Capítulo 05 - Serenata ao Luar
Uma semana se passou desde que os marotos tinham se mudado para o 666, vizinho ao da sra. Figg. Ela não voltara a perturbá-los por causa do jardim, visto que eles já tinham trabalho suficiente para fazer, mas em compensação, sempre passava por lá nas horas mais quentes do dia (quando era quase certeza os quatro estarem trabalhando sem camisa) para levar um pedaço de torta ou apenas jogar conversa fora.
A lua cheia se aproximava. Pensando nisso, as portas do porão foram reforçadas. Mas, como passar três noites trancados no subterrâneo não era exatamente o tipo de diversão que aqueles rapazes tinham em mente, Sirius e Tiago ficaram responsáveis por arrumar as cercas no fim de semana antes da lua.
Acontece que, para arrumar cercas, é preciso estar fora da sombra protetora da casa. Ou seja, mais calor inclemente sobre as cabeças dos nossos pobres marotos. Ou seja, Tiago e Sirius trabalhando sem camisa na rua. Ou seja... olhos femininos por toda a extensão da rua, através de vidraças, observando o espetáculo...
Sirius, é lógico, estava adorando toda aquela atenção. Já não se podia dizer o mesmo de Tiago, visto que ele se mexia nervosamente e de vez em quando olhava para o começo da rua, procurando uma cabeça ruiva a apontar na esquina.
Infelizmente (para Sirius), a única pessoa que se arriscava a botar o pescoço para fora de casa e ir vê-los trabalhando de perto, era a velha Arabella Figg. O fato de ela conhecer magia não tinha aliviado os marotos sobre os modos da estranha personagem, mas, fazer o quê? Tiago já tinha comprado o casarão mesmo, não é?
Finalmente, para encurtar a conversa, a cerca ficou pronta no domingo de tardezinha. Os dois rapazes tinham aumentado ela para que o jardim da casa não ficasse visível, e tinham colocado alguns feitiços protetores nela também. Nas partes mais escondidas, a hera brotara rapidamente, formando uma espécie de cerca viva.
Enquanto isso, do lado de dentro, Remo e Pedro acabavam o segundo dos quartos do primeiro andar. Como tinham mais tempo livre, eles trabalhavam durante a semana também. Os aposentos de lilás foi o primeiro, mas nenhum dos quatro se mudou para o tal quarto; ele era feminino demais. Agora eles davam os toques finais no quarto das crianças.
Faltavam ainda quatro quartos e o sótão. Talvez, em mais um mês, eles estariam com o casarão restaurado. Pelo menos, esses eram os cálculos de Raffles. O fantasma estava adorando o movimento da casa, especialmente quando a bela ruivinha aparecia, geralmente no horário do almoço ou no fim da tarde. Ela era uma boa ouvinte; escutava suas histórias com interesse e atenção. Já o mesmo não se podia dizer daqueles garotos...
- Vocês estão ouvindo o que eu estou dizendo?
- Hum, hum, hum-hum... - Pedro respondeu com a boca cheia de algum sanduíche.
Remo sequer levantou a cabeça para ele. Estava começando a se sentir fraco, como sempre acontecia ao se aproximar a lua cheia. Sirius e Tiago conversavam a um canto, com idênticos sorrisos marotos.
Raffles suspirou empoladamente, enquanto tirava do bolso um velho chapéu cheio de plumas e o colocava sobre a cabeça. Quando alguém prestaria atenção no que ele tentava dizer a séculos? Quando alguém descobriria os reais segredos daquele casarão?
- AHHHHH!!!! SOCORRO!!!! LÍLIAN!!!!!!!
A ruiva saiu do banheiro com uma toalha sobre o corpo, procurando, preocupada, a amiga. Os gritos de Amélia continuavam.
- LÍLIAN, SOCORRO! VÁ BUSCAR AJUDA! CHAME ALGUÉM!!
- Amélia, o que houve? - Lílian perguntou, entrando na cozinha, origem dos gritos.
- CUIDADO!
Lílian observou o lugar antes de soltar também um grito.
- NÃO! Amélia, sai daí!
