N/A: bem segue o segundo capítulo conforme pedido. Espero que gostem. E pra quem ainda não sabe. Hehehe. É Slash sim, mas tenha um pouco de calma, que já vem, hehehe.

Beijos

Viv

Capítulo 2 – Para a Casa dos Dursleys

O dia de partir para a rua dos Alfeneiros chegou. Todos em Hogwarts comentavam o acontecido. O Diretor da sonserina estava desmemoriado e Potter era o culpado. Acreditavam que como não dava pra cumprir detenção nas férias em Hogwarts, o professor teria sido designado para torturar o menino-que-sobreviveu em sua própria casa.

Os amigos de Harry sabiam a verdade. E os outros professores também. Então não desmentiram os boatos. Não adiantaria. Snape estava mais rabugento que o de costume. Ele se sentia irritado por não lembrar as coisas. Os flashs que vira na primeira noite não voltaram. E ele olhava desconfiado para todos. Não guardara o nome de todo aquele povo. E percebia que eles o olhavam desconfiados também.

Foi se encontrar com Harry Potter na Estação onde pegariam o trem para irem á casa dos Dursley. Ele estava conversando com a garota de cabelos bufantes. Ela parecia mais desconfiada de todos, tentando descobrir o que havia por trás de tudo. Estava com eles também um par de cabeças vermelhas, uma menina e um menino. A menina parecia achar graça de algo que o outro cenourinha falara, que tinha um expressão de puro pesar. Snape teria rido se não tivesse ouvido a última frase.

-O morcegão vai conosco?!

-Sim! Algum problema para o senhor? Sr. Weasley? – aprendera que todos os cenourinhas eram Weasleys. "ECATH"

Ron parou estatelado.

-Ron! – sussurrou a menina bufante.

-Ah,... er... Prof. Snape. Como está o senhor hoje? – sorriu amarelo.

-Ouvindo normalmente Sr. Weasley. – frio.

-Vamos entrar? Já está quase na hora de partirmos! – chamou Harry.

-Bem, nós temos que ver algumas coisas. – sae desculpou Mione. – Não sei se o Senhor se lembra, mas somos monitores. E temos que nos reunir com os outros monitores. Mais tarde... nós vemos o senhor. – olhou para o amigo. – Tchau harry.

-Sim, vamos. Gina, vai com a gente? – chamou mais uma vez harry.

"Ficara sozinho com Snape seria muito estranho."

-Ah, Harry. – sorriu matreira. – Eu combinei com a Luna que iria me encontrar com ela. Mas mais tarde a gente se vê. Até logo Prof. Snape. – e acenou para os dois.

Harry suspirou discretamente.

-Bem, professor. Vamos entrar e arrumarmos uma cabine.

Snape o seguiu. Percebia que o jovem hesitava. Não era idiota. Mas tinha que insistir. Algo dizia que o famoso bruxinho podia realmente ajudá-lo. E foram para dentro do trem. À medida que passavam, os alunos cochichavam. Até que estivessem dentro da cabine, seguiram em silêncio.

-Prof. Snape, preciso dizer algumas coisas sobre meus parentes. – parecia constrangido.

-Fale Potter. – incentivou.

-Bem, como eu já disse, não sou exatamente um sobrinho querido. Eles são Walter e Petúnia Dursley. Ela era irmã de minha mãe. Mas não eram muito "amigas". E tem também meu primo Duda. Que é muito mimado, e que também, digamos assim, não tem comigo boas relações. – ele parou um pouco.

Snape pensou se seria difícil sua estada lá.

-Eles abominam o mundo mágico. Não se pode nem ao menos usar a palavra "mágica", perto deles. São trouxas radicais e bitolados. – falou com secura. – Gostaria de nunca mais voltar lá.

-Potter. – pousou a mão no ombro de harry, que se assustou. – Não permita que esses trouxas derrubem você.

Harry ficou surpreso, mas gostou do apoio inesperado. E sorriu sincero. Talvez não fosse tão ruim assim ter aquele "novo" professor ao lado.

A viagem foi relativamente tranqüila. Harry contando sobre os Dursley e Snape o ouvindo com interesse. Quando a mulher com os doces chegou, o professor fez questão de pagar. Comeram os sapos de chocolate, feijão de todos os sabores e as balas de goma. Snape ficou desconfiado de um feijão marrom claro e torceu para ser caramelo, mas se arrependeu e fez uma careta pior que a costumeira, engasgado. Era sabor vômito. E Harry poderia jurar pela própria vida que tentou, mas não conteve o riso.

A princípio Snape ficou ofendido e sentira uma fúria crescendo, mas ao ver o riso espontâneo e o jovem e seus olhos verdes brilhando, sentiu aquela já conhecida sensação de que ele lembrava alguém. E riu também. Discretamente. Mas definitivamente era um riso.

