Saint Seiya Zero
O dia do Conflito
A igreja estava impecavelmente limpa e cheirosa com as flores que a enfeitavam. Flores brancas e amarelas formando arranjos, estas em vasos decorativos brancos envoltos em fitas e laços amarelos, estavam em colunas torneadas em mármore claro e frio, assim estava corredor da igreja. Haviam apenas duas fileiras de bancos, estes já estavam velhos e corroídos por cupins. Nas paredes havia mais arranjos de flores das mesmas cores amarelas e brancas.
Hygor era um padre jovem, e trazia desconfiança aquele povo cristão, que o julgavam apenas uma criança para um cargo de tanta responsabilidade, este percebia os olhares desconfiados, mas estava já se acostumando com aquele tipo de recepção. Este tinha cabelos curtos e lisos, usava sempre todo curto atrás e duas mechas que atingiam o queixo na frente, isto incomodava mais aquele povo, mas alguns não percebiam pois ele, quando realizava algum evento, sempre as colocava por trás das orelhas. Ele usava uma batina branca extremamente limpa, pela ocasião usava também uma faixa bordada no pescoço cujas pontas lhe caiam sobre o peito musculoso encoberto pela batina. Ele foi grande amigo de infância de Téo, o noivo, e convidado por ele especialmente para a ocasião.
Téo estava feliz por revê-lo com saúde e vivo, estava também tenso pela ocasião. Seu nervosismo aumentou assim que os sinos tocaram anunciando que a noiva acabara de chegar. Ela entra naquela pequena igreja, com paredes mofadas e cinzentas, porém com um ótimo cheiro de flores além da beleza da decoração, Tália sente um calafrio lhe subir as espinha, esta trêmula e extremamente feliz, em sua mão o buquê de flores vermelhas simbolizando o amor, e brancas simbolizando a paz, parece ter vida própria em suas mãos tremulas, seu olhar percorre todo o local em busca de conhecidos, ela por fim olha para Téo que começa a caminhar em sua direção, ela estende a mão a ele , que a segura com ternura e a beija. Os músicos presentes dão inicio a marcha nupcial, Téo e Tália entrelaçam seus braços e caminham juntos até onde Hygor está, este os observa abatido pelos bons sentimentos.
Tália caminha tranqüilamente para os que assistem, pois ela tem a sensação de que vai desmaiar de tanta emoção. Ela é uma linda deusa cáriste, representava amor a vida, tinha mais duas irmãs: Aglaia, que representava a claridade e Eufrosina o sentido da alegria, elas são símbolos da fertilidade, encantamento, beleza e amizade. Téo encontrou Tália tomando banho em um rio, e de imediato se apaixonou por ela, ele a esperou sair e se vestir para aparecer, ela assim que o olhou também se enfeitiçou por ele, e ali estavam a se casar, mas ninguém jamais soubera que ela era um cáriste. Hygor os espera sorrindo com a bíblia aberta nas mãos. Todos estão encantados com os dois, alguns dizem que são almas gêmeas caminhando nas nuvens, outros dizem apenas que formam um belo casal, mas todos se assustam com um estrondo que vem da frente da igreja. Todos olham para a porta assustados, ficam espantados ao verem Vincent, o guarda real.
Este usava seus trajes de infantaria, ele era um moço que com seus dezoito anos já estava no comando de um exercito de trezentos policias, este numero aumentou quando o reino foi entregue ao Gigante amarelo, tinha agora de oitocentos a novecentos guerreiros. Seus olhos pareciam um abismo de cor vermelha, seus cabelos eram longos e brancos, sempre carregava uma espada comprida e fina em sua cintura e uma outra também comprida porem larga nas costas, em seus trajes haviam dardos e um chicote para usar contra os rebeldes.
Ele estava comandando uma equipe de homicidas a mando do Gigante Amarelo. Este visitou a cidade no dia anterior, e se encantou com a beleza de Tália, Nimo e Lane, porém, só conseguiu levar as duas ultimas, pois Téo conseguira resgatar sua noiva. Tália, pelos preparativos da festa estarem prontos, convenceu Téo que não compensaria sair antes de se casarem, e acreditou que o Gigante não voltaria tão cedo. Ela se enganara. O Gigante mandou seus guardas para que estes a levassem à força junto com a cabeça de Téo.
Em poucos instantes a igreja estava cercada pelos guardas, eles portavam lanças, espadas, e alguns traziam arcos e flechas, Vincent os comandava da porta.
Quem é Tália?
Vincent tinha voz autoritária, e após ter feito sua pergunta, olhou nos olhos daquele povo que já sabia o que buscava, porém sua pergunta caiu no vazio, ninguém levantou voz para respondê-la.
Quem é Tália? Se não me entregarem eu em nome do Gigante queimarei a igreja e todos os que nela estiverem! - estava nervoso e tenso, parecia arrependido para quem os observava, mas para Hygor ele estava amedrontado.
