Saint Seiya Zero

Tempos Difíceis

Jaon era um jovem forte, sua musculatura e seu porte o assemelhavam a um guerreiro, no entanto era um rapaz que trabalha duro para cuidar de sua mãe Iolanda. Jaon tinha cabelos compridos e esverdeados, estes combinavam com os olhos, que eram serenos e astutos. Ele costumava amarrar as pontas dos cabelos com um lenço que uma garota lhe dera antes de mudar de cidade, um lenço branco bordado o nome dela e o dele num grande coração vermelho, simbolizando o grande amor que tinham um pelo outro, ninguém sabia desses detalhes do lenço apenas ele e Marta, a garota que o dera. Jaon era extremamente tímido, não gostava de mostrar coisas que demonstrassem fraqueza. Era alto em seus dois metros de altura, era respeitado pela força e tamanho, mas isso não evitou que os cavaleiros do Gigante Laranja , levassem sua irmã como serviçal, ele a pedido da mãe, que não queria vê-lo morto não reagiu, porém estava arquitetando um plano para resgatar sua irmã Jaíra.

Jaon cavalgava pela estrada que dava para o castelo do Gigante Laranja. Estrada de comércio, assim a chamavam os moradores do vilarejo ali próximo. Ela era cheia de curvas e buracos, porém era bela pois sempre estava florida, e tinha pontes belíssimas que passavam por rios limpos e cristalinos. Essa estrada era calma apesar do nome, antigamente era mais movimentada mais hoje sofre de ataques de bárbaros que saqueiam os que por ela passam . Viajantes ou mercadores, seja quem for, até mesmo os guardas do gigante não se safam dos terríveis Garotos Bárbaros. Jaon cavalgava quando sentiu estar sendo seguido, seu espírito não se abalou, pelo contrário como era típico dele, ele concentrou-se para saber quantos o seguiam, era a primeira vez que ia tão longe naquela estrada. Estava indo para o castelo tentar convencer o Gigante Laranja de que era bom soldado, se conseguisse estaria mais próximo de sua irmã, poderia assim dar noticias dela para sua mãe, que esta cada vez pior ao se preocupar com o estado de sua filha amada, ou até tirá-la de lá, que era o que realmente pretendia.

Três. - Conseguiu contar ele, na verdade o terceiro cavalo estava muito pesado para o normal, imaginou estar carregando mercadoria roubada, continuou tranqüilamente até ver bandoleiros saírem da mata alvoroçados cercando-o, ele continuou a cavalgar não dando atenção aos malfeitores, que o acompanharam gritando para que parasse . Jaon estava em seu cavalo Pólo, o melhor cavalo que já tivera, usava uma capa marrom que cobria metade de seu rosto . Rosto com traços fortes porém jovens, tinha algumas pequenas cicatrizes que ganhara nas lavouras e na caça, não era belo porém as moças o achavam encantador, ficavam fascinadas pelo seu porte guerreiro, ele porém não as dava atenção por amar Marta, embora ha tempos não a via. Sentia que ela estava viva e ainda tinha seu amor, não estava tão confiante disso, mas tinha esperanças de vê-la, e quando acontece-se teria certeza sobre o que sentir.

Um velho coxo foi lançado à frente do cavalo, que de susto empinou fazendo com que Jaon cais-se, o cavalo só não fugiu pois um dos bandoleiros já estava pronto para pegá-lo, pretendia vendê-lo pois o cavalo era muito bom. Jaon levanta-se e caminha até o velho que estava amarrado, o ajuda a levantar-se. Jaon não carregava armas portava apenas uma pequena faca, que usa para cortar as cordas que prendem o velho.

O senhor esta bem?

Fuja garoto ou ira morrer junto comigo.

