Gente, como, com que palavras agradecer os reviews ??? teen-girl, você me deu forças para escrever mais um capítulo...obrigada, carinhosa amiga d´alem-mar.

Snake-eyes, meu ídalo completo, que crítica fantástica ! Corei - MESMO! - ao ler o que você escreveu... please, não é autocrítica demais, e´só "vergonha na cara", mesmo. :) E a estorinha da Ella não é BEMMMM de mais uma aluninha que vai pra escola mágica, tra-la-lá-tra-lá, é sobre tolerância e diferença...Só não sei se terei capacidade para tanto, mas pelo menos eu ousei tentar.Obrigada pela confiança, darling.

Luna, silenciosa e austera irmãzinha sempre presente, vou tentar deixar mais claro então nesse capítulo o tempo-espaço, fique tranquila : é uma época pré-Harry-Hogwarts, exatamente nos "anos de limbo", aqueles que Harry crescia com os Dursley... e o mundo mágico respirava, aliviado (ou enganado?) por Voldemort ter sido derrotado pelo menino-que-sobreviveu. Espero que apreciem esse novo capítulo-delírio da Lilibeth.

"No mundo em contínua transição,

Cinquenta anos e uma vida

São meros sonho ou ilusão. "

Oda Nobunaga - 1582

4 - Nox Totallis

Aquelas reuniões de início de ano letivo sempre foram desagradáveis, principalmente para si, pensava Severo Snape enquanto apoiava-se no lado oposto da cadeira, de forma a manter a maior distância possível de sua vizinha Sibila Trelawey.

- Bem, caros professores, obrigado por terem vindo a esta nossa primeira reunião. Teremos algumas alterações curriculares este ano, por força de um aluno em especial.

"Oh, outro maroto não..." pensou Snape, e com ar de enfado e um mover-se incomodado na cadeira , ia externar em palavras menos agressivas seu pensamento, quando o diretor - apenas olhando-o diretamente por cima dos óculos - continuou :

- E, antes que pensem que teremos outro "maroto" na escola, direi que teremos apenas alguém com necessidades especiais, o que talvez nos obrigue a alterar algumas abordagens de aprendizado, o que acredito estar plenamente ao alcance do padrão de ensino desde corpo docente . Mas, de uma forma geral, não se preocupem que Minerva está fazendo as alterações necessárias nas salas e material e cada um de vocês estará recebendo recomendações sobre isso, nos pergaminhos que estão recebendo.A estratégia em classe, obviamente, está a cargo de cada um dos professores aqui presentes. Agora, se quiserem consultar seus pergaminhos individuais...

Um a um, eles abriram seus pergaminhos, e depararam-se com "orientações" muito estranhas, como bancadas especiais, penas de repetição rápida, até pergaminhos persecutórios como material escolar...

Snape não estava gostando da informação ser passada tão a "conta-gotas" pelo diretor... parece que a coisa seria complicada, com esse aluno "especial", ainda mais que - agora sabia - por ordem dele a vice-diretora McGonnagal estava mudando a escola(sim, porque afinal o que ele tinha observado ultimamente é que Filch não tinha descanso em cumprir as esdrúxulas ordens de Minerva, até chegando ao cúmulo de colocar corrimões em algumas escadas!), e agora os tais pergaminhos individuais... esse caso era deveras estranho, com certeza.

Com um olhar quase divertido por sobre os óculos Dumbledore perguntou-lhe diretamente :

- Tem alguma dúvida em especial, Severo ?

- Sim, Alvo, em "especial" tenho : o que esse aluno tem, afinal, de tão "especial" ?

- Ter sido alvo de uma maldição Nox Totallis.

- Nox Tottalis ? Mas isso é Alta Magia Negra !!!! Não temos isso há, pelo menos, uns trinta anos ! - disse um Flitwick consternado. - E como isso se deu,Alvo ?Afinal, graças ao bebê Potter, estamos livres de Voldemort há seis agradáveis anos !

- Meu caro Flitwick... há seis agradáveis anos não ouvimos falar de Voldemort, MAS... ninguém o viu morrer. E sobre como nosso aluno foi amaldiçoado, pouco se sabe : apenas que estava em passeio com a família em pleno Beco Diagonal, e a maldição foi proferida em alto e bom som em seu nome.

- Mas, enfim, quem é esse aluno, enfim, Alvo ? - perguntou Flitwick, colocando em palavras a grande pergunta que todos desejavam fazer.

- É uma jovem da família McDuff, acredito que se lembrem de todos, não ? Temos essa família há muitas gerações aprendendo aqui em Hogwarts.

- Sim, eram Corvinais, menos Abigail Rosehill, que era da Lufa-Lufa...essa menina é filha de Phillipe, suponho ?

- Não, de Florence.

- Florence ?

- Sim.

A última informação parece que conseguiu finalmente calar o professor Flitwick : enquanto os dois velhos professores prosseguiam aquela conversa, o silêncio caía pesado e envolvente como um manto de veludo negro sobre a sala : nos rostos consternados pela desgraça que a pequenina levava, lia-se ainda mais aquilo : se o sobrenome da menina era McDuff, e ela era filha de Florence... o pai da criança quem seria ? E porquê não teria a menina o nome do pai? Pobre Florence, era o que se lia nos olhos de todos... menos em um par deles, que adquiriu um estranho brilho.

- Bem, como parecem não ter mais perguntas, acredito que possamos prosseguir em nossos afazeres habituais.

Diante da frase, os professores saíram da sala do diretor, cada qual imerso em seus próprios pensamentos, tenta criar estratégias que facilitassem a vida da jovem Ella naquele novo ambiente em especial...ou transformar o que havia restado de sua vida em um inferno gelado e escuro.

Severo Snape deixou-se ficar por último, e demorou seus passos, até que, no vão da porta, ouviu o diretor perguntar, suavemente :

- Sabe o que preciso de você, Severo ?

- Imagino.