Saint Seiya Zero
União Gêmea
Área Roxa, liderada pelo Gigante Roxo. Sua área é pouco produtiva por ser muito rochosa, o que sustenta o povo daquela região são os rebanhos de animais como ovelhas, cabras, búfalos e bois, estes resistem bem ao local. Apesar de ser muito rochosa, é muito vegetativa, também é boa para pesca no que eles chamam de Época das Águas, esta é a época chuvosa do ano, os rios estão cheios pois a pouco chovera em toda essa região.
Floresta dos Druidas, tinha este nome pois diz a lenda que ali viveram druidas, os mais perversos e misteriosos seres já viventes na face da terra. Os druidas eram mágicos, ou melhor, feiticeiros. Usavam ervas para executarem suas magias, eram sábios e podiam ver as espectros do Hades na terra, assim como também convocar almas do submundo. Tinham também poderes dados pelos deuses, todos os tipos de deuses. Eles acreditavam que os humanos eram peças do jogo dos deuses, deveriam seguir o destino que os deuses lhes traçavam, e viverem conforme o seu querer. Mas acreditavam também que eles druidas por serem sábios e terem poderes misteriosos dados pelos deuses, estavam próximos a eles, assim ajudavam os deuses em seus jogos com os humanos.
Agon, o druida, era diferente da figura velha e corcunda que temos destes seres. Ele tinha uma invejável aparência, seus cabelos eram loiros e atingiam os pés, sua pele tinha um tom marfim que combinava com os cabelos compridos, seu rosto era fino e delicado demais para um homem do campo, usava sempre uma capa bege que ia dos ombros aos tornozelos, ela cobria todo seu corpo, seus olhos verdes eram penetrantes, confundiam as almas mais inocentes e ingênuas, e as faziam seguir suas ordens.
Para quem apenas o visse não tinha defeitos algum, na verdade não tinha, apenas uma cruz dos cristãos lhe acompanhava nas costas, era a única cicatriz que tinha em todo o corpo, ele odeia e persegue os culpados por tal ofensa. Agon é uma pessoa azeda e ranzinza demais para seus dezessete anos, nunca se apaixonou, embora tivesse varias garotas sobre sua posse, mas não amava nenhuma delas. Já cedo aprendeu a ser druida. Agabedon seu pai lhe ensinara tudo o que precisava aprender, Agon era inteligente e aprendia facilmente as lições que lhe era destinado. Eles são desconhecidos no vilarejo como druidas e sim como humanos. Seu pai Agabedon viajou há dois anos e ainda não retornara, foi em busca de conhecimentos e de mais poderes, era a obsessão dele , ser mais forte que um deus para se tornar um deles.
Agon caminha pela Floresta dos Druidas em busca de ervas medicinais e artigos para encantamentos quando escuta um estrondo. Silenciosamente ele se aproxima e vê duas pessoas duelarem.
Eles usavam máscaras com sorrisos bondosos, um deles usava uma mascara branca o outro vermelha. Tinham a mesma altura, por volta de um e noventa, os cabelos eram negros e levemente ondulados, atingiam o centro das costas, usavam espadas de ouro cravejada de diamantes. Ao ver o detalhe das espadas reconheceu os autores de sua cicatriz.
Eles lutavam ferozmente, o cavaleiro de máscara vermelha era mais impiedoso, por duas vezes reteve seu ataque que quase decapitou o seu oponente. O cavaleiro de mascara branca não era fraco, muito pelo contrario, tinha a mesma habilidade do outro, porém não parecia disposto a lutar, ou tinha receio de ferir seu oponente. Mas uma coisa é certa: tinham a mesma habilidade e força, se lutassem seriamente seria difícil dizer quem venceria.
O cavaleiro de máscara vermelha desfere um golpe na vertical contra seu oponente, que sobe a sua espada bloqueando e contra-atacando ao mesmo tempo, com o duplo impacto ambos são lançados para trás, o cavaleiro "vermelho" se recupera mais rápido e volta a atacar, sua espada corta o ar em direção ao pescoço nu de seu oponente, que caíra sentado na frente de uma arvore, a lâmina porem atinge o chão coberto de folhas secas.
O cavaleiro "vermelho" procura seu oponente, e a árvore onde o cavaleiro "branco" estava sentado, e que agora está às costas do cavaleiro "vermelho" tomba cortada. O cavaleiro "vermelho" coloca sua espada na vertical à direita bloqueando o golpe do cavaleiro "branco" que até então estava invisível entre as folhas dos arbustos, fazendo com que sejam arremessados novamente.
