Campos de neve

Na torre da Grifindória, no dormitório feminino do 6º ano, uma menina de 16 anos, com cabelos vermelhos como o fogo, sardas que lhe davam um ar angelical contraposto com a brancura da pela, encontrava-se sentada no parapeito da janela. Essa menina chamava-se Ginevra Weasley.

Ela olhava para os jardins de Hogwarts naquela noite de Inverno, os jardins estavam cobertos por uma fina e bela camada de neve branca.

Como aquela noite lhe trouxeram memórias passadas, memórias antigas, memórias tão antigas que ela às vezes achava que não eram memórias, mas sim um sonho, afinal ela muitas vezes não acreditava no que se lembrava.

Mas não podia ser um sonho, não podia, pois ele também se lembrava, ou talvez não, talvez já se tivesse esquecido, mas sabia que não eram memórias por causa do que ele lhe disse no seu 1º ano.
Ginevra acabava de sair da sua primeira aula de todas, era o seu primeiro ano em Hogwarts, e havia começado o ano com um disciplina horrível...poções.

Seu irmão tinha razão o professor de poções, o Snape, era mesmo um morcegão velho, e pior adorava tirar pontos aos alunos dos Gryffindor, e nunca aos alunos da sua casa, os Slytherin.

Caminhava distraída, tentando imaginar como seria o seu primeiro ano quando ouviu uma voz arrastada por trás dela:

- Ora vejam só se não é a pobretona Weasley!

Ginny virou-se calmamente, ela sabia quem ia encontrar, aquela voz era indiscutivelmente inconfundível.

- Draco – murmurou ela fazendo com que só ele ouvisse.

Viu o menino loiro a sorrir sarcasticamente, o que a assustou, ele nunca sorrira assim para ela.

- Weasley, necessitamos de falar! – disse ele com um voz fria.

Ele pegou no pulso fino de Ginevra e empurrou-a para dentro de uma sala.

- Draco, eu queria falar contigo.

- Tu não tens nada para me dizer Weasley, nunca!

- Mas....

- Não há mas, nem meio mas, eu não quero ser visto pela escola toda sendo amiguinho da pobretona e nojenta Weasley!

- Mas nós somos amigos!

- Não, não somos mais. Nós éramos crianças Ginevra, não sabíamos nada.

- Crianças Draco, nós somos bons amigos.

- Nós fomos bons amigos, quando não estávamos em Hogwarts, e quando tu não defendeste o Santo Potter naquela livraria.

- Tu querias o quê? Que eu te deixa-se magoá-lo!

- Descansa eu não iria magoar o teu heróizinho, mas já que ele é tão importante para ti Weasley, corre atrás dele, só nunca mais fales comigo, ouviste bem?!

Draco saiu pisando duro na sala, e fechou a porta atrás de si, deixando uma Ginny com o coração destroçado para trás. Ela havia acabado de perder seu único amigo, e segundo ele para sempre.
Por isso é que Ginny sabia que as memórias de infância dela não haviam sido um sonho, haviam sido verdade, há muito tempo atrás ela Ginevra Weasley, e ele Draco Malfoy haviam sido bons amigos, mas com ele disse, eles eram apenas crianças inocentes.

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No outro lado do castelo, um jovem loiro também se encontrava sentado no parapeito da janela do seu dormitório. Assim como Ginny, ele olhava para a paisagem nocturna totalmente branca.

Ao olhar para os campos de Hogwarts ele lembrou-se da primeira vez que a vira, nessa altura ele tinha apenas 6 anos.
Era noite de Natal, e Draco Malfoy mais uma vez fugira de casa. Seus pais haviam feito mais uma festa de Natal, mas em vez de ser em família não, tinham convidado as pessoas mais importantes e mais ricas da sociedade bruxa.

Draco estava habituado a esse tipo de festa, mas não tinha muita paciência para elas, era totalmente irritante aquelas mulheres gordas e mal vestidas cheias de jóias que chegavam ao pé dele, e diziam: ""h Sr. Malfoy, mas que lindo menino que aqui tem!", e o pior é que elas tinham a mania ou de despentear-lhe o cabelo, ou de lhe apertarem as bochechas.

Naquele momento ele corria pela floresta, embrenhando-se cada vez mais nela, mas ele não tinha medo, conhecia aquela floresta como a palma da mão dele.

Caminhava confiante, dirigia-se para a sua parte favorita da floresta, a nascente. Assim que lá chegou o pequeno menino maravilhou-se com o que via; por causa da neve a água da nascente estava congelada, parecendo um belo vidro de cristal. Ao redor da nascente o campo estava todo coberto de neve; olhou para aquele magnifico espectáculo com os olhos azuis acinzentados brilhando.

Foi nesse momento que viu algo que não fazia parte da paisagem, mas era algo tão belo e tão puro que ele pensou que ela devia de ser um anjo de Natal, mas logo abandonou esse pensamento, ele não era uma criança sonhadora, e sabia que anjos de Natal, não desceriam à terra dos mortais.

Aproximou-se dela devagar tentando fazer o menos barulho possível, mas ela ouviu-o. Assim que a menina se virou Draco viu um belo par de olhos castanhos a olharem-no.

- Olá – disse a menina com um belo sorriso nos lábios, um sorriso que reconfortou Draco.

- Olá, desculpa a pergunta mas quem és tu?

- Ginevra Weasley!

É claro que Draco já havia ouvido falar da família Weasley, seu pai falava muito deles, mas como o menino não se interessava muito com a vida dos outros, ele não tomava atenção ao que o seu pai dizia, e por isso pensava que a família Weasley era uma das famílias ricas que seu pai gostava de convidar para as festas.

- Eu sou Draco Malfoy!

A menina levantou-se e olhou para o menino loiro à sua frente, e sorriu- lhe. O loiro também sorriu, um sorriso pequeno, odiava sorrir.

Naquela altura eles ainda não sabiam que durante anos eles seriam bons amigos.
Draco levantou-se caminhando demoradamente para a cama, tentando a todo o custo afastar da sua cabeça as memórias da sua infância. Era inadmissível para ele estar a pensar na sua infância, há muito tempo esquecida, na verdade ele nem sabia porque havia pensado naquilo, ou talvez tivesse mentido a si próprio, talvez ele soubesse o motivo, mas não o queria admitir.

Deitou-se na cama fechando os olhos em seguida, mas para seu desagrado a imagem que lhe apareceu na mente, foi a de uma menina de 5 anos sorrindo para ele.

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Ginevra cansada de estar à janela e farta de pensar no seu passado decidiu deitar-se, mas quem disse que o sono vinha, ele não vinha, e por isso ela manteve-se a lembrar da sua feliz infância, que agora parecia apenas uma ilusão, uma doce ilusão!

N/A: Pois é aqui está o 1º capitulo da nossa fic, ok este capitulo não é nada de jeito, mas nós prometemos que os próximos serão assim um pouquinho melhores.

Á é verdade, como devem de ter reparado nós usamos o nome Ginevra em vez de Virgínia, não sei porquê apeteceu-nos, apesar de nós preferir-mos Virgínia decidimos escrever esta fic com o verdadeiro nome da ruiva.

Bem pessoal, já sabem os nossos pedidos....COMENTEM! Deixem Reviews, façam estas duas escritoras solitárias felizes...vá lá não custa nada....

Bem Beijinhos, e até ao próximo capítulo!