MARIN PEDE AJUDA A ATHENA
Marin estava desesperada. Voltou o mais rápido que pôde para sua cabana e pegou outra máscara. Enquanto a colocava, pensava em Aioria:
– Como poderei protegê-lo agora? – precisava de ajuda – Athena! – pensou Marin – Athena poderá me ajudar. – Marin se dirigiu o mais rápido possível até o Templo de Athena.
O Templo era ainda maior que o de Ártemis. Dentro dele, ela pôde ver algumas estátuas da deusa da guerra e da sabedoria e também um altar, sempre repleto das oferendas dos devotos da deusa.
Marin aproximou-se do altar e ajoelhou-se diante dele. Ascendeu seu cosmo para, dessa forma, poder falar com Athena.
No Japão, Saori sente um cosmo tentando falar com o seu.
– Athena, um dia, quando ajudei os Cavaleiros de Bronze a derrubarem o antigo Mestre do Santuário, você me disse que se eu precisasse de ajuda, poderia lhe pedir. Perdoe-me por minha ousadia, mas preciso muito de sua ajuda agora. – disse Marin, desesperadamente.
– Marin, não se desculpe. Você foi muito corajosa naquela época e me ajudou muito. Sou-lhe grata e farei o que puder para lhe ajudar. O que houve? Você me parece aflita... – Athena atendeu ao chamado e notou a aflição que a Amazona estava sentindo.
– Ah, Athena! – Marin estava desesperada – Eu traí minha condição de Amazona. Eu... Apaixonei-me p... - foi interrompida pela deusa.
– Por Aioria, não é Marin? - completou, deixando a Amazona surpresa.
– Eu... Como... - Marin estava confusa. Nunca falara sobre seus sentimentos por Aioria a ninguém.
– Me desculpe Marin, mas seus sentimentos por Aioria são bem claros. - será que a Amazona não percebia o quanto era transparente com relação aos sentimentos?
– Mas eu não posso, Atena! - afligiu-se ainda mais Marin.
– Eu entendo você, Marin... Mais do que imagina. - Athena pensou em seu amado e destemido Seiya. Também se via dividida entre seus deveres como deusa e seus sentimentos e desejos como mulher.
– Athena, conhece a lei das Amazonas. Não devemos nos apaixonar. Fomos treinadas para evitar tal sentimento. Ártemis descobriu sobre meus sentimentos por Aioria e... Ameaçou-me. Exigiu que eu me afastasse dele... - a Amazona se via cada vez mais nervosa, enquanto lembrava das palavras de Ártemis e dos últimos acontecimentos. Se a deusa da Caça tomasse conhecimento de que Aioria havia visto seu rosto... Não o perdoaria...
– Mas, o que ela pensa que está fazendo?! Ela não pode fazer isso! Não pode ameaçar você ou a um Cavaleiro de Ouro! Vocês servem a mim! Ela não tem esse direito!
– Não é só isso Athena. – continuou Marin - Ártemis enviou uma Amazona para dar-me um recado. Ela me atacou, eu não tive tempo de me defender, não tive qualquer reação. Fui atingida e desmaiei. Aioria me encontrou e acabou vendo meu rosto, pois minha máscara caiu e se partiu quando fui atingida. Sabe o que isso significa, não é Athena? – disse, tomada pela angústia – A lei das amazonas. Se Ártemis descobrir o que aconteceu entre mim e Aioria irá me obrigar a matá-lo, ou tomará para si essa obrigação. Eu não posso permitir isso! Não posso deixar que machuquem Aioria! Preciso que me ajude! - desesperou-se a amazona.
– Acalme-se, Marin. Eu acho que sei como posso ajudá-la. Ártemis precisa sentir na pele o que é amar. Só espero que ele possa me ajudar...
Marin, tranqüilizada pelas palavras da deusa, voltou para sua casa. Esperava que Athena pudesse lhe ajudar. Não a de ter Aioria, mas de pelo menos... Protegê-lo.
– Eu preciso de sua ajuda - pediu Athena, ascendendo seu cosmo - Ártemis precisa sentir na pele o que é amar para poder compreender o que Marin está sentindo. - a deusa sentiu o cosmo ao qual se dirigia se expandir e continuou: - E então? Você pode me ajudar?
– Claro que sim, Athena. Eu, Eros, o deus do Amor, farei Ártemis sentir o que é amar.
Continua
Espero que estejam gostando. Até o próximo capítulo. Tchau!