Como você conseguiu fazer isso? Ninguém conseguiria defender este golpe! - Itamuz ao terminar de dizer, crava sua espada no chão e retira a mascara. Este é o irmão gêmeo de Itamar. Ambos tinham cabelos negros olhos castanhos quase amarelos, seus olhos tinham algo que lembrava os de águia, talvez pela cor ou pelo olhar de caçador que tinham, seus olhos e cabelos negros contrastavam com a pele empalidecida, eram figuras deslumbrantes aos olhos femininos, odiosas aos olhos de Agon, este assistia a tudo escondido.
Ninguém?! Eu consegui e sem dificuldades, deve melhorar seu ataque, ou melhor, deve perder o medo de me atacar. - este era Itamar, diferente de seu irmão que era amoroso, Itamar era sensato e sério. Amava seu irmão acima de tudo, e era amado por ele, porém não gostava de demonstrar carinho ao irmão, talvez por não saber direito como o fazer ou até mesmo medo do que o irmão pensaria dele, ele nunca sorria de brincadeiras ou de piadas, as únicas vezes que o viram sorrir foram antes de abater sua caça. Nunca se envolveu com mulheres, mas tinha uma que mexia com os sentimentos dele, esta era Ishtar .
Ela era uma mulher magnífica, tinha dezoito anos e dez centímetros menor que ele. Ruiva de olhos verdes, seus cabelos lembravam as pétalas de uma rosa ainda no botão, sua pele branca com as bochechas rosadas realçavam o brilho dos olhos e a cor dos cabelos, os lábios desta era vermelhos e carnudos, seu sorriso domava a fera em Itamar. Ishtar era a mais bela mulher de toda a aldeia, vivia rodeada de homens querendo sua mão em casamento, homens de todas as idades e tamanhos, os mais feios como também os mais belos, alguns príncipes que perderam seus reinos para os gigantes, e até mesmo os mendigos pinguços da vila. Ela, porém, nunca aceitou a nenhum deles, gostava da presença de Itamar, sentia-se segura com ele, na verdade sentia-se apaixonada por ele, mas ele nunca lhe dera esperanças, parecia fugir dela. Ela o provocava usando roupas atraentes, como uma vez que saíra a janela e viu quando ele já quase estava a virar a esquina, ela o gritou ele sobre os ombros o viu ela lhe chamar pela janela, ela saiu pela rua correndo abriu os braços e se jogou aos braços dele, este espantado e meio acanhado a segurou, ela usava ainda sua camisola de seda, o pano era claro e fino, dava-se para ver seu corpo nu através dele, ele retirou sua capa e a cobriu.
Use isto, está frio, seu pai creio eu que não quer que pegue um resfriado. - sem mudar sua expressão ele virou-se novamente para frente e prosseguiu com sua jornada.
Pego assim que voltar, ou melhor, fique com ela, farei outra pra mim. Ela o odiou, mas logo começou a rir.
Ainda te domarei... - Pensa ela consigo mesmo enquanto olha para o cenário que a envolve , vê homens parados por todos os cantos, curvados nas janelas. Carroças paradas no meio das ruas, todos olhando para ela com sua esplendida camisola, de súbito ela cora e corre para dentro de casa.
Itamuz e Itamar perderam os pais nas mãos dos gigantes, que os mataram impiedosamente, não sabendo que os gêmeos assistiam a tudo. Itamar teve que segurar Itamuz para que este não acabasse denunciando a presença deles, ou então não estariam vivos. Itamuz chorou a morte dos pais por dias, Itamar sentia-se penalizado por não ter feito nada, mas na verdade tinha consciência que não poderia fazer nada para ajudá-los, mas ambos tiveram uma decisão em comum, vingar seus pais, por isso treinavam arduamente.
Confesse, eu o surpreendi. - este joga uma pedra de terra que atinge o peito de Itamar e se desfaz.
Se eu não confessar você não dormira hoje não é mesmo? - este olha para seu irmão sério, Itamuz mesmo contrariado sorri.
Você tem visitas Itamuz. - Itamar coloca sua espada em sua bainha dourada, e caminha em direção ao rio que fica ali próximo.
Quem? - Itamuz olha por todos os cantos na floresta, começa a acreditar que seu irmão lhe pregara uma peça.
