Capítulo 11

A noite se aproximava, Takashi acompanhava Sakura até sua casa e aproveitaria, como de costume, para ver sua filha. Já havia se passados alguns dias após o teste que Sakura fez para a tal peça de teatro, mas... não fora aceita. Isso a entristeceu por um tempo, mas recebeu uma noticia ainda melhor. Um filme, e seria a protagonista da história. Soubera que o diretor do tal filme estava assistindo aos testes, e fez a questão de ter Sakura como seu protagonista. Como sua mulher era a diretora da peça não houveram problemas.

Acabara de receber aquela notícia, e não sabia o que fazer. As gravações seriam na China.. sim.. China... Hong Kong... Isso a lembrava... Li... Suspirava continuamente, e não sabia se devia ou não aceitar. Mas Takashi estava com ela no momento e a incentivou a aceitar.

"Takashi: Sakura, você não pode perder essa chance. Não era isso que tanto queria. Vai desistir logo agora?

Sakura (abaixou a cabeça sentindo-se mal por tudo aquilo): Você sabe o que se passa.. Você sabe o Porque! (disse voltando a encará-lo).

Takashi: Certo.. Tudo bem! Largue seus sonhos de lado para fugir daquele que só te trouxe dor. DE UM PASSADO! (falou descontrolado já)."

Por que fugir dele, se ele fugia também dela? Deixar de viver por causa de Li, se ele vivia sem ela? Não... Pensou várias vezes em desistir da vida por causa dele, mas reconsiderava... Tinha esperanças dele voltar para ela um dia. Porque se iludir? Sabia que aquilo só a traria dor. De início foi perfeito, apropriado ao momento, mas depois, quando finalmente decidiu viver, entrava em prantos com desilusões e tinha suas recaídas. Nada que ele fizesse a atingiria, agora tinha o porque viver. Sua filha. Viveria por ela.

Por esse lado não havia sido uma irresponsabilidade tê-la, mas uma dádiva, um presente que chegou na hora certa.

Takashi: - Sakura... (falou quebrando o silêncio) Quando é a viagem?

Sakura: - Semana que vem.. Ah, o que farei com Anni? Ela não pode ficar com você?

Takashi: - Sabes que não... Não deixam crianças no campus, esqueceu-se? Mas e sua prima, Tomoyo?

Sakura (suspirou tristemente): - Ela viajará também... Para a gravação de seu primeiro Cd.

Takashi: - Sério? (perguntou, surpreso) Não sabia!

Sakura: - Sim... Por isso... (interrompe a fala suspirando tristemente, voltando seu olhar para Takashi) Não havia pensado nisso antes, mas acho que terei que desistir...

Takashi: - Não mesmo! (olhando para a casinha amarela não muito longe) Assim que

chegarmos você ligará para o diretor da novela e perguntará se pode levar Anni contigo. Mas desistir dos seus sonhos.. Não, Sakura!

Sakura: - Existem coisas além de um sonho... Às vezes devemos deixar aquilo que gostamos para fazer o certo, que, para mim, é cuidar de minha filha. (disse firme, encarando-o)

Takashi: - Estamos acertados então. (ignorando a última fala dela) Ligará para o diretor! Disse parando em frente ao portão da casa dela.

Sakura: - Estás inadmissível!

Takashi: Esse sou eu. (disse sorrindo para ela, arrancando um sorriso de seu rosto sério e preocupado) Tem que viver, querida. Desperdiçaste anos de sua vida em pura lamuria, não achas que deva aproveitar as chances? Não aceito um não! Agora entre e ligue para ele!

Sakura: - Sim, senhor sargento. (disse brincalhona, abrindo o portão, subindo as escadas e logo abrindo a porta de casa e entrando com ele). ANNI, seu pai ta aqui!!! (gritou para a filha que desceu as escadas correndo).

Sakura sentia-se um pouco desconfortável com aquela nova família que havia criado. Amava seu namorado e a filha que tivera com ele, mas não era um amor puro e verdadeiro como o qual sentia por Li. Takashi era seu porto seguro, o homem que sonhava para dar um novo rumo a sua vida. O homem com o qual se pusera a sonhar, forçadamente por uma atração, uma 'química'.

Ele era o novato mais cobiçado do colégio, na época em que se conheceram. Ela, como muitas outras, não conseguiu resistir ao encanto dele. Pensava poder esquecer seu passado ao lado dele e viver feliz. Não que não seja, mas ainda restava-lhe dores guardadas no peito. E um amor não esquecido.

Resolvendo não contrariar Takashi, Sakura liga para o diretor. Sem muitas contradições. Pareceu não se importar em ela levar a filha, mas disse que deveria manter a menina nas 'rédeas' para não arranjar confusões. Apenas pediu para que ela não atrapalhasse os ensaios e gravações.

