Como tudo pode mudar
Capítulo 5
O Clube dos Duelos
Lílian chegou no dormitório feminino arfando. Ela sabia que deixar Potter sozinho na escola vazia traria problemas para ela, já que a profª. McGonagall deixara bem claro para a garota o acompanhar até no banheiro, se realmente necessário, mas as sensações proporcionadas por aquele beijo a deixaram zonza demais para que pudesse fazer qualquer coisa que não fosse correr para algum lugar onde aquele garoto não pudesse segui-la. E o dormitório feminino era o melhor lugar onde ela poderia pensar para se esconder de Tiago.
A ruiva viera da torre numa velocidade incrível, mas o tempo passara muito devagar para ela. Sua mente estava confusa, e cheia de pensamentos estranhos. O mais incrível, porém, é que nenhuma vez em todos esses pensamentos ela realmente icriticara/i o que Tiago havia feito. Não, pelo contrário, só conseguia pensar em como aquilo fora bom, e em como ela se sentiu maravilhosamente bem. Isso a atormentava.
Realmente, como Lílian pensara, o dormitório feminino era, sem dúvida alguma um dos melhores lugares para se "esconder" de Potter. Mas não de suas amigas. Lílian pôde perceber que Diana, deitada de bruços, estava acordada. A amiga fazia muito isso. De vez em quando, Diana passava a noite inteira em claro. Lílian até aquele momento não conseguira descobrir o que ela fazia acordada, pois a garota sempre arranjava um jeito de mudar de assunto.
Alice, por outro lado, não fazia questão nenhuma de esconder-se. Não que Diana o fizesse, mas ela pelo menos era discreta. Alice encarava Lílian quase sem piscar os olhos. A ruiva ignorou a amiga. Estava confusa demais consigo mesma para se preocupar com isso.
Como... como aquilo acontecera? A pergunta girava, dando voltas e voltas na mente de Lílian insistentemente, como se a obrigasse a admitir algo que ela não sabia o que era. Cedendo a sua dor de cabeça, Lílian se trocou e deitou na cama, para cair em um sono com sonhos cheios de Tiagos Potter.
Acordou na manhã seguinte com o sol batendo em seu rosto. Em meio à confusão de suas emoções na noite anterior, ela esquecera de fechar as cortinas. "Maldita mania de acordar cedo! Eu estou quebrada..." Lílian ouviu Alice falando com Dorcas, e logo depois o barulho da porta batendo quando esta deixou o dormitório. Abriu os olhos lentamente, e encarou por um bom tempo as cortinas do dossel. Sabia que Alice a encarava com a mesma insistência da noite anterior, mas não queria comentar nada sobre iaquilo/i. Decidiu que o melhor a fazer era falar com a amiga como normalmente fazia.
- Bom dia, Lice. Como vai?
- Bom dia, Lily.
Instalou-se um silêncio levemente incômodo no quarto. Enquanto Lílian se preocupava em inão/i pensar nos acontecimentos que a aborreciam, sem ter resultado algum, Alice se impacientava para saber o que perturbava tanto a ruiva. Ficaram assim, sem nenhuma das duas proferir qualquer palavra até Diana abrir a porta do banheiro e aparecer enrolada numa toalha. Os olhos azuis da garota foram de Lílian para Alice, e depois novamente para Lílian. Ela franziu o cenho e balançou levemente a cabeça, para depois erguer os olhos e abrir um lindo sorriso.
- Bom dia, Lil.
- Bom dia, Diana. – Lílian respondeu, sorrindo também. Era quase impossível deixar de sorrir quando Diana sorria daquele jeito. Ela se trocou e olhou as duas novamente apenas para constatar que Lílian continuava sentada de pijamas na cama, absorta em seus pensamentos inquietantes e que Alice batia o pé na gaveta do criado-mudo perto de onde ela estava sentada.
- E então, vocês vão resolver falar alguma coisa ou a gente desse e deixa esse assunto pendente?
Lílian sentiu-se corar. Olhou Diana com uma expressão interrogativa.
- Tão óbvio assim?
- Incrivelmente óbvio. – Alice respondeu no lugar da outra. Diana sentou-se na beira da própria cama, do lado da de Lílian.