O velho aparentava ser coxo de nascença, tinha um dos olhos que mantinha fechado por costume, suas sobrancelhas eram grossas e grisalhas assim como seus cabelos, que estavam embaraçados denunciando que a tempos não era penteado, ele tinha um fedor de suor de vários dias, aparentava ter todos os dentes, um bafo terrível também. Aparentemente teria de setenta a oitenta anos. Trazia consigo um cajado todo torto e pesado , suas roupas estavam encardidas em trapos, assim era o senhor Hefestos, que visivelmente foi surrado e roubado por aqueles três jovens.

Garotos Bárbaros, o nome do bando era comentado no castelo do Gigante, este os colocara a prêmio, vivos ou mortos quem os leva-se teria terras ou sacos de ouro. Eram garotos que não tinham pena de suas vitimas, matavam se ouvesse reação, ou simplesmente para ver como o corpo caia, os rios e as florida margens dessa estrada eram as únicas testemunhas dessa barbárie. Não dava para ver suas fisionomias pois usavam elmos negros e velhos, tinham de um e setenta a um e oitenta de altura, aparentemente eram fortes. Identificavam-se como Garotos Bárbaros, pois o bando usava elmos negros com plumas de águia presas no mesmo, estavam sempre armados e em bandos , tinham apenas garotos nesse bando , todos orfãos de pai e mãe . Jaon ignora ao que velho havia dito, este fica bravo e bate com o cajado na cabeça de Jaon.

Não ouviu o que eu disse? Esta surdo?

Jaon o olha furioso e toma seu cajado .

Eu ouvi ! Vou pegar meu Pólo de volta, o cavalo é o que mais me importa agora.

Gostaria que estivesse surdo - o velho diz colocando a mão no rosto, abre assim que vê laminas de espadas afiadas anunciarem luta, e risos dos bárbaros

Você é louco ou o que? São três contra um, eles têm espadas e eu quero meu cajado de volta.

Você e mais quantos iram tomar este cavalo?- um dos bárbaros toma a frente e ouve-se novos risos.

Se nos der tudo o que têm, te deixamos vivos e lhe perdoamos o insulto, e pode levar este velho de presente.

Mais risos são ouvidos, eles estavam esperando Jaon baixar a guarda para assim o matarem, mentiram pois ele era muito forte e pretendiam poupar tempo e esforços. Jaon tira sua capa e segura firme no cajado do velho, os bárbaros o rodeiam com suas espadas em punho, suas expressões são mais serias e tensas, um deles cospe entre os pés de Jaon, com esse gesto Jaon fecha os olhos, com o canto dos lábios esboça um sorriso, isso deixa um deles furioso.

Ri?! Está rindo?! Porque ri, idiota ?!

Criança, saia daí! Vai morrer... - dizia Hefestos que assistia a tudo. Estava intrigado em como tudo iria acabar.

Me dê o que tem e saíra sem uma perna, não poderá mais sair ileso depois de nos insultar dessa forma, e não me enrole!

Vocês falam demais. - diz Jaon ao abrir os olhos. Ele ouve a primeira lâmina zunir furiosa ao seu ouvido, ele gira se esquivando da lâmina que ainda corta alguns fios de seus cabelos, lhe deixando uma pequena franja. Jaon aproveita o impulso e encaixa a ponta do cajado de Hefestos na armadura do agressor, com uma força descomunal ele o retira de seu cavalo jogando-o aos seus pés, outra lamina zuni cortando o ar, dessa vez ele abaixa-se e levanta-se rápido erguendo o cajado que acerta o queixo deste arrancando-o do cavalo fazendo-o cair na mata. Jaon não espera o terceiro atacar e gira o cajado acertando sua nuca derrubando-o também. Tranqüilamente ele amarra os seus agora prisioneiros escuta aplausos, vira-se para ver de quem se trata, depara-se com Hefestos. Aquela figura odiosa e repugnante, admirado pela astúcia e habilidades de Jaon, que fica furioso com Hefestos.

Obrigado pela ajuda... - diz Jaon.

Não tem de que, da próxima vez te deixarei sozinho.

Jaon fica furioso com o que Hefestos diz, fica ainda mais furioso quando ele pela segunda vez lhe bate na cabeça com o cajado, Jaon coloca a mão no local e vira-se para o velho.

