N/A: Como já disse só continue a ler se gostar do tema. Hehehe. Então vou dar de lambuja mais um cap, só pra ficar com gosto de quero mais.

Beijos

Viv

Capítulo 2 – Banhos e sonhos

Severus Snape comeu com certa pressa e se retirou irritadiço. Não bastassem os alunos, as aulas, a Guerra eminente e Alvo queria que ela ainda ajudasse a garota. Sim, garota! Porque era isso mesmo que ela parecia. Uma menina. Passaria por um de seus alunos sem dificuldades. Preferia estar espionando o Lord das Trevas naquele exato momento, que ensinar a garota com olhar abobalhado.

-Hunf!

Ao chegar a seus aposentos, resolveu adiantar algumas poções que gostaria de ter reabastecidas em seu estoque pessoal. Depois de muito trabalhar, se decidiu por um banho e descansar. E quando se despia sentiu falta de algo. Seu cordão. Tinha desaparecido.

-Maldição!

O único presente que guardara de sua mãe. Quando entrara para sonserina. Agora estava perdido. Tentaria falar com Filch, mas se algum aluno achasse, certamente não devolveria. Era muito uma jóia muito valiosa. Praguejou sujo.

No dia seguinte, ainda estava irritado. Estava na sala de aula. Os alunos não conseguiam fazer uma poção simples. Eram patéticos. E uma aluna se aproximou com um frasco, com uma poção cor-de-rosa.

-O que é isso, srta? – chocado.

E olhou a aluna de cabelos muito brancos e lábios muito vermelhos.

-Minha poção do amor, Prof. Snape. – disse sonhadora.

-O quê? Eu mandei fazer uma Poção para Confundir! E não Poção do Amor! – furioso.

-Mas pra quê confundir mais um pouco? Professor, acho o amor mais bonito. E com essa cor fica lindo, não acha? – olhos doces.

-Só pode ser brincadeira! – cuspiu as palavras.

E olhou para os lados e os alunos haviam desaparecido.

-Onde foram todos?

-Eu os mandei embora. Dará aulas só pra mim. – e se aproximou mais dele sentando-se à mesa a sua frente.

-Srta. Bates. Desça agora e componha-se. – autoridade forçada.

Ela riu graciosa.

-Posso saber o que pensa. E nesse momento, quer que eu continue. – e o enlaçou com as pernas, trazendo-o e colando-o a ela.

O terror nele durou só até pouco antes das bocas se unirem. Então ele estava derrotado. Segurou a mulher com forca. Mulher! Ah, sim! Uma bela mulher! Que nada tinha de criança. E quando rasgou a blusa dela para visualizar melhor o que tinha nas mãos...

Caiu no chão. Doeu. E quando recobrou a sanidade, percebeu que estivera o tempo todo em seu quarto, sonhando com ela. Praguejou alto e foi tomar um banho gelado. Não se deixaria levar pela mulher.

-Tá, admito que é uma mulher, que é linda e provavelmente tão quente quanto penso! Mas não passará de sonho! – falava sozinho, frustrado.

Fez um feitiço que esfriou mais a água. Gritou com o choque térmico.

Finalmente os primeiros raios de sol. Após os sonhos eróticos que teve com a visitante, Snape desistiu de controlá-los. E deixou que fossem até o fim. Várias vezes. Incansáveis. De todas as formas. Mas nunca ficava satisfeito. Era torturante. Mas agora com o sol se dignando a aparecer, ele poderia se levantar finalmente.

No rosto, olheiras fundas, acusadoras da noite mal dormida. Foi para o laboratório. Mas não conseguia fazer nada. Estava inquieto. Resolveu sair. Estava sufocado. E foi em direção ao lago. Quando ia chegando notou que havia outra pessoa lá. Era muito cedo para ser um dos alunos. Se aproximou mais e viu que era ela.

Estava virada para o lago, compenetrada. Observava uma borboleta colorida que saracoteava diante dela. Ela sorriu. O calor o dominou novamente. O bicho pousou na ponta de seu nariz. Achou que ela fosse rir. Tinha o perfil. Mas foi com surpresa que viu a outra fazer uma careta e espirrar. Espirrou uma, duas, três vezes. E cada vez mais perigosamente perto das margens do lago. Num ponto onde ele era muito fundo. E então como se para provar que estava certo, no quarto espirro, ela se desequilibrou e caiu nas águas geladas.

