Matrimonio
Parte 1
O avião começou a pousar, a garota olhava pela janela ao seu lado o cidade, o aeroporto e tudo mais que a 5 anos não via. Uma sensação de voltar pra casa, pro seu lar invadiu-lhe o corpo, mas era verdade, apesar dos anos na Europa, dos amigos e dos namorados, seu lugar era ali, L.A. Era lá que estava seu passado, sua vida, era lá onde estava suas lembranças, era lá onde ele estava.
O pensamento de encontra-lo lhe faz estremecer. Ainda estaria vivo? Há anos não tinha noticia dele, e se tivesse morrido, provavelmente na terrível batalha contra os Grandes Majoritários em sua ex-empresa.
Tentou tirar aquele pensamento de sua cabeça, não deveria pensar naquilo, afinal, era passado, um passado de 5 anos, 5 anos.
- Buffy, vamos? – falou sua irmã ao seu lado – o que foi?
- Nada...Só estava pensando. – falou sorrindo – Vamos Dawn
A loira levantou-se e pegou sua bagagem de mão, saiu do avião juntamente com os outros passageiros, sentiu a frio ar de Los Angeles, e lembrou-se a ultima vez que estivera ali.
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Assim que desembarcaram, Dawn encontrou o seu pai, correu ate o senhor com cabelos brancos e um pouco mais gordo que da ultima vez que o virá (muito e muito anos).
- Como vão minhas garotinhas? – perguntou como se falasse com crianças.
- Estamos bem pai – falou Buffy dando um fraco sorriso.
- Vou pegar as bagagens de vocês. Devem ser muitas.
- Não, são apenas quatro, vamos ficar por pouco tempo.
- Por que? Deveriam ficar as férias inteiras e...
- Estamos com muito trabalho...Essa época do ano é atarefada. – falou Buffy, apesar de não estarem sendo atacados por nenhum grande mal, sempre ficava alerta está época do ano, durante o mês de maio.
- Certo...Afinal, está trabalhando em que minha filha?
- Sou...Uma espécie de supervisora.
- Você? Quem contrataria uma garota que botou fogo na escola como supervisora?
- Isso faz muito tempo com as outras sou a melhor qualificada.
- Lógico...Não vamos compara-la com Faith.
- Quem é Faith?
- Um irresponsável que sumiu há dois anos... – esclareceu Buffy
- Pelo menos ela voltou, as garotas gostam dela. – retrucou Dawn
- Claro...Ela leva todas ao bar...
- Coisa que você deveria fazer!
- Certo, eu não estou entendendo essa conversa, podemos falar de outra coisa? – falou o Pai de Buffy.
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O rapaz loiro, com um penteado meio apavorante, roupas negras e um enorme sobretudo de couro entrou no pequeno apartamento de 2 cômodos e um banheiro.
Foi ate a geladeira e abriu, pegando uma cerveja, abrindo e bebendo. Sentou-se em frente à Tv e ligou, começando a mudar de canais ate achar algo que lhe interessasse.
- Spike? – perguntou uma voz masculina vindo de um dos cômodos.
Na porta apareceu um rapaz forte, moreno e bonito, olhou com reprovação o loiro e aproximou-se desligando a TV.
- O que está fazendo, combinamos que faria a ronda ate as duas.
- É, mas acho que vou ficar só ate meia noite...Não vou trabalhar mais que você.
- Caso não se lembre fiquei ontem a noite inteira fazendo ronda enquanto você ia ao um club beber.
- Fui falar com meu informante.
- Acredito – falou sarcástico. – certo, não tenho nada o que faze, não consegui descobrir sobre o demônio então vou fazer a ronda.
- Não precisa voltar gorila! – gritou Spike enquanto o outro pegava seu casaco e saia do apartamento.
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Angel ainda não acreditava que dividia um apartamento com o cara que mais odiava. Que idéia fora aquela? Deixa-lo ficar em seu apartamento, não deveria ter tido pena, o problema era dele se perdera tudo em apostas.
Mas a verdade era que se sentia responsável por quem Spike era, como ele mesmo já havia dito, Dru lhe gerara, mas ele, Ângelus, o transformara em um monstro.
Continuou andando pelas ruas desertas, esperando um ataque, aquele era seu trabalho, aquele era seu destino, ele voltara a ser apenas Angel, e não mais um fantoche da W&H.
