Oi turminha. Fico imensamente feliz que tenham gostado dessa fic. Ela é muito especial pra mim. Bem, mas chegamos a mais um último cap. E os agradecimentos finais:

From: Achren : ÔBA! Quem bom que gostou. Bem é slash leve como eu disse. Coisa de romance sem orgia. Hehehe. Me diga o que acho de tudo.

Lilibeth : hehehe. Gostou do shortinho preto de seda???? Eu também! Visualizei a cena achei que esse traje seria o melhor. Não o Harry não é bobo. Ele é ingênuo. Mas aprende rápido. Hehehe. Beijos amiga. ADORO suas reviews!!!!!!!!!!!!!!!!

Ia-Chan : Bem, vou responder a sua pergunta com esse cap. Será que ele recupera a memória??? E se recuperar, como será dali pra frente??? Leia e descubra. Hehehe

Gente, um grande beijo. E me desculpem se a fic ficou muito curtinha. Mas prometo demorar mais um pouco na próxima. Hehehe. Está saindo do forno. E só falta digitar! Mas é outra fic pra um outro pôr-do-sol.

Beijos

Viv

Capítulo 3 – Novas e Velhas Lembranças

Foram voltando para casa dos Dursley. Havia ali um camaradismo que harry nunca esperou que um dia acontecesse. Era diferente conversar com Snape ou com Lupim. Lupim era mais paternal. Mesmo Sírius... mas Snape parecia ser mais como Rony. Só que Harry se sentia responsável por ele.

"Estranho!"

Os Dursley estavam assistindo TV quando chegaram. Fingiram não notar. Então Harry seguiu com Snape para seus quartos. Como tinha um só banheiro, ofereceu para que o professor tomasse banho primeiro e foi para seu próprio quarto. Tinha que escrever para Rony e Mione sobre os dementadores e Lúcius. O cerco se fechava. Amarrou as mensagens na Edwiges e foi para o banho. Já tinha dado tempo suficiente para Snape ter terminado o seu.

Abriu a porta sem bater. E ficou petrificado com o que viu. Snape estava só de toalha enrolada na cintura. Se olhando no espelho. Tocando seu rosto. E seu peito. Lá estava a tatuagem da serpente. Igual a do patrono, agora notara, só que desta vez não prata, mas negra. Que assim como as fotos bruxas, parecia se mexer. Como se fosse dar o bote.

Harry já havia visto a tatuagem antes. No início das férias, apenas não notara que ela se mexia. Sentia-se hipnotizado. Snape se virou e viu harry ali, parado, sem conseguir se mover.

-Harry venha até aqui. Feche a porta. – chamou sério.

O jovem despertou do susto.

-Não... Severus. Desculpe-me, vou deixar você se vestir. Volto depois...

-Venha aqui! – repetiu ainda sério, sem tirar os olhos do espelho.

Como não sabia o que o outro queria, mais curioso que constrangido, fechou a porta e foi até ele.

-Ela está sempre prestes a atacar. – falou olhando nos olhos verdes.

-Hã? – confuso.

-Ela... – e se virou para o espelho apontando a serpente.

Harry que tentava não olhar para o corpo do homem, não pôde deixar de encarar a tatuagem. Não estava preparado para o arrepio e o calor no baixo ventre que sentiu. Snape tocava com os dedos próximo da cabeça da serpente e ela tentava abocanhá-lo. Como num autômato, Harry olhou para ela e tocou também de leve.

-Acalme-se. – percebeu que falou em língua de cobra.

E ela parou. Virou-se na direção dele. Com a ponta dos dedos, continuou acariciá-la. Quando percebeu o peito do homem retesar e arrepiar, recuou depressa. Estava assustado com a reação. Snape olhou confuso pra ele.

-Você é ofidioglota. – constatou.

-É. – falou simplesmente e olhou nos olhos pretos. – Eu... eu... acho melhor... esperar lá fora. – mas não se mexeu.

Snape se aproximou. Olhando firme nos olhos verdes.

-Seus olhos... são tão intensos! – e se tornou a se aproximar para ver mais de perto.

Percebeu o outro com a respiração suspensa. Sentiu uma vontade incontrolável de beijá-lo. Mas recuou. Suspirou. Estava confuso. Não parecia certo.

Harry por sua vez, continuava atordoado. Pensou que fosse ser beijado. E se fosse honesto consigo mesmo, admitiria que gostaria que isso tivesse acontecido. Mas agora, com o transe rompido. Achou melhor não pensar no assunto. Era estranho demais. E saiu.

Os dias foram passando e o episódio no banheiro não foi comentado por nenhum dos dois. Continuavam passando pela cidade. Algumas memórias voltavam. Mas aos pedaços. E não faziam muito sentido. Não quis comentar com Harry, pois ultimamente andava sonhando com uma garota ruiva de olhos verdes com os dele. Mas quando acordava só se lembrava dela. Não o que acontecia.

Harry sentiu que houve um certo afastamento entre eles e confessava não estar satisfeito com isso. Estava folheando seu álbum quando ouviu a porta bater.

-Entre.