Snape teve que correr para ajudá-la. A Lula Gigante não tinha bom humor tão cedo. E ao invés de atirá-la para fora, poderia fazer algum mal. Jogou-se de roupa e tudo. Apenas tirou a capa. Quando agarrou seu corpo, ela começou a se debater e a empurrá-lo desesperada.

"Mulher estúpida!"

Conseguiu voltar à superfície e tirá-la de lá antes que a Lula aparecesse.

-Srta. Bates! Sou eu, Severus Snape! Acalme-se. – continuava segurando-a.

Ela estava atordoada e confusa. E quando olhou nos olhos negros sentiu a habitual tontura e percebeu imagens de uma sala de aula vazia, onde o professor e ela mesma estavam se beijando furiosamente. Tentou se afastar, mas ele não deixava. E a imagem não saia dela.

-Me solte! Não toque em mim! – gritou.

Ele demorou, mas soltou. A mulher era muito estranha. Ficou vendo-a ofegante e corada. Como se estivesse tido momentos libidinosos.

Quando se acalmou, pôde se sentar. Respirava com dificuldades. Ele olhando para ela, pensando com toda razão do mundo, que tinha muitos parafusos soltos. Olhou-o mais uma vez.

-Obrigada! E sinto muito pelo que houve! – tímida.

-Não que seja da minha conta, mas você é louca? Eu só queria ajudar! Não a estava atacando! – sério.

Ela corou mais uma vez.

"Estava sim, mas no sonho! E eu vi!"

-Acho que lhe devo uma explicação. Já que vamos trabalhar juntos. E por sinal é por esse problema que estou aqui.

-Eu deveria estar entendendo alguma coisa, Srta. Bates? – irritado.

-Não! Me desculpe. Vou tentar explicar. – desistiu de secar os cabelos.

A roupa estava transparente. Olhou para ele. Que rolou os olhos para o alto e entregou a capa seca.

-Então... – insistiu.

-Bem. Há mais ou menos 1 ano, eu sofri um acidente mágico. E depois disso, fiquei com algumas seqüelas que não pude resolver. Isso foi uma delas. – e apontou para os cabelos. – Mas até que gosto. – sorriu. – Mas outras coisas estão, digamos, fora de controle. Tem uma voz em minha cabeça, que fala comigo o tempo todo.

Ele tinha agora a prova da insanidade da mulher.

-E não é só isso. Posso ver certas coisas! – corou violentamente. – Quando toco coisas e pessoas.

-A senhorita quer me convencer de que tem uma pessoa na sua cabeça, lhe falando e mostrando "coisas"?!

-Não! Você não entendeu. É uma voz, não uma pessoa. Mas é como se fosse minha consciência. Não sei explicar. – angustiada.

-E isso com certeza é muito normal no St. Mungus! – ironizou.

-Snape, isso é serio! Meu tio confia em mim. Me entende. E disse que um de seus professores era muito bom nas artes de Oclumência. E é disso que preciso. Parar de ouvir e ver!

-E o que eu poderia fazer para ajudar a parar de "ver"? – cínico.

-Você não acredita, não é?! – irritada. – Bem, só há um meio de provar. – suspirou. – Quando me tirou do lago, e eu tentei me afastar, era porque estava tendo uma nova visão. – ele ainda tinha expressão incrédula. – Vi um sonho que teve comigo! – falou o encarando.

Ele empalideceu.

-Um sonho erótico, na sala de aula! Quer que eu diga exatamente o que acontecia Snape?! - desafiadora, mas ainda corada.

-Não. – não comentou.

Levantou-se. Olhou para a mulher estranhamente.

-Nos vemos amanhã. Para iniciar o treinamento.

Virou as costas e seguiu para dentro do castelo. Molhado.

July ainda não se recuperara do susto. Primeiro a visão do homem tomando banho. Depois dos dois juntos e por fim, tinha estado nos braços dele verdadeiramente. Muita tentação! Não deveria se envolver. Era muito arriscado. Tinha que praticar muita oclumência. Não saberia como reagir se continuassem assim. Ela, o querendo. Ele, a desejando. Não tinha duvidas quanto a isso.

E agora tinha que deixar as coisas como estavam. Seu tio não aprovaria. Sabia que não aprovaria. Achava que não.

"Se bem que tudo pode se esperar de tio Alvo." - riu divertida.

Imaginando como seria ter um relacionamento com o professor de Poções.

