Nos seus Braços

A fofoca favorita em Hogwarts naquele novembro era o relacionamento de Draco Malfoy e Harry Potter. Os dois ex-inimigos não faziam a menor questão de esconder que agora estavam juntos. O fato de Harry ter contado para Rony e Hermione na mesa do café da manhã, provocando um engasgo em Rony que o levou à enfermaria, contribuiu para que a história se espalhasse mais rápido.

Alguns sonserinos achavam que Draco estava se rebaixando ao se envolver com um mestiço, ainda por cima da Grifinória. Nas outras três casas havia muita gente que achava que Harry não devia se meter com alguém tão pouco confiável. Mas poucos tiveram a coragem de tentar falar alguma coisa com o Garoto-Que-Sobreviveu-A-Seis-Confrontos-Com-Você-Sabe-Quem, e menos ainda com Draco-Olhos-De-Gelo-E-Língua-Afiada.

Rony, depois de ser chamado de "completamente cego" pela irmã, e de "incrivelmente distraído" pela namorada, ainda ouviu Luna dizer que "Você não tinha visto?! Incrível! Era tão óbvio!". Depois disso tudo, acabou se acostumando com a idéia. Gina e Mione foram os primeiros apoios que Draco e Harry receberam.

-É claro que tínhamos percebido, Draco. Era mais que óbvio.

Depois foi a carta de Remus: "Sirius me contou. Fico feliz por vocês."

Sirius, em uma das vezes que fora ao castelo escondido, resumira a opinião dos amigos mais próximos:

-Complementares como o dia e a noite. Muito interessante essa história de vocês.

-Sabe, Sirius, relacionamento entre Grifinória e Sonserina pode ser tumultuado, mas é muito bom. Devia experimentar. Talvez você encontre algum ex-aluno da Sonserina que lhe agrade – Draco respondeu, com um sorriso inocente brincando nos lábios.

O mago mais velho achou melhor fingir que não ouvira.

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No início de dezembro, a escola estava coberta pela neve, e as aulas externas haviam sido suspensas. Grifinória e Sonserina passavam o horário da aula de Trato das Criaturas Mágicas em uma sala no térreo do castelo - por isso fora fácil Gina encontrar o irmão e os outros e chamá-los.

Quando atenderam ao chamado da garota, eles receberam a notícia:

-Mamãe mandou um aviso de Londres. Remus teve alguns problemas com uns comensais e acabou ferido.

-Como ele está?

-Agora já está bem. O curandeiro Hipócrates já cuidou dele. Ele ainda vai ter de fazer repouso uns dias. Por isso, Harry, o professor Dumbledore pediu para você avisar o.... bem, você sabe quem você tem de avisar. E Draco, dá para você levar esta lista de poções para o professor Snape? Remus precisa delas, e não são poções fáceis de encontrar.

-Certo. – Draco pegou a lista e se dirigiu rápido às masmorras, enquanto Harry escapulia na direção da cozinha.

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Naquela noite, Draco e Harry estavam na Sala de Requisição, depois do treino do ED - Draco recostado ao peito de Harry, com o olhar perdido no fogo da lareira.

-Ele vai ficar bem, Draco.

O sonserino estremeceu e, desencostando do namorado, encarou Harry, pronto para uma discussão:

-Estava usando legimencia comigo outra vez? Isso é abuso, sabia?

-Não, Draco, eu não precisei usar legimencia. Eu penso, sabia? – Apesar das reações defensivas de Draco o irritarem, Harry conseguia lidar com elas sem perder o controle. – Qual o problema em estar preocupado com um amigo?

Draco voltou à posição original sem responder. Harry limitou-se a acariciar os cabelos dele e aguardar.

-Dói – respondeu enfim o sonserino.

-Eu sei.

-Eu vi como você ficou quando pensou que Sirius havia morrido. Eu não quero que ninguém tenha tanto poder assim sobre mim.

Harry continuou apenas abraçado ao namorado enquanto ele prosseguia:

-Eu sei que Sirius é seu padrinho, e que Remus não é nada meu.... mas é que ....

-Eu sei que o Remus é muito importante para você, Draco.

-Ele foi a primeira pessoa que cuidou de mim sem interesse nenhum. Foi ele também quem confiou em mim primeiro.