- Nós te conhecemos. Agora fale, isso a está incomodando, e muito. É perceptível.
Lílian rendeu-se, e narrou-lhes cada mínimo detalhe. Começando da queda, falou de como McGonagall decidira que ela supervisionaria Potter, de como o ignorou, das pequenas discussões, da insistência dele, de quando ele a segurou na escada, da maldita prepotência dele, entre outras coisas. Mas falou-lhes principalmente do que isentiu/i com o beijo. Quando terminou, viu-se olhando para suas próprias mãos, e percebeu que não encarara as amigas durante toda a narrativa. Quando levantou os olhos para elas, Alice estava com os olhos brilhantes de excitação, como se tivesse acabado de ouvir um lindo e dramático romance, e Diana a olhava com um sorrisinho sarcástico. Voltou a encarar o nada, analisando o que dissera enquanto trocava de roupa.
- E então, Lil... Ele beija bem? – Lílian arregalou os olhos e virou-se lentamente para Diana, com uma expressão de absoluta surpresa na face completamente ruborizada.
- Co-como disse Di-Diana? – A morena estava visivelmente se segurando para não rir abertamente da outra. Alice, fora do campo de visão de Lílian, ria silenciosamente.
- Ele é bom de beijo? – Diana reformulou a pergunta, ainda tentando conter o riso. Lílian se levantou e caminhou até a porta, murmurando coisas como "eu não mereço isso...". Diana sorriu para Alice, e as duas se levantaram e foram atrás de Lílian, rindo.
As escadas do dormitório feminino da Grifinória eram em caracol e estreitas, tendo um dormitório por andar. Desde o primeiro ano elas estavam no penúltimo dormitório da torre, tendo acima apenas o dormitório das meninas do sétimo ano. Andrômeda, inclusive. E era justamente Andrômeda que descia quando Lílian saiu do quarto irritada e murmurando.
- Olá Lily... Lily? – Andrômeda voltou a chamá-la, mas a outra não deu sinal algum que a ouvira - LÍLIAN!
Visto que Andrômeda gritara, e que elas estavam numa escada estrita, era quase impossível que Lílian não escutasse o berro da amiga. Não só ela, como muitas outras estudantes, que as olhavam com a cara feia ao pôr as cabeças para fora dos quartos procurando o motivo do barulho. Lílian voltou-se para a morena ligeiramente rubra, e a cumprimentou.
- Ahn... Oi Andy. – Ela disse, com um sorriso amarelo.
- Em que mundo você estava Lílian?
- Provavelmente em um mundo muito, muuuuuito interessante. – Diana rebateu, vindo atrás delas com Alice ao seu lado. Enquanto Lílian abaixava a cabeça, sem graça pelo que a amiga falara, Diana piscou marotamente para Andrômeda.
- Tudo bem, tudo bem... Ah! Falando nisso, vocês acharam um brinco meu no seu dormitório? Acho que o esqueci lá no meio da "festa de boas-vindas" se vocês se deram.
Alice e Lílian balançaram a cabeça numa negativa, mas Diana franziu as sobrancelhas.
- Um de prata com umas pedras coloridas?
- Você os achou? – A garota mais velha perguntou, esperançosa, mas não obteve resposta, pois a outra já adentrara o quarto, para voltar rapidamente com um par de brincos nas mãos.
- Ah, obrigada Di... Eu gosto muito desses brincos, foi o Ted quem me deu...
- Não foi nada... São lindos mesmo, seu namorado tem bom gosto. Agora é melhor nós irmos indo, não é, Lil? – Diana perguntou à ruiva, "inocentemente". Lílian, que já estava começando a se aliviar com o desvio que a conversa tomara, voltou a ficar tensa. Não sabia por quê exatamente, mas depois do comentário de Diana, não se sentia mais tão à vontade para contar o que acontecera na noite anterior.
As quatro começaram a descer as escadas em silencio, pelo menos até já estarem quase chegando a sala comunal.
- Mas então, Lily, o que aconteceu para você ficar tão... avoada?
Lílian sentiu-se tencionar, como uma corda de violino.
