Capitulo XII

No dia seguinte, Harry acordou muito bem disposto. Saltou para a cama de Ron e começou a acordá-lo, batendo-lhe com a almofada. Os outros foram acordados pelas gargalhadas de Harry e pelos resmungos de Ron.

- Harry, estás mesmo bem-disposto! – disse Seamus a sorrir. Harry começou a saltar alegremente na sua cama, enquanto fazia uma ginástica enorme para se vestir.

- Sou o gajo mais feliz do universo!

Ron começou a levantar-se calmamente, resmungando com cara de poucos amigos. Harry acabou de se vestir e apressou-se a sair do dormitório.

- Tchau, pessoal!

Harry desceu as escadas e viu Hermione a atravessar a Sala Comum com Ginny. Aproximou-se e pegou em Ginny, pondo-a de cabeça para baixo.

- HARRY, PÁRA! – gritou ela, rindo-se histericamente. No entanto, Hermione contornou-os e afastou-se sem dirigir palavra a Harry. Este pousou Ginny e correu até ela.

- Espera aí. Queria-te pedir desculpa. – Hermione olhou-o seriamente, mas logo um pequeno sorriso rasgou os seus lábios.

- Está bem, Harry. Esquece o que aconteceu. – e saíram todos para tomar o pequeno-almoço.

A seguir ao pequeno-almoço, Ginny separou-se deles para a sua aula de Encantamentos, enquanto eles se dirigiram para mais uma aula de Cuidados com as Criaturas Mágicas. Quando lá chegaram, Hagrid ainda não tinha chegado. Malfoy sorriu maliciosamente para Pansy e para o resto do seu bando.

- Ouvi dizer que a caça às baleias chegou à tua barraca, na semana passada, Weasley! – disse Malfoy maldosamente, provocando risos histéricos em Pansy e grunhidos em Crabbe e Goyle.

- Vai-te foder, paneleiro de merda! – respondeu Hermione, perdendo a cabeça. Mas Harry e Ron perderam ainda mais o controlo e atiraram-se a Malfoy, batendo-lhe violentamente. Crabbe e Goyle preparavam-se para defender Malfoy quando Neville e Hermione disseram ao mesmo tempo "Atordoar" e eles caíram redondos no chão. O resto dos alunos dos Slytherin afastou-se com medo de apanhar algum feitiço. No entanto, Pansy levantou a varinha e tentou enfeitiçar Hermione.

- Petrificus Totalus! – gritou, mas falhou e acertou em Neville. Hermione respondeu rapidamente:

- Expelliarmus! – a varinha da adversária voou para longe. - Capillum Evanescere! – e o cabelo de Pansy caiu automaticamente. Ela ficou horrorizada a olhar os cabelos a esvoaçarem com o vento e a caírem na terra, enquanto os Gryffindor se riam a bandeiras despregadas.

- Finite! – murmurou Hermione apontando a varinha a Neville e, depois, olhou Pansy e fez-lhe um gesto com o dedo. – Chupa, minha grande cabra!

- O QUE É QUE SE PASSA AQUI? – gritou Hagrid que se apressou a ir ter com os seus alunos. Quando chegou ao pé deles, nem queria acreditar. Crabbe e Goyle estavam estendidos no chão, completamente inconscientes, Pansy chorava agarrada ao que restava dos seus cabelos espalhados pelo chão, Hermione ajudava Neville a limpar o manto cheio de terra e Ron, Harry e Malfoy estavam no chão cobertos de sangue e terra, todos amassados e desalinhados.

À hora do almoço, Harry, Ron, Neville e Hermione estavam no Salão a comer e a contar o sucedido a Ginny.

- Tivemos imensa sorte. Já viste se o Hagrid fizesse queixa ao Dumbledore? É que não me consegui controlar! – Hermione estava felicíssima por ter enfeitiçado Pansy Parkinson.

- Tens de ver o Malfoy, Ginny! Ficou todo lixado! – Neville ria-se com gosto, enquanto falava com a colega. De repente, Marigold entra no Salão e Harry levanta-se automaticamente, dirigindo-se à mesa dos Slytherin.

- Olá. – disse ele timidamente. – Posso-te dar uma palavrinha?

- Claro. – Marigold disse às amigas que logo iria ter com elas e afastou-se com Harry. Sentaram-se numas escadarias perto do Salão. Harry pegou na mão de Marigold e acariciou-a suavemente.

- O que se passa com o teu olho? – disse ela, olhando-o preocupada.

- Nada de especial. Não foste à aula de Cuidados com as Criaturas Mágicas?