Porque me bateu? O que eu te fiz?

Hefestos é meu nome seu mal educado! Tenha respeito para com os mais velhos, criança!

E daí que se chama Hefestos?! Não me interessa, e saia da minha frente pois já estou perdendo a paciência.

Assim que você trata um Deus? - Hefestos bate pela terceira vez em Jaon.

Para de me bater seu velho idiota! E se você for um deus, eu sou Zeus... - Hefestos bate outra vez em Jaon.

Respeite meu pai! - Jaon toma seu cajado e guarda num lugar longe do alcance de Hefestos, coloca os três no cavalo e começa a seguir caminho deixando o velho.

Hei? Vai me deixar aqui nesse lugar desconhecido?

Você não disse que era um deus? Então vire uma borboleta e voe seu velho louco. - Jaon ri continuando viagem enquanto Hefestos o segue enfurecido pela brincadeira.

Hefestos é o deus ferreiro e do vulcão, ele gostou de Jaon e decidiu que seria seu companheiro, porém não revelaria seu segredo para ele. Hefestos vasculhou o interior de Jaon, sabia mais sobre o garoto que ele poderia imaginar, mas decidiu que o acompanharia como um velho ranzinza que era.

Qual seu nome criança? - Jaon que começa a se acostumar com a arrogância do velho não responde, Hefestos pega uma vara de madeira na beira da estrada e bate nele , este abaixa a cabeça vencido.

Me deixe em paz, por favor? Não quero bater em você!

Só se me disser seu nome.

Você promete que se eu falar vai embora?

Prometo.

Meu nome e Jaon e foi bom te conhecer, espero nunca mais vê-lo novamente, tenha um mau dia. - ele aperta a mão do velho que continua a acompanhá-lo.

Você disse que iria embora!

Pois é, menti. Para onde esta levando esses rapazes?

Não é de sua conta - prevê que ira apanhar novamente, então ele abaixa-se para evitar o golpe de Hefestos, porém este espera ele abaixar e bate em sua cabeça mesmo abaixado.

Quer parar de me bater, por favor?

Você não gosta criança?

Não e você ?

Também não!

Então pare!

Está bem. Só não entendo porque esta tão nervoso?! - Jaon o olha furioso , porém não contem um riso .

Do que ri criança?

Deus... - começa a rir de novo. Hefestos ri também.

Seu velho mentiroso - Hefestos fica nervoso pelo que Jaon diz, por um momento fica sério, porém lembra-se do juramento que a pouco fizera sobre parecer humano, e começa a rir novamente.

Ambos caminham pela Estrada Comercial. Jaon diz seu plano para Hefestos, que o escuta tranqüilamente. Jaon dizia que entregaria os bandoleiros ao Gigante Laranja e entraria para a infantaria dele, assim estaria mais próximo de sua irmã, poderia dar noticias dela para sua mãe e ate mesmo resgatá-la. Ele diz tudo que seu coração está sentindo, porem não sabe porque o faz com uma pessoa que mal conhece, olha para Hefestos e sente paz nele, este por sua vez, já sabia de todos os planos dele antes que o dissesse, porém o escutava como se fosse algo novo.

­Criança burra. - dizia balançando a cabeça negativamente

Até os guerreiros do Gigante são menos burros que você. - Jaon estava espantado com o que ouvia, pela expressão de Hefestos estava confiante que este o apoiava.

Porque sou burro? Estou pensando em tudo, em breve estarei do lado de minha irmã e a darei noticias dela para minha mãe, esta ficara feliz . Ficara mais feliz ainda quando eu trouxer minha amada irmã.

Sinto falta do meu cajado batendo nessa sua cabeça desmiolada.

Não me apóia? - Hefestos caminhava com dificuldades, mal conseguia acompanhar Jaon, sua perna defeituosa estava doendo muito, devido aos maus tratos que recebera dos bárbaros.

