Nome da fic: Até que a morte nos separe

Autor: Viviane Valar

Pares: Severus/Personagem Original

Censura: NC-17

Gênero: Drama, Tema Adulto. Romance.

Avisos ou Alertas: Spoiller de todos os livros HP1 ao HP5.

Agradecimentos: à Rowling que criou esses persons maravilhosos permitindo que a gente se divirta. Ao povo do fest.

Resumo:

Desafio 59. Snape é o que é - chato, anti-social, grosseiro e pouco humano - porque... Perdeu um grande amor na época da subida de Voldemort ao poder. Digo mais! Isso ode ter sido importante para a mudança de lado do nosso mestre. Eis que mais um ano começa e nosso Snape está lá, na reunião de seleção, quando vê entrar a nova professora de DCAT que á, na da mais, nada menos, que sua amada de sempre. Ela, entretanto, o olha com total indiferença... E ele, depois de algumas idas e vindas, descobre que ela ficou totalmente desmemoriada, só que não perdeu os poderes.. Ela não faz a menor idéia de quem ele seja e nem imagina que se amaram tanto no passado. E agora? Snape tenta reconquistar seu amor? O que vai acontecer? (Jobis Weasley)

CONTINUAÇÃO DE "A ESCOLHIDA"

ATÉ QUE A MORTE NOS SEPARE

CAPÍTULO 1 - O PASSADO

Calius, não se sabe como, conseguiu levar o corpo da sua amada até a aldeia. As pessoas o ajudaram. Nada disse sobre o ocorrido. Apenas que tinham sido assaltados. E que Theo precisava de cuidados. Não queria admitir que ela estava morta. Não sabia como as pessoas do povoado reagiriam.

Mas para sua surpresa, um médico trouxa foi chamado, e constatou que estava em coma. Mas que estava viva. Foram semanas cuidando dela. Velando seu sono. Quando descobriram que ela estava grávida e o bebê estava vivo. Calius disse que era seu filho. E que estavam noivos. Os habitantes da aldeia acreditaram. Pois viram os dois crescerem juntos e jurarem se casar um dia. Ele ficava a seu lado sempre. Não havia se recuperado totalmente. Mas nunca demonstrara.

Quando Theo acordou, não se lembrava de nada. Nem seu próprio nome. Calius aproveitou essa fraqueza e se fez mais presente. Contando tudo sobre sua vida. Mas omitindo os episódios sobre Voldemort e Severus Snape.

Ela estava muito grata a o amava a seu jeito. Então quando viu que estava grávida, pensou que ele fosse o pai. E quando Calius a pediu em casamento, não pôde recusar. Sabia que ela não o amava como um dia amara Snape. Mas em seu egoísmo aceitava o que ela podia oferecer. Companheirismo, atenção, carinho. Mas com o passar do tempo, percebia uma tristeza em seus olhos, que ela tentava constantemente disfarçar. Um remorso crescia a medida em que via, a filha que ele amava, se parecer cada vez mais com o pai verdadeiro.

E ele ficava cada dia mais doente. Ela não se lembrava de como usar seus poderes ainda. E quando a filha, Loy, estava com cinco anos, Calius morreu. Mas antes de partir fez um pedido muito importante. Queria que Loy estudasse em Hogwarts. Foi o único pedido que ele fez a vida toda. E ela não pôde recusar.

Mas Loy era uma benção. Também tinha seus poderes, ainda não sabia disso. E era muito estudiosa. Era cópia perfeita de Theo, mas tinha um gênio muito difícil, se irritava a toa, e às vezes ficava com uma expressão carrancuda quando não era atendida prontamente. Amava o pai com loucura. E ele também. Era amoroso e gentil e mimava a menina de uma forma que Theo se ressentia. Mas ela sabia que ele estava doente e não o criticava.

Após a morte de Calius, Theo só vivia para a filha. E voltara a estudar tudo sobre Artes das Trevas e sobre poções. Aos poucos foi recuperando seus poderes. Mas continuava sentindo aquela familiar tristeza. E o vazio que achava que nunca iria preencher.

Quando Loy foi pra Hogwarts, a vida de Theo piorara muito. Ficara mais isolada que nunca naquela aldeia. E o vazio aumentara. A única coisa que fazia pra passar o tempo era trocar correspondências com a filha e estudar.

Conheceu o Diretor da escola, Dumbledore. Em uma visita que fez à escola, em seu primeiro ano. Ele era um velhinho muito gentil e observador. Conversaram um pouco e ele conseguiu extrair dela toda sua história. Conversaram sobre a falta de informação a respeito de Voldemort no mundo trouxa e em lugares como o seu povoado.

Ela já sabia sobre o temido inimigo. Comprando material escolar pra Loy, percebeu o quanto seu povo estava atrasado. O engraçado sobre o homem, era que não sentia medo dele. Como os outros. Apenas uma grande ira. Queria saber tudo sobre ele. E ser capaz de enfrentá-lo um dia.

