Nossa! Chegamos ao fim da 2ª fase e vocês ainda estão aqui, ainda estão acompanhando a PAIXÃO DOS EDAIN? Então só tenho mesmo o que agradecer, a vocês minhas tantas amigas que a tem lido e recomendado (de forma muitas vezes além do merecido)
Sadie Sil – a mestra de todas as mestras, cujo despudor da emoção, do sentimento, da crença num bem que persiste em cada coração transformou VIDAS E ESPÍRITOS no folhetim – sem qualquer sentido pejorativo - de maior ibope do ffnet/Tolkien em português (estou falando Tolkien e português, mas não comparei com nenhuma outra página do site: aposto que bate bem em qualquer uma delas). Chegamos no primeiro final de semana do mês ao capítulo 28; Sadie não falhou uma semana sequer, seja em apresentar novos capítulos, seja em enredar-nos neles, com seus personagens cativantes, sua história de angústia e redenção, a poesia irretocável de sua linguagem. Obrigada Sadie.
Elfa Ju Bloom – a desbravadora de novas possibilidades, a irrequieta, a inconformada, aquela que rejeitou os padrões do bom-mocismo, feminino e masculino, élfico e humano também, e deu asas alucinadas à própria imaginação, transformando ROSAS, ARMAS, AMOR E SANGUE no portal do imprevisível: a cada novo capítulo, ninguém, absolutamente, pode saber o que esperar, a não ser o fato de que nunca se cai na mesmice. Obrigada Ju
Nimrodel Lorelim – Nim é uma aranha, e CRÔNICAS ARAGORNIANAS uma teia de beleza em que nos deixamos enredar de bom grado, anestesiadas pelo lirismo em que cotidiano é misturado com heroísmo. Obrigada Nim
Vick Weasley – Já disse, é a nossa fada das palavras, ler BITTERSWEET é navegar por um mar de sensações em barcos feitos de pura poesia. (BEIJO! BEIJO! BEIJO!). Obrigada Vick
Kika-sama – É a aprendiz que nos ensina, a cada novo capítulo de APRENDENDO, a voltar a ser principiantes, a admitir nossos erros, nossos medos, e nosso direito de aceitá-los como são. Obrigada Kika
Lady Éowyn – Eterna amiga, que me ensinou a confiar, tomando-me pela mão e me ensinando sobre o amor terno nos JARDINS DE ITHILIEN. Obrigada Éowyn
Kiannah – Estrela da boa nova, que prometeu grandes surpresas para breve.
Lady Liebe – que nunca mais publicou nada, o que é lamentável, mas a quem mesmo assim agradeço pelas sátiras hilariantes com que já nos brindou.
E aproveitando, saudemos com flâmulas e fanfarras: SÊ BEM VINDA, Kwannom! Que após longas aventuras por línguas estrangeiras retorna ao idioma pátrio retomando HALDIR E HALETH através de uma versão revisada. Como toda história que envolva nosso magnífico capitão, é uma história de ratting R. Ai, ai – suspiro - porque será que as aventuras que têm Haldir como protagonista induzem sempre o autor a um posicionamento mais adulto, mais sensual, mais apaixonado? Tratem de procurar - (as leitoras maiores de idade, claro), os textos com esse ratting só aparecem se você modificar os critérios de busca da página – e de deixar reviews: senão ela corre para o público americano, que a recebe sempre de braços abertos, e deixa os brazucas a ver navios de novo.
Por fim, devo admitir para essas leitoras e amigas tão queridas que, sob pena de lhes estar omitindo uma parte da verdade, com a revelação da origem de Mornfinniel e do plot, talvez aquilo de mais interessante dessa história já tenha sucedido...a terceira e última fase que vem por aí é excessivamente folhetinesca – no pior sentido possível – e ... bem, meio tresloucada. Ou talvez toda paixão seja sempre assim.
----
A PAIXÃO DOS EDAINCapítulo XVII - O Destino da Aliança
Ao longo deste texto, muitos hão de ter reconhecido frases ou expressões da lavra do Mestre Tolkien. Os diálogos do capítulo presente, entretanto (e este capítulo é praticamente só diálogo), são, com pequenas modificações, quase que inteiramente retirados de sua obra: a intenção é de reverência, jamais de plágio.