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Buffy olhava pela janela do carro, conhecia muito bem aquelas ruas, todos aqueles lugares, antes de se mudar, era ali que ela caçava, era ali que ela matava os demônios.
Viu quando uma moça, loira de longos cabelos, passou correndo, olhou curiosa, a garota parecia fugir, parecia temer algo, mas o que?
O carro parou bruscamente, Buffy olhou pra frente a tempo de ver aquele ser, aparentemente humano, com enormes caninos, cara meio deformada e olhos parecidos com de gatos. Sabia o que era aquilo, um demônio sem escrúpulo, um vampiro.
O Vampiro saiu correndo na mesma direção da garota. "timo, ele caçava, a garota fugia, e ela, tinha um trabalho a fazer. Antes que o carro recomeçasse a andar, Buffy abriu a porta, tirou o cinto e correu atrás do vampiro.
- Onde ela vai? É perigoso – falou a pai da garota apavorado
- Tudo bem pai, Buffy sabe se virar.
- Nada disso! – falou tentando se soltar, Dawn o impediu.
- Espera!
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A Garota gritou, o mais forte que pode, mas sabia que ninguém iria lhe ajudar, aquele estranho ser ali em sua frente pegou com força, seus braços doíam, ele era muito forte. Sentiu aqueles caninos perto de seu pescoço, um grande temor tomou conta de seu coração, iria morre, e nem sequer sabia o que era aquilo que lhe matava.
O ser lhe soltou, ela caiu no chão dolorida, só viu uma garota, cabelos médios, loiros, muito bonita, segurando aquele "homem" pelo pescoço e jogando-o contra a parede, impressionou-se com a força da garota.
- Vocês nunca aprendem, tem muitos inimigos, sabem que uma das minhas garotas vai matar vocês se os verem fazendo isso, mas mesmo assim não aprendem...
- Caçadora...
- Bingo! Você acertou, você leva...Uma morte rápida e sem dor.
Buffy avançou em cima do vampiro, dando uma suceção de golpes ate leva-lo ao chão e prende-lo com o pé.
- Foge! – gritou para a vitima, está saiu correndo – agora vamos lutar de verdade.
O demônio puxou seu pé fazendo-a cair, mas logo Buffy levantou-se e chutou a cara do vampiro, logo uma emocionante luta começou, uma luta em que sobreviveria o mais forte, e Buffy não estava afim de perder.
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Angel ouviu um grito e logo começou a correr em direção ao som, logo viu uma jovem, loira de longos cabelos correndo, pulou ficando em sua frente, isso a fez tremer de medo e soltar outro grito.
- Calma, quero ajuda-la...
- Um demônio...A garota...Está lá.
- O que?
- Ela disse pra eu fugir, ele é forte, pode mata-la.
- Certo, corra ate em casa, não pare nem fale com ninguém no caminho, entendeu, ninguém...Só pare quando estiver em segurança, em casa, ouviu?
- Sim – falou a garota apavorada com lagrimas escorrendo por toda a face – e a garota?
- Eu vou atrás dela, ajuda-la.
A jovem loira saiu correndo, não pararia, não falaria com ninguém aquilo lhe dependia a vida. Angel começou a correr de onde a jovem viera, quem era a garota? Uma vampira brigando com o outro por algum motivo fútil, uma garota indefesa metida à heroína ou mais uma caçadora que despertara?
Assim que se aproximou do local, surpreendeu-se, não era nenhuma das suas escolhas, era uma caçadora sim, mas não era novata no assunto, era uma expert, e ele sabia muito bem disso.
Sentiu sentimentos a muito guardados no fundo de sua alma, sentiu novamente o grande amor pela caçadora brotar, um amor que nunca fora esquecido, apenas guardado.
Buffy lutava ferozmente contra o vampiro, não podia demorar, seu pai logo viria atrás dela, Dawn não o seguraria por muito tempo. Quando estava pronta para cravar a estaca no vampiro viu que ele virara pó. Confusa olhou para a pessoa que lhe ajudara, e surpreendeu-se em ver Angel, ao mesmo tempo em que sentira seu coração disparar.
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- Não ficarei aqui esperando Dawn, sua irmã pode estar me perigo. – Falava o pai da garota levantando-se e indo pelo caminho onde vira a filha percorrer.
