Capítulo II - Destino

Hyoga ficou chocado e logo buscou uma explicação para o que Máscar acabara de lhe dizer.

- Ele está fazendo a vigilância de algum prisioneiro, não está? - procurou parecer calmo, mas seu nervosismo era notável.

- Não, Hyoga. Ele não está fazendo a vigilância. Ele é o prisioneiro dessa vez. - Máscar abaixou a cabeça em sinal de reprovação.

- O que ele fez para ser preso, papai? - perguntou Fler.

- Ele foi pego no quarto do rei Shion no momento de sua morte, vários fatores o acusaram de ser o assassino. - respondeu friamente.

- Ele não é o culpado! Meu pai nunca mataria o rei! - Hyoga respondeu defendendo seu pai. - Logo o assassino irá aparecer e meu pai será inocentado!

- Tomara, Hyoga. Eu acredito que não tenha sido seu pai, mas é meu dever manter você preso até que se prova o contrário. Se quiser vê-lo eu mandarei um guarda te levar até ele. - disse Máscar.

- Sim, eu quero vê-lo agora mesmo!

- Tudo bem. - Máscar chama um guarda - Leve esse menino até a masmorra que Camus se encontra, espere um tempo e depois o traga de volta.

- Sim, senhor Máscar! - respondeu o soldado. - Venha menino. - Hyoga seguiu o soldado deixando Fler e Máscar para trás.

Fler olhava o amado com um sentimento de pena, ela sabia que Hyoga estava sofrendo muito com a notícia, ela podia sentir a tristeza no coração de seu amado Hyoga. Ficou imóvel, apenas olhava seu amado passar pelos portões do castelo de Aquarius e sumir no meio de centenas de soldados que ali estavam aglomerados.

- Quanto a você, mocinha! - disse Máscar com frieza - Da próxima vez que eu te encontrar junto desse menino, você vai poder vê-lo todos os dias, pois a cabeça dele ficará exposta no seu quarto. - o rosto da menina ficou pálido - Agora volte para casa. Sua mãe deve estar preocupada.

- Sim, papai. - respondeu com a cabeça baixa.

- E diga para seu irmão vir para cá agora. Apesar de que ele é um homem responsável, já deve estar a caminho.

- Sim, papai. - respondeu novamente Fler. Ela se virou o rumou para casa.

Hyoga estava sendo guiado por um soldado até a masmorra em que seu pai estava preso. Era um lugar escuro e frio, o ar de solidão pairava sobre aquele lugar. Não demorou para Hyoga encontrar o pai, Camus.

- Pai!

- Hyoga! O que você está fazendo aqui? - perguntou Camus enquanto abraçava o filho.

- Eu fiquei sabendo do que aconteceu. Não se preocupe, pai, logo sua inocência será provada e você estará livre dessa prisão. - Hyoga derramava lágrimas nos ombros de seu pai.

- Eu sei, meu filho. Não chore! - limpou o rosto do filho - agora vá embora, aqui não é lugar para você.

- Eu quero ficar com o senhor, pai. Até que sua inocência seja provada.

- Escute, Hyoga. Sua mãe deve estar preocupada. Vá para casa, fique ao lado dela, explique tudo o que aconteceu. Pode demorar um pouco até que eu saia daqui. Agora vá!

- Eu não posso deixa-lo aqui sozinho.

- Eu não estou sozinho! Deixaram sete guardas vigiando de guarda. Não vou ficar sozinho, eu te garanto! - deu um leve sorriso apenas para tranqüilizar o filho.

- Como o senhor pode estar tão tranqüilo a ponto de dizer tal coisa como se fosse bom?

- É simples! Eu tenho um filho e uma esposa me esperando em casa. Sei que minha inocência será provada e essas duas pessoas estarão me esperando e me darão todo carinho desse mundo. - segurou o ombro do filho que abriu um sorriso - Agora vá, Hyoga! Fique ao lado de sua mãe e tente não deixa-la preocupada.

- Sim, pai. - os dois se abraçam mais uma vez e Hyoga vai embora, virando para trás e olhando seu pai pela última vez.

Camus ficou sentado no chão da masmorra, esperando por notícias. Seus pés estavam acorrentados e presos a uma parede. Ele já estava ficando acostumado com o cheio da masmorra, que não era dos melhores, quando Máscar chegou seguido de alguns soldados.

- Camus.

- Máscar! Espero que traga boas notícias.

- Trago notícias, mas não são boas. - respondeu friamente. Parece que sua culpa foi provada.

- Não é possível, Máscar! Eu não matei o rei! Nós treinamos juntos durante anos, você deveria saber que eu não seria capaz de tal ato! - Camus foi perdendo a paciência.

- Eu não queria acreditar, Camus, mas há provas que eu não posso simplesmente deixar passar.

- Qual foi a suposta prova dessa vez? - perguntou Camus aborrecido.

- Essa espada foi encontrada no pátio do castelo, bem abaixo da janela do rei. - Máscar ergue uma espada longa - Ela está suja de sangue por toda a lâmina como você mesmo pode ver.

- Essa espada não pertence a mim. Nós cavaleiros reais temos espadas diferentes, como você sabe pois também tem uma. Elas são forjadas especialmente para nós quando nosso treinamento termina. Essa espada é comum. - respondeu agressivamente.

- Camus, eu compreendo sua indignação, mas você não é um ser de sabedoria nula. Não estou te acusando de nada, apenas recebi ordens da rainha Shina. Você pode ter usado essa espada para matar o rei e depois a jogou pela janela, que não foi uma atitude muito sábia.