Loy foi pra sonserina. A escola era dividida em casas e esse era o nome da casa da menina. Ela contou tudo o que acontecera lá. Sobre um garoto chamado Harry Potter e sobre os professores. Falava do ministério estar interferindo na escola e fazendo terror.

Contou sobre as confusões que dois ruivos, irmãos gêmeos arrumaram quando fugiram da escola. E riram muito. O riso da filha era devastador. Seu coração se acalmava e a vida era menos difícil.

Foi com surpresa, que recebeu, junto com a carta de livros de Loy, do segundo ano, um convite. Um convite do diretor, para que fizesse parte do corpo docente. Dar aulas de Defesa Contra Artes das Trevas. Theo hesitou por apenas um minuto. Poderia ficar perto da filha. Seria maravilhoso. E respondeu a coruja aceitando o cargo prontamente.

E ali estavam elas. Na estação King's Cross, aguardando o expresso para Hogwrats. Viu as pessoas chegando. Bruxinhos novos assustados ou excitados. Veteranos muito animados se despedindo de seus pais. Mas este ano ela não faria o ritual da despedida. Sorriu exultante.

Viu alguns adultos chegando, talvez fossem professores também. Loy saiu em direção a um grupinho de meninas que já conhecia e deixou Theo observando as pessoas em volta. Até que viu um homem que se destacou dos outros. Muito alto. Vestia negro da cabeça aos pés. Parecias estar com pressa. Muito sério. Sentiu um arrepio morno chegar à nuca. Tinha cabelos muito negros, como aos dela própria. Mas não se virou. E ela sentiu um aperto no peito. Não gostou disso. Decidiu manter distância do homem. Não queria nada que trouxesse dor.

Entrou no trem e enquanto Loy ia com as amigas pra um vagão, Theo foi até a cabine dos professores. Mas antes que chegasse lá ouviu uma conversa muito interessante.

-Harry! Oi, como você está? - um garoto gorducho perguntou.

-Tudo bem Neville. - mas a voz do jovem negava.

-Vamos entrar gente! Senão, não vai restar nenhuma cabine vaga. - um ruivo falou.

-Você tem razão, Ron. Vamos logo! E temos que combinar nossa primeira reunião da AD. - quase sussurrando. Era uma menina muito bonita.

-Vocês já sabem se o cargo de DCAT foi ocupado? - o gorducho de novo.

-Eu sei. - uma outra menina com cabelos que lembravam labaredas chegou.

-Até parece que você sabe! Se eu não sei!!!! – o tal Ron não acreditava.

-É uma professora! - a ruiva falou em tom de solenidade. - E é mãe de uma das segundoanistas da sonserina.

Theo não gostava de ouvir conversa dos outros, mas estava curiosa.

-Que ótimo! Se for cria da sonserina, não deve ser boa coisa. – irônico.

-Ron! - a garota bonita se zangou.

-É Mione, já pensou, ter que agüentar Snape e essazinha aí!! - ele estava indignado.

Theo quase caiu na gargalhada.

-Não é Harry? Harry! Você está me ouvindo?

-Hã? Claro! Er... vamos logo.

Theo pode sentir vindo do garoto que falava por último uma tristeza tão grande que parecia muito com a dela. Mas nele havia também um rancor intenso. Ficou apreensiva pelo jovem. Olhou melhor pra ele e pôde ver a cicatriz na testa.

"Então esse era o menino-que-sobreviveu?"

Ele tinha lutado com Voldemort. Decidiu que o ajudaria a ter forças. Se lembrou do que Loy contara. Sobre o padrinho ter morrido no ano anterior. Essa era uma das razões de toda aquela dor..

Viu os garotos se afastarem até entrarem na cabine mais à frente. Ele tinha um tesouro que não se dava conta. Seus amigos. Realmente se importavam com ele.

Foi então para a cabine dos professores. Chegando lá notou que já havia uma pessoa. O homem que vira lá fora.

-Bom dia! - falou educadamente.

Ele estava mexendo com alguns papes e nem a olhou. Murmurou qualquer coisa que ela assumiu como uma resposta a seu cumprimento.

"Mal educado!" - pensou.

E se sentou próxima à janela. Aporta da cabine se abriu e outra pessoa entrou. Aliás era uma pessoa muito grande. De barbas e cabelos desgrenhados. Imaginou quem fosse.

-Bom dia! - alegremente - Ops! - e bateu a cabeça na porta.

Theo riu. Gostou dele instantaneamente. Parecia mais uma criança que cresceu demais para seus brinquedos antigos.

-Bom dia! - respondeu ela.

-Sou Rúbeo Hagrid! Professor de Tratos das Criaturas Mágicas. A senhora deve ser a nova professora de DCAT! - todo sorrisos.

-Sim, sou eu mesma. Theo Mort. Muito prazer. - e estendeu a mão para cumprimentar o homenzarrão.