muito bom. Ele fez a poção o mais rápido que pôde e correu para a sala onde estavam Sirius e Thiago.
O que ele não viu, foi que tinha esquecido um ingrediente.
Remo! – Falou Sirius, aliviado. – Que bom que você chegou, amigão.
Trouxe a poção? – Perguntou Thiago. – Eu quero me livrar desse rabo.
Você estava gostando das orelhas. – Comentou Remo, estendendo a poção para os dois.
Engraçadinho. – Resmungou Thiago, bebendo sua poção. – Rabos são desconfortáveis.
Concordo. – Falou Sirius. – Aí, será que dá pra alguém me ajudar aqui? Eu não tenho polegares opositores.
Ah, claro. – Falou Remo, Ajudando Sirius a beber a poção. – Thiago, você já voltou ao... NOSSA!
NOSSA! – Berrou Sirius, também olhando para Thiago.
O que... – Thiago virou-se e viu seu reflexo no vidro da janela. – NOSSA!
Remo piscou várias vezes, depois apertou os olhos: Ele esquecera da pimenta-mágica.
Remo! Meu-cabelo-tá-rosa! – Gritou Thiago, abismado.
Hahahahaha! – Riu Sirius, apontando para Thiago, que assumira um sorrisinho maléfico. – O cabelo dele tá... Pera-ê! – Ele correu até a janela para olhar seu próprio reflexo. – AH NÃO! Remo, você deixou nosso cabelo rosa!
Foi mal, gente. Eu esqueci um ingrediente. – Falou Remo, sem jeito.
E agora, o que vamos fazer? – Suspirou Sirius, mexendo em seu cabelo liso, sedoso e pink.
i N/A: Desculpem-me por não ter
atualizado semana passada. Eu estava com uma gripe tão grande,
que não conseguia nem respirar, que dirá escrever...
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Bom, espero que vocês tenham gostado! /i