-Antes mesmo de mim.

-Quando eu estava preso naquela masmorra achando que ia morrer, eu me sentia sujo por dentro e, de alguma forma louca, eu achava que aquilo tudo era culpa minha, que as pessoas diriam que era tudo minha culpa, que eu merecia passar por aquilo. Então Remus cuidou de mim de um jeito.... Depois ele me fez sentir que eu não tinha culpa do que me aconteceu, me fez sentir limpo. Me fez sentir seguro, protegido até. Ele confiou em mim. Eu não teria agüentado sem ele. Ele me escreve às vezes.

-Ele é uma pessoa fantástica.

-Eu perguntei a ele por que cuidava de mim daquele jeito, e ele me disse que, no dia que eu pudesse entender a única resposta que ele tinha, eu não precisaria fazer a pergunta. – Draco escondeu o rosto no peito de Harry. – Quando Gina falou que ele tinha sido ferido, eu tive medo de que ele morresse sem eu dizer que entendi, e que estivesse decepcionado comigo. Eu não gosto de me sentir frágil assim. Era mais fácil quando ninguém importava tanto.

Harry abraçou Draco mais forte.

-Eu não sei viver sem me importar. Se eu ficar sozinho, estou acabado. – Enquanto falava, Harry levantou o rosto de Draco e encarou os olhos azuis do outro bruxo. – Eu não tenho o seu tipo de força, que faz com que você seja assim.

-Somos muito diferentes, não é? – Draco sorriu pensativo por um instante. – É sua culpa - continuou, já em outro tom, bem mais leve –, sua e de Remus, eu ter virado essa coisa sentimentalóide! Harry você está acabando comigo!

A indignação claramente fingida de Draco fez Harry dar risada, antes de continuar falando sério:

-Você me tornou menos dependente das reações das pessoas. Acho que peguei um pouco da sua indiferença irritante.

-Está falando isso porque intimidou o grupinho que acha que não sou digno nem de chegar perto de você.

-Você não leva esses idiotas a sério, ou leva?

-Me incomoda que sempre me vejam como inferior a você.

-Você não é inferior a ninguém, muito menos a mim, Draco. Mostre o dedo do meio ao idiota que tentar fazer você acreditar em algo assim.

Draco sorriu e voltou a se aninhar no peito de Harry, feliz pela indignação do namorado, que se apressava em defendê-lo.

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-Jane, esse é Draco Malfoy. Draco, essa é Jane Parker.

-Olá, Draco, muito prazer.

-Ah? Muito prazer, senhorita Parker. – Draco não sabia o que pensar ou como agir. Fora os estranhos tios de Harry, que ele vira muito rapidamente no verão, essa era a primeira trouxa com quem ele conversava. "O que se diz para uma trouxa? Ela parece bem normal."

-Por favor, me chame de Jane. Um rapaz da sua idade me tratando tão formalmente me faz sentir velha.

Draco deu um sorriso sem graça diante da simpatia espontânea de Jane. Seu embaraço aumentou ao ser arrastado por Molly Weasley para a cozinha, onde ela insistia que ele fizesse um lanche, e atingiu o máximo quando, já na escada, ouviu Jane comentar com Remus.

-Que gracinha de garoto! Ele é sempre tão tímido?

Quando olhou para Harry em busca de apoio o namorado estava sentado na escada às gargalhadas.

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Na manhã de Natal, quando Harry foi abrir os presentes, havia uma caixa enorme de Sirius, com um bilhete pregado em cima. "Só abra se estiver completamente sozinho."

Quando Rony saiu do quarto, Harry abriu o pacote e encontrou três livros enormes. As capas negras só tinham duas letras douradas, um K e um S, nas lombadas; também em dourado, estava escrito "Tomo I – Homens e Mulheres", "Tomo II – Homens" e no último "Tomo III – Mulheres".

Quando abriu a primeira página ele entendeu. Em letras desenhadas, estava escrito: Kama Sutra.

Harry arregalou os olhos e, virando a página, encontrou um bilhete do padrinho: "Harry, isso vai ser muito útil. Acredito que o segundo volume o interesse mais no momento, mas todos três merecem ser lidos. Divirta-se."