Seu mentiroso - Itamar vira-se para Itamuz, tira uma pequena faca que carrega no bolso e joga contra um tronco velho e coberto de cipós.
Ainda me pergunta como me esquivei de seu golpe fajuto, você não vê um elefante abaixo de seu nariz. - uma garota sai de trás do tronco, esta e Mirllena o grande amor de Itamuz.
Mirllena não ficava longe de Ishtar, tinham as mesma características, porém Mirllena era mais seria, e não dava confiança aos homens, ela ao contrário de Ishtar era loira, seus cabelos como os de Ishtar atingiam a cintura, eram sedosos e brilhantes, os olhos de Mirllena era Azuis, ela lembra Safira o amor secreto de Van. Era a namorada de Itamuz, Itamar não gostava muito dela, ele achava que ela estava apenas iludindo seu irmão, mas não queria julgá-la, até mesmo porque não tinha este direito.
Itamar deixa os dois a sós e caminha para o interior da floresta. Caminhava para o rio mas mudara de idéia, ia conhecer o lado sombrio da floresta, tinha a sensação de estar sendo seguido, mas não identificava o que poderia ser. Após alguns minutos de caminhada parou para ver uma gruta escura que lhe surgira a frente, ela tinha uma grande entrada coberta de cipós, dava-se para ouvir o bater de asas de morcegos, assim como os ruídos de ratos, um cheiro mofado emanava dela.
Isto, entre na ratoeira ratinho, hoje me vingarei de você, maldito seja sua vivência! - Agon sorria ao ver Itamar entrar na boca dos demônios, assim se chamava aquela gruta. Agon conhecia aquele local melhor até mesmo que seu pai, ali era o local sagrado dos druidas, onde eles tinham força absoluta dada pelos deuses do inferno e das sombras.
Hoje você pagará com sua alma o mal que me fez. - sentia a cicatriz em suas costas coçar
Será hoje .
Ao ver Itamar entrar ele corre para dentro dela o seguindo. Agon seguia Itamar que não o percebeu pois usara um feitiço para ter o cheiro de esquilos. Itamar passava as mãos nas paredes úmidas no interior da gruta. Tinha dificuldades em se manter em pé, pois as pedras em que pisava estavam cobertas de fungos escorregadios, como se não bastasse ainda estavam úmidas tornando os escorregões inevitáveis. Enfim Itamar chega ao local onde os druidas faziam seus rituais macabros, ao ficar no centro ouve algumas palavras inteligíveis vindo da entrada escura, tochas se acendem nas laterais do lugar, espantando os morcegos que estavam dormindo ali. Ele tenta se mexer mas seu corpo não reage, então ele olha para a entrada e vê Agon surgir das sombras, este não caminhava, parecia flutuar sobre as pedras, tinha os dedos entrelaçados uns nos outros.
Então é você bruxo, que me seguia pela floresta?
Bruxo? - Agon sorri enquanto flutuava ate Itamar, ele fez um gesto com as mãos como se levantasse algo com elas. Sua espada começa a flutuar seguindo as mãos dele.
Sou um druida e não um bruxo. - Itamar vê sua espada se cobrir de sangue que não sabe de onde viera, é como se sua lamina transpirasse sangue.
O que esta fazendo? O que pretende? -Itamar começa a assustar-se com o que poderia acontecer com ele, já que Agon estava com sua espada e ele estava paralisado.
Te mandar para o inferno vivo. - Itamar repara que os olhos de Agon esta sem as órbitas, revelando apenas o branco.
Você irá pagar pela minha cicatriz seu porco imundo, gostaria de matá-lo mas isso seria pouco, acho que vou fazê-lo sofrer eternamente no mundo das trevas, irei te mandar para o mundo das sombras.
Agon novamente faz um gesto com suas mãos e a espada entra nas mãos de Itamar, este também sente que sua língua adormecera, não conseguia mais falar. Agon solta novos feitiços e as tochas começam a balançarem querendo apagar. Itamar sente um vento frio com um fedor de carne podre. Gritos saem das sombras acompanhados de um barulho produzidos pelos cascos de cavalos, logo ele vê três cavalos negos e três guerreiras das trevas, elas eram horríveis figuras. Os cabelos eram cobras se contorcendo, os olhos injetados de sangue, a pele era escamosa e deformada, tinham dentes afiados como os de um cão, usavam roupas negras e carregava foices em suas mãos.
