Capítulo 4 – O Retorno E Uma Agradável Notícia
Quando chegaram na vila, o hanyou colocou-a no chão e seguiram direto até a cabana da velha sacerdotisa.
Inu-Yasha!!! Você conseguiu!! Falou emocionada a velha sacerdotisa.
Eu não, o Sesshomaru! Respondeu o hanyou.
O quê? Você pediu ajuda ao se irmão? Perguntou o monge incrédulo.
Você acha que eu deixaria que ela morresse sem fazer nada? Até parece que você não me conhece Miroku! Respondeu o hanyou.
Miroku, onde está a Sango? Kagome perguntou.
Senhorita Kagome, fico feliz que ainda esteja viva. Bem, a Sango quando soube que a senhorita havia morrido pegou a Kirara e disse que iria tentar se acalmar. Devo dizer que ela ficou bastante abalada com a notícia. Ela gosta muito de você Kagome.
Eu sei! Também gosto muito dela, é como se ela fosse minha irmã mais velha. Sei que posso sempre contar com ela.
Kagome, minha filha, nos diga, por quê você quis se matar? A voz da velha sacerdotisa era calma, porém preocupada.
Quis não, senhora Kaede, eu me matei. Acho que todos devem saber o que eu sinto pelo Inu-Yasha, pois bem, eu já não agüentava mais vê-lo com a Kikyou, então, depois daquela briga, ele me disse coisas que eu jamais esperava ter escutado dele e voltei ao meu tempo, muito deprimida. Depois de alguns dias trancada no meu quarto planejando como eu iria acabar com o meu sofrimento, cheguei a conclusão que bastaria tomar um vidro de calmantes, pois eu não agonizaria, morreria dormindo, então esperei até a apresentação do meu irmão no colégio, pois sabia que todos iriam e não haveria ninguém para me impedir. Peguei uma foto minha e do Inu-Yasha e enquanto eu olhava, me despedindo dele, tomei o frasco inteiro. Só me lembro de ter tido uma alucinação com o Inu-Yasha no meu quarto e desmaiei. Quando voltei, estava na floresta com o Sesshumaru.
Não foi alucinação Kagome! O Inu-Yasha estava no seu quarto e te trouxe até mim desesperado. Ele até me ajudou a preparar uma poção contra envenenamento e fez você beber te dando da própria boca o líquido. Só que contra o seu veneno, a poção não fez efeito e você morreu nos meus braços enquanto eu tentava banhá-la com uma infusão. Antes de você morrer, por duas vezes, você chamou pelo Inu-Yasha.
POR QUÊ VOCÊ NÃO ME CHAMOU SUA VELHA? SE ELA ESTAVA CHAMANDO POR MIM, EU TINHA QUE ESTAR AO LADO DELA!!!!
Calma Inu-Yasha, não te chamei porque sabia que você ficaria transtornado se visse o que aconteceu depois. Sabia que você ficaria impotente diante do fato de que ela estava agonizando e morrendo. Ela sofreu, apesar de não ter sentido, mas o seu corpo sofreu tremores muito fortes e a expressão dela era de desespero, isso só faria você sofrer mais. Por isso, só te falei depois que ela já havia morrido.
Entendo, me desculpe! Pediu o hanyou sinceramente, para espanto de todos. – Ei! Porque estão todos me olhando com essas caras? Será que ninguém pode falar mais nada?
É que pela primeira vez, você me pediu desculpas Inu-Yasha! Falou espantada a sacerdotisa.
Feh! Não espere que eu faça isso sempre! Ouviu velhota?
Claro Inu-Yasha! Uma vez já é suficiente. Respondeu Kaede.
A propósito, nós temos um comunicado a fazer. Não é Kagome? Inu-Yasha falou dando um sorrisinho para uma Kagome completamente vermelha.
.....Si....sim, Inu-Yasha! Foi o que conseguiu dizer a menina.
Então, você fala ou eu falo?
Fala você Inu-Yasha! Kagome falou já sem graça.
Tudo bem então! A Kagome e eu estamos namorando. De hoje em diante, aquele que se meter a engraçadinho com ela, não vai viver para pedir desculpas. Entendido Miroku?
Fale isso para o Kouga, Inu-Yasha! Eu jamais faria uma coisa dessas depois da nossa conversa! Idiota! Respondeu o monge.
Rapazes parem com isso! Implorou a garota. – Agora nós temos que procurar pela Sango. Eu preciso me desculpar com ela.
Nada disso! Você vai ficar aqui com a Kaede velhota enquanto Miroku e eu vamos procurá-la. Falou dando-lhe um suave beijo nos lábios.
Tome cuidado Inu-Yasha! Falou preocupada.
Não se preocupe, eu vou voltar para você antes mesmo que sinta a minha falta.
Saíram e antes que chegassem à floresta, avistaram Kirara debaixo de uma árvore.
Andaram até o animal e procuraram pela exterminadora.
Encontraram-na debruçada sobre os joelhos, chorando muito, um pouco mais afastada.
Sango!!! Venha até a vila. Chamou Inu-Yasha.
Para quê? Para ver a minha amiga ser cremada? Não obrigado, prefiro ficar aqui!
Deixe de falar besteiras, vamos, nos acompanhe até a vila e depois me diga o que achou da surpresa!
Inu-Yasha!!! Seu maldito insensível!!! Eu sabia que você não amava a Kagome, mas daí a ficar feliz pela morte dela é um desrespeito!!! Saia daqui antes que eu te mate, seu desgraçado. Deve ter sido culpa sua ela ter morrido. Sua e daquela Kikyou! O que vocês fizeram a ela? Me responda seu bastardo, eu exijo uma explicação!!!
Sango!!! Faça o que o Inu-Yasha diz, depois se você quiser continuar a brigar com ele é problema seu. Mas por favor, venha conosco!
Tudo bem, mas, por favor, Sr. Monge mantenha aquele maldito longe de mim! Bradou a exterminadora.
Perdoe ela Inu-Yasha, isso é só a dor falando mais alto.
Eu sei Miroku, mas o que ela disse é verdade, eu fui o responsável pela morte da Kagome!
Sim, mas você também a trouxe de volta.
Andaram até a vila em silêncio. Quando chegaram, Inu-Yasha pediu que o monge segurasse Sango do lado de fora, pois ele iria buscar a surpresa..
Kagome venha, a Sango está lá fora! Inu-Yasha falou.
Então me ajude a ir. Ainda estou um pouco zonza.
Está mesmo ou é só para ficar nos meus braços? Perguntou o hanyou com um sorriso malicioso nos lábios.
As duas coisas! Falou ela com o mesmo sorriso.
Se for assim, pode deixar que eu vou te carregar hoje, amanhã, depois, depois e depois. Só para ter você assim, bem perto de mim.
Eu já disse que te amo Inu-Yasha?
Já, mas pode falar quantas vezes quiser que eu nunca vou me cansar de ouvir.
Saíram da cabana e quando a exterminadora a viu, não pôde segurar o choro. Correu até o hanyou e abraçou a amiga, quase derrubando Inu-Yasha, que agora fazia força para suportar o peso das duas.
Errr, Sango? Será que você poderia deixar eu descer a Kagome? Falou o hanyou quase sem forças.
Me perdoe Inu-Yasha! Por tudo!
Tudo bem Sango, você até tinha uma certa razão no que falou.
Kagome abraçou a amiga e se desculpou por ter deixado a todos muito tristes. Então pela milésima vez contou toda história. E no final revelou que havia se acertado com Inu-Yasha.