- Como eu vou sair? Elas estão por toda a parte!
- Vingardium leviosa! - a ruiva ergueu a varinha com uma mão, enquanto segurava a toalha com a outra e tentava se afastar do lugar.
Amélia flutuou até a porta, aterrisando no sofá. Lílian fechou a porta da cozinha com estrépito e colocou um feitiço para impedir que aquelas, aquelas... coisas passassem para o restante da casa.
- Como isso aconteceu? - a ruiva perguntou, virando-se para a amiga.
- Eu ouvi o som de alguma coisa se rompendo e depois... depois elas começaram a aparecer por todo o legar, saindo de dentro da pia, do bueiro, dos armários...
- Certo, chega, pare ou eu vou vomitar. Como vamos nos livrar daquelas coisas? - Lílian tinha uma ruga de preocupação entre os olhos.
- Não sei... Que tal um Avada Kedavra?
Lílian meneou a cabeça.
- Precisaríamos usar muitos Avadas para acabar com tantas baratas juntas. E nenhuma de nós duas é boa com feitiços caseiros.
- E o que a gente faz?
- Vamos chamar um detetizador profissional. Enquanto isso, precisamos encontrar outro lugar para ficar.
Amélia arqueou as sobrancelhas.
- Como assim "outro lugar para ficar"?
- Você quer ficar aqui enquanto o veneno age e ver elas balançando as anteninhas até a morte?
A garota fechou a cara.
- Não. Mas para onde vamos?
- Vá arrumar suas malas. Eu sei exatamente para onde vamos.
A primeira noite de lua cheia foi passada no porão. Os uivos aterrorizantes do lobisomem foram convenientemente abafados por feitiços previamente colocados pelos marotos no casarão. Quando o dia afinal apareceu, Remo dormia cansado sobre um velho catre enquanto os outros rapazes tentavam se virar na cozinha.
Na segunda noite, sob o olhar um tanto assustado de Raffles, o lobisomem e seus amigos, um cervo, um enorme cão negro e um pequeno ratinho, perambularam pela parte de trás da casa, que dava para um descampado. Ali, o jardim era tão mal cuidado que mais se assemelhava a uma mata e uma enorme aveleira reinava soberana sobre todas as outras árvores.
A cerca reforçada de Sirius e Tiago resistiu bravamente às brincadeiras daquela noite. Só que os uivos de Aluado e Almofadinhas para a grande lua redonda no céu chamaram a atenção de toda a rua. Coisa que eles só descobririam muito tempo depois...
A campainha tocou cedo no número 666. Remo, novamente, dormia a sono solto. Pedro, Tiago e Sirius descascavam batatas na cozinha. Os três marotos se encararam quando a música alta e estridente soou no interior da casa.
- Deve ser a senhora Figg. - Pedro foi o primeiro a se pronunciar - Eu é que não vou atender. Gosto das minhas bochechas. E ela quase as arrancou na última vez em que veio aqui enquanto me chamava de fofinho.
- Eu concordo com o Rabicho. - Sirius se pronunciou enquanto a campainha tocava mais uma vez - Aquela velha parece que tem um vulcão debaixo da saia. Se fosse pelo menos uns cinqüenta anos mais nova, eu podia até encarar, mas ela tem idade para ser minha avó!
Tiago sentiu um calafrio ao ver os dois pares de olhos dos amigos se concentrarem nele.
- Ei, nem olhem para mim, eu é que não vou lá!
- Ah, vai sim!
- Não vou não.
- Vai.
- Não vou.
A campainha voltou a tocar e agora pareciam ter esquecido o dedo sobre ela.
- Você vai ou eu digo para a Lily que você anda dando muita trela para a velhinha.
- Ei! Isso é mentira! Eu nunca ia dar trela para aquela doida!
- Vamos, Pontas, não nos desaponte, mostre que é corajoso, que é um autêntico grifinório!
Tiago começou a resmungar enquanto se levantava do chão e desamarrava o avental da cintura. Com a cara fechada e arrastando os pés, ele se dirigiu para a porta, abrindo-a de supetão.