A noiva é Tália.
Uma voz no meio da multidão ecoou denunciando a procurada, aos poucos a multidão se abre revelando Téo, que surgia portando sua espada, ele previu que o Gigante não os deixaria em paz pela afronta. Ele caminhava no meio da multidão e ficou no centro do corredor, todos se afastaram ao verem os arqueiros se posicionarem, Téo parou a poucos metros de Vincent.
Minha noiva é Tália, senhor. O que deseja com ela?
Vim em nome do meu senhor, o Gigante Amarelo, buscá-la pois não mais a pertence e sim ao Gigante.
Téo começa a rir, retira sua espada da bainha e encosta sua ponta no chão.
Não me pertence? Meu senhor lhe peço desculpas, mas quem lhe disse que minha noiva não me pertence?
O Gigante Amarelo. Senhor destas terras em que você pisa e contamina com suas pegadas. - Vincent começa a ficar enfurecido, ele faz outro sinal com as mãos para que seus homens abaixem suas armas.
Se ele quer minha noiva e se ela pertence a ele e não a mim, mande-o vir buscá-la. - Téo vira-se de costas para Vincent, ele olha para sua noiva recolocando a espada na bainha.
Não terminei de falar com você, civil!
Meu nome e Téo, e não me importa o que ira me falar, para mim suas palavras são insignificantes e relevantes, não fala por si, não age por si, está apenas como um cão representando seu dono.
As ultimas palavras de Téo foram aceitas como uma facada por Vincent, este parecia enfurecido e perdendo o controle sobre a situação.
Téo, me entregue Tália e me acompanhe até meu senhor, ou senão ...
Ou senão ...? Vai matar a todos os inocentes aqui presentes? Vejo tochas, ira queimar a todos? Leal e justo guarda real, foi pra isso que se tornou oficial de justiça? Para matar inocentes?
Basta! Vamos embora.
Vincent retira-se da igreja assim que todos os seus homens já estavam fora, assim que ele saiu seus homens fecharam as portas da igreja e lacraram as janelas, logo uma fumaça negra começo a entrar pelas frestas das portas, o pânico foi geral dentro da igreja. Gritos desesperados e socos nas paredes da igreja eram escutados pelo lado de fora, Vincent tinha trinta homens cercando a igreja e mais dez ao seu lado, a igreja estava em chamas, parecendo uma imensa fogueira, os gritos no interior cessaram. Vincent estranhou por terem parado tão rápido, ele mandou que cinco de seus homens que estavam a seu lado fossem verificar o que havia acontecido, assim que se aproximaram da porta , ela veio abaixo despedaçada por uma lamina de espada, esta também pode ferir mortalmente alguns dos soldados que haviam se aproximado.
Uma multidão corre de dentro da igreja, os guardas tentam impedi-las, Vincent ordena que as deixem passar, mas isso já tarde pois a matança já dera inicio, varias pessoas tombaram mortas e Vincent aos berros ordenava que parassem, após a situação ter se normalizado, eles tinham dez civis mortos fora mulheres e crianças, Téo conseguiu fugir junto com Tália. E Vincent fica horas ajoelhado entre os mortos, ele identifica uma criança que teve seu coração espetado por uma espada, e passa sua mão pelo peito ensangüentado da criança, abaixa a cabeça e desprende algumas lagrimas. Ele nota que seus soldados o olham curiosos e se levanta limpando as lagrimas fingindo não tê-las derramado.
Téo pediu para que Hygor levasse Tália para a área verde, pois lá ela correria menos riscos, pediu para que a escondesse ate que ele volta-se.
Mas porque não vem conosco Téo? - Hygor não compreendendo a atitude de Téo, começa a temer o que este possa fazer.
Tenho assuntos pendentes com Vincent.
Téo não me deixe partir sozinha, por favor deixe ele, vamos começar uma vida nova! - Tália segura suas mãos chorando, seu vestido estava todo rasgado e preto de carvão.
Devo terminar isto, voltarei para você em breve...
Não, não vou sem você!
Tália solta do cavalo e abraça forte Téo, este sente lhe faltar o ar, ele a afasta e começa a cariciar seus rosto sujo de carvão, ela sorri assim como ele também, Téo a beija demorado fazendo com que ela se renda e se entregue as suas caricias, ele sente já ter conseguido o que queria e faz com que ela desmaie com um soco que leva no estomago.
Hygor, leve-a daqui e cuide bem dela.
Pode deixar.
Hygor nota uma lagrima no rosto de Téo, ele dispara pela estrada e logo entra na floresta.Téo o observa até que ele some de vista, ele volta para a igreja, já perto ele encontra uma menina chorando encolhida num canto, ela deveria ter conseguido fugir da igreja, pois estava toda suja de carvão e com seu vestido um pouco queimado, ela estava amedrontada. Téo tentou aproximar-se, mas ela se encolheu mais.