- Não, não tenho essa disciplina. Mas o que aconteceu?

- Andei à porrada com o Malfoy. Tens de ver como é que ele ficou! – Harry e Marigold sorriram. - Mari... – Harry sentiu um nó na garganta e engoliu em seco. – Queres... err...

- Sim? – ela fitava-o com os seus olhos de um azul eléctrico e ele só queria mergulhar naquele olhar penetrante e não pensar em mais nada, mas tinha de ganhar coragem, tinha de lhe dizer. Uma pequena dor na cicatriz ameaçou estragar o momento.

- Eu gostava que estivéssemos juntos. – disse isto muito rápido, tentando ignorar as picadas na testa, e não lhe soou lá muito bem.

- Mas nós já estamos juntos. – ela sorriu amistosamente e acariciou-lhe a face. A cicatriz no rosto já era pouco visível, mas na testa notava-se bem um emaranhado de marcas.

- Eu queria dizer... – Harry parou a meio, estava muito nervoso. Não conseguia falar, por isso resolveu agir. Beijou-a na boca suavemente. – Sentiste o que quero exprimir?

- Queres namorar comigo? – perguntou ela com os olhos a brilhar e com um grande sorriso nos lábios. Harry baixou os olhos, com um sorriso envergonhado, e acentiu com a cabeça. – Claro que aceito, Harry! – Harry sorriu, feliz, e beijou-a mais uma vez. Queria que ela ficasse com ele para sempre.

- Agora tenho de ir, estou cheia de fome. Encontramo-nos ao jantar, está bem? – beijou-o e afastou-se a sorrir. Harry continuou sentado nas escadas, como se o facto de se levantar pudesse estragar tudo.

- Oh, que bonito! – a voz de Cho ecoou sarcástica no corredor vazio.

- Que foi? – perguntou Harry irritado, levantando-se imediatamente. Cho aproximou-se, rindo maliciosamente. – Pá, afasta-te!

- Algum problema? – Marigold ouvira a voz de Cho e tinha-se aproximado.

- Não é nada. A Cho estava só a dizer-me "olá" e já se ia embora. – Harry aproximara-se de Marigold e passara-lhe um braço pela cintura, enquanto olhava ameaçadoramente para Cho. Os olhos de Marigold faiscavam e o seu azul era frio como o gelo. Cho fitava-a com um ar furioso, mas deu meia volta e dirigiu-se ao Salão.

- O que é que ela queria? – perguntou Marigold, enquanto olhava a rapariga a afastar-se.

- Não te precisas de preocupar, eu sei tomar bem conta de mim. – respondeu Harry, tranquilizando-a.

- Bem, vou comer. Até logo. – beijaram-se e Marigold afastou-se em direcção ao Salão, enquanto Harry se apressou até à Sala Comum dos Gryffindor.

Enquanto jantavam, Harry pediu a Ron para o ajudar a ter alguma privacidade com a sua namorada.

- Então isso é mesmo sério? – perguntou Ron entusiasticamente, ao contrário de Hermione, que os olhava com um olhar revoltado.

- Suponho que sim... – respondeu Harry corando violentamente. – A Mari aceitou o meu pedido hoje à hora do almoço.

- Ah, então já sabes o nome dela. Já não era sem tempo. – atirou Hermione, sem olhar para Harry.

- Sim, agora já sei porque é que ela cheira a malmequer. – Harry perdeu o olhar no arroz que tinha no prato, deixando-se afundar em pensamentos sobre os seus encontros românticos. Mas Hermione começou a tossir violentamente.

- Hermione, estás bem?! – Ron começou a bater-lhe nas costas.

- Já estou bem, obrigado. – disse ela, muito vermelha. – Ela chama-se Marigold?

- Sim... O que é que tem?

- Volto já. – Hermione engoliu o resto da comida e saiu apressadamente do Salão. Ron olhou-a espantado.

- Mas... Onde é que ela vai?

- Talvez vá à biblioteca. Não é o seu sítio preferido?

Continuaram a comer descontraidamente. No fim, Ron foi até à biblioteca procurar Hermione e Harry dirigiu-se ao lago. Marigold já estava sentada no relvado.

- Olá. – disse Harry, sentando-se ao seu lado.

- Olá. Estava ansiosa para que chegasses. – disse ela maliciosamente, deitando-o na relva e pondo-se em cima dele. Harry sorriu e acariciou-lhe os longos cabelos.

- E porquê essa ansiedade toda?