Não apoio assassinos, sou contra eles criança. Você também deveria ser : tem duas mulheres para cuidar, devia pensar nelas antes de entrar neste lado negro dos humanos , digo no nosso lado negro.

Não sou assassino!

Jaon fica furioso e acuado com o que Hefestos lhe diz, e não entende porque aquele velho maltratado o julga assassino. Hefestos ordena que parasse, ele obedece gentilmente. Jaon acompanha o velho com os olhos astutos e preocupados com o que poderia fazer aquele ser, que estava começando a ficar misterioso para o garoto. Hefestos retira o elmo de um dos vândalos, este por estar deitado de bruços sobre o cavalo, seus cabelos lisos e compridos azuis brilhantes, caem sobre seu rosto o cobrindo. Hefestos tira os cabelos da face do guerreiro, revelando ser um jovem de no máximo quinze anos. Jaon fica surpreso com a cena, o garoto era belo, este deveria ser o segundo a ser golpeado, pois seu queixo estava roxo e sua boca sangrava um pouco, deveria ter perdido um dente ou mordido a língua, era belo apesar de sua face ossuda revelar que passava fome, tinha feições sofridas assim como Hefestos, porém algo que Jaon não sabe dizer o comoveu no garoto, talvez uma lembrança de sua infância maltratada.

Mate ele Jaon... - ele assusta-se com o que Hefestos diz, e recua espantado e perturbado.

Ele não tem família nem irmã como você, normalmente os integrantes dessa horda são órfãos de pai e mãe, suas famílias foram assassinadas a mando do Gigante, eles roubam para sobreviverem e matam por vingança não por prazer de suas almas, de fato muita gente inocente já morreu pelas mãos desses garotos, mas muitas pessoas esse mesmo garoto defendeu dos Gigantes.

Hefestos que acariciava a cabeça do garoto desmaiado , vira seu rosto enrugado e envelhecido para Jaon olhando dentro de seus olhos , isso incomoda Jaon que sente como se aquele olho velho , o único que ficava aberto para o mundo , estive-se vasculhando sua alma, sentia como se ele busca-se a resposta de seu coração e não da boca e suas palavras.

Se o entregar ao Gigante ele o fará sofrer como uma alma penada, assim que esse de dor desmaiar diversas vezes, ele ainda o torturará, e se sobreviver as torturas será decapitado em praça publica, isso porque você quer apenas noticias de sua irmã. - Jaon fica abalado com o que ouve, ele quer sua irmã de volta, mas não quer ser culpado pela morte de ninguém.

Três almas por uma noticia, se você e tão inescrupuloso e cruel assim, mate um agora e entregue dois ao Gigante, prove a si mesmo que o que esta fazendo e certo.

Como se sua mente fosse totalmente apagada, Jaon fica imóvel olhando para Hefestos, este começa a desamarrar os guerreiros e derrubá-los de Pólo, ao sentir os tombo eles acordam e assustados correm mata adentro.

Porque fez isso ? Eles eram meus prisioneiros.

Criança burra! Criança burra mas de bom coração... me leve até sua mãe? - Hefestos com dificuldades montou sobre Pólo.

Velho abusado! - Jaon cruza os braços e olha para Hefestos já em cima do cavalo.

Solta meus prisioneiros, monta meu cavalo, pensa que pode dar ordens, se acha o sábio e ainda quer conhecer minha família... começo a acreditar que você possa mesmo virar uma borboleta - Hefestos pega seu cajado e tenta bater em Jaon, que esquiva dando um tapa em Pólo que dispara a correr. Hefestos grita para o cavalo que pare, este corre mais ao ouvir um assovio de Jaon, que de tanto rir se curva com as mãos no estomago.

Ele caminha tranqüilamente pensando no que Hefestos, o velho coxo lhe dissera, tendo muitos pensamentos vagos, percebe-se rindo e descobre que o que o velho lhe disse era verdade, quase entregara três almas por apenas uma noticia, mesmo que conseguisse retirar sua irmã do cativeiro, teria o peso de três almas nas costas, almas perdidas na verdade, mas ele não era digno de entregá-las, eles deveriam ter seus próprios destinos , e seu julgamento pelas deusas da morte.