Na página seguinte, ele leu trechos da introdução: "Esse livro foi escrito por bruxos indianos no século IV. Dois séculos depois, as informações que não envolviam magia foram repassadas a trouxas indianos. O livro deles também recebeu o nome de Kama Sutra, mas como contém um número muito menor de posições, foi publicado em um único volume..." - ele lia sem muita atenção - "...na presente edição reformulamos os desenhos em um estilo mais ocidental....." - e sem seguir todo o texto - "... a partir dessa época, as posições passaram a ser publicadas em livros separados por sexo dos envolvidos no ato, ou seja, no primeiro volume estão as posições que envolvem homens e mulheres, no segundo temos apenas posições para serem feitas por homens, no .....". Harry resolveu dar uma olhada nas tais posições do segundo livro, e o que viu o fez fechar o livro depressa, muito vermelho.

"Melhor ler isso depois, sozinho. Cara, nunca pensei que desenhos pudesse se mexer assim!"

Quando desceu para o café da manhã, encontrou Sirius e Remus na escada.

-Gostou do presente, Harry?

-Muito Sirius. Obrigado. – Ao contrário do padrinho, que ria descaradamente, o garoto estava vermelho. – Só me diz o que você deu para o Draco, por favor.

-Algo muito mais inocente. – A gargalhada de Sirius acompanhou Harry escada abaixo.

Antes de entrar na cozinha, Remus segurou Sirius e perguntou:

-Almofadinhas, o que você deu de presente para o Harry?

-Nada que você aprovasse, Aluado, para um garoto de dezessete anos. Mas o Pontas ia se amarrar.

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Pouco antes do almoço, a maioria das pessoas da casa havia se reunido na sala de visita. Os mais novos, sentados em volta de Remus, se divertiam em provocar-se mutuamente, tendo o Lobisomem como juiz das disputas e apaziguador das discussões.

A essa altura, Draco já havia se acostumado com Jane, e ela se divertia com o humor cáustico do sonserino. Quando Rony o provocou por ter ficado amigo tão rapidamente de uma trouxa, Remus o defendeu, com os olhos fixos em Sirius, que estava à janela:

-Deixe o Draco, Rony. Jane conseguiu fazer amizade rapidamente até com Severus. Ela até o convenceu a vir passar o Natal aqui, não foi Sirius?

O animago rosnou algo em concordância sem se voltar, e continuou olhando a rua pela janela suja.

-O que você tem, Sirius? –Harry abandonou o grupo e se aproximou do padrinho.

-Nada, Harry. Só uma dor de cabeça. Eu vou ver se Molly e Jane precisam de algo na cozinha. – Sirius não conseguia ficar quieto.

-Provavelmente vão pedir para você tirar a Tonks de lá. – O comentário de Draco foi recebido com risadas gerais. Apenas Charles Weasley pareceu não gostar.

Quando Sirius estava no meio da escada, a campainha da porta despertou a fúria da Sra. Black mais uma vez. O entra-e-sai de membros da Ordem da Fênix que tinham vindo passar o Natal na mansão havia feito o quadro gritar o dia todo. Dessa vez era Snape na porta, trazendo uma enorme cesta em uma das mãos.

-Entre, Snape. Eu vou dar um jeito na louca.

-Espere, Black. – Enquanto detinha Sirius, que já abrira as cortinas, Severus pousou a cesta no chão e, sacando a varinha, fez sinal para Molly e Remus pararem também.

-Pictures Extuporatuns.

O feitiço fez o quadro ficar imóvel e silencioso. Silêncio que se estendeu por todos que estavam no saguão de entrada.

-Encontrei esse feitiço por acaso. Dura de três a quatro dias. – Snape olhava para Sirius, que estava mudo olhando para o retrato.

A risada de Sirius ecoou no salão.

-Fantástico. Absolutamente perfeito. Acredite, Snape, esse foi um ótimo presente de Natal para todos nós. – Sirius segurou o ombro de Severus – Muito obrigado. Em nome de todos os que tinham que aturar isso.

-Não por isso, Black. – Snape entregou a cesta com garrafas de vinho, uma safra rara, para Molly.