- Ah, Lil, por favor, não precisa ficar com vergonha de contar a Andy... – Alice falou, acabando com todas as esperanças de Lílian em mudar de assunto novamente. Se pudesse, fuzilaria a amiga pelo olhar, mas em vez disso limitou-se a narrar o episódio (novamente!) a amiga. Só desviaram um pouco do assunto quendo passaram pela nojenta prima de Sirius, Bellatrix Black, com uma expressão presunçosa, e Diana fez um comentário sobre a estranha felicidade da garota. Fora isso, apenas quando chegaram no último lance de escadas antes do Salão Principal Lílian terminou seu relato. Ficaram uns cinco minutos em completo silêncio, até Andrômeda se pronunciar.
- Então... ele merece a fama que tem de garanhão de Hogwarts? O beijo foi bom? - Desta vez a reação de Lílian não foi de surpresa, mas de indignação.
- Beije-o você, se quer tanto saber! – Ela falou, coma voz levemente alterada, e rumou para as portas do Salão Principal, deixando as três garotas para trás.
- Mas Lil... Eu tenho namorado. Não vou traí-lo, então conto com você para isso... – Ela ainda pôde ouvir a voz de Andrômeda atrás dela, e não pôde evitar um sorriso.
-----------------Na escada---------------
- O que deu nela? Foi apenas uma pergunta inocente...
- Ah, Andy, é que você e a Diana tiveram a mesma curiosidade, então acho que ela se aborreceu um pouquinho... – Alice respondeu, ainda rindo.
Enquanto, caminhavam lentamente para as mesas, Diana ficou séria de repente.
- E quer saber de uma coisa? Ela não respondeu. Então deve ter sido muito bom mesmo, e ela não quer dividir... – As três gargalharam novamente, chamando a atenção de todos os que estava sentados por perto.
---------------Voltando para Lílian-------------
Lílian resolveu ir direto para a mesa da Corvinal, e apressou o passo ao ouvir as risadas das amigas. Não entendia por que agia assim. Nunca fora alguém tímida ou puritana, mas aquelas perguntas a deixaram bastante sem graça. Por quê? Não estava gostando nem um pouco daquilo. Por quê um simples beijo de Potter a deixara tão... estranha? Já havia sido beijada antes, já até havia namorado Amos Diggory durante um tempo, mas nunca se sentira daquela maneira. Ah, até ausente Potter a irritava! "O melhor seria que ele desaparecesse da minha vida mesmo!" Inconscientemente, Lílian levou a mão aos lábios e mirou o nada. Logo, porém, aos avistar a trança de Amélia, ela deixou seus pensamentos correu para corvinal.
- Amélia! Bom dia! – A menina de cabelos loiro-escuro levantou a cabeça. Estivera conversando com seu irmão gêmeo, Edgar Bones, da Lufa-lufa. – Bom dia, Edgar. – Lílian cumprimentou-o educadamente. O garoto acenou com a cabeça para ela e beijou de leve o rosto da irmã antes de se levantar e se dirigir para a mesa da sua própria casa.
- E então, Lil, como foi a detenção? – Amélia perguntou-lhe, a encarando.
- Foi... mas eu preferia não conversar sobre isso aqui, tudo bem? – A outra acenou positivamente a cabeça e chegou um pouco para o lado, de modo que Lílian pudesse sentar-se ao seu lado. Conversaram sobre banalidades, até que Frank e Alice (desta vez, ele quem fora para a mesa da Grifinória) chegaram para esperá-las terminar o café e saírem juntos, como sempre faziam. Lílian, ao vê-los, olhou para trás procurando as outras grifinórias. Andrômeda, como esperado, estava junto a Ted, mas Diana conversava com um garoto de feições sérias, mas belas, e com cabelos loiros pálidos. Lílian sabia que era Bartô Crouch, um garoto um ano mais novo que elas, mas com uma maturidade impressionante. Conversara algumas vezes com ele, e se surpreendera com os assuntos que o menino abordara "Talvez, tendo convivido com os Marotos por tempo integral, eu não esteja sendo justa com os outros rapazes. Eles é que são imaturos demais para sua idade". De qualquer modo, encarou as amigas profundamente, como se as obrigassem a fazer uma jura silenciosa em que não conteriam o que sabiam sobre o beijo e todo o ocorrido para ninguém. Quando se deu por satisfeita (mesmo com o sorrisinho de Diana), levantou-se e seguiu-os até os jardins.