- Parece que sua mente é mais criminosa do que a minha. Eu nunca teria pensado nisso. - respondeu indignado.

- Como já lhe disse, a rainha Shina mandou lhe trazer a notícia.

- Se é só isso pode se retirar.

- Não é só isso.

- Outra notícia? - perguntou Camus

- Na verdade é uma ordem. Ordem direta da rainha. Ela está convicta que você é o assassino.

- Então mande a rainha vir até aqui conversar comigo. - interrompeu Camus

- Ela não está em condições. Camus, eu odeio ter que aplicar essa ordem, mas é meu dever.

- Diga o que é logo. - impaciente

- Você será levado para a prisão de Adonroth. - disse num tom triste.

- O que? - o choque foi imenso, Camus não tinha palavras. A prisão de Adonroth era o lugar onde os piores criminosos estavam presos. Ela pertence ao reino de Aquarius e de Sagittarius.

- Eu tentei, Camus. Conversei com a rainha, disse que você era um cavaleiro leal a Shion, mas a raiva dela é muito grande. Ela mandou que você fosse levado para lá. Me desculpe, Camus, eu fiz o que estava ao meu alcance.

- Não! Por que comigo? O que eu fiz, Máscar?

- Será possível que você ainda não entendeu que você é o assassino!

- Eu não matei o rei! - Camus estava de ajoelhado com as mãos no chão e com a cabeça baixa. Suas lágrimas desciam pelo nariz onde pingavam para o chão. - E agora, o que será da minha família?

- Eu não queria que você soubesse de tudo agora, mas também recebi uma ordem em relação a sua família.

- O que vão fazer com eles? - perguntou espantado.

- Eles serão banidos do reino, por serem considerados traidores como você.

- Como podem fazer uma crueldade dessas? Eles vão ter que viver por ai serão pegos por animais selvagens ou renegados que vagam por essas terras. - Camus estava chocado.

- A rainha não foi tão cruel assim. Um de nossos mensageiros está a caminho de Sagittarius nesse momento para pedir ao príncipe Aioros uma casa em um dos vilarejos de Sagittarius. Ele deve retornar em nove ou dez dias. Durante esse tempo sua família ficará presa dentro de casa, terão o que precisarem para sobreviver, mas não poderão sair. Guardas guardarão sua casa.

- Por que eles terão que pagar se como vocês dizem fui eu quem matou o rei.

- Sinto muito, Camus. São ordens diretas da rainha Shina.

- E quando será minha partida? - perguntou já se rendendo.

- Logo pela manhã. - respondeu Máscar, frio como sempre.

- Não quero que Hyoga e Natassia fiquem sabendo para onde eu fui.

- Não se preocupe, não saberão. Vou deixa-lo sozinho. Voltarei pela manhã para te buscar. - Máscar deixa a masmorra. Camus estava jogado ao chão, chorava muito. Sabia que fora injustiçado, mas não podia fazer nada.

Hyoga estava chegando em casa. Estava triste, teria que contar a triste notícia para sua mãe. Ele sabia que não seria fácil, ela ficaria apavorada e muito preocupada com o marido, mas ele tinha que ser forte. Ele chega em casa, entra e vê sua mãe sentada em uma cadeira.

- Mãe!

- Hyoga! Que bom que chegou! Estava preocupada com você!

- Eu fui dar uma volta.

- Conte-me o que aconteceu, toda essa movimentação de soldados não é comum.

- Eu contarei, mas terá que ser forte.

- Hyoga conte-me logo! Estou ficando preocupada! - disse Natassia.

- O rei foi assassinado.

- Que horror! Como isso pode acontecer? - perguntou a mãe de Hyoga demonstrando espanto e preocupação.

- Alguém invadiu o castelo e o matou. Mas o pior é que o papai foi acusado de ser o assassino. - a mulher, que havia se levantado quando Hyoga chegou, caiu na cadeira sendo escorada por Hyoga.

- Onde ele está? - perguntou abismada.

- Está preso em uma das masmorras do castelo. Fique calma, eu fui até lá e falei com ele. Ele está confiante de que a inocência dele será provada e ele voltará para casa. - disse acariciando o rosto da mãe.

- Eu quero ir até lá falar com ele. - disse a mulher com lágrimas nos olhos.

- Não, ele não quer que você vá lá. Ele disse para você ficar calma, pode demorar, mas ele garantiu que voltará. - segurou a mão da mãe e beijou seu rosto. - Fique calma.

- Vou tentar. - deslizou as mãos pelo rosto do filho. - Você consegue ser tão frio como seu pai, sabia?

- É uma honra para mim! - abriu um leve sorriso e abraçou a mãe.

Os dois estavam se abraçando quando ouviram um som. Alguém estava batendo na porta.

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Olá pessoal! Estão gostando? Espero que sim, estou fazendo o melhor que posso nessa fic. A formatação do primeiro capítulo está um pouco diferente, pois foi escrito no Word e quando passei para o fanfiction ele ficou estranho, por isso estou escrevendo no WordPad a partir desse capítulo.

Gostaria de deixar os agradecimentos de sempre para as pessoas que me apóiam, principalmente para a pessoa que eu penso todo dia o dia todo, essa fic é baseada na nossa situação. Também gostaria de agradecer as pessoas que estão acompanhando essa e outras fics que estou escrevendo e que eu não tive a oportunidade de conversar através de algum programa de chat.

Mandem e-mails ou me adicionem no seu ICQ ou MSN!

Até o próximo capítulo!

Rafael (Mú)

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Outras fics escritas por mim:

A Guerra Divina (ação/aventura)

A Volta dos Dourados – Abalando o Santuário! (comédia)