No fim da tarde Jaon chega em casa, e vê que sai fumaça da chaminé, seu cavalo pastando na entrada da casa e a porta aberta revelando o interior iluminado. Era uma casa pequena, feita de madeiras cobertas por argila, o telhado era coberto por palha perfeitamente trançada, era humilde porem aconchegante e hospitaleiro, tinha vários cestos de bambu trançados, era onde estocavam sementes de milho, feijões e outros cereais, ficavam estes ao lado do fogão a lenha que tinham duas panelas boas, acima deste havia uma corda onde colocavam carne para curtir, durante o dia ficavam ao sol e de noite colocavam naquele lugar, hoje passara o dia ali pois Jaon, que cuida dessa tarefa, estivera fora o dia todo, a mesa era um pequeno retângulo onde tinham alguns vasos de flores que o enfeitavam, as tochas ardiam nos quatro cantos da casa, que era de apenas um cômodo o que dividiam os quartos eram lençóis que serviam de cortinas e paredes ao mesmo tempo, os três quartos tinham camas feitas de palhas, dois deles eram recobertos de pele de carneiro, estes eram de sua mãe e sua irmã, onde ele deitava era palha coberta por um lençol.

Tudo na casa era organizado e limpo. Jaon cuidava de tudo, sua mãe estava de cama a dias, mesmo antes de sua irmã ser levada ela adoecera, ninguém sabia ao certo qual doença tinha aquela pobre criatura, estava desfigurada com sua aparência cadavérica, seus ossos eram visíveis, seus olhos eram verdes como os de Jaon, porém não tinham o mesmo brilho e vida, eram opacos e cegos pela velhice, os poucos cabelos grisalhos eram ralos e presos em forma de coque, sua idade era imprecisa, seu estado de saúde demonstrava ter de oitenta a noventa anos, a doença e a velhice lhe causaram muitas perdas como adição e voz, perdera também o sentido da vida assim que sua filha fora levada, porém lutava contra a morte por Jaon, sentia que este apesar da aparência de um homem, tinha espírito de criança e ainda precisava de ajuda .

Hefestos estava sentado na beira da cama dela, segurava sua mão ossuda com as veias aparentes e inchadas. Ambos sorriam, ela mantinha seus olhos cegos vidrados e ouviu quando Jaon chegou, Hefestos levantou-se.

Criança de sorte, criança de sorte tens uma mãe magnífica - Jaon perceberá que Hefestos não se contentava em chamá-lo de criança apenas uma vez, e ficara com ciúmes da cena, ele ignora Hefestos e ajoelha-se na beira da cama de sua mãe.

Mãe estou de volta - esta sorri alegre, com a ajuda de Jaon que guia a mão dela ate seu rosto, ela acaricia e chora ao sentir a pele e a vida de seu filho perfeitos, porém nada diz pois sua voz já não existe.

Criança posso chamar um amigo para tentar resolver o problema de sua mãe?

Não precisa incomodá-la mais, muitos já vieram e não sabem até hoje do que se trata, ela já não agüenta mais perturbações.

Esta bem criança, seja como quiser. - Hefestos ria.

Dormirei na sua cama !

O que? Hei velho não acha que esta indo longe demais?

Vai deixar um pobre, como você diz, velho... - diz ultima palavra mais alto.

...dormir no chão criança? Um velho coxo e maltratado pelo dia como eu? - não espera Jaon responder, apenas o olha nos olhos como o olhara daquela vez.

Foi o que pensei !- Jaon o segura pelo braço e puxa-o.

Esta bem, vou deixá-lo dormir em minha cama, mas... - no mesmo tom de Hefestos quando disse velho disse ele.

...Mas terá de tomar banho seu velho porco, nunca vi um velho tão porco como você.

