Correndo contra o tempo

- Malfoy precisamos falar – disse uma voz calma por trás dele.

O menino virou-se e deparou-se com Hermione Granger. O que a filha de Muggles quereria com ele?!

- Sim Granger?

- Lá fora de preferência.

Draco levantou-se e caminhou para fora da Ala Hospitalar seguindo a morena.

Caminharam em silencio até uma sala vazia. Hermione entrou primeiro e depois Draco com um ar tediante.

- O que querias falar comigo Granger?

- Malfoy, eu sei sobre a tua amizade com a Ginny. E bem eu sei que estás preocupado, e gostava de saber se tu sabes algo.

Draco olhou para a morena à sua frente. Não percebia porque é que ela se preocupava com o que ele sabia, ele nunca fizera nada de bom a ela, mas estava numa aflição, e ela também queria ajudar a sua ruiva.

- Bem, eu não sei de muito. Só sei que ela está amaldiçoada. – Draco viu a morena ficar chocada, mas mesmo assim continuou – E sei como a corar.

- Como?

- Eu tenho que ser um herói. Mas eu não sei o que é um herói.

- Bem um herói, na verdade há vários tipos de heróis, porque não lês.

- Ler?

- Sim, os livros dos antigos heróis, talvez descubras algo.

- Mas estamos em guerra, como poderei ser um herói?

A morena olhou atentamente para ele, viu que Draco estava triste e preocupado.

- Malfoy....vocês são só amigos?

- Agora somos....

- Tu ama-la....eu sei que vais conseguir....eu confio em ti.

- Porquê?

- Porque vejo que gostas mesmo dela.

E dizendo isto a menina saiu da sala deixando Draco sozinho com seus pensamentos.

"Ler....ela está louca, vou agora ler as histórias de contos de fadas Muggles....nunca! Eu vou é conquistar Ginevra outra vez, é a única saída....acho eu, talvez eu seja herói assim....amando-a...sei lá!"

Ele saiu da sala e voltou para a Ala Hospitalar, e Ginny encontrava-se a dormir ainda.

Sentou-se na cadeira ao lado da cama dela, e velou o sono dela, até ele próprio adormecer.

Ginny acordou lentamente, assim que abriu os olhos viu Draco a dormir na cadeira ao lado de sua cama. Olhou para ele durante minutos, e depois decidiu levantar-se.

Aproximou-se dele lentamente e baixou-se ao pé dos seus pés.

Ele estava ali, por ela. Mas porquê?! O que ele queria, confundi-la ainda mais?! Era a única razão que ela encontrava, a não ser que.... Não, era impossível.

A voz de Mila ecoou na sua cabeça. "Ele é pai do meu filho!"

Ginny abanou a cabeça para afastar aquela voz irritante que não a deixava em paz.

Draco acordou de repente e encontrou a menina ajoelhada ao pé de si.

- Ginevra - chamou baixinho.

Ela olhou para ele e Draco viu que ela estava prestes a chorar. Levantou-se a ajoelhou-se ao pé dela. Olhou dentro dos olhos dela, e viu dor, sofrimento....e mais uma vez o sentimento de culpa e desespero o invadiu.

Sem pensar duas vezes ele abraçou-a. A ruiva foi apanhada de surpresa, mas não fez nada....era bom sentir-se nos braços dele outra vez...sentia-se protegida, e reconfortada.

- Me perdoa Ginevra, isto é tudo minha culpa....tudo. Se eu não tivesse quebrado a promessa....se eu não tivesse sido tão estúpido....oh meu amor....eu sinto tanto, tanto.

Ginny não percebia o que ele queria dizer, mas mesmo assim começou a chorar, ele estava desesperado, e estava a pedir perdão. Isso chegava-lhe....mas ele ia ser pai.

Esse pensamento assombrou a menina que se afastou dele imediatamente.

- Eu não posso...Draco tu vais ser...vais ser...pai.

O louro olhou abismado para ela. Estava em estado de choque. O que ele estava a dizer?! Onde ela tinha ido buscar aquela ideia tão descabida?! A não ser que fosse ela.

- Tu estás grávida? – Perguntou de repente.

- Eu?! Não...não sou eu.

- vou ser pai?

A menina olhou para ele e já nem necessitou de responder.

- Gray – disse ele – Foi ela, não foi? Foi ela que te contou isso?

- Sim....por isso vai embora – disse a ruiva tendo um ataque de tosse logo de seguida.

Draco voltou a abraça-la e depois disse:

- Ela mentiu-te...eu não vou ser pai de ninguém....e muito menos de uma criança dela....se ela estiver grávida, o que eu duvido, o pai não sou eu.

Ginny chorava no seu peito, e ele apertava-a cada vez mais. Não queria deixa-la, queria ali, sempre perto.

- Porque eu devia de confiar em ti...tu és Draco Malfoy.