O destino dos homens do Ponente, entrementes, já estava decidido; a sua própria marcha começaria no dia depois desse.
- Não, Haldir, peço-lhe que fique – falava Aragorn - Devemos ainda dar alguma atenção à prudência. Pois devemos estar preparados para todas as possibilidades, as boas e as más. Agora, pode ser que triunfemos, e enquanto houver alguma esperança nesse sentido Gondor deve ser protegida. Eu não gostaria que voltássemos vitoriosos para uma cidade em ruínas e com uma terra devastada atrás de nós.
- Isso é verdade – disse Gandalf – Não aconselho que deixem a cidade completamente desguarnecida. Na verdade, a força que conduzirmos para o Leste não precisa ser grande o suficiente para um assalto real contra Mordor, conquanto que seja suficiente para provocar uma batalha. Que Haldir fique no comando de Minas Tirith enquanto Faramir estiver nas casas de cura.
- Estão tentando me deixar para trás como um animal sem mais serventia? – reclamava Haldir, mas sua dor sabia que seria um estorvo para os companheiros numa marcha longa.
- Você realmente não está em condições de fazer uma viagem dessas – respondeu Aragorn. - Mas não nos recrimine. Já conquistou uma grande honra, mesmo que não faça mais nada nesta guerra. Poucos realizaram feitos à altura dos seus, que alimentou a nova aliança entre elfos e homens com o próprio sangue. Na verdade, todos corremos o mesmo risco: se provarmos de um fim amargo diante do Portão de Mordor, você também chegará a um confronto final, seja aqui ou em qualquer lugar aonde a maré negra venha a alcançá-lo.
Assim sendo, Haldir aceitou a contragosto aquela função. E o novo rei, mal chegara, já partira outra vez para a guerra contra forças por demais escuras e terríveis.
----
Mas nenhuma notícia chegava a Gondor, e como alguns dias depois que a companhia partira, embora ainda estivesse nas casas de cura, Faramir seguisse firmemente no rumo da recuperação, Haldir repassou-lhe a incumbência que Aragorn lhe delegara.
- Mas você sabe, Haldir, que já é tarde demais para seguir os Capitães. – retrucou Faramir.
- Sim, Faramir, eu sei. E de qualquer forma vejo que não é no Leste que se encontra o meu destino. É por Lothlórien que minha preocupação urge. Embora de lá não chegue nenhum mensageiro, sinto que meus Senhores me chamam – explicou o Elfo.
- Então não o prenderei mais com o meu fardo, sempre honrado Haldir. E lamento não poder ir pessoalmente retribuir aos Reis dos Elfos o auxílio inestimável que prestaram na sua pessoa à necessidade dos homens. – respondeu Faramir.
- Todos que são inimigos do único Inimigo combatem juntos – despediu-se Haldir.
- Volte para receber as honras devidas da mão do Rei, Capitão dos mártires da aliança – disse Faramir abraçando-o.
Mais uma vez Haldir recebia aquela demonstração de afeto dos edain. Mal conhecera Faramir nas casas de cura, mas de imediato reconhecera nele a nobreza dos dias antigos, e novamente retribuiu o cumprimento, partindo em seguida, montado na égua que o trouxera de Rohan. Não precisava que o lembrassem que conduzira um pelotão de mártires, dos quais era um dos poucos sobreviventes. Lórien precisava de qualquer soldado remanescente, em qualquer condição que se encontrasse.
----
Muitas vezes as fontes dos tempos antigos, são contraditórias, mas há um texto que diz: "depois da queda da torre escura e do desaparecimento de Sauron, o medo e o desespero tomaram seus servidores e aliados. Três vezes Lórien foi atacada por Dol Guldur, mas, além da coragem dos elfos daquela região, o poder que lá morava era forte demais para ser derrotado por quem quer que fosse, a não ser que o próprio Sauron atacasse Lórien. Embora as orlas da bela floresta tenham sido seriamente danificadas, os ataques foram repelidos; quando Sauron desapareceu, Celeborn avançou e conduziu o exército de Lórien pelo Anduin em muitos barcos. Tomaram Dol Guldur, e Galadriel derrubou suas muralhas e pôs a descoberto suas cavidades; a floresta foi purificada."FIM DA 2ª PARTE