Não vou machucá-la, onde estão seus pais? - ela ficou em silencio e começou a secar as lagrimas.
Qual seu nome ?
Miara.
Algo na voz tímida dela comoveu Téo, este conseguiu pegá-la nos braços e começou a limpar seu rostinho com um pano, ela pousou a cabeça no ombro de Téo como se fosse dormir, aqueles braços curtos lhe envolveram pescoço.
Papai... mataram papai e mamãe...
Ela começou a soluçar e chorar baixinho.
Homem de cabelo branco matou meu papai e minha mamãe...
Ela soltou uma das mãos, Téo sentiu que ela limpava as lagrimas, então ele começou a passar sua mão calejada e pesada nas costas da garotinha, acariciando seus longos cabelos negros.
Calma... não chore, eu vou tomar conta de você, fique tranqüila. Já passou, já passou....
Enfim ele consegue tranqüilizá-la, ele a leva na casa de Dimas e pede que este cuide dela até que volte. Ele ao sair pede que sua esposa faça uma mamadeira para Miara. Téo agradece e se despede rapidamente, saltando pelos telhados até chegar na igreja, esta está em ruínas, desmoronou. Agora era apenas um amontoado de carvão do que um dia foi uma igreja. Ele ainda pôde ver Vincent ajoelhado entre os mortos, percebe que este estava a chorar.
O que foi soldado? Esta chorando pela sua brutalidade? Não é pra isso que serve ao gigante? Para matar inocentes? Por que esta chorando então?
Vincent o olha furioso, e fica ainda mais nervoso ao ver Téo sorrir.
Você os matou, se tivesse entregado nada teria acontecido.
Vincent levanta-se e retira sua espada da bainha, Téo faz o mesmo, os guardas de Vincent também retiram suas espadas, mas logo as guardam a mando de Vincent, apensas John manteve sua espada fora da bainha, Vincent olhou para ele e ordenou pela segunda vez que guarda-se sua espada, ele continuou com a espada ereta porém virou-a para Téo.
Por sua culpa alguns de meus parentes estão aos pés de meu senhor mortos e não vou te perdoar não importa o preço que irei pagar, vingarei meus parentes.
John corre em direção a Téo com a lâmina de sua espada virada para seu inimigo. Téo fica imóvel apenas abaixa a cabeça e vira sua espada em direção a John. Vincent grita para que John não se aproxime, mas já era tarde, John desceu sua espada com fúria na cabeça de Téo, porém este conseguiu se esquivar e subir na espada de John que cravou no chão, Téo poupou-lhe a vida mas com dois movimentos fez um risco no rosto de John , este cobriu o rosto com as mãos imediatamente soltando a espada, Téo salta para trás e joga uma pedra com um bilhete para Vincent.
Vincent corre para ajudar John, este tira a mão do rosto a mando de Vincent, o risco trata-se da inicial de Téo, um risco que lhe cortava a testa e outro que descia pelo nariz ate a ponta formando um T. Vincent lê o bilhete, trata-se de um duelo de vida ou morte a meia noite na avenida principal: "sua morte será meu troféu", assim termina o bilhete que Vincent amassou entre os dedos.
Vincent mandou um de seus soldados levar a mensagem de que a captura de Tália foi mal sucedida, como resposta o Gigante mandou a cabeça de seu mensageiro dentro de um saco que pingava sangue, dentro da boca do pobre infeliz tinha um bilhete com o sinal do Gigante, um grande borro de cera com a marca do anel do falecido rei Murgo, ele abriu e todos perceberam seu espanto, mas ninguém pôde ler o que estava escrito, pois ele jogara nas chamas da fogueira que a pouco acenderam, e só se afastou dela depois que o papel sumiu entre as chamas.
Ele ficou acuado a noite toda, John fez os curativos estava com metade do rosto coberto por faixas, haviam apenas dois buracos para os olhos, o sinal do nele estava visível pelo sangue que britava do ferimento. Este estava sentado a beira da fogueira com uma pequena faca na mão fazendo riscos no chão, seus olhos estavam fixos na fogueira, com a outra mão ele coçava o ferimento freneticamente fazendo brotar mais sangue, Vincent julgo que sanidade havia se esgotado e que agora ele estava sedento por sangue, mas que se sobrevivesse aquela noite de duelo, deveria mandar John para a Ilha da Rainha da Morte, o lugar onde mandavam os loucos, naqueles tempos.
Téo estava no local marcado para o encontro quando viu alguém se aproximar. O local estava extremamente escuro, via-se apenas os vultos de gatos, os únicos valentes o suficiente para andarem por aquelas ruas aquelas horas e naqueles tempos. Téo notou que alguém se aproxima, então saiu de seu esconderijo escuro ao lado de uma casa abandonada.