Takashi fica apenas mais alguns minutos na casa de Sakura, não ficaria mais lá muito tempo. Estava exausto, não conseguiria manter um diálogo com ela, ou alguma brincadeira com a filha. O melhor era ir para casa descansar.

O cansaço de Sakura já não tanto. Após o jantar ligou para sua prima. Se não contasse as novidades logo, Tomoyo com certeza a recriminaria e faria chantagem emocional. Mas logo Tomoyo ficou triste em saber que não poderia ficar com a pequena Anni. Se não fosse a gravação de seu Cd, ficaria só pela prima e afilhada.

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Alguns dias mais se passaram. A vida naquela cidade estava ficando um tanto 'rotineira'. Nada acontecia, nada mudava. Sakura entediava-se cada dia mais que passava, mas sempre tinha algo para iluminar seu dia.

Anni era, definitivamente, a razão da vida de Sakura. E a pequena parecia estar mais animada que a mãe com a viagem para Hong Kong. Não, Sakura ainda não gostava daquela idéia, trazia-lhe dores ao peito. Parece que teria de carregar aquele fardo o resto de sua vida.

Inclina a cabeça rapidamente para o lado, onde estava sua mesinha de cabeceira. Ah, já estava na hora de acordar, levantar, vestir-se... estudar... estudar.. estudar...

Sakura: - Quero dormir mais um pouco...

Resmungou para si mesma. Sabia que não devia ter dormido tarde na noite anterior, mas não conseguia dormir. A cena de anos atrás voltava várias vezes na sua cabeça. O dor que lhe traziam aquelas lembranças era inigualável. Queria poder riscar aquele passado de sua vida, se fosse para ele lhe trazer tanta dor como trazia.

Com muito esforço, levanta-se da cama. E logo começou um novo dia para ela, mas este era o dia. A véspera da viagem.

Sentia-se enjoa pela ansiedade. Sua mente e coração estavam um contra o outro. Queria vê-lo com toda a saudade que sentia, mas não queria consciente da dor que sentiria logo depois.

Toma um curto e rápido banho, vestindo-se rapidamente e indo tomar seu café. Estava atrasada para tomar um desjejum descente.

Passa rapidamente pela sala onde vê a luz da secretária ligada. Havia alguma ligação não atendida. Mas como? Havia dormido tão tarde!

Aperta o botão e ouve. Era uma ligação de Takashi, e ele parecia não estar nada feliz, queria ter uma conversa séria com ela na hora do almoço, quando deixaria Anni com Tomoyo. Ouvia no fundo a voz da filha, mas não entendia o que falava.

O que estava acontecendo ali? O que há!!! Como de um dia para o outro ele iria querer terminar assim com ela?

Estava pensando de mais em uma coisa sem importância alguma. Tinha que parar com aquela mania horrível de sofrer antecipadamente.

Mas... Não seria melhor se ele quisesse terminar? Certo! Ela iria para Hong Kong, encontraria Li e viveria feliz pelo resto da vida! Mas não era bem assim que as coisas seriam... Perderia Takashi, choraria, encontraria Li, choraria, ele não ficaria com ela por causa da mãe dele, choraria, ele poderia não ir vê-la, entraria em desespero, ele já estaria casado, sairia correndo em prantos.

É... O que fosse que Takashi quisesse falar com ela, ela teria que não perdê-lo. Não para se garantir com alguém. Gostava sinceramente dele. Mas... ah.. Odiava-se por não amá-lo como amava Li. Odiava-se por ter conhecido Li. ODIAVA O DESTINO QUE TINHA JUNTADO E SEPARADO OS DOIS!

Se ao menos o futuro fosse certo

e nele você voltasse para mim,

não me importaria de chorar,

choraria rios e rios de lágrimas.

Sofreria esse momento sem me arrepender,

por um dia o destino ter me separado de você.

Para então chorar mais oceanos e oceanos de felicidade,

ao destino o meu pedido realizar,

trazendo-te de volta para mim em verdade.

Se ao menos o futuro fosse certo

eu não teria meu coração tão espedaçado assim

por fazer-me acreditar em uma crença

em que um dia você não vai voltar.

Como se o futuro fosse certo

e eu soubesse que, um dia,

por mim o seu amor pôs-se a acabar.

E aquele futuro florido com o qual eu sonhava,

mostrasse-se em trevas, e nada mais restasse

Além das minhas lágrimas.

Se ao menos o futuro fosse certo

e eu tivesse a certeza de que fomos feitos um para o outro,

para ficarmos o resto de nossas vidas juntos,

talvez eu não precisasse dizer-te um 'até logo'

em sinal de um possível 'adeus',

e em todas as despedidas eu não desperdiçasse lágrimas

de medo e de saudades precipitadas.