Um corpo pesado caiu sobre ele e esse peso extra o pegou desprevenido, fazendo com que ele e o "corpo estranho" caíssem com estrépito no chão. Por reflexo, Tiago envolveu o "corpo estranho" pela cintura. Antes de reabrir os olhos (que fechara na iminência da queda), o rapaz percebeu uma mão embaixo de sua cabeça, o que impedira ele de se machucar. O mesmo não se podia dizer da dona da mão. Um choramingo feminino veio de cima dele. A respiração descompassada do "corpo estranho" estava em seu pescoço.
- Eu detesto interromper o momento romântico, mas será que vocês podem fechar a porta antes que toda a vizinhança venha assistir os dois matarem a saudade?
Tiago finalmente abriu os olhos, encontrando Amélia Bones parada no umbral da porta. Olhando para a pessoa que caíra em cima dele, o rapaz logo reconheceu os cabelos ruivos. Poucos segundos depois, a face de Lílian surgiu.
- Você pode levantar a cabeça para eu tirar a mão? - ela perguntou num sussurro.
O rapaz levantou meio corpo, até ficar sentado, o que fez Lílian ficar sentada também, só que em seu colo. Amélia voltou a resmungar e, puxando as malas de qualquer jeito por cima da perna de Tiago, fechou a porta e sumiu pela porta da cozinha.
- Você está bem? - ele perguntou, segurando a namorada pela cintura para ajudá-la a se levantar.
- Acho que torci meu pulso. - ela respondeu, segurando firmemente o lugar citado, onde uma mancha roxa começava a aparecer - Porque demorou tanto para atender?
- Estávamos ocupados na cozinha. - ele respondeu, aproximando-se.
Lílian se encostou na porta fechada e logo os braços de Tiago estavam ao seu redor, impedindo qualquer chance de escapatória. Não que ela quisesse escapar, lógico. Depois de um longo beijo, ele tirou a varinha do bolso e apontou para o pulso da ruiva, murmurando alguma coisa. A mancha desapareceu e, após alguns segundos, ela já podia mexer o pulso normalmente.
- Obrigada. Nada disso teria acontecido se eu não tivesse perdido a paciência e começado a bater na porta. Você não bateu a cabeça, bateu?
- Você impediu que isso acontecesse. - ele respondeu, sorrindo, enquanto a puxava para mais um beijo.
Mais um pigarro o impediu de concluir a ação. O casal se virou para a porta da cozinha, onde apareceram Pedro, Sirius e Amélia, essa última bem segura pelo pulso pelo moreno.
- Que espécie de invasão é essa? - Sirius perguntou com a cara desconfiada.
Tiago finalmente percebeu as malas que Amélia carregara para dentro e virou-se para a namorada.
- O que aconteceu?
- Houve um acidente lá no apartamento, um cano de esgoto se rompeu por causa de um ninho de baratas. E, bem, aquelas coisas tomaram conta do apartamento. Estão detetizando o lugar e consertando o esgoto também. Por causa disso, tivemos que sair de lá.
- Vocês correram de um bando de insetos do tamanho do meu dedo? - Sirius perguntou ainda de mau humor.
Lílian mordeu os lábios.
- Vocês não vão nos expulsar e escorraçar daqui, não é? - ela lançou um olhar de profunda inocência e mágoa para Tiago, afinal, ele era o dono da casa - Você vai deixar que eu volte para a casa da minha irmã doida que acha que eu sou uma anormalidade?
Sirius sorriu maniacamente. Era hora de devolver a malignidade da ruiva. Antes, porém, que ele pudesse se pronunciar, Lílian puxou Tiago pelo braço e cochichou alguma coisa em seu ouvido. Os olhos dele brilharam por trás dos óculos.
- Elas ficam. - Tiago se pronunciou depois de um momento de silenciosa expectativa.
Foi a vez de Pedro arregalar os olhos.
- Mas Pontas... Elas não podem... pelo menos, não até amanhã.