- Talvez porque eu te amo....porque eu nunca te enganaria.

- Eu estou confusa....e doente....Draco me deixa por favor.

- Mas....

- Eu quero ficar sozinha....eu quero ter a certeza....vai embora...vai!

Ela desenvencilhou-se do abraço dele e foi para a cama.

- Vai – voltou a dizer.

O loiro suspirou e saiu dali o mais rápido possível.

Ela não confiava nele....ela não o queria mais....ele tinha-a perdido para sempre...e não ia voltar a tentar tê-la....mas também não a iria deixar morrer, iria encontrar a cura...iria ser o tal herói...não sabia como mas iria.

Estava na hora de aceitar o conselho de Hermione....ler os livros de heróis!

Ginevra deitava-se na cama, sentia-se cansada e novamente só. Estava confusa acima de tudo, ele esteve ali, ele abraçou-a e pediu-lhe perdão por algo que ela não percebeu....ele amava-a, assim como ela o amava, e o pior, ele disse que não ia ser pai...Mila teria mentido?

Ginny sentia-se muito confusa, queria que tudo aquilo passasse.

"Estou farta de tudo isto. Farta de ama-lo e não estar com ele, farta de sofrer, farta de chorar, farta da pena dos outros, farta desta dor, farta de estar sozinha, farta da minha vida....FARTA!" – pensava ela irritada.

Queria levantar-se, sair dali, não queria mais estar deitada, desejava continuar com a sua vida, afinal até se estava a sentir bem.

Esperou Madame Pomfrey e disse-lhe que queria ir embora, a enfermeira deixou, afinal não sabia o que a ruiva tinha e não podia fazer nada, apenas disse á menina para comer, e para tomar uma poção para a tosse.

Ginny disse que faria tudo direitinho como ela mandara e saiu da Ala Hospitalar. A meio do corredor encontrou Aaron Anderson. O moreno parou em frente dela, e Ginny sentiu algo esquisito.

- Quem és tu? - Perguntou ela passado momentos.

O menino pousou a mão na testa da ruiva e ela fechou os olhos. Dentro da sua cabeça apareceram imagens....ou melhor as suas lembranças mais remotas, e mais queridas.

Ela com 3 anos recebendo uma boneca Muggle (era sua paixão na altura) do seu irmão Bill.

Quando tinha 7 anos e deu um tapa no Ron, por ele estar a meter-se com ela. Quando Ron lhe comprou um enorme gelado no dia em que ela perdera seu chapéu favorito.

O dia em que conheceu Draco. O dia que em Draco lhe dera uma rosa (que ainda tinha guardada, agora seca) como prenda de Natal, quando ela tinha 9 anos. O dia em que beijara Draco pela primeira vez, quando ele a pediu em namoro, a vez em que ela foi dele....e a promessa, e logo depois a conversa sobre Cronos.

No momento seguinte ela sentiu a mão dele a deixar sua testa, abriu os olhos e viu que ele a olhava de uma maneira diferente, calorosa mas triste, sincera mas sombria.

- Tu és....Cronos, não és?

- Sou.

- Então o que fazes aqui?

O moreno contou-lhe toda a história que contara a Draco, falou-lhe também da maldição, e que só Draco a poderia salvar.

- Mas como um herói?

- Ele é que tem que descobrir.

Ginevra sentia-se vazia, ela estava amaldiçoada, amaldiçoada pelo amor que sentia, pela promessa quebrada. Teve vontade de chorar, mas conseguiu combater a lágrimas que teimavam em cair.

- Diz-me, não me mintas, até quando é que vou viver, até quando é o prazo?

- O prazo?

- Tu percebeste. Qual é o dia em que a maldição vai terminar, e eu vou morrer.

- Queres mesmo saber?

- Sim.

Draco estava sentado na secretária do seu quarto, rodeado de imensos livros muggles. Todos eles tinham algo em comum, um herói. Qualquer tipo de herói, desde enviados dos deuses antigos aos cavaleiros que salvavam as princesas.

-Ah que raiva! – Exclamou para si mesmo.

Estava completamente farto de todas aquelas histórias sem sentido.

"Herói! Mas que porcaria, não podia ser uma coisa mais fácil?!?!" – Perguntava-se constantemente mas logo em seguida lembrava-se do sorriso doce da ruiva e da hipótese de nunca mais o poder ver, então voltava ás suas buscas.

Lá estava ele, a ler, aquele que seria o milésimo livro naquela noite. Falava de herói gregos, e seus grandes feitos em guerra. Mas nada disso lhe servia, não podia seguir o exemplo de tais heróis pois os tempos que se viviam eram de calmaria.

Teria desistido de tudo, se não fosse pela Ginevra, a sua Ginevra. Ele queria mais do que nunca ajuda-la, sequer suportava a ideia de perde-la totalmente.