-Para o almoço, sra. Weasley.

A cozinha da mansão fora magicamente ampliada para caberem todos ao mesmo tempo. Severus se sentou ao lado de Sirius numa ponta da mesa e, embora Draco e Harry estivessem na ponta oposta, o sonserino reparou que o animago e o Professor de Poções conversaram baixinho quase todo o almoço.

-Harry, olha o Sirius e o Professor Snape. Você não tinha me dito que eles se detestavam?

-Pois é. Não estou entendendo nada.

-Pois eu estou entendendo muito bem. Parece que seu padrinho também se rendeu ao encanto sonserino.

Harry fitou os dois bruxos mais velhos por alguns minutos.

-Snape disfarça, mas parece bem interessado no charme grifinório.

-Harry, você fez uma piada! Estou tão orgulhoso!

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No fim da tarde, Draco estava completamente saturado da companhia de tantos Weasleys, e mesmo Hermione e Gina já o estavam cansando.

-Harry, vamos para algum lugar namorar um pouco – sussurrou no ouvido do grifinório antes de sair da sala, certo de que Harry não resistiria.

Eles se refugiaram no quarto de Bicuço, último lugar onde alguém os procuraria. Harry provocou Draco enquanto o puxava para sentar em uma janela:

-Quer namorar, é?

Com um sorriso, Draco aproximou os lábios dos de Harry:

-Você não quer?

O grifinório o puxou mais para perto, e passou a língua nos lábios de Draco. O loiro aproveitou a oportunidade para sugar a língua de Harry e, abraçando o namorado, se concentrar unicamente no beijo.

Estavam tão entretidos que só perceberam Sirius quando esse praticamente gritou:

-Ei! Respeitem a inocência do Bicuço! – Ele entrara junto com Lupin, e parecia bem melhor que antes do almoço. – Remus, olhe para esses garotos, você acha que um quarto com um hipogrifo e um saco de ratos mortos é um bom lugar para namorar, ou eles deveriam procurar um lugar, digamos, mais romântico?

Remus deu uma risada:

-Aos 17 anos talvez eu nem notasse isso. Nós estamos ficando velhos, Sirius.

-Pára com isso, Sirius. – Harry protestou rindo sem graça.

-Vocês pelo menos alimentaram o Bicuço?

-Claro. – A voz de Draco ainda era arrastada, mas seu tom era amigável. – Senão ele não nos daria sossego.

-Vão brincar com as outras crianças. Vão. – Sirius os espantava dali.

-Mas eu só quero brincar com o Harry! – O protesto de duplo sentido de Draco fez Remus arregalar os olhos, Harry ficar vermelho e Sirius cair na risada.

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Na manhã depois do Natal, Draco foi arrastado pelo namorado para o sótão da casa.

-Sonhei com você essa noite. – Harry beijava o pescoço de Draco, enquanto enfiava as mãos por baixo do suéter do namorado para acariciar as costas dele. – Sonhos muito interessantes.

-Devem ter sido mesmo, para você me atacar assim.

-Quer que eu pare?

-Não mesmo.

Harry mordeu os lábios de Draco e, olhando dentro dos olhos dele, provocou:

-Quer saber o que eu sonhei?

-Quero.

O grifinório falou no ouvido de Draco, bem baixinho:

-Nós dois nus em uma cama enorme; eu cobria seu corpo de beijos. E você gemia exatamente assim – completou ao ouvir Draco gemer baixinho. – Então eu passava a língua por todo seu corpo. Todo Draco, cada lugar.

-Assim não vale, Harry! – As mãos de Draco também haviam encontrado a pele das costas do namorado.

-Não quer saber mais?

-Conta.

-Não.

-Harry!

-Eu quero mostrar para você. Não falar. Draco, eu quero fazer amor com você.

-Agora? – Draco estava excitado, mas havia insegurança na voz dele.

-Querer agora, eu quero. Mas não é o que eu pretendo. Não com a casa cheia de gente e correndo o risco de alguém chegar. Eu quero ter tempo pra gente. – Harry respirou fundo e deu um sorriso tímido. – E você?

-Eu?

-Você quer fazer amor comigo, Draco?

-Quero. Droga, Harry isso foi sacanagem. Agora eu só vou ficar pensando nisso.