Sirius virou-se para Rabicho e só então se lembrou de Remo, que ainda dormia. Aquela era a última noite da transformação dele, se as garotas ficassem ali, elas poderiam correr perigo. Lílian também entendeu do que eles falavam, há muito tempo sabia que Remo era um lobisomem. Apenas Amélia não sabia de nada.
Lílian e Tiago se entreolharam e ela percebeu o brilho de desafio nos olhos dele. Aquele maluco ia aprontar alguma coisa! Oh, Merlin, ela precisava pensar em alguma coisa rápido ou Amélia poderia descobrir sobre o segredo do amigo.
- Bem, eu tinha esquecido que os quartos ainda estão em reforma... Nós podemos ficar no caldeirão Furado, Amélia, não deve demorar tanto assim para que acabem de arrumar o apartamento...
- Mas, Lily, aquele cara disse que ia levar no mínimo um mês para que ficasse tudo pronto, além do que, estamos na alta temporada, férias em Hogwarts, o hotel deve estar cheio e...
- Não, Amélia, vamos, a gente se arranja.
- Vocês vão ficar, Lily. - Tiago disse sério.
- Tiago, não, nós não podemos...
- Tem dois quartos prontos lá em cima. Vocês podem ficar com eles. Nós estamos no porão, não vai ter nenhum problema.
- Mas, mas...
- Nada de mas. Sirius, ajude a Amélia a levar as malas delas lá para cima.
- Ei, eu tenho cara de carregado agora, é?
Amélia retirou a varinha do bolso.
- Eu não preciso de ajuda. Apenas me indique qual é o quarto.
- Só que o quarto das crianças ainda está com tinta fresca. - Pedro os interrompeu - Ela vai morrer de falta de ar se for pra lá. É melhor as duas ficarem no mesmo aposento.
Sirius concordou intimamente. Pelo menos dessa maneira, Lílian poderia ficar de olho em Amélia. Já que Tiago era cabeça dura demais para deixar as garotas saírem...
Tiago percebeu o quanto a namorada estava tensa. Lílian sentiu os dedos dele abraçarem sua cintura, mas não relaxou. O que aquele maluco estava pretendendo? Que ele tinha um plano, ela não tinha dúvidas. Mas o quê, exatamente, ele estaria planejando?
- Não se preocupe. - ela ouviu ele sussurrar perto de sua orelha e, com isso, um arrepio invonluntário percorreu sua espinha - Eu vou cuidar bem de vocês.
Dito dessa maneira, ela sabia que não tinha forças para duvidar. Só o que podia agora era esperar para ver o que a noite lhe reservaria...
A lua começava a sair de trás das nuvens. Enquanto Amélia estava no banho, Lílian trancou a porta com magia e empurrou uma cômoda para bloqueá-la. Sabia que se Remo, em sua forma de lobisomem, quisesse entrar ali, aquilo não seria obstáculo. Só o que podia fazer agora era torcer para que o plano de Tiago, fosse qual fosse, desse certo.
Enquanto isso, no porão, Remo passava por mais uma de suas dolorosas transformações, assistido por Raffles, Almofadinhas e Rabicho. E Tiago se esgueirava pelo jardim, procurando a janela de onde vinha luz no segundo andar. Quando Amélia saiu do banheiro, se espantou com o nervosismo de Lílian e com o bloqueio da porta.
- O que significa isso?
Antes que Lílian pudesse responder, um uivo sinistro eccou por toda a casa. Amélia sentiu seus cabelos se arrepiarem. Lá fora, Tiago sorriu. Ouvira o uivo de Remo, mas sabia que ele não saíra dos terrenos do casarão. Eles realmente tinham feito um bom trabalho na acústica da casa.
- Bem, eu pensei que os meninos poderiam tentar pregar uma peça em nós, então eu bloqueei a porta e...
- O que foi esse uivo?
- Uivo? Ah, foi o cachorrinho dos meninos. - Lílian mordeu os lábios, nervosa - Ele está trancado no porão com os rapazes, pobrezinho...
Nesse momento, uma das janelas se abriu com estrépito graças a uma poderosa rajada de vento. Junto com ela, veio o som inconfundível da voz de Tiago.