-Seus tios e seu primo saíram. Gostaria de aproveitar para conversarmos mais sobre o passado.

-Claro. Sente-se aqui. – apontou a ponta da cama onde estava. – Eu estava olhando algumas fotografias. Quer ver se te lembra algo? – solícito.

Snape pegou o álbum e logo na primeira página o que viu o fez empalidecer. A garota dos sonhos. Estava ali.

-Minha mãe. – falou harry sem notar o choque do outro.

"A mãe dele!? Santo Merlin! O que quer dizer isso?"

Ao lado dela o homem com um bebê nos braços. Sentiu tontura. Uma luz brilhou. Viu um monstro urrando. Não! Monstro não! Um lobisomem. E sentiu-se ser agarrado e tirado de um túnel muito escuro e quando foi se virar para seu salvador, era... Harry Potter!?

-Severus! Severus! Você está bem? – foi sacudido.

Quando olhou novamente, Potter estava ali. Não no túnel escuro. Estava sentado na cama diante dele. Olhou confuso.

"Como poderia ele estar no passado a no presente?"

Olhou novamente para o álbum. Mais uma vez a mesma foto respondeu. O pai de Harry era incrivelmente parecido com ele.

-Seu pai salvou minha vida também. – disse finalmente.

-Você se lembrou? – quê de tristeza.

"Se ele se lembrar de tudo..."

-Algumas coisas estão voltando. – notou o pesar do outro. – Acha que não vou gostar de lembrar o resto? – questionou direto.

Harry corou.

-Não! Er... que bobagem! Por que está dizendo isso?

-Seu jeito de falar. – fez uma pausa. – Harry, existe algo que eu deva saber, sobre... nós? – falou devagar.

-Na verdade, nunca fomos... próximos antes. – disse desconfortável.

-Por quê? – quis saber.

-Na verdade, não sei direito. Simplesmente começou assim. Desde o tempo de meu pai. – suspirou. – Vocês brigavam muito. – se levantou e fingiu dar comida para Edwiges que estava em sua gaiola.

Snape se levantou e se colocou atrás dele. Sem tocá-lo. Harry estremeceu ao senti-lo perto. Havia crescido muito e parecia poucos centímetros mais baixo que o professor.

-Não justifica.

Harry suspirou e se virou para ele.

-Mas ainda assim... – olhou triste diretamente nos olhos negros.

Desta vez Severus Snape não recuou. Encurtou as distâncias e beijou-o profundamente. Entregaram-se ao breve momento. Ambos estavam tontos. Mas um pio da coruja os trouxe de volta à realidade.

Se entreolharam constrangidos. Mas snape não se arrependeu. Já o grifinório não sabia o que pensar. Era seu primeiro beijo de verdade. E nem em seus sonhos mais loucos, poderia imaginar que o teria com um homem. E tão pouco com seu mestre de Poções. Quase riu da ironia das coisas. Ensaiou um sorriso. Mas o rosto parecia dormente. Snape também estava atordoado. Podia ter perdido a memória, mas não esquecera sua inclinação sexual. E beijar um outro homem com certeza não era parte de sua rotina. Mas apesar disso, havia gostado. E muito. Harry tinha o rosto corado e os olhos verdes brilhavam muito sensualmente.

Um novo pio do pássaro quebrou o transe. E Harry virou-se para terminar de alimentá-la.

Alguns dias depois receberam cartas de Hogwarts. Foram comprar o material de Harry Potter no Beco Diagonal. Não houve outro beijo. Mas a distância desaparecera. Os sonhos com a menina ruiva pararam. E os com Harry continuaram. Snape percebeu que a outra não tinha sido tão importante quanto o jovem grifinório era.

Foi quando voltavam das compras que encontrou o homem loiro novamente.

-Severus Snape! Continua pajeando Harry Potter? – levantou uma sobrancelha. – Ou eu deveria dizer, sendo pajeado?

-Lúcius Malfoy. Sem seus seguranças pessoais? Não está muito desprotegido? – ironia de volta.

-Que eu saiba, não preciso de proteção. Ou sua mente desmemoriada já está lhe pregando peças? – ainda sarcástico.

-Malfoy! Deixe-nos em paz! – Harry furioso.

-Potter! Sempre atrevido! Você não aprende nunca a se colocar no seu lugar!? – fingindo cansaço. E olhou-o com rudeza. – Saia de meu caminho você!

Snape se adiantou.

-Quer enfrentar alguém de seu tamanho? – perigoso.

Ouviu-se a risada maligna do loiro.

-Não agora, Severus. Não agora. – se virou e entrou na Floreio e Borrões.

Os que ficaram estavam, espumando de ódio.

-Esqueça! Não vale á pena. – E Harry pegou no braço do professor. – Vamos embora. Ele não ousaria fazer algo aqui.

Snape assentiu. Tocou a mão sobre seu braço e suavizou a expressão.

-Vamos.

Dias depois, na estação King's Cross, todos retornavam para mais um ano em Hogwarts. O último da Harry. Depois dali queria ser auror. E deixaria de ver o professor. A tristeza se fez presente novamente. Pelo tempo perdido. Pelo medo.