Passearam um pouco e conversaram sobre banalidades. Chegaram a uma parte do lago onde gostavam de ficar porque era mais isolado que o resto por alguns arbusto,e beirava a floresta Proibida. Depois de um tempo, Alice e Frank saíram, alegando ir buscar uma coisa que ela esquecera (o que todos sabiam que era uma desculpa muito esfarrapada para poderem namorar), e Amélia abordou novamente o tema que inquietava a cabeça de Lílian.
- Lil? Vai me falar o que aconteceu nesta detenção?
Lílian ficou pensativa. Sim, já imaginava que Amélia iria fazer de novo aquela maldita pergunta.
- Por que está tão curiosa, afinal?
- Porque eu imagino que este seja o motivo da sua inquietude.
- E porque Amélia não é estúpida, Lils, e ela sabe que foi por causa deste mesmo fato que nós fizemos aquele escândalo no Salão Principal de manhã. – Uma voz falou, vinda de trás dos arbustos que se amontoavam em volta do lago, próximo a floresta. – Senão você estaria rindo conosco.
Diana apareceu, com o cabelo bagunçado e com as vestes um pouco amarrotadas, mas com o semblante sério. – Conte para ela, Lil, Amélia talvez possa te ajudar mais do que eu nessa sua paranóia. – Ela finalizou com a voz suave.
Lílian suspirou. Aquilo tudo já estava ficando repetitivo demais.
- Tudo bem... só que da próxima vez, façam-me um favor e reúnam-se para me perguntar, okay? Já está dando nos nervos toda essa repetição. – E contou a Amélia toda a história de novo, desta vez com alguns comentários de Diana. Incrivelmente, ela estava começando a se sentir um pouco mais leve agora.
Terminou a narrativa e olhou para o céu muito azul acima de sua cabeça. É, talvez aquilo tudo fosse estupidez, e fosse melhor esquecer. Talvez... talvez era extamente isso que suas amigas tentavam dizer-lhe e ela não entendia. Talvez isso fosse melhor para ela. Mas apenas talvez...
- Ele beija bem? – Amélia quebrou o silêncio.
"Ah não... Eu não posso acreditar numa coisa dessas!!!" Lílian pensou, em desespero. Olhou para as amigas. Diana ostentava um imenso sorriso divertido na face, e seus olhos brilhavam de malícia. Amélia a encarava com a expressão calma de sempre, os olhos extremamente observadores postos nela.
- Vamos, Lily, agora já são três... Conta pra gente, vai... É só uma curiosidade infantil... Cooooontaaaaa. – Diana pediu fazendo biquinho. Lílian não pôde deixar de rir. Infantil? Há, se fosse por outra pessoa ela até poderia deixar passar, mas em Diana nada era "infantil".
- Você e sua maldita persistência... Tudo bem, eu admito, foi... uh... fantástico. – Lílian corou nesse ponto. - Pronto, falei, satisfeitas? Mas não era algo de se espantar, já que eu não duvido da experiência dele neste assunto... – Ela completou, irritada. Diana sorriu.
- Tudo bem que eu queria detalhes, mas já está melhor assim. – Ela falou, estendendo ainda mais o sorriso ao ver Lílian com a boca aberta de indignação. Ela estreitou os olhos na direção de Diana, enquanto a outra a encarava, como num desafio.
- Ah, então a senhorita Leroy queria detalhes? – Lílian replicou, entrando no jogo da garota. Ela se levantou. – Pois então parece que alguém tem que dar um jeito nessa sua curiosidade. – A ruiva se aproximou da amiga lentamente.
- Amélia... Amélia segura essa maluca... olha a cara dela, ela vai me matar. – Diana falava, fingindo desespero. Lílian pulou em cima dela, fazendo cócegas na menina.
- Háhahaha.... pára Lils... haha... pára...hahahahaha.... – Lágrimas de riso começavam a brotar nos olhos de Diana quando Andrômeda apareceu. A garota mais velha correu os olhos pela cena. Amélia calmamente sentada de um lado, observando toda a cena, Diana rindo compulsivamente e Lílian em cima desta, ofegante.
