A DECISÃO DE ÁRTEMIS


Athena ficou sabendo do que havia acontecido com Ártemis, não esperava que sua idéia terminasse desse jeito. Muito pelo contrário, esperava que Ártemis descobrisse como era bom amar e ser amada. Acabara trazendo tristeza para a vida da deusa. Seiya já estava se recuperando e ela resolveu voltar para a Grécia, para falar com Ártemis e saber como a deusa estava. Chegando ao Santuário, procurou sua meio-irmã. Encontrou-a no Templo.

– Ártemis - diz Athena - Eu soube o que aconteceu. Eu sinto muito...

– Athena, minha irmã - disse Ártemis, não conseguindo mais se controlar, acabou chorando na frente de Athena. Nunca tinha chorado na frente de ninguém, considerava qualquer demonstração de sentimentos uma fraqueza imperdoável. Mas não conseguia mais se conter.

Athena se aproximou e a abraçou.

– Eu sinto muito. - Ártemis se acalmou e Athena resolveu interceder por Marin, para que pelo menos ela não fizesse nada com Aioria. Achou que a deusa da caça estava mais compreensiva. - Ártemis, você conhece Marin a Amazona de Águia, não conhece? - Se enganou... A expressão sofrida da deusa mudou para indignada.

– Mas é claro. É a traidora que ousou desafiar meu poder e revelou seu rosto a um homem...

– Como pode dizer isso?! – perguntou Athena, incrédula com as palavras da deusa. Será que tudo o que passara não adiantou de nada? – O que aconteceu foi um mal-entendido. Marin jamais revelou seu rosto a Aioria, e ele não teve a intenção de vê-lo.

– Ela conhece nossas regras, Athena... - disse Ártemis, irredutível.

– Ah é?! – disse a deusa, irritada. - E quanto a você?! – exclamou, perdendo a paciência - Também se apaixonou, não foi?! Será que não serviu de nada?! Não está sentindo na pele o quanto se sofre quando se está longe da pessoa a quem se ama?!! - Athena falava aborrecida com a atitude repressora de Ártemis.

– Quem você pensa que é para falar assim comigo?! – disse Ártemis, levantando-se furiosa, não aceitando a repreensão da irmã. Athena suspirou controlando-se, prosseguiu:

– Pense bem, Ártemis! – falou suavemente - Você está sofrendo por que perdeu seu amor e ela por que teme perder o dela. Perdoe Marin, Ártemis! Perdoe-a! - pediu Athena.

– Eu não posso, Athena. Se a perdoar, a Lei das Amazonas deixará de ser obedecida pelas outras...

– Mas Ártemis... - disse Athena, calmamente - Essa Lei não tem o menor sentido. Que mal pode haver em uma Amazona se apaixonar?! Você mesma viu como o amor é bom, e, quando correspondido, só nos traz felicidade! Não prive suas seguidoras desse maravilhoso sentimento, Ártemis! Permita que elas também possam ser felizes, como você foi!

– Eu me sinto sozinha agora, Athena! Eu o perdi... - soluçou Ártemis, tristemente.

– Preferia não tê-lo conhecido? - perguntou Athena, já sabendo qual seria a resposta.

– ... Não! – respondeu a outra, com sentimento. - Passei momentos maravilhosos junto dele! Dias dos quais me lembrarei para sempre. Jamais o esquecerei. Jamais!

– Então, Ártemis, ao menos deixe Aioria em paz. - Ártemis pensou por alguns instantes e finalmente se decidiu.

– Está bem, você tem razão Athena. Não é à toa que lhe chamam de "a deusa da sabedoria". – disse Ártemis, sorrindo.

Continua...


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