Não foi almoçar. Preferia se refazer do encontro. E da informação. Já era bastante difícil para não dizer constrangedor sonhar com ela. Mas ela ter consciência disso, era inadmissível. Precisava se concentrar e se preparar para a batalha que teria pela frente.

"Amanhã será um dia duro!"

Resolveu que seu jejum não adiantaria e foi jantar. A cumprimentou sem olhar. Esse retirou logo.

Acordou no meio da noite e não conseguiu mais dormir. Estava se sentindo tenso e cansado. Mas o sono não voltava mais. Pensou nela. Deveria estar dormindo languidamente. Sentiu raiva do sono dela. Levantou-se. Não queria mais pensar. Acendeu a lareira com um gesto da varinha. Era uma noite quente. Sentiu calor. Resolveu tomar um banho para se acalmar e relaxar. E quem sabe conseguir dormir novamente. Ainda estava lá quando ouviu a porta.

"Quem poderia ser de madrugada? O que teria acontecido? Algum aluno? Dumbledore?"

Se apressou em pôr o robe, nem se secou. Foi atender.

-Você?! O que faz aqui, Srta. Bates? E há essa hora? – irritado.

-Vim devolver sua capa, Snape. Poderia precisar dela. – sorria doce.

-Mas há essa hora? Eu estava dormindo! – mentiu.

-Você tem o habito de dormir no banho, Snape? – brincou. – Acho que não! – e foi entrando. – De qualquer modo, precisa dela mais do que eu. – apontou o caminho que a água, que caía de seu corpo, fazia.

Ela se abaixou, tocou a ponta dos dedos uma pequena poça. Viu que parecia sentir certa tontura. Viu seu rosto ficar corado e levemente ofegante. Quando abriu os olhos, o encarou e veio em sua direção.

-Gosto do seu banho. Mas acho que ainda não terminou. – e abriu a capa de uma vez só.

E Snape pôde ver que não estava usando muita coisa por baixo. Aliás, as pecas eram tão pequenas que os seios fartos pareciam que iam escapulir a qualquer momento. Estava petrificado. Sentia-se como se tivesse bebido a poção do morto vivo, e tivesse entrado em sono profundo de olhos abertos. Ela continuou a se aproximar. Não lembrava mais a menininha que pensou que fosse.

-Srta... Srta. Bates! O que esta fazendo? – fraco.

-Ainda não entendeu, Severus?! Então acho tenho que ser mais clara! – sorriu. – Quero você! E quero agora!

O beijou com suavidade a boca, o pescoço. Quase sem tocá-lo. O torturando além do imaginado.

-Você acha que pode vir até meu quarto, praticamente nua e fazer o que quer? – furioso. – Não sabe mesmo com que esta lidando!

Agarrou-a pelos cabelos e puxou com força. Ela gemeu.

-Não tem idéia, não e mesmo? De que posso ser muito cruel!! - forçou a mão livre no rosto delicado. – Acho que posso dar mais uma chance para se retirar dos meus aposentos, antes que eu perca a paciência! – vociferou.

E a soltou bruscamente. Mas July não caiu. Simplesmente se voltou para Snape e sorriu maliciosamente.

-Quem não sabe nada é você, querido! Sei tudo o que quero e também tudo o que você quer. E agora vamos resolver esse impasse!

Caminhou de volta para ele. O beijou com fúria desta vez. Mordendo com força a nuca dele. Até ouvi-lo gemer alto. Snape já não tinha forças para lutar contra a mulher. Então a puxou forte para perto dele. Livrou-se do robe empurrou-a contra a parede escura. Deslizou a mão sobre o corpo a mostra e apertou o seu contra o dela. Estava certa. A queria. Mas seria então do jeito dele. Continuou explorando-a até descobrir o local que queria. Enquanto ela gemia alto contra a parede fria. Resolveu que não seria cuidadoso e quis investir de uma vez só. E quando o fez...

-AI!

Estava no chão ao lado da cama, sozinho. Mais um galo na testa. Mais uma noite de sonhos eróticos com a mulher.

-Maldição! Inferno! Mil vezes maldição!!!

"Não poderia ser normal. Era inconcebível! Por que o sonho se iniciara? E por que não foi até o fim?" – pensava frustrado.

Era mais uma noite longa na vida de Severus Snape. Enquanto na casa da Corvinal, uma jovem de cabelos muito brancos, dormia tranqüilamente.

OF: continua.