Capítulo 3: Sentimento que conforta os corações.
A noite já estava imperando quando Aioria chegou em sua casa, abriu o grande portão e entrou, sentiu o vazio que emanava de dentro dela...
- Quando Lithos e Garan moravam aqui...As coisas eram bem animadas!!! – Disse ele em voz alta.
Sorriu para si mesmo e pensou de como seria se sua irmãzinha e o seu melhor amigo voltassem... Qual seria a reação deles ao saber de Marin? Eles nem chegaram, a saber, que ele a treinara antes mesmo de se tornar um cavaleiro.
Entrou para o banho e ficou ali, deixando a água percorrer seu corpo... Seus pensamentos voavam longe... Ao sair do banho, deu um sorriso maroto para seu reflexo no espelho.
- Queria que ela estivesse aqui comigo... – disse também em voz alta... E suas palavras ecoavam por toda extensão da casa de leão.
Saiu para seu quarto e pegou a roupa mais confortável que encontrou ao seu alcance, tentou pentear os cabelos sempre rebeldes... Mas nada adiantava para colocá-los em seu devido lugar.
Deitou-se em sua cama com a barriga para cima... Estava começando a pegar no sono quando ouviu batidas na porta de sua casa. Levantou-se, quem seria àquela hora? As batidas vinham da porta dos fundos... Então só poderia ser... Shaka!!! Aioria abriu a porta muito a contra gosto...
- Pensei que não abriria... – disse Shaka olhando-o seriamente.
- O que aconteceu? – Perguntou Aioria o convidando a entrar. – Algum problema no santuário, ou fora dele?
- Bem, não que seja realmente um problema... Estou aqui só para perguntar o que aconteceu para não comparecer ao treinamento da tarde e de ter faltado à reunião que se realizou logo depois. Por que já faz algum tempo que você deixou de ir tão a contragosto nas reuniões.
- Não estava com saco para aparecer na reunião de hoje. E que eu saiba o assunto nem era de grande importância. E quanto ao treinamento, acho que um dia a menos não ira me matar. – disse Aioria sarcástico. É só isso Shaka?
- É só... Já esperava por esta resposta... Só espero que o motivo dessa falta não tenha haver com alguma coisa proibida. – ao dizer isso Shaka caminhou para a porta.
- Você sempre se metendo onde não é chamado não é mesmo? Quando vai parar de querer controlar os meus atos? Acho que já estou grandinho o suficiente para saber o que é bom ou não para mim, aliais eu sempre soube decidir sozinho qual era o melhor caminho.
- Isso não é querer te controlar, é apenas um conselho, um alerta. Porque na maioria das vezes a corda arrebenta nas mãos do mais fraco.
Ao dizer isso Shaka virou-se e foi embora, Aioria fechou a porta furioso, batendo-a atrás de si... Entendera em partes o que Shaka quis dizer... Mas o que ele temia agora era se ele realmente sabia algo sobre seu romance com Marin, ou se estava apenas jogando no verde.
Decidiu não pensar mais no assunto, nem aquela visita inoportuna de Shaka estragaria toda a alegria que ele estava sentindo.
Voltou para o quarto e deitou-se novamente na cama, pegou uma barra de chocolate deixada por ele de manhã na pequena mesa que ficava ao lado. Sorriu novamente... Ele estava feliz... Feliz como há muito tempo não ficava.
Marin também chegara quando a noite já estava alta, depois de despedir-se de Aioria continuou a caminhar pelos arredores do santuário. Ao aproximar-se de sua casa notou uma silhueta encostada ao batente... Quem seria numa hora daquelas? Gemeu Marin, torcendo para que não se tratasse dela... de Shina.
Mas parece que não estava com muita sorte, realmente a pessoa encostada a sua porta era sua "amiga" Shina, o que será que ela queria agora?
- Que horas de chegar... Anda misteriosa nos últimos tempos Marin. – Shina disse emitindo uma gargalhada cínica.
- O que quer Shina? – encarei-a.
- Quer dizer que seu querido discípulo foi embora? Que covarde... – disse ela.
- Seiya não fugiu, ao contrário do que pensa, esse era o maior desejo dele e agora que finalmente ganhou sua tão sonhada armadura, foi em busca de seus sonhos.