- Já vais ver. – dito isto, beijou-o intensamente. Harry começou a sentir aquela onda de calor já conhecida. Mari levantou a cabeça e sentou-se em cima dele, com as pernas abertas, uma para cada lado do seu corpo. Desapertou a camisa do uniforme, pegou nas mãos de Harry e espalmou-as contra os seus seios nus. Harry levantou a cabeça e começou a beijar-lhe o peito e a lambe-lo, enquanto as suas mãos apertavam os seios de Mari vigorosamente. Mari soltava alguns gemidos, enquanto ria. Passado um pouco, empurrou Harry, desapertou-lhe a camisa e lambeu o seu peito. Começou a descer e desapertou-lhe as calças. Harry sentiu o seu coração galopar e a sua respiração estava descontrolada. Fechou os olhos e sentiu as suas mãos pegarem no seu pénis e lamber-lhe a ponta suavemente. O calor da sua língua contrastava com o frio do vento de Inverno, o que criava uma sensação fantástica. Mari continuou a brincar com o membro de Harry, chupando-o como a um chupa-chupa, e ele começou a gemer, esforçando-se para que ninguém os ouvisse. Nunca tinha sentido nada assim. Passado um pouco, atingiu o clímax e ficou a olhar para o céu, como se estivesse no paraíso com a sua deusa.

Quanto chegou à Sala Comum, Ron estava lá a acabar os trabalhos com Hermione.

- Que fazem aqui a esta hora? – perguntou Harry aproximando-se dos dois.

- Estive na biblioteca a pesquisar umas coisinhas sobre flores. – disse Hermione, continuando a procurar palavras no seu enorme dicionário de Runas. – Agora estou a acabar os meus trabalhos de Runas.

- Sim, e eu estou aqui a fazer companhia à Hermione. – tanto Ron como Hermione coraram levemente.

- Estiveram assim tanto tempo na biblioteca?

- Não, mas estive a fazer os trabalhos de Poções, que suponho que não tenhas feito. – Hermione continuava a falar friamente com Harry, continuando a traduzir as suas Runas.

- Os trabalhos de Poções! Volto já. – Harry correu até aos dormitórios e voltou com o material da disciplina. Ficaram uns momentos em silêncio. Hermione embrenhada na sua tradução, Harry desfolhando o seu livro e pensando se Hermione se importaria de o deixar ver a sua composição e Ron a olhar sonhadoramente para uma mosquinha pousada no cabelo de Hermione.

- Olha, Harry, eu tenho de te dizer uma coisa, mas não quero que desates aos gritos.

- Diz lá. – Harry continuou a olhar o livro de Poções, tentando parecer indiferente.

- Sabes o que quer dizer o nome da tua... namorada?

- Sim, malmequer. Porquê?

- Não quer dizer só isso. Também é o nome da flor Cravo-de-Defunto.

- Hermione, vai directa ao assunto. Não me apetece ouvir essas tretas. – Agora Harry desviou o olhar do livro e fitou Hermione. Ron olhava a mesa, disfarçando o seu interesse.

- Marigold é sinónimo de crueldade, dor e ciúme e tu não sabes nada dessa rapariga. Só sabes o nome e a casa onde está, por isso não parece que ela seja de confiança.

- Hermione, obrigado pela preocupação, mas eu sei tomar conta de mim. – Harry voltou o olhar novamente para o livro.

- Harry, ela enfeitiçou-te! Tens de acordar para a vida! – Hermione olhava-o, agora, com um ar suplicante e Ron deixara de fitar a mesa.

- Não tens nada a ver com a minha vida! Estás é com ciúmes, porque ninguém te quer! – Harry sabia que isto era mentira, mas não queria saber. Hermione fechou o dicionário violentamente, pegou nas suas coisas e foi para os dormitórios.

- Harry, estás a ser mesmo chunga, nós só estamos preocupados.

- 'Tá calado, tu também! Vê se saltas mas é para cima dela para ver se ela me deixa em paz! – Ron ficou com uma expressão indignada.

- Harry, não percebes nada, pois não? Eu... eu gosto mesmo dela. Não interessa se salto para cima dela ou não, o que interessa é que ela esteja feliz e tu estás a tratá-la mal. – Ron levantou-se e subiu para os dormitórios. Harry estava perplexo com a resposta do amigo. "Ele confessou...", pensou surpreso, mas feliz ao mesmo tempo. Debruçou-se sobre o livro de Poções e tentou concentrar-se para acabar o trabalho.

No dia seguinte, Ron e Hermione não falaram com Harry. Ao princípio, ele tentou não se importar, mas à hora do jantar já não aguentava mais. Estava num momento feliz da sua vida e não queria que uma pequena zanga estragasse tudo. Chegou ao Salão e sentou-se ao lado dos dois.