- Espera!Eu também vou
- Negativo, precisa ficar aqui, pode ser perigoso e...
- Exatamente por isso eu vou! – falou a garota acompanhando a pai logo depois de fechar o carro, não queria correr o risco de que alguém roubasse.
Assim que chegaram num beco viram Buffy e um rapaz olhando-se, logo os dois viraram a cabeça para ver quem chegava. Dawn sorriu ao ver de quem se tratava o rapaz.
- Buffy, tudo bem? Esse rapaz está lhe incomodando ou lhe ameaçando? – falou o pai de Buffy preocupado.
- Angel! – gritou Dawn pulando nos braços do rapaz abraçando o amigo que há tanto tempo não via, surpreendendo a pai das jovens.
- Você o conhece? – perguntou confuso.
Dawn abraçava com alegria um sem jeito Angel, Buffy aproximou-se do pai, mantinha os braços cruzados.
- Pai, este é Angel, ele é um velho amigo nosso...Eu vim ver se o rapaz que quase atropelamos estava bem, não o encontrei, apenas encontrei Angel.
- Isso foi muito perigoso Buffy, poderia encontrar um ladrão, um assassino ou sabe o que.
- Eu estou bem...Bom, vamos Dawn?
- Certo. Tchau Angel.
Dawn afastou-se tentando levar o pai também para deixa-los a sós, mas o pai não se moveu, decidiu observar também.
- Tchau... Angel.
- Tchau... – falou, logo completou - e, parabéns.
- Parabéns? – perguntou um pouco confusa.
- Pelo casamento – falou num tom melancólico na voz e apontando para o anel de noivado na mão de Buffy
Como ele conseguira notar o anel? Aquilo era mal, não queria que Angel soubesse, pelo menos não assim, a verdade era que ate ela não pensara sobre seu casamento ao chegar em L.A, tantas coisas voltavam a sua mente que mal tivera tempo de pensar no assunto.
- Casamento? – exclamou o pai de Buffy surpreso, ela não lhe falara de casamento em seu ultimo telefonema.
- Já explicamos, vamos pai – falou Dawn inutilmente tentando levar seu pai.
Buffy respirou fundo, olhando diretamente nos olhos do ex-namorado.
- Obrigada.
Buffy começou a caminhar, sem olhar para trás, passando pelo pai e a irmã e indo em direção do carro.
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- Que historia é essa de casamento? Por que não me disse?
- Eu queria falar pessoalmente – disse Buffy irritada entrando em casa, seu olhos estavam cheios de lagrimas e por isso não encarava ninguém, em sua mente latejava seu encontro com Angel, em sua mente latejava seu momentos com Angel, os bons e ruins.
- Então fale...Quem é? O que faz? Como se conheceram?
- Que tal amanha...Estou cansada.
- Eu quero falar agora, tenho esse direito, sou seu pai.
- Mas nunca está presente! – gritou virando-se para ele e Dawn.
Os dois espantaram-se com o olhar de Buffy, as lagrimas já haviam saído de seu olhos, um olhar indecifrável estava em seu rosto. Seu pai estremeceu, já nem lembrava a ultima vez que vira sua filha chorar. Dawn soltou um suspiro, sabia como Angel mexia com as emoções da irmã.
- Pai, já é tarde e estamos cansadas, que tal falarmos disso amanha? - falou pro pai, enquanto Buffy virava-se e limpava as lagrimas do rosto.
- Certo. – concordou o pai.
- Onde vamos ficar?
- No quarto que era de vocês – falou.
Buffy começou a subir as escadas, sabia que sempre dormira sozinha naquele quarto, Dawn também, mas ambas lembravam-se perfeitamente de dormirem no mesmo quarto na casa do pai, afinal, os monges haviam lhe colocado essas lembranças, não é?
Buffy vestiu-se e deitou na cama, tentou dormir, mas não conseguiu, no final, Angel estava vivo, e continuava o mesmo.
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Eram duas da manha quando Angel entrou em seu apartamento, Spike levantou rápido, pois acabava de acordar. Olhou sonolento para o odiado companheiro e espantou-se por ele já está em casa.
- O que ouve? Por que já está aqui...Pensei que ficaria ate as 4, 4:30.
- Aconteceu uma coisa.
- Que coisa? – falou levantando-se.
- Encontrei alguém.
- Quem?
