Fic curta tem dessas vantagens, estou mandando o próximo cap. Hehehe. Ai, Ai, AI. Bem que poderia ter acontecido mesmo!!!!!

Beijos

Viv

CAPÍTULO 2 – Em Hogwarts

Fomos direto para a enfermaria. Passamos por Filch e sua gata. Que não pereciam ter gostado nada das novas visitantes (Nós). E lá estava Madame Pomfrey. (Como eram iguais aos atores!) Celly foi logo atendida.

-Minha criança. Não é hora de ter seu bebê. – disse após um exame rápido com a varinha. – Ele precisa ficar mais um ou duas semanas! Mas não tenho a poção adequada aqui. Lupim, vá pedir ao Professor Snape que providencie com urgência!

-Claro. Madame Pomfrey! É só me dizer qual a poção que vou.

E foi. Fiquei com elas. Pouco depois Lupim retornou.

-Ele vai trazer. Disse que tem que ser feita na hora. Mas acho que não está no seu melhor humor. Que, aliás, quando está bom, já é dos piores! – suspirou. – Que coisa!

Eu fiquei ansiosa. Lupim era um anjo. Eu amava meu marido. Mas algo na história de Severus Snape sempre me fascinara. Já tinha até sonhado com ele. O tipo de sonho que Henry teria me proibido de ter se soubesse. Quase ri com a lembrança.

Fiquei quietinha aguardando em convulsões pela chegada do mestre de poções. E sua entrada não poderia ser mais majestosa. Seu passo rápido, a capa como que flutuando atrás dele. Olhar duro. (UAU! Que homem!)

-Madame Pomfrey. Aqui está a poção. – certo desprezo. – Agora esses trouxas entram e saem quando querem? E até vêm ter seus próprios filhos aqui? – grosseiro.

-Professor Snape! – repreendeu – Esta criança precisa da poção.

Ele entregou. Fiquei observando seu olhar que ia do rosto da minha amiga para seu ventre. Ela bebeu. E alguns minutos depois, se acalmou e dormiu.

-Pronto. – voltou Pomfrey. E se virou para mim. – Ela vai dormir um pouco e logo acordará refeita. Mas deverá tomar uma poção desta por dia até completar uma semana ao menos. Reavaliarei para saber se precisará de mais uma semana.

-O que é essa poção? – curiosidade médica. (Se vocês quiserem acreditar.)

-Oh! É apenas para relaxar as contrações. – sorriu – Vocês são amigas, parentes?

-Amigas. Viviane valar. Muito prazer. E muito obrigada pelo que fez a ela. – a cumprimentei. E me virei para o Snape. Mas ele se manteve duro.

-Professor Severus Snape. – ele acenou com a cabeça e saiu com lábios finos, sério.

(UAU! Que homem!)

Como a Celly ia dormir por boa parte da tarde, fui passear com Lupim, pelo castelo. Mas ele logo se foi. Tinha compromissos. Foi com pesar que me despedi.

Estava num corredor não muito longe da enfermaria, quando olhava o pôr-do-sol. (Até isso parecia mais "mágico"!) Vou me lembrar dele pro resto de minha vida. Ouvi passos se aproximando. Mas não tirei meus olhos do céu. Sabia que os alunos estavam de férias. Mas não quis saber quem era.

Inspirei profundamente. Queria sentir a energia das pedras, do ar, do céu. Senti uma força quente me envolvendo e expirei suavemente. Quando me virei, Snape estava lá. E me observava intrigado.

-Quem é você? – direto.

-Viviane valar. Já me apresentei. – estranhei.

-E você é uma trouxa?

Ri.

-Parece que sou uma pessoa não-mágica. Não gosto da palavra trouxa. É tão vulgar! – falei sem pensar.

Ele voltara pra expressão carrancuda.

-Não fui eu que inventei a palavra! Vão ficar aqui? – mal educado.

-Eu não sei. Na verdade não tinha pensado nisso antes. Mas me parece que a minha amiga terá que ficar ou poderá ter problemas com o bebê. Não é bom que seja prematuro. Por isso o trabalho de parto deve ser adiado.

-Parece saber o que está falando. – desconfiado.

-É que sou média. Pediatra pra ser mais exata. Meu trabalho é cuidar dos bebês. – sorri orgulhosa.

-Vocês "não-mágicos", – falou com ironia. – são muito estranhos. Se conhecesse mais as poções precisariam menos de "biscuri". É assim que se fala? – maldoso.

-Na verdade é bisturi! E nós também temos domínio dos remédios, que são as nossas poções. Existem, no meu mundo, drogas que retardariam o parto também. Mas estávamos mais próximas daqui. "...Em Roma, faça como os romanos..."! – não resisti a provocá-lo.

Ele parecia irritado. E já ia embora. Mas eu tinha que impedir.