- Olá.

- Olá. – respondeu Ron. Hermione não lhe ligou.

- Err... Hermione, desculpa. – Hermione olhou para Harry. – A sério, é que eu gosto mesmo da gaja. Dava tudo por ela, tudo.

- Pois, esse é que é o problema. Talvez ela esteja exactamente à espera que lhe dês tudo. – respondeu ela friamente.

- Hermione, eu sei que estás preocupada, mas não é preciso. Olha, para ficares mais sossegada, quando estiver com a Mari pergunto-lhe mais coisas sobre ela, está bem?

- Harry... – Hermione pousou os talheres e fez um ar de quem tenta arranjar muita paciência. – A vida é tua, tu fazes o que quiseres. Estou-me a cagar, a sério. Já me preocupei de mais. – levantou-se e saiu. Harry olhou para Ron.

- Ainda estás chateado comigo?

- Não. – respondeu Ron, enquanto se servia de bolo de chocolate.

- Então, acho que tenho algumas coisas para te contar... – e sorriu maliciosamente, lembrando-se do encontro da noite anterior.

Harry sentiu que o resto da semana nunca mais passava. Chegou a sexta-feira tão impaciente que mal comia. Ron tinha-lhe prometido que ia manter o dormitório livre no sábado à tarde, enquanto Harry estivesse lá com Marigold.

A seguir ao almoço de sábado, Hermione, que não sabia do plano dos amigos, foi para a biblioteca fazer pesquisas para um trabalho de História da Magia, enquanto Harry e Ron foram ter com Marigold ao local combinado. Ao chegarem lá, Harry deu um grande beijo a Mari e Ron pareceu um pouco surpreso com a beleza da rapariga, que ao perto se notava ainda mais.

- Ron, esta é a Mari. Mari, este é o Ron. – apresentou Harry, quando se desprendeu da namorada.

- Olá. – Ron corou subtilmente. Combinaram que Mari e Harry iriam escondidos sob o manto da invisibilidade, não correndo o risco de serem vistos na Sala Comum. Ron abriria o buraco do retrato da Dama Gorda e fazia de segurança, para ninguém entrar nos dormitórios enquanto os namorados lá estivessem.

Já dentro do dormitório deserto, Harry livrou-se do manto e guardou-o cuidadosamente, enquanto Mari observava o Cauda-de-Chifre da Hungria que Harry ainda tinha guardado na mesinha de cabeceira.

- Este dragão é assustador... – disse ela, afastando-se duma bolinha de fogo, expelida pelo modelo de dragão.

- Esse dragão traz-me recordações muito boas, mas, ao mesmo tempo, muito más. – disse Harry, agora com um semblante triste.

- Torneio dos Três Feiticeiros?

- Sim.

Mari abraçou Harry, que tentava não deixar escapar uma lágrima. Suspirou e disse:

- Quero-te compensar pelo que me fizeste no nosso último encontro.

- Hmm... – um sorriso malicioso nasceu nos lábios de Marigold. – Quero ver isso.

Harry beijou-a, enquanto a deitava suavemente na sua cama. Fechou as cortinas e começou a desapertou-lhe o vestido. Olhou o seu corpo e acariciou-o tão gentilmente como se fosse uma flor. Tirou a camisola, enquanto ela tirava o vestido do caminho e lhe desapertava os jeans. Por fim, ficaram ambos de cuecas e Harry começou beijar o pescoço da namorada, enquanto lhe acariciava as coxas. Depois, começou a baixar, concentrando-se no seu peito. O seu coração começou a bater rapidamente, enquanto sorvia os seios de Marigold. Ouviu-a gemer deliciosamente, excitando-o ainda mais. Passado um pouco, enquanto brincava com o piercing da namorada, começou a ficar preocupado, afinal nunca tinha feito nada assim e tinha medo de falhar. Começou a sentir um nervoso miudinho, mas decidiu parar de pensar e limitar-se a sentir. Tirou-lhe as cuecas e brincou, usando a língua e os dedos. Ao princípio, sentiu o coração quase sair do peito, tal era o nervosismo, mas rapidamente se acalmou, deixando-se envolver pelo odor e pelos gemidos da sua namorada.

Quando Marigold se satisfez, puxou Harry para cima, pelos cabelos, e beijou-o intensamente.

- Queres-me? – perguntou sensualmente. Harry não respondeu. Beijou-a novamente e uniu o seu corpo ao dela, como se fossem um só.