- Buffy... – falou calmo virando-se para Spike.
- Buffy? Ela está na cidade?
- É, e aparentemente não sabe que você está vivo...
- Então por incrível que pareça, Andrew fechou a boca.
- É.
- Preciso vê-la, saber como ela está...talvez ate dizer que estou vivo e...
- Ela vai casar Spike.
Spike parou de andar, está de frente pra porta, virou-se para Angel confuso.
- O que?
- Ela vai casar, está com o anel de noivado, venho falar com o pai e confirmou quando falei.
- Vai se casar com quem?
- Eu não sei Spike.
- Eu tenho que falar com ela, ela pode estar fazendo uma grande burrada e...
- Spike! Ela vai casar, está feliz...Está seguindo a vida. Não foi isso que decidimos que iríamos deixa-la fazer?
Spike abaixou a cabeça, Angel estava certo, haviam decidido...era o melhor pra ela...Ela estava feliz, seria normal, se casaria como qualquer mulher sonhara. Uma grande dor invadiu seu peito, lagrimas tentavam brotar, no fundo de sua alma estava triste, pois agora era oficial, ele a perdera, para sempre.
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Era dia, ensolarado e bonito, Buffy, Dawn e seu pai tomavam café da manhã.
- Então...Quem é ele? Seu noivo? – perguntou quebrando o silencio.
- O nome dele é Brian, é filho de americanos, mas sempre viveu na Itália.
- Itália...E o casamento?
- Vai ser daqui a duas semanas.
- Já?
- Viemos avisa-lo...E convida-lo.
- Certo...E o que esse tal de Brian faz?
- Bom, ele...Ele tem uma loja...Onde Giles é sócio...
- Giles? O bibliotecário da sua escola do colegial?
- É...eu e Giles somos grandes amigos...ele mudou-se da Inglaterra pra Itália ano passado, disse que não agüentava mais o conselho.
- Conselho?
- Era onde ele trabalhava...eu trabalhava para eles antes, mas desistir e comecei a trabalhar sozinha...
- O que é esse conselho?
- Ah...Eu não sei explicar, mas não vamos falar do meu trabalho, né?
- É, está certa. E Angel?
Buffy olhou pro pai espantada, por que ele queria saber sobre Angel?
- O que tem ele?
- Vai convida-lo pro casamento? Ele já sabe, seria indelicadeza e...
- Acho melhor não – falou
- Como não? Disse que são velhos amigos.
- É. E para continuarmos amigos é melhor que ele não vá.
- Como assim?
- Como assim que eu não quero falar sobre isso. Está bem? Não vamos falar de Angel. Então, você vai ao casamento?
- É claro.
- Quando poderá parti...Iremos junto com você.
- Daqui a uma semana, eu acho.
- Uma semana? Buffy, não é muito tempo...Você sabe, as garotas.
- Will está com ela Dawn, e temos Faith, ele é útil apesar de irresponsável.
Dawn abaixou a cabeça continuando a comer. Buffy levantou-se, pegou uma bolsa em cima do sofá.
- A onde vai? – perguntou seu pai
Buffy abriu a porta de frente, e olhou para o pai sorrindo.
- Visitar um amigo.
Buffy virou-se para sair, mas algo lhe chamou a atenção fazendo-a parar em frente a porta e olhar para o que estava na frente de sua casa. Dawn levantou-se e foi ate a porta acompanhada pelo seu pai, e olhou espantada para o que estava na frente de casa, seu pai não viu nada que espantasse as duas garotas e ficou esperando uma explicação.
- Você Acha que é um deles? – perguntou Dawn a Buffy olhando o carro estacionado na frente da casa com os vidros todos pintados de preto.
- Não acho...Tenho certeza.
O carro deu a marcha, correndo pelas ruas, quando notara que o observavam. Buffy e Dawn entraram em casa, estavam exaltadas, percebera o pai, o que estaria acontecendo?
- Quem você acha que é? – perguntou Dawn enquanto ajeitava os cabelos tentando de acalmar.
- Eu não sei... não sei. – parou pensando um pouco – talvez Angel.
- Angel não faria isso e você sabe.
- Tem razão.
- Opa, o que está acontecendo aqui? – perguntou o pai de Buffy curioso com o nome de Angel ter entrado na historia, mas ainda não entendendo bem o que acontecia.
- Não é nada...
