Capítulo 27 – A Declaração De Miroku
Do outro lado do poço, todos estavam preocupados com o desaparecimento de Inu-Yasha e Kagome. Pensavam em tudo, menos na possibilidade deles terem ido a era dela sem avisar.
Kaede, num momento de sabedoria, falou:
Em perigo acho que não estão( N/A: momento Star Wars, parece o mestre yoda falando! Será que eu errei de desenho? Não! Eu é que estou ficando doida. "), eles devem ter esquecido de avisar e voltaram para o tempo dela.
É! Bem típico do Inu-Yasha! Falou Sango. – O que foi Miroku? Está tão calado hoje!
Não foi nada! Preciso falar com você em particular. Poderia me acompanhar Sango?
Claro! Saíram da cabana e se dirigiram em direção ao riacho.
Sango, eu tenho uma coisa muito importante para falar, mas, por favor, não pense que eu estou brincando, pois demorei muito tempo para assimilar isso que vou te falar!
Fala logo, você já está me deixando nervosa! Sango falou.
É que.....meu Deus como é difícil achar as palavras certas. Bem, eu sei que não sou uma pessoa muito confiável, não culpo ninguém por me achar um pervertido, imaturo, aproveitador, etc. Mas pela primeira vez em toda a minha vida, sinto uma enorme necessidade de ser aceito por uma só pessoa. Sabe, essa pessoa mexeu muito comigo, me fez querer sossegar, ter uma família, um lar. Me fez sentir importante, e apesar de não aceitar bem as coisas que faço, me compreende e me apóia quando preciso. Ela me cativou com seu jeito forte e decidido, mas que ao mesmo tempo é frágil e inseguro, aprendi a amar essa mulher sem querer nada em troca. Bastava a sua presença para me fazer feliz. Mas agora, sem a sombra do Naraku e sem a minha maldição, eu quero mais. Quero poder ter essa mulher ao meu lado, quero ser para ela o que ela é para mim. Quero poder sentir o sabor dos lábios dela, abraça-la e sentir o seu calor perto de mim. Mas temo que no coração dela não haja espaço para mim. Sabe de quem eu estou falando Sango?
Sinceramente? Não faço a menor idéia!
Essa mulher é você! Eu te amei desde a primeira vez que te vi, mas nunca falei nada porque não queria que você sofresse se não conseguíssemos acabar com o Naraku.
Te...tem cer...certeza? Você me ama?
Sim, eu te amo como nunca amei ninguém! E depois de ver o modo que o Inu-Yasha se declarou para a Kagome, me deu coragem para me declarar para você.
Miroku! Eu realmente não sei o que falar!
Me diga somente se aceita ser minha namorada, e futuramente minha esposa!
Eu..... acho que......
Sei, eu compreendo! Sei que não bem aquilo que você quer! Eu aceito a sua decisão de não me namorar!
Mas eu ainda nem falei se aceitava ou não.
Então.....você aceita?
Sim, eu também gosto de você e acho que posso dar um jeito nesse seu pequeno problema com outras mulheres.
Sango, eu prometo que a partir de hoje só terei olhos para você. O monge falou passando a mão na exterminadora.
Seu hentai!!!! Esse é outro problema que teremos que resolver!
Posso ao menos te dar um beijo?
Contanto que seja um beijo descente, sim! Sango fechou os olhos e sentiu os lábios do monge encostarem nos seus. Mesmo não vendo, podia sentir o rosto queimando. Quando se separaram, ele a abraçou e falou:
Eu te amo Sango!
Eu também!
Do outro lado, Kagome estava sentada no sofá lendo um livro enquanto Inu-Yasha lia todas as propagandas que estavam no jornal que o avô dela estava lendo.
Cinema Plaza apresenta Alien vs Predador.
Inu-Yasha, será que dava para você me deixar ler o jornal sossegado? Pedia o avô, já meio irritado.
Err, desculpa! Mas agora que eu aprendi a ler, estou treinando para melhorar.
E precisa treinar com o meu jornal? Justo na hora em que eu estou tentando ler?
É que a Kagome não me deixou ler aquele livro lá! Apontou para o livro que ela lia.
É que aquele livro é para mulher, não tem nada que nos interesse, falou Souta.