- Sonhos? Seja lá qual for o motivo de sua ida, ele não ficará em paz por muito tempo. – respondeu ela rindo.
- O que você quer dizer com isso? – perguntou Marin.
- Nada. – respondeu ela mais uma vez rindo ironicamente. – Estava esperando para lhe entregar isso. – disse estendendo um envelope para Marin.
- O que é isso?
- Uma mensagem. – disse Shina.
- Quem trouxe?
- Alguns soldados. Bem agora que já lhe entreguei o envelope, vou embora. Tchau querida!
Irônica! Pensou Marin ao ver a outra virar-se e ir embora. Pobre Seiya arrumara um problema pro resto da vida.
Abriu a porta e entrou, olhou a pequena cabana por dentro... Sentiu-se novamente triste, há uns dia atrás ao chegar, encontraria-se com Seiya sorrindo e dizendo-lhe que havia preparado o jantar para eles.
- Menino peralta!!! Vou sentir muito a sua falta. – disse ela em voz baixa.
Trancou a porta atrás de si, tirou sua máscara, deixou a mensagem sobre a estante da sala e foi para o banho. Enquanto aproveitava a ducha quente... lembrava daquela tarde, de como se sentira bem, protegida... Feliz. Sabia agora que não estava sozinha, tinha a ele, apesar de toda a falta que sentiria de Seiya.
Saiu do banho, colocou um conjunto de lycra o mais confortável que tinha e foi preparar algo para comer.
Ao terminar o seu lanche, voltou para a sala e foi abrir o envelope que Shina lhe entregara. Era um recado do Mestre do Santuário, escrito pelo cavaleiro de ouro de Virgem. A mensagem tinha as seguintes linhas:
"O Grande Mestre, através de minha pessoa tece os devidos respeitos pelo excelente treinamento concedido ao jovem, que hoje, conquistou a sagrada armadura de Pégasus. Considerando-a uma das mais confiáveis e capazes de todas as amazonas deste santuário. Indica também a sua pessoa a ser procurada caso aja algum problema mais grave dentro ou fora deste lugar santo".
Atenciosamente
Shaka
Ao terminar de ler Marin olhou para a parede e respirou fundo... Aquele reconhecimento podia até ser importante, mas ainda mais importante era ver seu discípulo sair-se vitorioso e ir em busca de seu sonho. E quanto a resolver algum problema mais "sério" dentro ou fora do santuário, os cavaleiros e amazonas não existiam apenas para isto?
- Afinal, me tornei amazona para proteger este mundo de todo o mal que o ameaça. – disse para si mesma.
Marin sem dar a devida importância ao papel levantou-se e guardou-o na gaveta da escrivaninha. Mal sabia ela que viria a lembrar-se dele alguns meses depois.
- É acho que já está na hora de ir deitar Marin... Ou não conseguirá acordar na hora para o treino matinal. – disse ela para si mesma.
Apagou as luzes e seguiu para seu quarto... Ao deitar-se deixou vir a face um sorriso... O rosto de Aioria voltou-lhe a mente, juntamente com aquela cantiga tão linda que ele cantara para ela. Acabou por adormecer em seguida, com o seu coração embalado por aquela lembrança.
N.A: Será que é Shaka a pessoa que estava nas sombras? O que ele quis dizer com "a corda sempre arrebenta nas mãos do mais fraco? Gente ai está mais um capítulo desta fic que estou amando escrever... Obrigada pelos elogios, são eles que me dão animo para continuar.
Mari Marin, realmente não há coisa mais fofa do que este leãozinho adormecido...Puxa que sorte a Marin tem... Imagina se a gente pudesse tê-lo por apenas um dia?? Puxa isso dá até idéia pra uma fic.
Vamp, Vamp, obrigada por revisar para mim mais este capítulo
Jedi, eu sei que você a prefere com o moxo de Sagitário... Mas tem de concordar que ela e o Oria são o par perfeito!!!!
Oi eu sou a Lithos: Marin recebeu uma outra mensagem? Do que esta se trata? Não percam o próximo capítulo... Que será?
Vampire, cutucando a escritora.
Lithos: Sim Vamp???
Vampire Isso não é Dragon Ball!!! E você não é o Goku!!!!
Lithos: XD, desculpa ai...Só quis dar uma emoção a mais.
Abraços a todos
Lithos de Lion