Ron e Mione chegaram logo após o episódio e Snape ficou rígido outra vez. Os adolescentes conversavam amenidades e o clima de entendimento, do professor com o aluno foi quebrado.

Chegando a King's Cross, Snape viu Harry se despedir dois amigos e seguiu com ele até um casal peculiar, que aguardava mais afastado possível do desembarque. Tinham expressão de desagrado.

-Sr. e Sra. Dursley. – Snape cumprimentou com reverência sóbrea.

Eles o olhavam com desconfiança. Cumprimentaram igualmente, reverenciando quase sem perceberem. Olhando para todos os lados. Snape percebeu que era para ver se algum conhecido os veria ali. Mas ele não usava sua capa habitual. Não tinha roupas trouxas, mas trajava uma calça larga preta e uma camisa também preta, de manga longa.

-Vamos. – chamou Harry, para o alívio dos tios.

Ao chegarem, harry percebeu que haviam cedido o quarto que tia Gida costumava usar, para Snape. Os outros continuavam cada qual em seu próprio quarto. Snape tinha feito estudo dos trouxas, há muito tempo atrás, e muitas coisas haviam mudado. Não estranhou o meio de transporte, mas era diferente ver TV, som, DVD, computador. Mas o que ele mais gostou, foi do micro-ondas.

Harry ainda não sabia como ajudar o Snape, mas agora era tarde demais para voltar atrás. Tinha que tentar.

Duda ainda era um adolescente mimado. Continuava a lutar boxe, e estava na Liga da cidade. Ia a competições e ganhava às vezes. A primeira noite foi tensa. Todos pareciam estar aguardando que um dos dois puxasse a varinha e transformasse a casa numa ratoeira e os três em ramsters.

Harry se retirou e explicou para Snape como usar o banheiro, o chuveiro elétrico, e a descarga sem mágica. Apesar do professor poder fazer magia ali, sendo maior de idade, Harry pretendia irritar o mínimo possível os anfitriões.

Na manhã seguinte acordou cedo. E foi fazer o café. Snape estava dormindo. Sonhava com luzes brilhantes. Chuva. Trovões. Vultos passando muito rápido. Ele não conseguia ver ao certo o que era. Olhou para os lados. E havia ali, muitas pessoas em volta. Mas não reconhecia seus rostos. Até que viu uma garota. Ela era linda. E tinha olhos tão verdes! Mais luzes e a chuva forte. Ele ia se afogar. Começou a gritar. E a se debater.

-Professor Snape! Professor Snape! Snape!!! –ouvir. E se sentia estar sendo sacudido. – Snape! – chamava a voz outra vez.

Snape abriu os olhos e viu Harry Potter ali. Estranhou.

-O senhor estava tendo um pesadelo. – falou Harry.

Com dificuldades para raciocinar. Percebeu que o garoto estava sentado em sua cama, sacudindo seus ombros levemente. Um arrepio passou pelo seu corpo.

-Está tudo bem. – se sentou. – Foi um pesadelo. Ou uma lembrança. – disse mais baixo.

-Como?

-Nada. – começou a se levantar. E só então percebeu que só usava um short preto de seda. Harry pensava que o professor era um pouco "cheinho". Mas agora via que o tamanho do outro se devia a músculos bem traçados. Havia uma serpente tatuada no peito. Nunca tinha visto uma tatuagem bruxa antes. Sem contar com a Marca Negra. E não esperava ver uma no professor de Poções. Ou mesmo que ele fosse tão... forte.

Percebeu que olhava e admirava o corpo do homem e corou. Snape se virou para pegar um robe e não percebeu o constrangimento do outro.

-Mas então, Potter. – mudou de assunto. – Gostaria de conhecer sua cidade.

O jovem achava imprudente, com Voldemort à solta, querendo pegar qualquer um da Ordem da Fênix. Mas percebeu que não poderia ficar na casa dos tios o tempo todo.

-Estava preparando o café. Quando o ouvi gritando. – corou outra vez. – Desça quando estiver pronto. – e saiu.

Snape viu que o garoto era quem fazia as coisas na casa. Café, almoço e jantar. Como o Duda não fazia dieta regular, a Petúnia queria alimentá-lo melhor.

-Então, o senhor é professor? – perguntou o Walter com cuidado á mesa do café.

-Sim. Sou professor de poções. – confirmou.

-E o que seria essa... matéria? – perguntou receosa Petúnia.

-Fazemos poções para todos os fins. Para aliviar a dor, para curar feridas, crescer cabelos. – nesse ponto os tios pareciam apreciar, comparando co farmacêuticos. – Sem falar de todos os feitiços, que são beneficiados pelas poções.

Duda gemeu baixinho atrás do saduichão que comia. A expressão de desagrado retornou ao rosto deles.