-Prof. Snape. – chamei. – Poderia me levar á Torre Norte? – disse a primeira coisa que surgiu.

-Não sou guia turístico, senhorita Valar. – sério.

-Bem pode ao menos me dizer pra onde fica? Eu me viro! - já estava cansada das grosserias dele.

Ele bufou e me levou pessoalmente. Se não fosse isso nunca teria chegado. Profa. Trelawney estava lá debruçada sob sua bola de cristal.

-Ora, ora! Quem vem aos meus aposentos?! Prof. Snape?! – sem se desviar da bola.

Ele revirou os olhos.

-Trouxe uma visitante "não-mágica". – debochou mais uma vez. – Que queria conhecer o local. Entretenha-a.

E se virou para ir embora.

-Eu já a esperava querida. Quando sua amiga chegou, soube imediatamente que viria.

Eu olhava para todos os objetos dela. Na adolescência adorava todos. Tarô, runas, quiromancia, astrologia, todas as artes de adivinhação. Tive até uma bola de cristal. Mas foi roubada.

-Sente-se em casa? – não era uma pergunta.

Snape que estava quase fora, parou. Olhou-me estranhamente mais uma vez.

(UAU! Que homem!) (Puxa, meus pensamentos estavam se tornando repetitivos! Mas fazer o quê?)

-Sente-se aqui querida. – apontou a cadeira enfrente, na mesa da bola. – eu me sentei. Ela olhava o objeto. – Surpreendente! Me dê sua mão! – ela olhou. – Surpreendente!

Olhou pra mim com olhos iluminados e sorriu satisfeita.

-Pode ver o mesmo que eu na bola de cristal?

Eu olhei e parecia que via nuvens que se moviam com cores piscando levemente. E o sol nascendo. Porém a luz forte me ardeu a vista e gemi.

Ela riu.

-O que eu pensava. Bem vinda querida. Agora tenho que fazer algumas coisas. Vá! Severus, leve-a para tomar um chá. Ela está com sede.

Assustei-me, pois não sabia que ele ainda estava ali. E um chá viria a calhar. Andamos em silêncio algum tempo. Chegamos à enfermaria. Celly já havia acordado. Ele se virou e saiu sem se despedir.

Contei minhas aventuras pra ela e quando chegou o jantar preferi ficar lá. Pomfrey nos contou que Dumbledore estava fazendo uma visita ao Harry Potter, que havia se casado a ia ser pai. Devo salientar aqui que não tenho permissão de dizer com quem.

No dia seguinte Snape trouxe a poção novamente. Mas o que viu o fez ficar intrigado. Havia uma brincadeira que eu e a Celly fazíamos há muito tempo. Ficávamos com as mãos com as palmas próximas. A minha da dela, a dela da minha. E criávamos um "cordão" energético por onde "passávamos pensamentos". Eu pensava num objeto e ela tinha que adivinhar. Já estávamos brincando há uns 20 minutos quando na última ela disse:

-Snape.

-Acertou mais uma.

-Não! Snape! – e levantou uma sobrancelha apontando para a porta onde ele estava.

Olhei e corei. Estava com a já habitual ruga na testa.

-Oh! Bom dia Prof. Snape. – sorri marota. – A poção da gravidinha! Que bom! Pode deixar que eu ajudo.

Depois que ela dormiu fui passear novamente. Encontrei Lupim que voltava com a Profa. Minerva. Nos apresentou.

-Viviane, não jantou conosco ontem. Como está sua amiga?

-Muito bem. Acho que vai dar certo. Assim o feto terá tempo de desenvolver maturidade pulmonar e não terá complicações neonatais.

Minerva olhou pra Lupim que sorria com graça.

-Ela é médica. Trata de bebês. – explicou ele.

-Eu fiz de novo, né? Usei termos técnicos! – suspirei. – Foi mal!

Ela riu discretamente.

-Tudo bem. Fale-me um pouco sobre seu trabalho.

E ficamos assim. Soube muitas coisas de Hogwarts também. Mas até que os sexto e sétimo livros tenham saído não revelarei nada. (Spoiller é fogo!) Aguardem os livros, não vão se arrepender.

Bem, então os dias se passaram dessa forma. E meu querido mestre de poções ia todas as manhãs levar a medicação. Mas não conversamos mais. Achava estranho por que ele me olhava como se eu fosse uma bomba-relógio. Então resolvi fazer uma brincadeira com ele. Mas se você resolverem fazer algo parecido, cuidado!

Era sexta manhã. E segundo a Pomfrey, a espera tinha sido o suficiente. O bebê iria nascer no dia seguinte. Todos concordavam que ali era o melhor lugar para o parto. Agora só me restava "pegar" o Snape. Tinha um plano bem bolado.

OF: continua.