- O carro não tinha placa – comentou Dawn baixinho
- É. – parou pensando no que fazer, o que estaria acontecendo? De quem era o carro?Conhecia o dono? – eu vou sair.
- Como assim? – perguntou o pai de Buffy
- Dawn me ligue se o carro tornar a aparecer, está bem? – falou nem sequer dando atenção ao pai
- Está bem...O que faço ate lá?
- Não sei...Ligue pro pessoal, diga que estamos bem.
- Ta bom – falou casual subindo as escadas.
Buffy saiu pela porta, seu pai sentou no sofá, não lembrava que era tão difícil de entender as filhas.
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Buffy olhou pelo local, era um edifício velho, os apartamentos deveriam ser pequenos, pensou, olhou pelo lugar e pode ver a entrada do estacionamento, usou sua força para poder entrar, sorte não ter nenhum vigia ou policial por perto. Entrou e a primeira coisa que observou foi o carro que estava em sua casa pela manha.
Começou a subir as escadas ali perto, sabia onde encontraria o dono daquele carro, já sabia de quem era.
Quando chegou no numero certo, bateu na porta.
- Já vai – falou uma voz conhecida de dentro do apartamento
Assim que a porta abriu, soltou um sorriso pro vampiro a sua frente.
- Que coisa feia seu Angel, me espionando – falou sarcástica pro vampiro.
- Buffy? – Angel deixou escapar de seus lábios – o que faz aqui?
- Encontrei seu endereço com um informante conhecido, queria falar com você sobre o vampiro que estava me espionando hoje de manhã, mas quando cheguei vi o seu carro, então...
- Ah...Isso. – Angel revirou os olhos.
- Angel, quem é na porta... – Spike acabava de chegar à porta.
Buffy entreabriu a boca surpresa, o que Spike fazia ali? Vivo! Não conseguiu emitir som, apenas sentiu que lagrimas saiam de seu olhos, seu coração batia rápido, era Spike, ele estava vivo, ele que lhe ajudara tanto, ele que lhe ensinara tanto, ele que fizera tão feliz e tão triste tantas vezes. Ele que a usou e deixou que ela o usasse, ele que morrera por ela, está vivo. Tantas lembranças, tantos sentimentos, tantas lagrimas, tudo voltava a toda de uma vez, o que estava acontecendo?
- Spike?
Não saia o que estava acontecendo, as lagrimas saiam de seu olhos sem que ela quisesse, afastou-se indo para o outro lado do corredor, a mão no rosto tentava paras as lagrimas e os soluços. Voltou a olhar o vampiro.
- O que está acontecendo? – perguntou confusa.
- Buffy, entre, nós iremos explicar. – disse Angel dando passagem para Buffy entrar, assim ela o fez.
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- Certo Will...Claro...Está bem. Um beijo pra você...Certo, vou mandar um pra Buffy...Mande um beijo pra todos.
Dawn desligou o telefone, sentou-se no sofá cansada, onde Buffy estaria uma hora dessas? Para onde tinha ido?
- Dawn, para onde foi sua irmã? – perguntou seu pai entrando na sala
- Eu não sei...Desculpe – falou sorrindo, era difícil guardar segredo do pai.
- Sobre...sobre o que falavam mais cedo? Pareciam nervosas...
- Não é nada pai...nada que precise se preocupar. – falou sorrindo e subindo as escadas, se ficasse no quarto não precisaria responder perguntas.
Entrou no quarto e sentou-se na cama, suspirou profundamente, onde estaria Buffy uma hora dessas?
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Não conseguia assimilar tudo o que ouvia. Olhava atenta os dois rapazes a sua frente lhe contando sobre os últimos anos, mas tudo era muito confuso, tudo era muito estranho. Não conseguia entender por que Spike não lhe procurou, afinal, ela merecia saber que ele estava vivo, depois de tudo que passaram. Ou será que tudo não passou de uma ilusão? Não tinha pra ele todo o valor que tivera pra ela?
Não, era exatamente por ter tanto valor que ele fizera aquilo, que escondera...Fora para o bem de todos, agora não adiantava mais, agora ela estava noiva, iria se casar, iria ser feliz e ele não mais fazia parte de sua vida.
Deixou que uma lagrima lhe manchasse a face, toda sua historia com Spike, toda a paixão, tudo estava acabado agora, era o fim, eles agora não pertenciam um ao outro.