"Como o menino Potter pôde passar tanto tempo com pessoas tão bitoladas?!"

Não houve mais conversas.

Após o almoço Harry o levou para ver a cidade. Tinha impressão de já ter passado por ali. Mas era só uma impressão muito vaga. Viu pontos turísticos, foi a museus. Harry contou tudo sobre a história da cidade. Ele era muito culto e muito inteligente. Vez ou outra pegava o garoto o olhando de esguelha. Mas não se ofendeu com isso. Gostou até. Fizeram comprar para que Snape tivesse roupas trouxas e harry o ensinou a usar moeda local.

Estavam retornando para casa, num parquinho, quando um arrepio os surpreendeu. Sentiu uma tristeza infinita. Olhou para harry e ele pareceu ter percebido também. Olhou para os lados e viu duas figuras encapuzadas flutuando perto dele. Não tinham rostos. E Snape não sabia o que fazer naquele momento. Percebeu então que havia mais alguém ali.

-Severus, meu caro, passeando?

Snape viu um homem alto, loiro, de cabelos muito longos. Não gostou do sentimento que veio a seguir. Desprezo.

-Sr. Malfoy. Já conseguiu fugir de Azakabam?! – e olhou os dementadores. – Tropa nova? – Harry firme apesar se sentir um pouco fraco.

"Malfoy. Esse nome me lembra alguma coisa!"

Lúcius sorriu debochado.

-Ouvi dizer que você está com probleminhas de... memória. Isso é verdade Severus? – descrença.

-Não creio que seja se sua conta, malfoy. Mas esteja certo, que ainda sei uma varinha. – e pondo em riste diante do outro.

-Oh! Mas eu não vim aqui para duelar com você, irmão de marca!

Snape franziu a testa, sem entender. E com um sinal o loiro desaparatou. E os dementadores começaram a se aproximar.

-EXPECTRO PATRONUM!!!!!!!!!!!!!!

E uma luz brilhante saiu da cada varinha que fez o feitiço. Um cervo e uma serpente foram em direção aos espectros, afugentando-os.

Snape estava ofegante e percebeu que harry também estava. Eles se olharam enquanto o patrono dos dois desapareciam.

-Você está bem harry? – foi em direção ao garoto.

-Estou. E você... o senhor? – concertou constrangido.

-Tudo certo. – e sorriu com um canto da boca. – Belo patrono o seu!

Harry corou.

-Era igual ao meu pai. – disse sem querer.

Um flash de um cervo real correndo pessoa pela mente de Snape de repente.

-Professor, o senhor está bem? – preocupado.

Mas se recuperou logo.

-Me chame de você, Harry. Aqui não sou seu professor. Somos dois bruxos no mundo trouxa, que se livraram de alguns dementadores juntos!

-Tudo bem, prof... Severus. – era estranho estarem conversando civilizadamente. Mas era muito bom também.

-Harry, o homem que saiu daqui. O Sr. Malfoy. Ele é pai de um dos alunos não é?

-Sim. É pai de Draco. Aluno da sonserina. Casa que o senhor é diretor.

-Mas ele disse algo intrigante. Sobre sermos "irmãos de marca". O que significa isso?

-Bem, é que... – "Como explicar?" – Bem, você já sabe sobre Voldemort. – Snape fez que sim. - Pois bem, existem seguidores como um exército. E você é um deles. É um Comensal da Morte. – aguardou sua reação.

-Um Comensal. – disse devagar. – E o que faz um Comensal? – ainda sem expressão.

-Eles matam, torturam, estupram. Tudo o que o mestre mandar. – disse isso de olhos baixos.

-Eles... eu fiz isso? – máscara de indiferença. Mas harry já havia aprendido a reconhecer esse novo homem. Ele estava decepcionado.

-Parece que sim. Mas algo aconteceu, e só você e o prof. Dumbledore, sabem. E você veio para o lado da Luz. Passou a ser espião dos planos de Voldemort e nos ajudando na Ordem da Fênix. Que é o exército de Dumbledore.

Nunca pensou que um dia estaria falando essas coisas. Sempre duvidara de Snape. Sempre achando que ele era inimigo. E depois de Sírius... Não queria pensar, ainda doía.

-Então sou como um agente duplo. – pensou. – Harry, você falou de seu pai. Eu o conheci? – mudou de assunto.

O jovem hesitou, ele percebeu.

-Conheceu. Mas não eram grandes amigos. – e se virou. – Vamos, vamos embora. Ainda bem sou bruxo maior de idade e poso fazer mágica. Se não já esta ia chegar correspondência do Ministério que rendo me expulsar, outra vez. – falou desanimado.

Snape estranhou. E Harry contou o que tinha acontecido no último ano.

OF: continua.