Erínias, deusas da morte, este homem que esta em vossa presença oferece este jovem homicida. - Agon dizia em voz alta, Itamar fica assustado com aquelas figuras macabras, lembra-se muito bem da lenda das Erínias, elas eram as três deusas da morte, Tisífona era a deusa da vingança contra os assassinos , esta colocou sua foice afiada na garganta de Itamar, este tenta erguer a cabeça mas esta paralisado e um fio de sangue desce pela foice da erínia. Megera a deusa do ciúme coloca sua foice entre o braço e o corpo de Itamar que desta vez não reage. Alecto a deusa da raiva continua coloca a foice entre os braços de Itamar também, porém no lado oposto ao de Megera.
Quem ele matou? Diga-nos Agon. - diz Tisífona olhando nos olhos de Itamar.
Sim, diga-nos Agon. - Megera olha para Agon, que sorri diante delas.
A espada esta coberta de sangue, sangue humano. - Agon fizera um feitiço que fez brotar o sangue dos animais que ela já matou, e um outro feitiço para parecerem sangue humano. Alecto quem descobre o sangue na espada, furiosa como sempre olha para Agon e diz:
Diga logo de quem é o sangue, Agon?
São de seus pais, ele matou os próprios pais. - Itamar abre os olhos assustado, isso para as erínias é a confirmação de sua culpa e o medo da sentença, elas o erguem com as foices e o lançam para as sombras, seu corpo desaparece juntamente com as erínias, que galopam atrás dele. Agon sai da gruta e fica a olhá-la de fora sorrindo.
Agora só me falta um, mas dele cuidarei em breve, eu o trarei muita dor... - Agon levanta a mão novamente e a espada de Itamar sai de dentro da gruta, ela esta envolta de uma sombra branca, Agon retirará o espírito de Itamar sem que as bruxas percebessem, colocando-o na espada de ouro, ele porém não a pode segurar, então une seus dedos formando um triangulo com eles, fecha os olhos e posiciona os dedos na altura do rosto, sua mente localiza Itamuz. Este beijava Mirllena ainda onde estava com Itamar, Agon fica enfurecido pela felicidade dele, seus dedos mantém o triangulo em pé ele movimenta os dedos deixando-os deitados , a espada como uma flecha voa até Itamuz, este sente o perigo e consegue abaixar-se antes que a espada lhe atinja a cabeça, ao descobrir que a espada é de Itamar ele olha para Mirllena assustado.
Itamar esta ai? Apareça! Não gostei da brincadeira poderia ter me ferido. - Itamuz não obtém resposta, Mirllena observa o vulto na espada.
Isto e normal Itamuz?
O que? - Itamuz nota o brilho e pega no braço da espada e o brilho toma seu corpo, Itamuz sente uma dor tomar todo seu corpo, Mirllena coloca as mãos sobre o rosto espantada. Itamuz cai de joelhos com as mãos na cabeça, Mirllena ajoelha-se colocando suas mãos no rosto de Itamuz.
Itamuz você esta bem?
Itamuz recebeu a alma de Itamar presa na espada, as duas agora estão em conflito, Itamuz tem seus cinco sentidos mais a força dobrados, ainda consegue um sexto sentido, o do cosmo. Agora ele pode ver o que os humanos não podem e sentir coisas profundas, Mirllena foi a primeira pessoa que ele testou isso sem querer, ela o toca preocupada.
Você não me ama, na verdade esta confusa entre me amar ou amar Durval, mas na dúvida prefere ficar com os dois, isso até agora, pois eu não te quero mais. - ele a empurra fazendo-a cair sentada.
Não me procure até ter certeza de quem você gosta de verdade. - lágrimas saem de seus olhos, Mirllena fica assustada em como poderia ter ele descoberto o romance que tinha com Durval. o tendeiro. Ela começa a chorar descontroladamente , o que causa um dor em Itamuz. Ele ama Mirllena mais que a si mesmo, não quer perdê-la por ser tolo, prefere que ela decida o próprio futuro. Novamente cai de joelhos com as mãos na cabeça, sua mente esta perturbada pois sente os espíritos da floresta gritando em seu ouvido, sente as almas gritando, os sons dos pássaros soarem fortes mesmo estes estando a um quilometro de distancia, assim como sente o cheiro forte e os olhos ofuscarem ao sol, não agüentando ele grita.
Itamuz vou trazê-lo um medico. - ele sente que Mirllena o ama, consegue ouvir seu coração bater desesperado, ele a segura com uma das mãos.