Pudesse dizer-te um até logo seguido de um sorriso credível,

pois voltaria a ter-te em meus braços.

Se ao menos o futuro fosse certo...

poderia dar-te um beijo de boa noite

sabendo que na manhã seguinte

acordaria com os pássaros a cantar

vendo-te ao meu lado dormir belo e sereno,

então minha cabeça sobre seu peito pudesse repousar,

ouvindo seu coração bater calmamente.

Seria em fim, não mais uma sonhadora, e sim,

feliz pela nossa vida como um só.

Feliz por estar contigo mais uma vez.

Aquela experiência que estava tendo no jornal da faculdade a estava fazendo bem. Além de poder divulgar suas poesias como 'anônimas', não queria que Takashi soubesse que eram delas, mesmo sabendo que ele não lia o jornal, a maioria dos amigos dele liam. Preferia não arriscar. Ao menos tinha os direitos autorais sobre aquelas poesias, ninguém poderia roubar, já que teria confusão se alguém roubasse. Seu segredo seria descoberto.

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Eriol: - Vou. (disse sério, continuando a andar).

Tomoyo: - Mas assim, em cima da hora? Vai me deixar aqui? (disse ela, alcançando-o)

Eriol: - Querida... Também viajarás, só não irei contigo. Não tenho bons pressentimentos com essa viagem de Sakura. Talvez seja melhor estar junto a acontecer algo terrível.

Tomoyo (cruzando os braços, emburrada): - Certo, vá com ela e me deixe!

Eriol: - Tomoyo! (parando de andar, encarando-a) Sabes que não é nada disso, deixe de ser ciumenta! Além do mais, será melhor para ela. Tenho apartamento em Hong Kong, e quando ela estiver nas gravações cuidarei de Anni para ela.

Tomoyo (virando o rosto, evitando fitá-lo, magoada): - Eu sei... entendo... Mas pensei que iríamos juntos viajar.

Eriol: - Não é bem uma viajem de lazer, será a gravação do seu Cd. Em outra oportunidade iremos juntos, mas para nos divertirmos, certo?

Tomoyo aceita ainda um pouco arrasada com a decisão repentina do namorado. Por mais que não fossem ter muito tempo juntos, queria tê-lo ao seu lado. Mas tinha de reconhecer, sua prima precisava mais dele que ela.

E, afinal, do que se tratava o tal pressentimento de Eriol? Não aparentava ser nada muito bom. Ficaria preocupada, agora, com a prima, a afilhada e o namorado.

Poucos metros em frente encontram-se com Sakura, já a espera deles, em frente à faculdade, acompanhada de Takashi e Hanna.

Hanna (aproximando-se de Eriol): - Soube que você vai amanhã com a Sadô!

Sakura: - Hanna! (disse fitando-a séria) Dava para você parar com isso de sadô?

Takashi (rindo abertamente): - Acho que ela está precisando de namorado! Os últimos assuntos dela foram Cama sutra e Sadomasoquismo.

Sakura: - Acho que a Sadô aqui é você!!!

Tomoyo: - Uhn... Mas e aquela marca d tapa no teu braço que eu vi... (começava a 'dedurar' Sakura, até que ela tapa a boca da prima).

Hanna (arregalando os olhos): - SAKURA! (voltando-se para Tomoyo) Não era de chicote? Eu encontrei um, uma vez, na casa dela.

Sakura (vermelha de vergonha): - Mentira!!!

Takashi: - Comprou chicote e nem me falou, querida? (disse ele, para Sakura, rindo).

Sakura (completamente constrangida): - Não!!!

Hanna: - IHHH, Takashi é chifrudo! (falou caindo na gargalhada).

Takashi (não gostando do comentário puxa Sakura pelo braço para dentro da faculdade): - Vamos, já estamos todos atrasados.

Hanna (pulando como uma maluca): - Chifrudo, chifrudo!!!

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O clima na mesa estava um pouco denso. Sakura não sabia o que responder, como mentir mais para ele. Já escondia coisas de mais. Ao menos conseguiu comprovar para ele que o amuleto não tinha como ser aberto. Ele acreditou, já que, na tentativa, não consegui abrir.

Sakura: - Eu já disse, ela deve ter visto coisa. Meu amuleto não abre! É apenas um medalhão!

Takashi: - Sim! Disso eu sei! Mas para insistir tanto em repetir a mesma coisa é como se estivesse mentindo e feliz por ele ter emperrado.

Sakura: - Porque eu mentiria?

Takashi: - Porque você ainda o ama!