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Buffy abriu a porta de casa, já era noite quando chegou, após sair do apartamento de Angel tinha ficado tão confusa que decidira andar, sentir o vento, as horas passarem, pensando sobre sua vida. Tocou delicadamente a cabeça que latejava, respirou fundo, estava tão cansada.
- Buffy...Ai, que bom que chegou – falou Dawn descendo as escadas junto com seu pai.
- E ai? – perguntou preocupada – me assustei, você tava demorando...
- Desculpe. – falou com a voz rouca de choro
- Tudo bem? – perguntou Dawn vendo o quanto à irmã estava nervosa.
- Eu encontrei o cara do carro. – falou tentando dse acalmar e pensando num jeito de contar tudo para a irmã.
- E quem era? Você... – Dawn olhou para o pai, sabia que não podia perguntar se ela havia matado o vampiro – o que você fez?
- Nada.
- Nada? Como assim?
Buffy respirou fundo e olhou para Dawn, a irmã então notou que Buffy andara chorando.
- Era Spike.
- Spike?
Dawn estava confusa, sua cabeça parecia rodar, Spike? Mas ele havia morrido. Do que Buffy estava falando?
- Spike está vivo Dawn.
- Mas como? Nós vimos...Você ele sobreviveu?
- Eu não sei – falou Buffy olhando para o pai. – não sei ao certo.
- De quem estão falando? – perguntou o pai de Buffy chegando perto das duas garotas – Quem é Spike?
Buffy olhou ara o pai, o que dizer?
- Spike... – começou – ele é...Um amigo...Pensamos que ele tinha morrido.
- Por que pensaram isso?
- Você lembra do terremoto que destruiu a cidade onde eu e Dawn morávamos?
- Sim, eu lembro, o que é que tem?
- Ele tava lá...Ele tava na cidade, a cidade foi destruída e ele tava lá.
- Ele pode ter fugido a tempo, ninguém ficaria numa cidade no meio de um terremoto...
- Ele ficou – falou Buffy, lagrimas inundava seus olhos.
- Por que ficaria?
- Era seu destino.
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Angel não agüentava mais, estava inquieto, desde que Buffy saiu daquele local, tudo ficara remoto, sem vida, sem sentido. Ate Spike não falara nada desde que ela fora embora, ficara apenas parado, olhando para o nada e bebendo.
A verdade era que nem ele estava muito a fim de melhorar o astral do local, ficava parado, sentindo o doce perfume dela que ainda permanecia no local.
- Vou sair – falou por fim pegando seu casaco e saindo do local, não agüentava mais fica sentindo o perfume dela sem ter ela. Era uma tortura.
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Buffy permanecia deitada, na cama ao lado sua irmã dormia, mas ela não conseguia, não depois de todas as emoções nos ultimo dias. Respirou fundo, olhando para o escuro em seu quarto.
- Spike... – sussurrou ao fechar os olhos.
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Spike não conseguia deixar de pensar naqueles olhos, naqueles belos olhos verdes lhe olhando com tristeza, com magoas. E as lagrimas que fez aqueles olhos derramarem, jurara a si mesmo que nunca mais a faria chorar, mas não conseguira cumprir. Sua alma estava dolorida, como o destino pode separa-los assim? Será que não mereciam se amar? Será que realmente se amaram? Aquilo que tivera com Buffy não poderia ter sido apenas uma ilusão, ele a amara, e ela também, sabia disso, sentia disso.
Mas então, o que acontecera?
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A garota saltou da janela do segundo andar direto para o chão. Há quanto tempo não fazia isso? Sair escondida de casa para caça? Desde antes de sua mãe descobrir sobre seu chamado. Quando anos, 10, 11? Quanto tempo fazia...
Colocou uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, começou então a caminhar, para esquecer tudo o melhor que tinha a fazer era trabalhar.
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O Vampiro mostrou seus dentes, e a atacou, mas ela foi mais rápida, desviando do ataque e jogando-o contra o chão, montou em cima do vampiro e sorriu. Logo o vampiro virara pó.
Buffy sentou-se no chão, olhando para o céu, há quanto tempo não fazia isso? Respirou fundo o gélido ar da noite, sentiu seus músculos relaxarem.
- Está me seguindo? – falou calma a Angel que permanecia parado ao lado de uma arvore.