Faz uma coisa, leia o guia de canais, pelo menos assim você não me atrapalha. O avô entregou-lhe o livrinho e completou: - Mas, por favor, leia em silêncio!
Tudo bem! O hanyou pegou o livrinho e começou a ler rindo vez por outra dos resumos dos filmes.
A mãe de Kagome entrou na sala e vendo que tudo estava em silêncio falou:
Acho que entrei na casa errada. Não essa é a minha casa mesmo, mas por que todo esse silêncio?
Ai meu Deus! Desisto! Vou para o banheiro tentar ler meu jornal em paz! Falou o avô dobrando o papel e se dirigindo ao banheiro.
O que deu nele? Perguntou a mãe sem entender nada.
É que o mano cachorro passou a manhã inteira lendo as propagandas do jornal do vovô enquanto ele tentava ler as notícias. Souta falou rindo.
Isso explica tudo! Inu-Yasha, você poderia me ajudar a guardar as compras?
Claro mãe, só um minuto que eu já estou indo! Ele respondeu guardando o livrinho perto da tv.
Obrigada meu filho! Falou entregando-lhe as sacolas de compras.
A senhora carregou isso tudo sozinha? Podia ter me pedido para ir ajuda-la! Ele falou notando o peso das sacolas.
Não meu filho, eu pedi ao carregador para me ajudar a trazer até aqui! Ela respondeu com um sorriso. – Mas mesmo assim, obrigada pela preocupação.
Mamãe, vem aqui! A mana está esquisita! Souta falou gritando.
Kagome!!! O que foi? Os olhos do hanyou arregalaram-se ao ver a namorada caída no chão.
Meu Deus!!! Ela está ardendo em febre! A mãe da menina falou com a mão na testa dela.
Vou leva-la para cima, será que a senhora poderia me trazer água fria e um pano para fazer compressa nela? Ele falou pegando a menina no colo e subindo até o quarto.
Já vou providenciar! A mãe respondeu.
O hanyou deitou a namorada na cama e sentou-se ao seu lado. Tentava acorda-la, mas ela permanecia desmaiada. Quando a mãe dela entrou no quarto, ela viu o hanyou preocupado e falou:
Fique calmo, sempre que tem febre, ela desmaia e demora a voltar, mas eu tenho uma coisa que a faz acordar rapidinho. Pegou um vidrinho dentro da escrivaninha da garota e quando abriu o hanyou teve que se controlar para não vomitar, pois o cheiro era insuportável. A mãe encostou o vidrinho no nariz da menina e quase que de imediato ela abriu os olhos.
Kagome, o que aconteceu? Ele falou nervoso.
Acho que estou gripando! Ela falou dando um espirro logo em seguida.
Eu já disse para você não dormir com os cabelos molhados. Não disse mocinha?
Desculpa mãe, é que anda tão quente que não me importei em dormir com ele molhado.
Você parece criança! Por que não obedece pelo menos a sua mãe já que não me escuta? O hanyou falou colocando a compressa na testa dela.
É que ela é muito teimosa e acha que nós nos preocupamos à toa! Respondeu a mãe.
Já estou melhor, basta eu tomar aquele seu chá milagroso mãe, que me curo em dois tempos. Ela falou tentando sorrir.
Eu já volto com o chá! A mãe falou saindo do quarto.
Você me pregou um susto e tanto mocinha! O hanyou falou afagando os cabelos dela. – Por que não me falou que estava se sentindo mal?
Porque não queria te preocupar, pensei que era só um mal estar passageiro!
Quem foi que disse que não era mais para esconder nada, mesmo coisas pequenas?
Eu sei, me desculpe!
É claro que eu desculpo, mas não faça mais isso. Entendeu?
Eu juro!
Eu sei, acredito em você! Falou dando-lhe um beijo.
A mãe dela voltou com uma caneca e entregou para a filha beber, quando ela terminou recostou-se no travesseiro e adormeceu segurando a mão do namorado. Ele ficou ao lado dela até adormecer também. Dormiram até o outro dia, pois a mãe dela achou melhor não acorda-los, pois pareciam cansados. Aquele havia sido um grande dia para uns e um dia nem tão bom para outros.