Mirllena vou procurar meu irmão, saiba que te amo e voltarei para saber quem foi o privilegiado a ter e sentir seu amor. - ele a beija e pega a espada novamente colocando nas costas, a dele ele entrega para Mirllena para que guarde ate que volte.
Ele salta entre os galhos e arvores da floresta, fica procurando seu irmão e já observa que o clima da floresta mudou.
Acho que aqui não é mais a Área Roxa. - ele vê alguns guardas usando fardas estranhas numa estrada próxima a floresta.
Esta é a área verde, meu irmão não deve ter vindo tão longe, mas eu procurei na Floresta dos Druidas toda e não o encontrei... - ele observa todo o local a sua volta analisando-o.
Continuarei a procurar...
Continua saltando entre os galhos, sente que está começando a controlar seus sentidos tumultuados. Encontra um vilarejo, caminha entre os habitantes daquele lugar, estes estranham suas roupas e a espada que carrega em público, ele para quando ouve um senhor chamar por um tal Van, ele olha mais a frente e vê este ser cercado por garotos, consegue sentir a força do garoto por um momento superar até a sua, este ao reagir é abatido por um dos garotos que usa um bastão nas costas do garoto, este cai e é espancado pelos sete garotos de rua.
Os garotos eram além de mais altos que ele, eram mais fortes, mas só na aparência, se o garoto Van tive-se golpeado o garoto certamente este ficaria desacordado por dois dias. Considera injustiça e ataca o garoto que lhe desferira o primeiro golpe, acertando sua cabeça com um chute, aproveita e salta novamente ficando agachado num telhado acima dos garotos, um deles arremessa uma enorme pedra em Van, este só prepara-se para ser atingido, mas Itamuz impede que a pedra o atinja segurando-a com uma das mãos.
Tudo bem cavaleiro? - Van não conseguindo falar sentindo as dores dos golpes, balança a cabeça com certa dificuldade dizendo que sim.
Sete contra um é injusto. - ele vira o rosto olhando para o garoto desmaiado, em seguida para os lados onde aos poucos começam aparecer curiosos.
Bom agora são seis, porém eu lutarei pelo garoto. - e com um dedo ele chama seus agora inimigos.
Quem será o primeiro?
Você está armado. - relutou um dos agressores, usando a espada do forasteiro como desculpa para não lutarem, porém este passou a mão sobre o ombro e com um movimento retirou a espada da bainha e entregando-a para Van, ele sentira a honestidade de Van e sabia que poderia contar com ele no que fosse preciso, embora ele estive-se amedrontado demais para ajudá-lo.
Pronto? - eles se prepararam para atacar mas Itamuz fez um sinal com a mão para que parassem, eles obedeceram ao sinal.
Vocês estão armados, isso é justo mas não honesto - ele olhou dentro dos olhos de seus agora inimigos, e vendo que as pedras e paus os encorajava, sentiu alegria e previu um bom combate
Que seja, venham seus covardes.
Itamuz estava cercado de todos os lados, ao dizer suas ultimas palavras uma chuva de pedras foi a seu encontro, este salto para trás de si, algumas das pedras atiradas contra ele, atravessaram o espaço, atingindo alguns distraídos que estavam do outro lado, também jogando pedras. Após cair no chão nas costas de um dos garotos, ele golpeou seu pescoço fazendo-o desmaiar, segurando o corpo desfalecido, usou-o como escudo das próximas pedras que lançaram nele, assim que as pedras deram uma pequena trégua ele girou o garoto em mãos lançando-o sobre dois outros garotos, em seguida saltou chutando o rosto do próximo, que caiu com a boca dormente e ensangüentada, caindo no chão ainda conseguiu chutar outro garoto que estava próximo derrubando-o, o ultimo que não fora atacado, ajudou os outros dois primeiros a se levantarem. Itamuz já estava fora de si pois a alma de seu irmão novamente entrou em conflito com a dele, devido a paixão pela luta não tinha mais controle sobre seu corpo, correu e saltou, chutando a cabeça do ileso, ao receber a pancada, caiu com o rosto no chão, ele rapidamente correu a Van que assistia tudo com espanto e horror, tomando a espada de suas mãos, com a espada em punhos pronta a partir a cabeça de um dos garotos, Itamuz sente que seu corpo formigar, sua mente volta a normalizar e tomar posse de seu corpo, ele parou segurando a espada no ar por algum tempo, cai de joelhos em seguida, com um grito de dor abaixou a espada, que brilhava ao sol, todos os que assistiam correram para suas casas, dizendo que aquele era o demônio em pessoa. Agora era hora de Van ajudá-lo, pois os guardas do rei estavam se aproximando rápido. Van correu até ele pegando-o pelo braço e jogando-o sobre os ombros, correu para a floresta que estava próxima, foi direto ao seu esconderijo, onde ninguém nunca os acharia.