- Tudo bem, vou ignorar a sua quase-morte, Di, porque não duvido que tenha um motivo atrás disto tudo. Mas eu só vim aqui para avisar que tem treino hoje à noite, tudo bem? Não se esqueçam... é capaz do Tiago dar um ataque se nós faltarmos.
Lílian perdeu toda a cor do rosto. Tinha esquecido completamente que Tiago era o capitão do time de Quadribol, e que, por ela ser artilheira, não poderia evitá-lo. Até agora não percebera, mas estava tentando evitá-lo a qualquer custo.
- Ah... tudo bem. – Ela se levantou – Eu só vou... buscar uma coisa que eu esqueci no dormitório. – E, dizendo isso, saiu apressada em direção do castelo.
- Ai, puxa vida... eu gostaria de saber quando é que esta burrinha vai enchergar a verdade... – Diana murmurou, mais para si mesma do que para as outras duas.
- Di, vai atrás dela. – Amélia falou. A morena a encarou com seus olhos muito azuis demonstrando surpresa, mas acenou positivamente com a cabeça e foi correndo na direção que a ruiva tomara.
Lílian foi direto para o dormitório feminino. O que diabos era aquilo? Era só um maldito treino, pelo amor de Deus! Não tinha que causar-lhe esse efeito!
"Você sabe que não é por causa do treino..." Uma voz no fundo da sua cabeça falou.
"NÃO! Não é por causa dele!" Ela replicou.
- Não é... não pode ser...
Nesse instante, ela ouviu a porta sendo aberta violentamente e uma Diana afobada entrou no quarto. Seu semblante era anormalmente assustado.
- Lílian... – Diana se sentou ao lado da ruiva. – Está óbvio que isso a perturba...
- Eu sei! Mas eu não entendo por quê! Isso me frustra! Acho que eu vou sair do time...
- Por que???????
- Não sei com que cara eu vou encarar o Potter... – Diana franziu o cenho.
- Por que não? Está com vergonha porque gostou do beijo dele?
- Não! Sim. Também, mas não é só isso. Eu... eu não sei o que é. Isso me incomoda, eu não estou entendendo!
- Lils – Diana começou suavemente. – Se você não entende, é porque falta alguma coisa. Não vai adiantar em nada você ficar trancada se escondendo dele, nem deixar de fazer as coisas que gosta, porque vai acabar ficando ainda mais frustrada e corre o risco de não encontrar essa coisa que te falta. – Lílian começou a abaixar a cabeça, mas Diana pôs a mão no seu ombro. – Não ligue para isso Lils. É algo absolutamente normal. E, além do mais, olha a ridícularidade da coisa toda: você sempre disse que ele era um imprestável insignificante!
- É.... você está certa. – Lílian suspirou. – Quer saber? Eu vou é tomar um banho.
Diana sorriu. – Tome um banho rápido. Já está quase na hora do almoço, e Mélia e Andy devem estar preocupadas com você. – Não falou nada sobre porque as duas se preocupariam, coisa que Lílian muito lhe agradeceu intimamente.
Diana sorriu quando ouviu a porta batendo. É, ele já deve ter escrito a essa altura...
A ruiva tirou as suas roupas e dobrou-as num canto. Ligou o chuveiro e ficou debaixo dele, deixando com que a água quente lhe escorresse pelo corpo e molhasse seus cabelos. Ah, tão boa era aquela sensação! Gostaria de ficar ali para sempre...
Sempre...
Um sentimento nostálgico, lembranças embaçadas para quais ela não deu muita atenção. Não, se aprofundou numa memória mais próxima, mais real, mais excitante...
Abriu os olhos de repente. Entrara num estado de sonolência ao entra em contato a água quente, pois estava cansada de uma noite mal-dormida. Terminou de se lavar, mas mesmo enquanto trocava de roupa não conseguia se lembrar do que a fizera "acordar" tão bruscamente.
Ao abrir a porta do banheiro, encontrou Diana com a face brava.
- É só falar para você se apressar que você demora mais ainda... Da próxima vez não te espero. Vamos logo, estou com fome. – Lílian seguiu a amiga, rindo.