"Ah! Se não fosse pela minha ruivinha.... Que porcaria de livros muggles, que não servem de ajuda alguma .... Se ao menos eu tivesse uma pista, uma pista se quer que a pudesse ajudar...."

Ouviu a porta a abrir, e julgando ser um dos seus colegas não se voltou. Alguém se aproximou e colocou os braços á volta do seu pescoço. Logo se apercebeu que algo não estava bem. Voltou-se, semblante furioso e encarou a rapariga que o abraçara.

-Maldita Gray! O que é que queres aqui?

-Quero-te a ti.

-Tu és burra ou só surda mesmo? Tu seu.... Seu verme, nunca vais ter alguém como eu, e caso não tenhas percebido não és nada bem vinda, portanto, põe-te a andar! AGORA! – Gritou.

-Ora ora Draquinho.... Tem calma!

-1º, Para ti é Malfoy. 2º, Eu não tenho calma coisa nenhuma! E 3º, se eu sonho que tu mais algumas vez mentes acerca de mim tu vais arrepender-te de alguma vez teres cruzado o meu caminho! – Disse em voz baixa, raivosa e extremamente letal.

-Mas....

Draco apenas sacou da varinha e apontou-a directamente á face da rapariga.

-Ias dizer algo? – Perguntou sarcástico – bem me parecia que não. Agora vais fazer como eu te mando. Vais sair deste quarto e vais, sem desculpa esfarrapada, contar toda a verdade sobre mim, desfazer todas as confusões que causas-te – Disse no tom mais ameaçador que ela alguma vez viu – Entendidos?

Mila acenou afirmativamente, ainda retraída pela varinha que Draco lhe apontava.

-Sabia que sim. Agora some da minha vista!

A rapariga só faltou correr de Draco, que sorriu levemente com a saída dela. Voltou aos livros tentando encontrar algo que pudesse ajudar a sua ruivinha.

Entrou no dormitório, esquivando-se de todas as perguntas feitas enquanto passava pela sala comum. Sentou-se na cama e libertou as lágrimas que continha desde a conversa com Aaron. Ela estava completamente desesperada, a sua cabeça andava a mil á hora e ela já não sabia no que pensar.

Não havia mais esperança para ela, Draco nunca conseguiria salva-la. Sentia-se sozinha, mas não podia....se ia deixar Draco tinha que o fazer feliz...estava decidido iria falar com ele. Não lhe contaria sobre o facto de haver um prazo, não queria que ele soubesse, só o iria enervar mais, e ela não queria isso.

Apenas ficaria com ele até ao fim....ele havia dito que a Gray lhe havia mentido, mesmo não tendo a certeza....ela iria ter com ele.

Ah se ela tivesse a certeza seria muito melhor. Abriu a gaveta e encontrou sua caixinha de música, com a sua calma melodia. Era tão agradável ouvi-la, por momentos esqueceu tudo, todos os problemas, todos os seus sofrimentos, apenas ouvia a suave melodia....e pensava nele....fechou a caixinha, e saiu do dormitório, decidida a encontrá-lo.

Fim do 17º capitulo

Sandrinha: mistérios é bom.....bem vais ter k esperar para ver o k vai acontecer.

Ana: ainda bem k gst da noite deles, e gst da ideia do Aaron...he he he...nós somos assim...só ideias fantásticas....bem comenta ok priminha.....jinhos!

Ana Gomes: dsc não actualizar antes, mas é k a Kika esteve, e ainda está de ferias, e eu tb fui para fora, só deu para actualizar hoje.....bem ainda bem k gst....jinhos!

GWEASLEY: bem tantos elogios...MUITO OBRIGADO.....e nos esperamos k continues a comentar smp...é bom receber teu comentário......bem jinhos!

Miaka: será k ele vai conseguir salva-la?! Hum.....nao sei não.....bem terás k esperar para ver.....jinhos!

Carol Malfoy Potter: estás desculpada por não comentar...e é bom saber k gst assim tanto da nossa fic. Bem só uma coisa....o Aaron não ker separa-los, na vdd ele ker junta-los, mas eles são tão cabeça dura k acabam estragando tudo. Jinhos!

Eu tenho uma notícia. A KIka volta no Domingo, por isso para kem está a ler "Cartas para ninguém!" já sabe k ela está kuse de volta e k deve de actualizar, pelo menos foi o k ela disse. Para kem não está a ler.....bem leia, não se vão arrepender nada....a ideia da historia é fantástica...e posso dizer-vos (visto eu saber a historia toda, he he he) k os próximos capítulos vão ser otimos.....

Eu sei k os agradecimentos estão frakinhos, mas é k tive a escrever os agradecimentos da minha outra fic "A filha da profecia!" e fikei sem mta inspiração....

Bem estes foram os momenos de propaganda, para kem não percebeu, eu aconselho a ler a minha outra fic, e a da Kika, e a comentar é obvio.....

Bem um BEIJAO para vocês......xa xau......FUI!