I'm not looking for someone to talk to
I've got my friends, I'm more than ok
I've got more than a girl could wish for
I live my dreams but it's not all they say
Still I believe I'm missing something real
I need someone who really sees me
Lá embaixo, no meio de uma clareira de luz, Tiago sorriu, enquanto cantava. Mais afastados, de modo a se ver apenas suas sombras, estavam três vultos segurando instrumentos musicais. Aquilo era só uma ilusão para que Amélia pensasse que os outros amrotos também estavam ali.
Matara dois coelhos com uma cajadada só. Com aquela "serenata", ele faria Lílian se derreter e Amélia não prestaria atenção aos uivos de Remo, agora suplantados pela música. Ele era realmente um gênio!
Don't wanna wake up alone anymore
Still believing you'll walk through my door
All I need is to know it's for sure
Then I'll give all the love in the world
- Bem, agora eu sei porque o cachorrinho está uivando. O pobre está sozinho. - Amélia sorriu, enquanto se debruçava na janela para tentar ver melhor os outros vultos, sem sucesso.
- É... - Lílian murmurou em resposta, sem realmente prestar atenção ao que a amiga estava falando.
Fora daquela maneira que Tiago a conquistara. Pequenas travessuras que demonstravam o que ele realmente sentia. Sapos de chocolate que surgiam magicamente em seus cadernos, flores que se abriam quando pegava a mochila, cartas anônimas ou não... Ele sempre conseguia se superar para ter a atenção dela.
I've often wondered if love's an illusion
Just to get you throught the loneliest days
I can't criticize it - I have no hesitation
My imgination just stole me away
Still I believe
I'm missing something real
I need someonde who really sees me
Tiago sorriu ainda mais ao ver o olhar sonhador na face da namorada. Provavelmebnte estava se lembrando das muitas vezes em que prepara surpresas como aquela para ela. Ou, quem sabe, das vezes em que eles tinham ficado trancados em passagens secretas por todos os corredores de Hogwarts (será que ela algum dia desconfiara que ele armava para que eles ficassem presos juntos sempre que possível?).
Don't wanna wake up alone anymore
Still believing you'll walk through my door
All I need is to know it's for sure
Then I'll give all the love in the world
- Ai, que fofo... Ninguém nunca fez isso para mim.
Lílian virou-se para a amiga, sorrindo, os olhos brilhantes. Apesar de tudo, tinha sorte em ter ficado com Tiago. Com ele, nenhum dia de sua vida seria tedioso. Eles poderiam brigar, gritar, etc, etc, etc... Mas, no final,m sempre voltariam um para o outro. Sempre fora apenas uma questão de tempo. Afinal, por mais que quisesse negar no começo, eles tinham sido feitos um para o outro...
Love's for a lifetime, not for a moment
So, how could I throw it away
Yeah I'm only human
And nights grow colder
With no one to love me that way
Yeah I need someone who really sees me
No porão, Raffles observava os dois animagos cuidarem do amigo, enquanto ouvia a serenata que era feita lá fora. Ao final das contas, nada tinha mudado muito em todos esses séculos. Todas as mulheres ainda se derretiam diante de uma serenata.
A mente dele vagou até o salão de baile. Mãos com dedos longos sobre os teclados do piano...
And I won't wake up alone anymore
Still believing you'll walk through my door
You'll reach for me and I'll know it's for sure
Then I'll give all the love in the world
A luz se escondia quando Tiago e os outros vultos subitamente desapareceram do jardim. Lílian sabia que, àquela hora, Remo já se destranformara. Imediatamente, ela desbloqueou a porta.
- Amélia, pode ficar à vontade. Durma, já que não pregamos o olhos essa noite com essa serenata. Eu vou ver como o Tiago está.
- A essa altura, o pobre deve estar bem rouco. - Amélia disse, entre bocejos, enquanto afinal se deitava.
Lílian sorriu, cerrando a porta novamente e caminhando pé ante pé pelo corredor vazio. Porém, antes que chegasse a escada para procurar Tiago lá embaixo, uma mão a puxou para dentro de um quarto vazio. A boca dela foi muito bem silenciada pelos lábios do namorado enquanto ele fechava a porta, trancando-a.