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Passaram a tarde inteira conversando e rindo, sem mais tocar naquele assunto; quando Alice tentou perguntar, Diana delicadamente mudou de assunto, e a outra compreendeu o que queria dizer.
O fim da tarde chegava, e Andrômeda falou que subiria para trocar as vestes. Já chegava a hora do treino. Lílian e Diana também subiram, e enquanto saíam da Mulher Gorda, Diana apertou amigavelmente a mão de Lílian. Logo depois, porém, bateu na própria testa.
- Eu tenho que pegar uma coisa no Clube!
- Eu vou com você... Andy, explique para o Potter, por favor? – Lílian falou. Andrômeda assentiu com a cabeça, e as duas meninas se dirigiram para o quinto andar. O Clube dos Duelos era, como o próprio nome já explicava, um curso extra onde alguns alunos mais interessados aprofundavam suas habilidades na arte do duelo. Era dividido pela classes, e no final de cada ano, começando pelo terceiro, havia um campeonato entre os participantes de cada sexo, e depois entre os dois vencedores, para promover o presidente do Clube no ano seguinte. Desde o terceiro ano Diana sempre ganhara o campeonato feminino, e desde o terceiro ano ela e Sirius sempre acabavam por dividir a presidência. As finais sempre acabavam empatadas, e esse era o principal motivo da brigas dos dois grifinórios.
A sede do Clube dos Duelos era uma ampla sala retangular de teto abobadado com uma imensa plataforma onde os duelos eram realizados, que cortava a sala ao meio, salvo as extremidades para que pudesse haver a transação de um lado para o outro. Encostado na parede oposta a porta, havia um imenso balcão, onde nas épocas do campeonato ficavam os juízes e alguns alunos que chegavam antes (os outros sentavam-se no chão). Na extremidade direita do balcão estavam os banheiros e os armários, onde os alunos guardavam suas coisas. No extremo esquerdo, porém, ficava uma porta que dava a sala da presidência. A sala era, na verdade, quase um corredor. Era pequena e clara, iluminada pela janela que ficava no seu fim. Uma mesa cheia de papéis ocupava todo o centro, e quatro possuía seis portas, uma para cada ano (pois as séries só começavam a ter presidentes a partir do quarto) e duas para os banheiros (feminino e masculino). Diana passou direto até a última porta, que dava a sala que ela e Sirius dividiam muito a contragosto desde o quarto ano. Pescou uma chave dentro das vestes e abriu-a. Era uma sala magicamente ampliada, para dar espaço aos dois presidentes, e quadrada. Mesmo assim, era muito pequena, e grande parte dela era ocupada por armários e gavetas de arquivos. Numa de suas paredes estava o quadro de avisos, e em frente a este estava Sirius Black, com as vestes de Quadribol e uma expressão de completo horror na face. Além de anormais olheiras.
- O que está fazendo aqui, Black? – Diana perguntou, surpresa. Ele nem se virou.
- Olha só isso aqui!
Movidas pela curiosidade, Lílian e Diana se aproximaram dele, e olhando por cima do ombro do rapaz, elas viram o motivo de seu horror. O nome Bellatrix Black estava destacado, com uma legenda escrita "potencial para a presidência". Lílian, na verdade, não se escandalizou tanto, mas Diana assumiu a mesma expressão de Black
- Vaca. – Foi apenas isso que a garota pronunciou.
- Hummmm... gente? Qual é o grande problema dela estar se saindo bem? Que-quero dizer, várias pessoas podem ter potencial, não é? Vocês dois sempre foram os presidentes mesmo...
- Lily! Essa filha duma p desgraçada me deixou na enfermaria por dois dias ano passado! A minha sorte foi que a nossa final seria a última! Não tem nem condição dela ser presidente!
E, pela primeira vez na história de Hogwarts, Lílian viu Sirius Black concordando com tudo que Diana Leroy dizia. Então ela compreendeu que aquilo provavelmente significava para os dois. A ruiva sabia que a amiga amava aquele clube com paixão, e talvez pudesse entendê-la.
- Bo-bom, de qualquer modo, é melhor que nós nos apressemos, não é? Afinal, vocês não querem perder a vaga no time...
