Capitulo XIII
Passaram-se sensivelmente três meses e o Natal estava à porta. Na vida de Harry, tudo estava razoavelmente bem. As aulas estavam a correr melhor do que o costume, não sentia muitas dores na cicatriz e continuava com os encontros tórridos com a sua namorada. Na segunda-feira de manhã da última semana de aulas antes das férias de Natal, Harry sentou-se no Salão Nobre, a tomar o pequeno-almoço com os amigos. Olhou distraidamente para a mesa dos Ravenclaw. Luna retribui-lhe o olhar e fez-lhe um suave aceno, ao qual ele respondeu alegremente. Cho, sentada umas poucas cadeiras afastada de Luna, deitava um olhar feroz a Harry, que a ignorou, desviando o olhar para a mesa dos Slytherin. Os seus olhos verdes encontraram os olhos azuis da sua namorada, que lhe atirava um beijo sedutoramente. Ele respondeu com um sorriso envergonhado e avistou Pansy, sentada uns metros adiante de Marigold, a tentar ler um pergaminho que Malfoy contemplava com um sorriso maldoso nos lábios. Não dando importância aos rivais, Harry olhou em frente, para Hermione, que lia, muito interessada, um livro sobre criaturas mágicas pré-históricas, enquanto Ron se tentava decidir entre uma fatia de bolo de chocolate ou uma fatia de bolo de abóbora.
Pouco depois, um monte de corujas invade o Salão e Harry levanta-se rapidamente.
- Até logo – disse ele aos amigos enquanto se afastava. Perto do Natal, era-lhe bastante difícil suportar a chegada do correio, porque não tinha ninguém com quem se corresponder. Toda a gente recebia corujas da família menos ele. Estava sozinho no mundo. Quer dizer, não estava propriamente só, tinha Marigold e amava-a muito. Sonhava que, com ela, poderia constituir a família que Voldemort lhe roubara. E, mal ou bem, também tinha os seus amigos, que o apoiariam sempre.
Sentou-se na neve gelada que cobria os relvados, olhando o horizonte, perdido em sonhos. As suas faces estavam coradas do frio e a sua respiração quente transformava-se em vapor quando em contacto com o ar frio de Inverno. Então, enquanto observava um Pirilento da Idade do Gelo (uma criatura com as asas bonitas duma borboleta e a luz brilhante dum pirilampo, que só aparece no Inverno), sentiu uma dor forte na cicatriz. Pôs a mão na testa automaticamente e os seus olhos lacrimejaram. Uma outra dor ainda mais forte atingiu-o novamente e, desta vez, obrigou-o a fechar os olhos. Ao fazer isto, um monte de imagens passaram à sua frente. Um turbilhão de cores e sons que o deixaram confuso. A dor passou e Harry abriu os olhos. As imagens acabaram e tudo continuava calmo, até mesmo o pirilento que ainda voava ali perto. Viu Marigold aproximar-se. Levantou-se e foi ao seu encontro, beijando-a docemente.
- Olá. Estavas aqui sozinho... Estás triste?
- Nada de especial. Queres faltar à primeira aula e ficar aqui a namorar? – perguntou maliciosamente. Marigold sorriu.
- Não pode ser, temos de ir. Mas toma um rebuçado de morango para te lembrares de mim, já que também estou a comer um. – Harry beijou-a e ambos dirigiram-se para a primeira aula da manhã, enquanto Harry chupava deliciado o rebuçado que a namorada lhe dera.
Na aula de Cuidados com as Criaturas Mágicas, Harry resolveu não contar o que se passara aos amigos, pois não os queria alarmar nem passar por um fraco. Passado um pouco, enquanto Hagrid explicava sem qualquer interesse a anatomia dos pirilentos, a professora McGonagall e o professor Snape aproximaram-se com ar preocupado.
- Hagrid, desculpa interromper, mas temos um comunicado urgente a fazer aos alunos. – disse a professora McGonagall firmemente.
- ´Tá bem. ´Tejam à vontade.
- Devido a situações extremas de grande gravidade, os alunos serão obrigados a acompanhar o professor da respectiva equipa até à Sala Comum onde ficarão retidos. Não há excepções e as senhas serão modificadas. Apenas os Chefes de Turma as saberão, para o caso de haver alguma emergência.
Ouviu-se um grande burburinho percorrer os alunos, mas Harry estava preocupado com Marigold. Só conseguia pensar no facto de ir estar longe dela e isso queimava-o por dentro. Os seus pensamentos só foram interrompidos quando ouviu a voz de Hermione.
- Professora, será que nos podia informar do que se passa?
- Sim... – a professora McGonagall olhou-os com um ar preocupado e um pouco assustado também – Hogsmeade foi assaltada por Devoradores da Morte e pelo próprio "Quem Nós Sabemos". Eles dirigem-se para aqui. – murmúrios assustados tornaram-se a ouvir. Agora, Harry pensava na dor que tinha tido na sua cicatriz.
Os Gryffindor seguiram a sua professora, enquanto os Slytherin seguiram o professor Snape. Hagrid chamou Fang e entraram ambos na cabana. Ao chegarem à Sala Comum, Harry sentou-se numa poltrona a olhar friamente para a lareira. Ron e Hermione sentaram-se ao seu lado com Neville e Ginny. Ron e Hermione discutiam o que se passava, enquanto Neville fazia saírem flores da sua varinha para animar Ginny, que corava. Harry começou a ficar irritado, pois estava a tentar pensar numa maneira de ver Marigold e não se conseguia concentrar.
- Será que não podem fazer pouco barulho, caralho? – disse bruscamente. Os colegas calaram-se, olhando-o espantados.
- Não estás a ser muito simpático. – disse Ginny. Uma dor atingiu Harry fortemente na cicatriz. De repente os seus olhos abriram-se e o seu rosto modificou-se.
