Capítulo 10 – Kouga. O Lobo Ferido.
Inu-Yasha já não suportava mais ficar sem tocar a namorada, desde que haviam retornado a vila, não mais havia tido um contato mais íntimo com ela, e já não conseguia mais só ficar beijando e abraçando a amada, precisava sentir novamente o corpo dela no seu. Depois de pensar muito, desceu da árvore em que estava e foi procurar por ela. Quando a achou, falou:
Nós precisamos ter uma conversinha! Falou grosso para espanto de todos.
Eu fiz algo errado? Perguntou atônita.
Quando a gente conversar, você saberá! Disse segurando no braço dela e a puxando para fora. Quando já estavam bem afastados do vilarejo, ele soltou o braço dela e ficou olhando-a.
O que foi que eu fiz Inu-Yasha? Por que essa raiva toda?
Você acha que eu estou com raiva? Falou suave.
Se você não está com raiva, então por que me arrastou desse jeito até aqui?
É porque eu tenho um assunto sério a tratar com você!
O que foi que eu fiz? Ela já estava com os olhos cheios de lágrimas.
Você está me deixando louco! Já não agüento mais ficar sem ter você novamente! Eu preciso de você!
Falou puxando-a de encontro ao seu peito, para que ela pudesse sentir como o seu coração batia descompassadamente. Afundou o rosto entre os cabelos dela, aspirando o perfume que eles emanavam. Levantou o rosto dela e deu-lhe um profundo beijo, fazendo sua língua entreabrir os lábios dela e pousar suavemente dentro daquela boca úmida e aconchegante. Afastou-se e falou:
Você não sentiu falta de mim também?
Ah, Inu-Yasha! Você não imagina o quanto eu me segurei para não me jogar nos seus braços e me entregar novamente a você!
Agora não precisamos mais nos segurar, eu quero ter você de novo Kagome!
Eu também!
Agora o beijo era mais ardente e ela pôde sentir o tamanho da saudade dele, ele deixou a boca e desceu de encontro ao pescoço dela, fazendo-a emitir alguns gemidos. Cravou suavemente seus dentes entre o pescoço e a orelha dela, fazendo-a arrepiar. Ela deslizava suas mãos nas costas dele por sob o quimono, fazendo-o ronronar quando passou seus dedos pelo pescoço dele. As mãos dele pareciam ter vida própria, percorriam por todo corpo dela, inflamando ainda mais o desejo nela contido.
Ele tirou a blusa dela e beijou cada milímetro da pele nua, até chegar ao seio, o qual sugou com avidez. Ergueu-a até ela encaixar-se perfeitamente no seu quadril. Roçava o seu corpo no dela, fazendo correr arrepios tanto no seu corpo quanto no dela. Encostou-a numa árvore e arrancou a minúscula peça que bloqueava seu caminho. Livrou-se das próprias roupas e penetrou-a com carinho. Seus movimentos eram lentos, porém firmes, ela o acompanhava movimentando-se no mesmo ritmo que ele. De repente ele se abaixou trazendo-a com sigo, deitou-a entre as folhagens e continuou a possuí-la gentilmente, até que sentiu uma necessidade quase animal de acelerar seus movimentos, ele queria proporcionar o maior prazer possível a ela, quando não pôde mais se conter, deixou-se entregar as ondas de prazer que percorriam o seu corpo na hora em que o êxtase chegou, ela cravou suas unhas nas costas dele, fazendo-o perceber que ela também havia sido satisfeita.
Ele a beijou e acariciou o rosto dela, afastando uma mecha de cabelo que encobria seus olhos. Ficaram deitados ali, um ao lado do outro, completamente saciados. Quando ele sentiu que seu coração havia voltado a bater normalmente, falou:
Nunca mais me deixe esperar tanto. Me promete que sempre achará um jeito de estar comigo assim?
Prometo! Mas por favor, não vamos deixar que ninguém desconfie do que está acontecendo com nós dois, pelo menos por enquanto?
Mas um dia eles vão saber!
Eu sei, só não queria que fosse agora!
Se é assim que você quer, eu não falo nada por enquanto!
Obrigado meu amor!
Vem, vamos nos vestir e voltar ao vilarejo, eles já devem estar pensando que eu te matei!
De certa forma matou!
O QUÊ?
Matou meu desejo, bobinho!
Que bom que gostou!
Eu não gostei, eu adorei!
Eu te amo Kagome!
Eu também Inu-Yasha!
Vestiram-se e voltaram ao vilarejo, onde eram aguardados com olhares interrogativos. Kaede não pôde mais conter a curiosidade e perguntou:
Vocês já fizeram as pazes? Será que agora alguém pode me explicar o por que daquela cena?
Não foi nada senhora Kaede, foi só outro acesso de ciúmes do Inu-Yasha.
Mas precisava tudo aquilo?
Não se meta velhota, eu sei o que eu estava sentindo e eu te asseguro que não é da sua conta!