Sakura: - Takashi.. (em voz baixa, com o coração apertado) Entenda. Não estou mentindo para você, eu não gosto mais dele. Não tem como alimentar um sentimento por uma pessoa que já não vejo faz anos!

Takashi: - O que eu posso dizer, Sakura? O que mais posso dizer? (falou em lágrimas) Tentei de todo jeito superar isso. Não sabes a dor que eu sentia quando te encontrava pensativa ou triste. Sabia que era por causa dele! Deve existir outro medalhão!

Sakura (pegando levemente nas mãos dele, já sem muitas idéias): - Não existe outro... Talvez eu nunca devesse ter te metido em minha vida. Não sabia que sofreria tanto. Eu encontrei a felicidade com você e a nossa filha, a Anni. Digo, sinceramente, em verdade, que te amo. Shaoran morreu pra mim! Morreu no meu coração, morreu na minha vida. Não quero mais saber dele!

Takashi (recuperando-se): - Não quero te perder.. por mais que ache que esteja mentindo pra mim, sofrerei mais sem você.

Sakura: - Não estou mentindo, acredite em mim, por favor! (implorou para ele. Não queria vê-lo sofrer. Mas já estava sendo egoísta. Se o amasse de verdade o deixaria naquele momento para não fazê-lo sofrer mais, mas se o amasse de verdade, não amaria Shaoran. Então talvez ele não sofresse.)

Então era isso? Será que era verdade o que Shaoran havia dito, que havia deixado-a para ela não sofrer com a vida que levariam juntos, a família contra a felicidade dele com ela?

Não sabia no que pensar. Todos esses anos o intitulou como um covarde, que estava fazendo isso por medo de ele sofrer. Se ela poderia agüentar qualquer dor estando come lê, porque ele também não podia?

Shaoran: - Não sabes o quanto também sofro por ter te deixado...

Sakura: - O que? (arregalando os olhos sem acreditar no que via.)

Shaoran estava sentado no gramado de sua casa, olhando para o nada, pensativo. E Sakura, olhando-o como se tivesse sido um fantasma, mas o fantasma era ela. Ele não a via.

Continua...

N/A: Certo.. não tenho direitos de desculpa. Demorei séculos com essa fic. Mas espero que compreendam. Prefiro não comentar. Mas fora os contínuos problemas com o meu pc, eu ter perdido todos os cap... Também tive problemas pessoais. Mas espero conseguir continuar a fic! Sim, vou continuar.

Carol: Oi prima, subrinha.. AHh, a final, o que você é minha? Sei não viu! Olha, a Sakura não é tonta o tonto nas histórias é sempre o Li XD. É sempre ele o panaca que faz as merdas, a não ser na outra fic, a Tudo pode acontecer. Correção, ele também é um tonto na! Bem, resumindo, é característica dos dois! XD Menina, to com saudades de você, tens aparecido pouco na net. Um dia desses nos falaremos, né? Beijinhus!

MeRRy-aNNe: Mamusca, viu só! Yoru não me matou P, nem você! Ela não deixou, lalalalala... Mamusca, a gente tem que continuar com a nossa fic, sabia? Ta certo, vê se aparece! Beijinhus!

M. Sheldon: Oiii, eu é quem peço desculpas. Meu pc também tava cheio de problemas! Dá até raiva isso. Talvez possamos dizer que não tem muita magia, ainda, nessa fic. É uma continuação meio louca... Mas foi ficando meio assim porque eu tava seguindo meus planos de vida, e a vida mudou, aí ficou uma confusão só essa fic. Pode-se dizer que passei por tudo isso e pior, menos o lance de estar com alguém e ter uma filha. XD Mas tem uma amiga que me zoa de sadomasoquista, eu não tenho chicote não, mas ela fica me zoando mesmo assim XD. E olha só, eu, uma pobre criança ¬¬. E como a vida ta uma porcariazinha está sendo difícil eu ler a fic do povo. Aind anão consegui ler a tua., terminar a do meu pai, seguir com a da Yoru e da Miaka. Aff, ta difícil. Mas continuo agradecendo pelos elogios! Beijinhos!

Andréia : Oi! Porque ninguém gostou da Sakura ter uma filha? Gente, que preconceito! Tem outras fic que a Sakura tem filho de outro também! Só o Shaoran que pode ter? ¬¬ QUE MUNDO MACHISTAAAAAA. E, OLAH, NÃO DIGA QUE O Shaoran é só da Sakura que a minha mãe (Yoru) e irmã vão ter ataques! Hehhehehe... Bruninha não toma jeito.. –.--' Ah, vou indo nessa. Obrigado pelo review, e me impressiono por ter gostado da fic, já que esta acostumada com a da Yoru que é 10000 vezes melhor. Beijinhus!