- 'Tá calada! Puta de merda! – Harry levantou-se e deu um estalo a Ginny. Neville levantou-se num ápice e deu um murro a Harry, que caiu no chão agarrado ao nariz que sangrava. Ginny chorava nos braços de Hermione que olhava Harry espantada e Ron também parecia incrédulo.
- Como é que tiveste coragem de bater à minha irmã, seu... seu merdas? – Ron e Neville apontavam as suas varinhas a Harry. Ele levantou-se e apressou-se até à saída. Apontou a varinha e gritou:
- Bombarda! – ouviu-se uma explosão e um buraco surgiu na parede no lugar do retrato da Dama Gorda. Katie, que era chefe de turma, correu atrás de Harry para o impedir de ir embora.
- Harry, onde é que vais? Volta já aqui!
- Cala-te, puta! Deixa-me em paz ou levas com um feitiço nos cornos! – Harry estava fora de si. Os seus olhos estavam abertos, os cabelos desgrenhados, as feições alteradas. Estava com um aspecto completamente demente.
- Harry, volta aqui! Foram ordens d... – não teve tempo de acabar a frase. Harry gritou "Impedimenta" e Katie voou para trás, batendo violentamente na parede atrás de si, caindo no chão sem sentidos, com uma grande mancha de sangue a aparecer à volta da sua cabeça.
- É para aprenderes! – Harry virou-se e começou a andar, mas rapidamente mais gente dos Gryffindor tentou impedi-lo. Desviou-se de alguns feitiços, atordoou alguns colegas e, por fim, construiu um muro com a varinha. Correu pelos corredores, mas vozes e passos dos professores já se aproximavam.
- Potter! Onde vais? – a voz de Snape ouviu-se no corredor. Harry virou-se, apontando a varinha ao peito do professor. – Desce já essa varinha, Potter, ou eu juro...
- 'Pó caralho, Snape! Crucio!
Snape caiu no chão com dores. Os seus gritos desesperados ecoavam no corredor misturados com o riso maléfico de Harry. Os seus olhos brilhavam de regozijo, enquanto Snape estava no chão a sofrer. "Atordoar" foi a última coisa que Harry ouviu, antes de cair no chão sem sentidos.
Harry acordou num chão poeirento. Doía-lhe o corpo todo, como se tivesse levado uma grande coça. Ouvia a chuva e o vento lá fora. Abriu os olhos e constatou que estava na Cabana dos Gritos. Então, levantou os olhos e ficou espantado com o que viu.
- Malfoy...
- Potter, finalmente ao meu alcance. Mas eu não te vou fazer nada... por enquanto. – Malfoy aproximou-se sorrindo maliciosamente – Quero-te apresentar a minha deusa, a minha ninfa, a minha cúmplice. – dito isto, Marigold entra no compartimento, com um lindo vestido rendado preto. Estava bastante provocante, mas, ao mesmo tempo, deliciosamente malvada. Abraçou Malfoy e beijou-o longamente. Harry sentiu o seu coração despedaçar-se. O amor da sua vida ali, a beijar o seu inimigo, uma das pessoas que mais desprezava. Fechou os olhos e umas lágrimas correram pelo seu rosto. Não podia ser verdade, não podia.
- Oh... o Santo Potter a chorar por um amor perdido. Que comovente! Nem acredito como foi fácil trazer-te aqui. Namorar com uma desconhecida... Aceitar rebuçados desconhecidos... – gozou Malfoy. Marigold aproximou-se de Harry e beijou-o na boca. Ele fechou-a, sentindo nojo dela. Então, ela agarrou-o pelos cabelos e obrigou-o a olha-la.
- Belo cãozinho me saíste, Harry. Ao princípio nem por isso, mas mais para o fim tornaste-te numa boa foda. – sorriu malvadamente, enquanto Harry a olhava com um olhar furioso.
- Sai daí e anda aqui fazer o que tu gostas. – disse Malfoy friamente. Marigold aproximou-se dele e beijou-lhe o pescoço. Depois, começou a baixar. Desapertou-lhe as calças e pegou no seu pénis. Harry não queria ver isto, não podia. Malfoy olhava-o satisfeito, enquanto Marigold chupava o seu membro erecto. Harry fechou os olhos, não aguentava mais.
- Não vais querer perder isto. – disse Malfoy e com um movimento da varinha abriu os olhos de Harry, que não os conseguia fechar por mais que tentasse. Malfoy começou a gemer de prazer, enquanto Harry gemia de desespero. – Muitos beijos deste a esta boca porca, depois dela me chupar todo. E tu sabes muito bem que ela engole.
- Por favor, mata-me já... – gemeu Harry com os olhos mergulhados em lágrimas. Malfoy riu-se, agarrou no cabelo de Marigold e puxou-a para cima.
- Observa como se faz. – Malfoy arrancou o vestido de Marigold com um movimento da varinha e debruçou-a numa mesa velha. As costas da rapariga ficaram à vista de Harry pela primeira vez e ele viu-lhe uma serpente negra tatuada. Malfoy enfiou o seu pénis em Marigold, que gemeu deliciosamente. Harry não aguentava ver aquilo, nem ouvir aqueles gemidos que tantas vezes o levaram à loucura. Malfoy penetrava-a cada vez mais vigorosamente e os gemidos ecoavam por toda a cabana. Harry sentiu-se enlouquecer. Só queria que aquilo acabasse. Queria morrer. Marigold baixara-se agora para sorver o néctar de Malfoy, que atingia o orgasmo intensamente. E foi nesse momento, quando Harry pensou que o seu coração ia parar de desgosto, que ouviram um grito estridente vindo do outro lado da sala.