Hefestos enfurecido pela ofensa desejou ter seu cajado em mãos, contrariado tomou banho em água morna que Jaon esquentou, penteou os cabelos com um pente de ossos, Jaon tirou sua barba comprida, quando terminou era como outra pessoa. Jaon terminava de arrumar a cama para Hefestos quando o viu entrar no que chamava de quarto, ao velo penteado esboça um sorriso.

Bem melhor. Parece ate que esta mais leve, diga a verdade agora : sente-se uma borboleta, não?

Não, e não quero que me chame de borboleta!

Nem eu quero que me chame de criança. - Hefestos lhe estende a mão para fecharem o acordo.

Está combinado, pararemos com esta maneira de nos tratar- Jaon aperta a mão dele .

Combinado então. - Jaon atravessa a cortina, retirando-se do local.

Boa noite borboleta. - Corre ao dizer suas ultimas palavras, ainda consegue ouvir Hefestos lhe desferir insultos furiosos.

Jaon tem um sono bom e pesado, ouve uma voz delicada e suave soprar em seu ouvido, imagina estar sonhando ainda, começa a acordar ao sentir uma caricia maternal em seus cabelos, abre os olhos vendo uma jovem mulher a acariciá-lo, assustado ele salta da cama.

Quem e você? O que faz aqui? Você pelo menos me conhece?

Sim , te conheço a dezenove anos , sou sua mãe Jaon ! Não me reconhece meu filho? - esta chora de alegria abrindo os braços - Me de um abraço meu filho, a tempos queria te abraça - ela não conseguia conter suas lagrimas . Jaon enfim olha para o leito de sua mãe , e vê-lo desfeito e sem ela , olha para Hefestos que pelo visto há tempos havia acordado, este assistia a tudo sorridente , Jaon enfim reconhece sua mãe há abraça forte, chora junto com ela, Hefestos tenta disfarçar mas também esta emocionado com a cena.

Minha mãe, minha amada mãe! Enfim livre! - eles choravam e se abraçavam como se estivessem muitos anos separados sem ao menos se verem, Jaon afasta-se um pouco para olhar sua mãe melhor, mal tem tempo de perguntar o que ouve, pois um raio atravessa o telhado de palha e atinge sua testa , este cai desmaiado com um símbolo de brilho dourado na testa .

Jaon? Jaon?! -grita Iolanda desesperada, Hefestos também assusta-se a aproxima-se dele manquejando.

O que ouve com a criança?

Não sei , ele caiu de repente e algo brilha em sua testa - Hefestos aproxima-se dele e vê o símbolo luminoso.

Este e o sinal de touro , mas como ... ?-mal termina e uma ninfa entra na casa. Ela era linda, os cabelos azuis como o céu ao meio dia, a pele lisa e branca como as nuvens, tinha asas nas costas e nos tornozelos, não usava vestidos e sim uma fita azul celeste, que cobria apenas suas partes intimas , assim eram as ninfas do vento.

O que faz aqui Hefestos?- perguntou ela intrigada ao vê-lo.

É uma longa história, mas me responda o que esta acontecendo?

Vim a mando da deusa Athena, ela me mandou levar este jovem que será guerreiro dela, ele defenderá o templo de touro no santuário das doze casas.

Agora entendo, vou com você devo falar com Athena sobe os Gigantes, porém quero que me faça algo.

Sim, diga do que se trata.

leve essa senhora para um lugar seguro antes de irmos.- ele vira-se para Iolanda - ele ficara bem não se preocupe, eu o trarei de volta - ela apenas balança a cabeça, assustada com a ninfa ela desmaia assim que Hefestos termina de falar, a ninfa a segura e faz o que Hefestos lhe pediu, volta logo em seguida.

Fiz o que me pediu agora vamos?

Sim vamos.

Hefestos transformasse em uma enorme águia e voa junto com a ninfa, que leva Jaon desacordado ate o santuário, onde ele ira ser levado para o templo de touro, o segundo do santuário, onde ficara ate acordar.