Quem é você guri? O que faz nesta rua essa hora?
Ele viu que era uma pessoa, que parecia ser um jovem de dezenove anos e de aproximadamente um metro e noventa de altura, portava uma espada por trás do ombro direito, por estar escuro não pôde ver detalhes de seu rosto nem roupas, o que percebera foi pela voz.
Sou Itamuz, procuro meu irmão, Itamar. Sabe onde posso encontrá-lo? Sabe se ele esta nessa região?
Téo imaginando ser Vincent começa a rir, ele então caminha em direção a Itamuz, retirando sua espada da bainha.
Belo truque Vincent, mas não ira funcionar.
Ele começa a rir e corre em direção a Itamuz golpeando-o com sua espada, Itamuz bloqueia seu ataque, Téo fica surpreso com a força que ele o faz.
Téo, não sou Vincent, sou Itamuz, não vim para prendê-lo, juro por Tália sua amada cáriste.
Como sabe dela?
Téo recua seus passos, ninguém sabe que Tália é uma cáriste, este é um detalhe que tanto ele como ela fizeram questão de ocultar de todos, inclusive os mais próximos.
Como sabe meu nome?
Ele golpeia novamente a espada de Itamuz, este não reage ao ataque de Téo, que encosta a ponta de sua espada na garganta de Itamuz .
Não se preocupe, não direi seu segredo a ninguém.
Téo observa uma terceira pessoa que surge das sombras, reconhece Vincent pelo brasão da Guarda Real do Gigante Amarelo.
O que ouve Téo, não me reconhece mais? Ou esta se aquecendo? - este retira sua espada da bainha
Hoje te coloco em seu lugar: na prisão.
Téo se espanta com Itamuz que sente sua cabeça doer se ajoelhando no chão, mas mal tem tempo para socorrê-lo, pois Vincent furioso o ataca. Ambos entram floresta adentro se golpeando, a cada golpe dado e bloqueado eles são arremessados para trás, eles agora estão sobre um tronco de arvore escorregadio, um em cada ponta, abaixo do tronco um rio turbulento carrega folhas, flores e pedaços de madeiras, Téo e Vincent estão com suas espadas baixas, um está medindo ao outro com os olhos.
Chegou a hora Vincent, boa sorte .
Dispenso sua sorte assassino, agora você pagara pelas almas daquele povo que morreu na igreja!
Almas que morreram pela sua espada e não pela minha.
Cale-se!
Vincent avança e Téo hesita por um instante calculando o golpe quando avança para golpeá-lo ambos escutam um grito infantil.
Téo não...
Téo e Vincent desviam seus olhos para Miara, a garota havia fugido da casa de Dimas e seguiu Téo assim que este saiu pela segunda vez , e ali estava a gritar por Téo .
Téo e Vincent se recompõem, mas escorregam no tronco e caem no rio, ambos são levados pelas correntezas, Téo ainda ouve o grito desesperado de Miara.
A menina caminha entre a noite pela margem do rio, quando já estava cansada e assustada a ponto de desistir encontra Téo e Vincent desmaiados na margem do rio, ela vira a ambos e não sabem o que fazer direito, mas se lembra de quando seu primo caiu dentro de um lago e quase morreu, e se lembra do que seu pai havia feito para que ele se recuperasse.
Com suas mãozinhas infantis ela pressiona o peito de Téo, ela fica cansada e desanimada, suas lágrimas correm seu rosto, enfim ela desiste e começa a chorar sobre o peito de Téo , fica algum tempo a chorar quando sente uma mão pousar sobre seu ombro , ela vira e assusta-se com aquele ser estranho.
Quem é você menina? O que esta fazendo com estes dois?
Não deixa eles morrerem?
Ela disse em voz melancólica e tristonha, mas ainda assustada com a Ninfa do vento, ela Aponta para Téo e percebe que este tem algo brilhando em sua testa.
Está bem, eu cuidarei dele, e de você quem cuidará? Você tem família?
Miara aponta Téo e volta a limpar os olhos com as mãos, a ninfa lhe pega e a coloca em suas costas.
Você não esta segura aqui, eu a levarei com seu Pai, pelo menos para onde ele vai você estará segura, e pelo fato de estar segura seu pai ficara mais tranqüilo.
A ninfa pega Téo e o leva para o santuário depois de salvar Vincent , este ainda fica inconsciente segurando a espada de Téo que Miara de propósito trocou.
Athena levanta-se e caminha ate Miara sorridente, ela fica encantada com o jeito inocente da criança e concorda que esta fique no santuário, porém ficará na sala onde ela está. Athena quer ficar mais tempo com a menina, Téo é levado para o templo de Câncer, lugar onde ele dormirá e irá viver protegendo o mundo e o Santuário, juntamente com a vida da deusa Athena.