- Na verdade não... Vim falar com um dos meus informantes que mora aqui perto.
Buffy virou-se para Angel, ele está lindo, com sempre, com da primeira vez que o vira, pouca coisa tinha mudado. Levantou-se e sentou-se num banco ali perto, Angel aproximou-se e sentou-se do seu lado. Um prolongado silencio permaneceu no parque onde se encontravam.
- Você gosta dele? – perguntou Angel quebrando o silencio.
- Quem?
- Seu noivo. – falou olhando a jovem ternamente.
Buffy respirou fundo, olhou bem nos fundos dos olhos de Angel, via uma paz, uma serenidade que só encontrava naqueles olhos escuros. Voltou a olhar a rua à frente.
- Gosto.
- Ele te faz feliz? – perguntou Angel, também olhava para frente.
- Sim, muito.
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- Certo Will...Você decide, concordo com o que decidir, voltaremos em uma semana. Certo, não se esqueça de estar bem bonita, é minha madrinha, lembra? Diga a Brian que mandei um beijo pra ele... e diga pra Giles segurar as pontas por enquanto, logo estarei ai para dar um jeito em Faith. Um beijo, tchau.
Buffy desligou o telefone, respirou fundo e sentou-se. Ficou pensando no dia anterior, Spike, descobriu que ele estava vivo, Angel, perguntando sobre Brian. Tudo estava tão confuso, não tinha idéia que sua visita a L.A seria tão tumultuada.
- Buffy, eu vou sair, certo? – falou Dawn chegando ate a irmã.
- Pode ir – falou Buffy tentando sorrir.
- Volto antes de anoitecer...Tchau.
Dawn saiu da casa, Buffy levantou-se e foi para o quarto, o pai das meninas permaneceu parado, na porta da sala, pensando o quanto à vida de suas filhas estava distante da dele.
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O som de batidas na porta despertou Spike que dormia na sala. Levantou-se, ainda cambaleando, e abriu a porta, após alguns segundos pode acostumar a visão e enxergar Dawn na porta.
- Oi Spike. – falou a jovem.
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A ruiva caminhava pela loja a procura do ingrediente certo. Onde estaria, há poucos dias tinha visto um frasco. Foi na ultima instante que achou o pequeno pó roxo que precisava. Sorriu satisfeita consigo mesma, era aquilo que precisava para seu feitiço.
- Achou Will? – perguntou um rapaz, de uns 30 anos.
- Já Brian, coloca na minha conta, certo?
- Pra que é isso? – perguntou curioso.
- É um feitiço que traz boa sorte, é pro seu casamento com Buffy.
- É perigoso? Sabe que Buffy não quer que faça feitiços perigosos, por causa da...
- Bad Willow, eu sei...Mas já faz anos que consigo controlar... Meu, bom... Outro lado... E o feitiço é bem simples.
- Certo, vou acreditar em você – falou dando um lindo sorriso.
Willow foi ate o balcão, pegou uma sacola e colocou tudo que iria precisar para o feitiço.
- Tchau Brian.
- Tchau Will.
A ruiva saiu, caminhando com sacola pelas ruas da Itália.
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Spike olhava confuso para Dawn, o que fazia ali? Os dois estavam sentados, um na frente do outro, foi então que Spike percebeu o quanto Dawn havia mudado, não era mais aquele garota de 17 anos que tinha que lidar com seus problemas e conviver entre batalhas. Era uma mulher, uma adulta, forte, decidida, extraordinária.
- Por que não nos disse nada?
- Eu não sei... Acho que estava com medo.
Dawn o olhou confusa. Medo não era uma palavra que ela via em Spike, foi então que percebeu, que em todos aqueles anos, ela nunca havia notado, mas assim como ela, ele tinha medo. E não era apenas ele, Buffy e Will, ate Xander com suas piadas...Todos tinham medo, medo daquela vida que tinham, das batalhas que enfrentavam, medo da morte e dos demônios, eles tinham medo. Tinham medo da vida.
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Buffy pegou o casaco, era todo preto, de couro. Vestiu-o, pegou suas armas e escondeu em suas vestes. Iria caça, talvez fosse atrás das caça vampiros que viviam em Los Angeles, se não estivesse enganada, Rona morava em L.A a dois anos. Não a vira mais depois que terminara o treinamento como Caça vampiros.