Já era de manhã quando ele acordou. Tinha as costas doloridas pela posição que havia dormido, afinal adormecera sentado e acordara deitado meio atravessado sobre o corpo da namorada. Ele tocou a testa dela e sentiu um grande alívio ao perceber que ela não tinha mais febre. Desvencilhou-se das mãos dela e foi em direção ao banheiro. "Devo estar horrível!"pensou. Foi até a pia e lavou o rosto, deixando que a água entrasse em contato com sua pele por mais tempo que o habitual, na tentativa de diminuir as marcas de cansaço. Quando voltou ao quarto encontrou-a sentada na cama com um belo sorriso.
Bom dia meu travesseiro favorito!
Bom dia, linda! Como você se sente?
Maravilhosamente bem! Diferente de você! Está se sentindo bem?
Sim! Só estou um pouco cansado, afinal dormi de mau jeito, mas só de ver esse seu sorriso já me sinto bem melhor! Falou chegando perto dela e beijando-lhe carinhosamente.
Será que mamãe já preparou o café? Estou faminta!
Acho que ela ainda não acordou, ainda é muito cedo. Se quiser eu preparo alguma coisa para você.
Não amor, obrigado. Eu mesma vou lá e faço um delicioso café para a gente. Fique aqui e descanse, prometo que não demoro! Falou passando por cima dele.
Pare de me provocar! Ele falou sorrindo.
Mas eu não fiz nada! Ela falou envergonhada
Você não sabe o que faz comigo quando causa esses toques acidentais!
Miroku seu tarado, o que fez com o meu Inu-Yasha? Pare de se fantasiar, eu já descobri tudo! Ela falou brava.
Há há há, Kagome que imaginação a sua! Sou eu, Inu-Yasha, lembra? Seu namorado, futuro marido, e em breve, pai dos seus 12 filhos!
QUÊ!!!!! 12? NEM SONHANDO!!!! NO MÁXIMO 2!!!!!!
Sabia que você fica linda assustada?
Feh! Idiota!
Credo!!! Você anda passando tempo demais comigo, parece que estou me vendo! Falou balançando a cabeça.
Vou fazer o café, e chega de gracinhas por hoje. Entendido?
Certo! Mas por que você não quer ter 12....ai! Sentiu uma almofada acertar em cheio sua cabeça.
Cala a boca e descansa! Se não me obedecer falo aquela palavra que você conhece muito bem e te deixo sem café da manhã! Saiu pisando duro.
Credo, será que eu sou assim? NÃO!!!! Eu não sou assim! Ou será que sou, ah deixa pra lá! Falava ele para si mesmo.
Na cozinha Kagome tentava não se irritar com a demora do microondas que teimava em faze-la esperar pelas torradas. Resolveu então fazer o suco de laranja, pois esse ela sabia que não iria demorar, foi até a geladeira e retirou a caixa de suco e colocou em dois copos, depois colocou o café no bule e pegou duas xícaras, pôs o leite numa leiteira que fazia par com o bule e colocou tudo numa bandeja. Quando ouviu o bip do microondas, pegou dois pratinhos e colocou duas fatias em cada um e passou geléia nas torradas. Subiu para o quarto, e encontrou o namorado com uma expressão triste no rosto.
O que foi meu amor? Por que você está triste?
Desculpa! Eu não queria que você se aborrecesse comigo!
Não foi sua culpa, eu que ando meio estressada. Vê, eu nem estou mais com raiva!
Então você me desculpa?
Só se você me desculpar também! Ele pegou a bandeja das mãos dela e colocou sobre a escrivaninha, virou-se para ela e a abraçou forte, como se não quisesse que ela escapasse dele.
Eu te amo demais para te fazer sofrer por besteiras, gostaria de não brigar mais com você!
Eu também! Vamos fazer uma coisa. Toda vez que formos brigar, você me beija e a gente não briga mais. Tá bom?
Adorei essa sua idéia! Ele falou beijando o pescoço dela.
Tomaram o café da manhã e depois ela foi se arrumar para ir a escola, combinaram de à tarde começarem a levar algumas coisas para a era dele para começarem a arrumar a casa.
O dia prometia. E eles com certeza aproveitariam ao máximo todas as oportunidades que o dia ofereceria a eles.
