Capítulo 12 – Ritual De Sangue: Um Pacto Para Toda Vida.
Quando a noite finalmente chegou, o hanyou foi falar com a velha sacerdotisa.
Velhota? Será que poderíamos conversar em particular?
Claro Inu-Yasha! Venha por aqui! Falou indicando a porta. Quando estavam sozinhos, ele falou:
Kagome e eu conversamos muito sobre aquilo que a senhora falou.
E tomaram uma decisão, não foi?
Sim! Nós vamos fazer o ritual hoje!
Mas saiba que para o ritual dar certo, você precisa deixar-se transformar em youkai!
Mas se isso acontecer, eu posso machucá-la!
Não Inu-Yasha, você só a machucaria se você se transformasse durante uma luta, mas como isso acontecerá quando vocês estiverem acasalando, o seu lado youkai vai realizar o ritual como ele deve ser feito. E no final você voltaria ao normal, como se não houvesse tido nenhuma transformação!
Tem certeza disso velhota?
Absoluta!
Então se é assim, será que.....?
Eu sei Inu-Yasha, não precisa ter vergonha de me pedir uma cabana para vocês. Tem uma vazia perto do riacho, ela é meio afastada, mas servirá para vocês não serem interrompidos. Quanto ao Shipou, pode deixar que Sango e eu cuidaremos dele. Falou pondo a mão no ombro do hanyou. – Eu não esperava outra atitude sua que não fosse essa, eu me orgulho de ver como você amadureceu Inu-Yasha!
Obrigado Kaede, você não imagina como eu precisava ouvir isso!
Eu sei meu rapaz, foi por isso que eu contei sobre o ritual! Mas deixa eu ir e arrumar a cabana para vocês.
Kaede falou já se afastando, deixando o hanyou sozinho para poder lidar com todos os seus sentimentos.
Inu-Yasha se juntou aos amigos e a namorada para jantar. Aquela noite parecia perfeita, nunca haviam jantado tão despreocupados e felizes. Depois que acabaram foram para perto da fogueira e ficaram conversando sobre pequenas coisas. Quando todos haviam ido se recolher, kagome se levantou e foi dar um beijo de boa noite no namorado que a segurou e disse:
Onde você pensa que vai?
Ora, eu vou dormir como todos os outros!
Não mesmo, você vai vir comigo! Falou levantando e puxando-a até o riacho.
Para onde você está me levando Inu-Yasha? Perguntou espantada.
Para a nossa cabana, para onde mais seria?
Mas nós não temos uma cabana!
Não tínhamos, agora nós temos uma só para nós! Falou com um sorriso malicioso.
Você é impossível Inu-Yasha!
Eu sei!
Continuaram andando até chegarem na entrada da cabana. Ele parou e a pegou no colo.
Essa é a primeira vez que entramos numa cabana para dormirmos juntos!
Eu ainda sei andar Inu-Yasha!
Eu sei, mas eu queria te fazer uma surpresa, feche os olhos! Ela obedeceu.
Ele entrou e a pôs no chão, então falou:
Pode abrir os olhos!
Ela abriu os olhos e ficou maravilhada quando viu a cabana cheia de flores e uma cama perfeitamente arrumada num canto.
Nossa Inu-Yasha, eu não sabia que você era tão romântico!
Agradeça a velhota, pois foi ela que arrumou a cabana para nós!
Mesmo assim, obrigado meu amor!
Você merece muito mais que isso Kagome!
Falou dando-lhe um beijo apaixonado, que logo se transformou num profundo beijo, cheio de amor e desejo. Ele a pegou novamente no colo e andou até a cama, deitando-a suavemente. Quando ele se deitou ao lado dela, pegou uma rosa que estava próxima do seu travesseiro e entregou a ela. Ela pegou a flor, beijou-a e colocou entre os cabelos. Ele sentiu seu desejo acender, como ela conseguia tornar simples gestos numa coisa tão sensual? Ele acariciou o rosto dela, passando os dedos pelos lábios úmidos, ela num reflexo, entreabriu os lábios e ele deu-lhe outro beijo, puxando-a mais para perto dele. Ele sentiu todo corpo dela arrepiar durante o beijo, deslizou sua mão pelo corpo dela, fazendo-a gemer baixinho.