Começou a descer as escadas, a ponto de ver Dawn entrando, e seu pai colocando a mesa para jantarem.
- Dawn chegou bem na hora e...Vai sair Buffy?
- É pai...Tenho que ir fazer umas coisas e...Vou também visitar uma amiga.
- Mas...
Buffy saiu.
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Angel olhava pela janela, havia começado a chover. Por algum motivo não conseguia tirar Buffy da cabeça, passara o dia assim, andando de lado em lado, pensando nela, não apenas na noite anterior, como também em tudo que viveram. Desde o dia em que a vira pela primeira vez, saindo da escola, desde quando se falaram pela primeira vez, perto do Bronze, desde o primeiro beijo, quando começaram a namorar, quando sentiu o corpo dela pela primeira vez.
Logo as lembranças do dia que não acontecera, as lembranças que fizera ela esquecer, as lembranças de quando, por 24 horas, ele virara um humano.
Angel levantou-se, precisava achar algo para fazer, precisava lutar.
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O pai de Buffy não acreditava naquilo, como ela podia sair assim, sem dar explicações, logo correu para fora de casa, estavam na casa dele, ela tinha que pelo menos ter respeito, afinal, ele era seu pai.
Saiu correndo, mas não a viu pela rua, não deveria estar muito longe, começou a correr pelas ruas, estaria ficando doido?
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Buffy andava pela rua, o vento soprava forte, e estava à procura de algum demônio. Sorriu, engraçado, há anos que não saia a procura de demônios, eles apenas apareciam e ela tinha que enfrenta-los, agora, era a terceira noite que ia fazer ronda, Los Angeles realmente mexia com ela.
- O que uma garota tão linda faz sozinha num lugar como esse – falou uma voz atrás dela, Buffy virou-se e sorriu.
- Oi Spike.
- Como vai Buffy?
- Bem...
Spike aproximou-se da garota.
- Então sem ressentimentos...Por eu ter guardado segredo?
- Entendo seus motivos.
Buffy olhou atrás de Spike, vendo então um vampiro, pronto para ataca-los.
- Abaixa!
No segundo seguinte Spike abaixou-se, Buffy chutou o vampiro, Spike o prendeu e o jogou em direção de Buffy que cravou a estaca no coração do vampiro fazendo-o explodir em cinzas.
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Aquilo lhe parecia extremamente irreal. Como uma pessoa podia explodir em cinzas? E desde quando Buffy podia fazer isso. O pai de Buffy não entendia a situação, apenas vira a filha conversar com um rapaz, e quando ia se aproximar, de não se sabe onde apareceu um homem, que ela logo tratou de atacar, e quando o homem com que ela conversava imobilizou e empurrou o rapaz para sua direção, ela o acertara com não se sabe o que no coração fazendo-o virar pó.
Buffy virou-se vendo então seu pai, parado olhando-a confuso e com medo. Ele havia visto, ela sabia.
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Os dois entraram na casa, a cabeça de Buffy rodava, a de seu pai também , assim que chegaram Dawn apareceu, Buffy suspirou e a olhou.
- Ele me viu.
- O que? Não.
- Espera ai, ela sabe...Sobre...Isso! E melhor, o que está acontecendo? Por que não me explica?
- Eu vou explicar...Mas acho melhor você se sentar e...
- Alo! – gritou Spike da porta –Será que alguém poderia...
- Ai, desculpa – disse Buffy – pode entrar Spike.
- Obrigado – falou entrando.
- Alguém poderia me dizer o que está acontecendo? – perguntou o pai de Buffy.
Buffy sentou-se, Dawn fez o mesmo, Spike escorou-se na escada.
- Eu sou uma caça vampiros.
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Bom, mas uma fanfic...
Essa é uma linda fanfic que fiz e que vaidar um ponto final na historia Buffy/Angel/Spike. Quem ela escolhera? O seu primeiro amor, na qual nunca pode ficar junto, mas que nunca esqueceu e que sempre vai estar em seu coração... Ou Spike o vampiro por quem se apaixonou e que perdeu sem realmente saber o que sentia, mas que sabe estar emseu coração e que lhe ajudousempre, mesmo sem seu agrado. Ou será que o melhor é viver uma vida normal, com seu noivo Brian?
Isso, vcs logo vão saber...
DarlaD