Como você é educado Inu-Yasha! Eu só estava preocupada, pois do jeito que você saiu arrastando a Kagome daqui, pensei que talvez você a machucasse.
Eu jamais a machucaria velhota! E não se meta na nossa vida!
Tudo bem, não está mais aqui quem falou!
Kagome que assistia a tudo se contendo para não cair na gargalhada virou-se de repente e ficou olhando fixamente na direção do poço.
Sinto a presença de fragmentos próximos do poço!
Vamos, me leve até eles Kagome!
Nós vamos junto! Falou o monge.
Eu disse Kagome! Não preciso de ajuda e se precisar você saberá Miroku!
Tudo bem, mas parece que você ainda não melhorou o seu humor! Estúpido!
Agora eu não tenho tempo para os seus elogios meu caro monge!
Saiu com a namorada nas costas e em quatro pulos estavam perto do poço. Puderam ver ao longe um enorme redemoinho de vento.
É só aquele maldito lobo fedorento!
Calma Inu-Yasha vamos ver o que ele vai fazer.
Ela mal terminou de falar e pôde ver Kouga parar na sua frente e segurar suas mãos.
Eu senti a sua falta Kagome. Soube que você derrotou o Naraku sozinha, é por isso que eu me orgulho por ter você como mulher! Falou o lobo convencido.
EI! LARGA ELA SEU LOBO FEDIDO! E ALÉM DO MAIS ELA NÃO É SUA MULHER! Gritou o hanyou quase explodindo de ciúmes.
Ah! Como vai Cara de Cachorro? Pensei que o Naraku houvesse acabado com você, mas pelo visto me enganei.
Será que vocês poderiam parar com isso? Falou Kagome.
Kagome? Posso fazer uma pergunta a você?
Claro Kouga pode falar.
Por que você está cheirando igual aquele cachorro pulguento?
CACHORRO PULGUENTO É VOCÊ, SEU LOBO SARNENTO! E ELA ESTÁ COM O MEU CHEIRO PORQUE AGORA ELA É A MINHA MULHER, ESTÁ ME OUVINDO? MINHA E DE MAIS NINGUÉM!!!!
É VERDADE ISSO QUE ELE FALOU? Falou Kouga com o rosto irado.
É sim Kouga! Agora eu pertenço ao Inu-Yasha!
É MENTIRA!! ELE SÓ PODE TER TE VIOLENTADO, POR ISSO VOCÊ NÃO QUER ME CONTAR!!!
O QUÊ???? QUEM VOCÊ PENSA QUE EU SOU? ALGUM TIPO DE MANÍACO???
Não Kouga, eu não fui violentada, eu quis tanto quanto ele. Porque eu amo o Inu-Yasha.
MAS VOCÊ É A MINHA MULHER!!!! ELE NÃO PODIA TER FEITO ISSO!!!! EU QUERO O SANGUE DELE PARA LIMPAR A SUA HONRA KAGOME!!!
FEH!!! PODE VIR!!! VOCÊ NÃO IMAGINA A QUANTO TEMPO EU ESPERO POR ESSE DIA!!! Falou o hanyou, já sacando a Tessaiga.
Parem já com isso os dois! Eu nunca fui sua mulher Kouga, aliás, você nunca sequer teve outra coisa de mim que não fosse amizade, já o Inu-Yasha, eu sempre o amei em segredo e você sabia disso, eu nunca te iludi a respeito dos meus sentimentos por ele. Por isso, acho melhor você me esquecer e refazer a sua vida com alguém que realmente te ame.
Mas Kagome, eu te amo e não quero mais ninguém ocupando o seu lugar no meu coração, esse Cara de Cachorro não tinha o direito de fazer o que fez, pois eu te reclamei primeiro!
Um momentinho aí Kouga! Eu não sou um objeto para ter dono. Eu fiz a minha escolha, e essa escolha foi o Inu-Yasha, não você!
VIU SÓ LOBO FEDIDO!!! ELA ME ESCOLHEU!!!!
VOCÊ AINDA VAI ME PAGAR CARA DE CACHORRO!!! OS DOIS VÃO!!!
Falou saindo, ele queria estar bem longe do lugar onde havia sofrido o mais mortal dos ferimentos, e não queria que ninguém presenciasse sua dor. Mas sabia que ele a havia perdido para sempre, ou melhor, teve a certeza de que ele nunca a teve de verdade, tudo não havia passado de uma fantasia da sua cabeça, mas a felicidade deles não ia durar muito tempo. Ele não deixaria o hanyou ficar ao lado dela. E talvez assim, ela ficaria ao seu lado, pois se o hanyou não mais existisse, ela não teria outra escolha anão ser ficar com ele.
Saiu planejando um modo de derrotar Inu-Yasha.
- Um dia, você vai me pagar Cara de Cachorro, e nesse dia ela será minha! Falou para o vento enquanto se afastava ainda mais.