NOTA DA AUTORA:
E assim é que esta história chega ao fim; sem possibilidade de continuação.
O que não quer dizer, entretanto, que ainda não haja infindas histórias destes personagens a contar. Principalmente de Haldir, Darai e seus filhos. Histórias alegres, histórias tristes, histórias sensuais, histórias engraçadas...
Seria capaz de contá-las ininterruptamente, mas embora pretenda postar parte delas, seriam episódios sem maior influência no texto principal que me propus a levar-lhes: de paixão tórrida até as últimas conseqüências, mas de "felicidade possível", ainda que improvável. Nada poderia mudar o fado mortal de Cabelos Negros, o fado de que aquela união só poderia ser breve e estigmatizada...portanto precisava me forçar a pôr um ponto derradeiro a ela, sob pena de transmitir uma imagem falsa, de ascensão dos personagens a um estado tão ideal quanto irreal. A vida tem seus ônus. Sempre. Para os edain a velhice e a morte. Para os elfos a saudade e a solidão.
Mas antes que me acusem de angst - e Sadie bem sabe da implicância que tenho para com esse gênero - pois a mensagem de meus personagens sempre foi de que a vida vale a pena de viver, sob quaisquer circunstâncias: reitero que é minha intenção brindá-los com o dúbio privilégio de várias histórias desse casal disfuncional, que como vocês bem podem imaginar não atravessaram 30 anos de casamento sem muitas turbulências.
Antes disso, entretanto, há uma outra história que precisa ser contada, uma outra jornada a percorrer, por caminhos ainda mais tortuosos e desconhecidos, mas traçados sobre a mesma fome de viver.
Caminhos ardentes que eu os convido a conhecer na próxima semana, com Daror e Míriel.