-Eu tenho um plano.

-Andou pensando mesmo em me seduzir!

-Na primeira sexta-feira depois que voltarmos a Hogwarts. Confia em mim?

-Confio. – Draco abraçou o namorado. – Harry, isso é tão estranho. Marcar um dia.

-Torturante, não? Mas eu quero que você venha consciente do que quer. Não só porque eu pedi.

-Está me dando um tempo para pensar?

-Estou.

-Eu já sei o que quero, Harry. Eu quero você.

-Vou ficar contando os minutos. – E Harry aproximou os lábios dos de Draco mais uma vez.

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Se houve um treino do ED em que Draco e Harry estavam desconcentrados foi o primeiro depois do feriado de Natal.

Depois do treino, quando conseguiram que todos fossem embora, Harry abraçou Draco e perguntou:

-Tem certeza?

-Tenho. Eu quero muito.

-Então vem comigo. – E Harry começou a conduzir Draco em direção às masmorras.

-O que você está tramando, Harry?

-Só o que a gente está pronto para fazer. Confia em mim?

-Confio. E você, confia em mim?

-Totalmente.

-Onde você está me levando?

-Ao quarto em que Sirius ficou quando esteve escondido no castelo. Não tem perigo de ninguém aparecer por lá. A noite é toda nossa. Vem, tem um atalho aqui.

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Harry selou a porta com um feitiço e voltou-se para Draco. O sonserino estava no meio do quarto, olhando para ele em expectativa. Harry estendeu a mão e, quando Draco entrelaçou os dedos nos dele, o grifinório o conduziu até próximo à imensa cama em frente à lareira.

Harry planejara a noite em detalhes; imaginara cada passo, mas, agora que estava acontecendo, uma emoção que ele não previra tomara conta do seu coração, ao mesmo tempo em que seu corpo começava a mostrar sinais de excitação. Sem encontrar voz para dizer a Draco o que lhe ia pela alma, ele colocou a mão do namorado sob a capa, em cima de seu coração disparado. Draco encostou a cabeça no ombro dele e ficou, por alguns instantes, parado ouvindo o bater acelerado do seu coração. Então o sonserino ergueu os olhos e tirou-lhe os óculos, e os depositou na cabeceira da cama. Harry encostou os lábios nos de Draco e, depois de um leve suspiro, beijou-o. Enquanto o beijo se aprofundava, Harry retirou a própria capa e a de Draco. As varinhas foram fazer companhia aos óculos, e Harry conduziu Draco até a cama, onde o deitou.

Com cuidado, quase reverência, ele foi descalçando Draco. Sua excitação aumentava a cada segundo, mas ele estava decidido a dar prazer antes de obter, e a respiração acelerada de Draco indicava que ele também estava afetando fortemente o outro rapaz.

Harry tirou as vestes de Draco, deixando a mão deslizar pelo corpo delgado à sua frente, enquanto a boca fazia trilhas imaginárias que enlouqueciam o namorado. Então parou para olhar o outro seminu na cama.

-Lindo. Você é lindo, Draco.

E, chutando os próprios sapatos para longe, despiu-se e deitou sobre Draco, ajeitando-se entre suas pernas.

-Tudo bem até agora?

-Sim, Harry. Tudo bem.

Então, segurando as mãos de Draco por sobre a cabeça, Harry começou a explorar o rosto do garoto com a ponta da língua; depois desceu lentamente pelo pescoço, fazendo Draco gemer, e atingiu o peito do rapaz. Ali ele se deteve por um tempo, provocando Draco ao tocar alternadamente seus mamilos e morder-lhe o ombro.

Soltando as mãos de Draco, Harry continuou a descer a boca, cobrindo o corpo do namorado de beijos, com havia prometido. Ao atingir o elástico da cueca, última peça de roupa no corpo do amante, Harry se deteve para olhar-lhe a expressão.

Devagar, ele começou a cobrir de beijos o pênis de Draco ainda por cima da roupa. Vendo-o gemer e se contorcer, Harry deixou que seus dentes lhe arranhassem de leve as coxas, e começou a remover a última barreira entre eles.