Severus Snape voltaria novamente no Expresso para Hogwarts. Pensava no presente de aniversário que colocara na mala da harry sem que ele percebesse. Só soube que ele fazia anos quando as corujas começaram a chegar. Então resolveu fazer uma surpresa. Esperava agradar.

Foram para o último vagão. Ficaram em silêncio um pouco. Os dois se lembrando do dia em que partiram. Do primeiro toque, os primeiros risos. Mas desta vez Rony e Mione chegaram antes dos doces e Snape voltou a manter a postura fria e rígida. Ainda assim Harry estava feliz.

Mas algo aconteceu. Uma coruja negra, muito grande de aparência sinistra, bateu o bico contra o vidro da janela do trem. Indeciso Snape acabou abrindo. Ela entrou e posou em seu colo.

-De quem será? – Mione intrigada.

-Não parece boa coisa. – Rony com repulsa e medo do pássaro.

Snape encarou Harry e resolveu abrir o bilhete. Mas quando o fez tinha um pequeno objeto. Parecido com uma semente de abóbora que rolou dele e caiu. Snape entendeu o que era antes mesmo do objeto se chocar com o chão e se jogou sobre Harry.

-Se afastem! Explosão! – gritou.

E ouviu-se um estrondo, que abriu um buraco no local onde a semente caiu. Rony e Mione estavam jogados no canto da cabine. Estilhaços da porta sobre eles. Harry sob Snape assustado. Percebeu que também tinham estilhaços, mas que ao contrário dele, o professor estava inconsciente. Desesperou-se.

-Severus! Severus! Oh, Deus! Me ajudem a colocá-lo no banco. Ou o que restou dele.

Os dois foram ajudar. Apenas um dos lados parecia possível de se deitar. Colocaram com dificuldade o homem ali.

-Severus! – passando a mão no rosto do outro. – Não parece ferido. Enervate! – apontou a varinha.

Snape estremeceu. Abriu os olhos com vagar. Harry sorriu. E se aproximou na intenção de dar lhe um beijo. O medo de que algo tivesse acontecido o fez despertar. Não queria perder mais nenhum momento longe dele. O amava. Sabia disso agora. Mas antes que pudesse realizar seu intento foi impedido.

-Potter! O que pensa que está fazendo? Ficou louco? – furioso. – O que está acontecendo?

Snape desorientado percebeu ter um bilhete nas mãos.

"Para se lembrar quem você é...

LM"

A coruja não estava mais lá. Os três jovens estavam chocados.

-Potter, seu insolente, o que andou aprontando? – fúria ainda ali.

-Eu... Severus... você se lembrou?

-Lembrei de quê? O que está falando? Seria exigir muito de você uma explicação decente? – frio.

Era o antigo professor. Não o novo "amigo". Sentiu dor, raiva, tristeza.

-O senhor tinha perdido a memória. – voltou ao tratamento anterior. – Passou as férias comigo. Mas a coruja do Lúcius Malfoy, provavelmente, o fez voltar. – entre os dentes.

-Isso é ridículo! Eu jamais faria isso! Você é patético harry potter!

E saiu do vagão parcialmente destruído.

O trem acabou parando para trocarem de vagão e esclarecer os fatos. O atentado serviu para deixar todos quietos até a chegada em Hogwarts.

Harry já esperava que isso viesse a acontecer. Mas contava com o fato de terem se dado tão bem, pudesse realizar alguma mudança no professor. Mas ao que tudo indicava, fora exatamente isso que Snape agora esquecera.

A cerimônia de seleção nunca fora tão triste. Estava arrumando a mala, mais tarde, quando achou uma caixinha que não conhecia, no meio de suas coisas. Abriu. E nela havia um pomo de ouro muito desgastado. Suas asas já não mexiam. E então viu uma carta.

"Caro Harry,

Pouco me lembro sobre meu passado ou minha "vida anterior". Mas posso dizer que você é a lembrança mais doce que tenho. Descobri que admirei muito sua mãe. Mas como ela só tinha olhos para seu pai, não pude perdoá-los. Esse pomo era dela. Presente de Thiago. Após um jogo particularmente difícil. Mas meu ciúme era tanto que o roubei (não me pergunte como, pois não me lembro.). Acho que ela nunca soube quem foi. Guardei todos esse anos. Mas agora, conhecendo você. Sei que devo devolvê-lo. Apenas gostaria que soubesse, que isso simboliza minha "nova vida". Se não com você, ao menos por você Harry Potter. Quero que saiba que confio em você, incondicionalmente. E que haja o que houver, nunca irei esquecê-lo.

Amor

SS"

Enquanto Harry sorria com tristeza relendo a carta naquela noite, o mestre de Poções rolava na cama. Com um sonho onde ele e Harry Potter estavam unidos e lutavam contra um Voldemort furioso. Mas ele sabia que juntos poderiam conseguir tudo o que queriam. Até serem felizes.

Acordou suando. Mas não se lembrou do sonho. Apenas sabia que a Marca Negra ardia. Ele o estava chamando. A Guerra iria começar a qualquer momento. Tinha que estar preparado. Só Sentia pesar de estar tão sozinho.

FIM