Adorava ouvi-la gemer e sussurrar o seu nome, nunca pensara que seu nome poderia soar tão doce na voz de uma mulher, quanto soava na dela. Parou de beija-la e lentamente foi livrando-a das roupas, ela fez o mesmo por ele, olhando para cada centímetro do corpo dele maravilhada, parecia que era a primeira vez que o via daquela maneira, ele percebeu o jeito dela e não pôde deixar de se sentir envaidecido, pois poucas vezes alguém havia olhado para ele tão maravilhado como ela olhava agora. – Você sabe como deixar um homem envaidecido! Ele falou num sussurro.
Eu não tenho culpa se eu adoro olhar o seu corpo! Respondeu no mesmo tom.
Eu também não me canso de admirar você!
Continuou a beija-la enquanto suas mãos trilhavam um caminho imaginário entre as costas e o quadril. Ela sentiu-se estremecer quando a mão dele pousou suave entre suas coxas, quando ele sentiu que ela estava pronta para recebê-lo, penetrou-a gentilmente. Sentiu seu sangue ferver nas veias, lembrou-se do que Kaede havia falado deixou que a natureza agisse. De repente surgiram duas estrias roxas, uma de cada lado do rosto, seus olhos passaram de um amarelo âmbar para um vermelho intenso, sentiu suas garras e presas aumentarem consideravelmente, finalmente a transformação estava completa. Sem sair de dentro dela, ele sentou-se fazendo-a encaixar-se perfeitamente no seu quadril, ela notou a diferença nele e se assustou ao vê-lo transformado, quando ele sentiu o cheiro do medo dela, falou com uma voz rouca e grossa:
Não vou machucar você, agora és a minha companheira, e eu te reclamo para mim!
Terminando de falar isso, cravou suas presas no pulso dela lambendo para parar o sangramento, feito isso, cravou suas presas no próprio pulso fazendo escorrer o próprio sangue, juntou seu pulso no dela e sentiu o sangue dela misturar-se ao seu, lambeu novamente o pulso dela fazendo o corte diminuir até fechar-se completamente. Levou seu pulso ainda sangrando de encontro aos lábios dela e disse: - Beba, me tome para si como eu tomei você para mim! Ela obedeceu e deixou o sangue dele escorrer pela sua garganta. Quando ela havia bebido uma quantidade suficiente do seu sangue, ele retirou seu pulso da boca da amada e lambeu, fazendo o ferimento cicatrizar quase que instantaneamente. Olhou para ela e falou: - De hoje em diante, você é a minha companheira e eu sou o seu dono, seu destino é estar ao meu lado mesmo depois da morte. Você me pertence assim como eu te pertenço, somos dois partilhando o mesmo coração e o mesmo sentimento! Somos duas almas destinadas a viverem unidas nesta e na outra vida! Falando isso, deitou-a e se pôs sobre ela, cobrindo-a com seu corpo, aos poucos ele foi retornando à aparência que ela estava acostumada. Quando ele voltou ao normal, abraçou-a e fizeram amor como nunca haviam feito antes, era quase que irracional, parecia que não haveria uma próxima vez.
Deitaram lado a lado, exaustos, mas felizes, pois agora eram realmente um do outro.
Quando suas respirações se acalmaram, ele a olhou nos olhos e falou:
Acabou!
Não, só está começando! Agora você é meu dono e eu sou sua para sempre!
Não amor, eu não sou seu dono, sou seu companheiro, e também sou seu para sempre! Me desculpe se te assustei, mas era necessário eu estar na minha forma de youkai para poder realizar o ritual corretamente!
Entendo! Eu me assustei no início, mas depois me acalmei, pois sabia que, de algum jeito, era o meu hanyou que estava o tempo todo me protegendo!
É bom saber que você confia em mim, e que nunca mais vou precisar ter medo de te machucar se algum dia me transformar sem querer.
Isso quer dizer que você não quer mais ser um youkai completo?
Não meu amor, quero continuar a ser aquele por quem você se apaixonou!
Eu amo você Inu-Yasha, com toda minha alma!
Eu também, minha companheira, meu amor!
Fizeram amor novamente naquela que havia sido a noite mais maravilhosa para os dois, pois haviam feito um pacto de fidelidade por toda vida. Dormiram unidos e sonharam doces sonhos para realizarem juntos por toda a vida.