Quem e você? Não me parece ser dessa região? - disse Van. após ter visto os guardas sumirem entre as casas da vila, desistindo da busca cansativa e sem sucesso.
Porque você com tanta força pode apanhar daqueles frangotes? - pergunta Itamuz intrigado por ter visto Van com tanta força não ter reagido aos golpes, de súbito coloca as mãos na cabeça soltando um gemido.
Você esta bem?
É passageiro. - diz ele olhando Van. Itamuz é meu nome, sou fugitivo da Área Roxa, estou a procura de meu irmão gêmeo Itamar, você o viu?
Não vi ninguém parecido com você, nem mesmo com este nome, e lhe garanto que por aqui ele não passou. - ele estende a mão para Itamuz. Meu nome é Van, não sou fã de lutas por isso não reagi, porque me acha forte?
Itamuz aperta a mão de van amigavelmente.
Você é bondoso e caridoso, seu ponto fraco e forte ao mesmo tempo e Safira, ela te ama, você e órfão de pai e mãe e é cuidado pelo seu tio, pessoa que tem seu carinho apesar de te torturar, Dora é como uma mãe para você e maior sacrifício você faria por ela do que pela filha - Itamuz solta outro gemido, com os olhos vidrados ele solta a mão de Van. Novamente sua cabeça dói, parece que ira explodir, então ele grita colocando as mãos na cabeça.
O que você tem? E como sabe de tudo isso?
Porque é verdade. Bom, tenho que ir, Van. Espero revê-lo algum dia. - Itamuz pega a espada e começa a caminhar pela floresta, e com um salto ele desaparece entre as árvores, mas ainda longe consegue escutar Van dizer:
Itamuz espero que encontre seu irmão, e também almejo revê-lo, e obrigado pelo que fez, fico muito grato e te devendo uma.
Já tarde da noite Itamar encontra outro vilarejo, caminha entre as ruas já desertas daquele local, mais parecia uma cidade assombrada, ao atingir o centro da rua principal nota que esta sendo observado. Olha alguém surgir por trás de uma casa toda apagada.
quem é você guri? O que faz nesta rua a essas horas?
Um jovem de dezoito anos, portava uma espada na cintura, por estar escuro não pode ver detalhes de seu rosto nem roupas, o que percebera foi pela voz.
Sou Itamuz, procuro meu irmão, Itamar. Sabe onde posso encontrá-lo? Sabe se ele esta nessa região? - o garoto ri e caminha em direção Itamuz retirando sua espada da bainha.
Belo truque Vincent, mas não ira funcionar. - ele começa a rir e corre em direção a Itamuz golpeando-o com sua espada, Itamuz bloqueia seu ataque.
Téo, não sou Vincent o policial, sou Itamuz, não vim para prendê-lo, juro por Tália sua amada cáriste.
Como sabe dela? - Téo recua seus passos.
Como sabe meu nome? - ele golpeia novamente a espada de Itamuz, este não vê necessidade de bloquear e deixa com que a lamina de Téo encoste em sua garganta.
Não se preocupe não direi seu segredo a ninguém. - uma outra pessoa surge as costas de Itamuz, Téo o olha e identifica o brasão da Guarda Real do Gigante Amarelo.
O que ouve Téo, não me reconhece mais? Ou esta se aquecendo? - este retira sua espada da bainha
Hoje te coloco em seu lugar , na prisão.
Itamuz sente sua cabeça doer novamente, este não vê mais nada, acorda com o brilho de sua espada refletindo a luz do sol em seu rosto, está sentado abaixo uma arvore, sua espada esta ensangüentada não tem tempo de olhar o local, olha para cima e é atingido na testa por uma das estrelas de Athena.
Athena ao ver a terceira estrela cair manda a terceira ninfa buscar se novo guerreiro, esta preocupada pois Hefestos disse que tem algo de importante a lhe dizer sobre os gigantes mas só dirá quando Jaon acordar e todos os cavaleiros estiverem reunidos. A Ninfa o trás e o leva ao seu templo onde será vigiado por ela ate acordar .