Lá fora, o sol começava a nascer.
Dynha: Não se preocupe, eu não vou abandonar vocês apesar do fim de hades. Esqueceu dos meus "mistérios"? A propósito, obrigada pelo e-mail. Ajudou muito. A única coisa da qual você pode reclamar agora é que eu só vou deixar você ler a primeira parte mesmo. Para ler o resto (inclusive a entrada triunfal da ruivinha), só quando eu começar a postar (eu sou má, eu sou má, eu sou muito má...).
Marcelinha Madden: Obrigada, obrigada, obrigada! Espero que tenha gostado desse aqui também (eu, pelo menos, dei boas risadas com as garotas... Imagina o que elas não fariam se em vez de baratas fossem comensais? Hum... Eu acho que elas enfrentariam os comensais...)
Adriana Black: Pois é, que bom que gostou da Lily má, porque vai ter um capítulo em que ela vai, definitivamente, fazer os marotos pagarem por todos os seus pecados...
Rose Mia: Prestem atenção no Raffles! Essas lembranças fugazes dele são uma dica do que vai acontecer no final! Ah, e eu ainda quero a minha senha de juíza no tribruxo lá do fórum!
Nina: Poxa, não vamos exagerar, tragédia viver sem hades? Estou de queixo caído. Mas não se preocupe, eu não pretendo abandonar vocês. Não mesmo. E concordo plenamente com a sra. Figg, Sirius sem camisa é uma visão do paraíso (se abanando feito uma louca)...
Lily Dragon: Hei, maninha! Bem, ainda não foi dessa vez que eles ajudaram no jardim... Espero que a atualização não tenha demorado muito!
ei!: Pois é, essa é uma acusação infundada e totalmente sem lógica... Velhinha tarada? E nós somos o quê?
Helena Black: Pois é, a Lily é má. Ei, eu vi que você leu Essência feminina e marauder's week! Que bom que gostou. Obrigada pelos comentários!
Ellen-Potter: Obrigada. Perfeita? Eu não diria tanto. Em todo caso, quem não adora as confusões desses marotos?
Luiza: Que vergonha, eu ainda não respondi sua carta... É porque semana que vem começam as provas e eu tenho usado todo o meu tempo livre para apenas uma coisa: escrever fics... Que bom que está gostando. Assim que eu tiver tempo, prometo que vou responder sua carta. E, mais uma vez, obrigada pelo presente!
Juliana: Bem, Dumbledore é amigo da sra. Figg. Quanto ao Raffles... Hum, deixa pra lá, eu não vou entregar minhas surpresas a essa altura da história...
Lisa Black: Ei, você não é minha tia lá no fórum? Certo, isso não importa, o que importa é que o Tutti Bank dá... ops... script errado... Peraí! (se abaixando debaixo da mesa) Esse não... Esse também não... Ah, achei, é esse aqui! AI! (batendo a cabeça no tampo da mesa) Bem, o jardim vai ter sua chance (eu acho...). E o Ministério da Saúde adverte: rir é o melhor remédio para todos os males...
Irmãs Potter: Sim, eu quero ver esse site antes de todo mundo! Afinal, eu tenho direito! Hehehehe... Bem, que bom que está gostando da Lily malvada. Espero que tenha gostado da Lily apavorada e da Lily sedutora desse capítulo também...
Marmaduke Scarlet: Gente, vocês nunca viram um homem sem camisa não? Nossa, que bando de assanhada (como se eu também não fosse...). Obrigada!
Ameria: Bem, eu precisava de uma vizinha tarada e na hora me veio à cabeça a imagem da senhora Figg. Como eu já disse, essa fic é apenas uma brincadeira minha para me desanuviar de Hades (projeto super pesado...) então eu acabo colocando todo tipo de maluquice que me aparece pela frente. Espero que tenha gostado desse aqui. ;)
Beijos a todos,
Silverghost.
P.S.: antes que eu me esqueça, a música desse capítulo é "All the love in the world", The Corrs. Bem, agora eu realmente vou me despedindo...