Harry nunca imaginara que ver e ouvir Draco excitado daquele jeito pudesse ser tão afrodisíaco; ele estava tão duro quanto o namorado, e mantinha o autocontrole a custo, mas os gemidos do amante compensavam. O loiro gemia o nome do namorado, totalmente entregue nas mãos dele.

Quando Draco estava completamente nu, Harry tomou um de seus pés e levou-o até a própria boca, lambeu-lhe o peito do pé, dos dedos até o tornozelo. Draco gemeu, descontrolado, contorcendo-se na cama e chamando por Harry. Atendendo ao chamado, Harry subiu a boca pelas pernas de Draco, cobrindo-as de beijos e pequenas mordidas. Quando chegou à altura do quadril, Harry fitou sorrindo o amante, em expectativa, e tocou-lhe a ponta do membro ereto com a língua, fazendo o sonserino arquear os quadris e arfar.

Percorreu todo o pênis com a língua, deixando os dentes roçarem de leve algumas vezes. Sem aviso, abocanhou-o e começou a sugá-lo em ritmo intenso.

-Harry... – Draco arfava, já prestes a atingir o orgasmo. – Oh Merlin! Harry eu vou....

Harry sentiu o gozo de Draco em sua boca, depois sentiu o corpo do sonserino relaxar. Deitou-se sobre o loiro, beijando-lhe o pescoço, e esperando sua respiração voltar ao normal.

Quando abriu os olhos, que cerrara no momento em que fora literalmente tragado pelo orgasmo, Draco puxou o rosto de Harry para mais perto e colou os lábios aos dele. Sentindo o resvalar do membro de Harry em sua perna, Draco percebeu o grau de excitação do namorado e, girando o corpo, deitou-se por cima de Harry.

-Agora é sua vez – ele murmurou, fitando os intensos olhos verdes do grifinório.

Intuitivamente Draco sabia que Harry não ia agüentar muito mais. Ajoelhando-se entre suas pernas, deslizou os dedos suavemente pelo rosto e tórax do namorado, até atingir seu membro ereto.

Envolvendo os quadris do namorado com as mãos, Draco começou a distribuir-lhe beijos e lambidas por todo o pênis. Sentindo o corpo do amante tremer, Draco deixou lentamente a boca envolver-lhe o pênis, e começou a sugá-lo, a principio com suavidade e, à medida que os gemidos de Harry se tornavam mais intensos, foi aumentando a velocidade até conduzir o amante ao mesmo vórtice de sensações que o arrebatara minutos antes.

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Algum tempo depois, enroscados nos braços um do outro e cobertos pela manta que Draco evocara, os dois jovens amantes trocavam carinhos e beijos suaves. A emoção ainda estava nos olhos deles quando adormeceram abraçados.

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Eu demorei a concluir o capítulo, por isso demorou um pouco a atualizar, mas está ai, a última etapa. Espero que tenham gostado.

Ana Granger Potter: Esse e mais um e eu termino. Obrigado pelo carinho nas reviews

rbara: Obrigado Bárbara, espero que tenha gostado desse tb.

viviane valar: Enfim cumpri minha promessa de lemon. Quer mais?

Ia-Chan: teve cena de lemon! Rs ainda levezinho, mas eu estou pensando em ..... ah esquece

MEL MorganWeasley: a declaração meio que escapou, mas no final deu certo.

Ana Carolina Zatta: e a continuação está ai.

Rodrigo Dantas: você pegou exatamente o espírito do que eu queria dizer com esse diálogo. É tão bom isso.

Momoni: apesar do lado heróico o Harry é tímido, eu sempre imagino que ele tenha também um lado mais sensível, ou artístico.

Morticia Sheldon: Lindinha vc me fez corar! Obrigado pelo carinho que vc sempre tem em comentar meus escritos. Eu já tenho duas idéias para fic, outra slash e uma com um casal hetero, nenhuma das duas vai ter nada a ver com essas duas primeiras. Vou ver qual das duas idéias eu ponho em prática.

Serim: e o Sirius voltou mesmo. Pelo menos nesse meu mundinho alternativo. rs. E voltou com participação especial! E que bom que vc gostou de O Mais Improvável.

Como sempre, eu agradeço de coração as reviwes de vcs!