E, pela primeira vez na história a Hogwarts, Sirius Black viu Lílian Evans tentando convencê-lo a ir, inevitavelmente, ao encontro de seu melhor amigo.
Mesmo surpreso, concordou com a cabeça e seguiu-a, ao lado de Leroy, que parecia no mínimo tão surpresa quanto ele. Só que, quando a estupefação inicial passou e Lílian virou uma esquina, ambos ostentaram maliciosos sorrisos cúmplices nas faces.
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Babi aparece, vestida numa armadura O-olá, pessoal! Por favor, não me matem por todo esse tempo fora! Eu sei que a fic já estava criando teias de aranha, mas agora já esta tudo bem, não é? suando frio
Esse capítulo ficou meio "parado", mas entendam que era absolutamente necessário. Bom, se vocês, maravilhosas pessoas que lêem isso aqui não estiverem bravas demais comigo, por favor deixem reviews. Eu passei por um tempo realmente difícil esses últimos meses. Ensaiava de segunda a sábado, toodas as semanas. Eu estava pra morrer.
Anyway, meus agradecimentos ao pessoal que comentou:
Hana Kashitaoken: Bom, valeu nee-chan. Desculpe pela demora, mas você viu o meu estado, né? Espero que goste deste daqui também.
Nathi-Evans: Poxa, valeu. Continue comentando assim, cara, anima demais
Silverghost: Cara, que bom que você gostou! Menina, eu AMO de paixão as sus fics, são perfeitas demais! Emocionada Espero que goste deste capítulo também.
Irmãs Potter: Obrigada. Eu, particularmente, adorei escrever aquele beijo. Foi tããããããoooo emocionante...
Biba Evans: Se você se arrepiou toda quando leu, imagina a Lilizinha que recebeu o beijo...rsrsrs. Se bem que EU gostaria de receber tal beijo. O Tiago será só no próximo capítulo...
Fe-chan: Fe-chan, querida, você sabe o quanto eu te amo. Mesmo com um namorado e com as provas e com as minhas crises existências você arranja um tempo para betar isso aqui.., Valeu mesmo.
Bia Black: Bia, amiga, você me ajudou muito também. Tenho bastante a te agradecer. Betar sua fic é uma das melhores coisas que eu faço. E você não deveria perguntar como se consegue escrever bem, suas histórias são perfeitas!
Bebely Black: Hohoho, você sacou a parada das olheiras, né? Mas eu vou mostrar o que aconteceu com ele no próximo capítulo... E os sentimentos do Tiago também. Os conflitos da Lils estão meio sem-graça, mas é porque anida não estão no auge de sua potência...
Li-sama: Eu vou fingir que eu não li este comentário... Sério, VOCÊ é uma das últimas pessoas que pode falar sobre incompetência e lerdeza... seu assunto com o Igor ainda está empacado também, ou você se esqueceu? Mas, de qualquer modo, espero que goste deste capítulo.
Lilli Evans: Uh... você estava no terceiro capítulo... agora já está no oitavo. Desculpa aí. Foram algumas coisinhas que me impediram de escrever. Mas o próximo sai logo. Obrigada pela review.
Sarinha: Você comentou! Êêêêê! Fiquei feliz agora. Bom, desculpa pela demora. Espero que goste deste capítulo.
Adriana Black: Valeu! Acho que é meio difícil encontrar alguém que não adore o Tiago... Bom, espero que goste deste capítulo.
Tia Regina: OBRIGADA! Poxa, eu fico tão feliz com esses comentários... Diga para a Júlia-chan que eu estou aberta a sugestões, e ficaria extremamente satisfeita com a sua ajuda. Diga-lhe para explicar mais detalhadamente o "dia de balé" para o Tiago. E, sim, acho que também ficaria sonolenta.
E me desculpem mais uma vez pela minha crueldade. Eu as deixei esperando demais, não foi? Mas me perdoem, por favor. Ah! Antes que eu me esqueça, usei o nome original da Bella, porque o traduzido é realmente desgostoso de se escrever.
Reviews, PLEEEEEEEASEE! E eu juro sonelemente que não demoro a atualizar o próximo capítulo.
Beijos
Babi
