JOÃO ROQUISTÃO E O PÉ DE MAMÃO

Autor: Lady K. Roxton

DISCLAIMER: Os personagens da série The Lost World bem como os da fic A História dos Irmãos Tão não me pertencem bla bla bla bla

SPOILERS: Antes de ler esta fic, leia "A história dos Irmãos Tão", de Vygotsky e Lady K.

COMMENTS: Devido ao grande sucesso da história dos irmãos Tão, a saga continua!!! Espero q gostem desta e deixem review ou vc's sabem o qto eu posso enrolar né!!! Rs... Rox bjus e divirtam-se!!!

Capítulo 1

João Roquis Tão sentia-se um homem plenamente realizado: casara-se com a mulher mais linda em que já botara os olhos (leia-se "gostosa"), um pouquinho mal humorada mas muito carinhosa. Tinha lindos filhos: os gêmeos João Roquis Tão Júnior e João Roquis Tão Filho, as gêmeas Margarida (que era a cara da mãe) e Marguerite (Margarida adorava aqueles chiques nomes franceses), os trigêmeos Artur, Conan e Doile, novamente gêmeos Cherloque e Rolmes e finalmente Rakel e Uiliam (em homenagem a seus atores preferidos). E finalmente, era bem sucedido no trabalho e possuía uma belíssima casa. Que mais poderia querer?

Algumas coisas mudam. Outras, jamais. É como o ditado que diz: "Pau que nasce torto, até a cinza quando queima é torta também". João, é verdade, havia perdido muitos de seus hábitos considerados rudes e que desagradavam Margarida. Mas de uma coisa ela jamais conseguiu faze-lo se livrar: seu pãodurismo exacerbado. A mulher ralava e se ferrava dia e noite para cuidar dos 11 anjinhos do casal e ainda por cima, cuidar da casa; João se recusava a pagar uma empregada alegando que não necessitavam e que seria um gasto desnecessário. Resultado: Margarida estava mais azeda do que nunca e mais cansada que um camelo.

Primeiro, tornara-se uma mulher apaixonada (leia-se "trouxa") e em seguida, tornara-se uma escrava da reprodução. Farta de tudo começou a dormir de calça jeans, o que fez com que João finalmente se mancasse de sua falta de tato com a esposa.

Após o jantar, Margarida lavava a louça e limpava o fogão. Em seguida, fiscalizava as crianças escovarem os dentinhos, colocava-os nas quintuliches e contava-lhes estórias. Apesar de cada um ter seu próprio quarto, recusavam-se a dormir separados, o que era cômodo para Margarida, pois entrar no quarto de cada um e contar a mesma estória 11 vezes era um trabalho hercúleo e extremamente pé no saco.

(NOTA - Quintuliches: beliches com 5 camas em lugar de apenas 2. Vc's conhecem, né?)

Naquela noite, João pegou o livro da mão de Margarida, enquanto acariciava-lhe os cabelos:

"Minha malaguetinha, eu vou contar a estória hoje".

"Você?" ela perguntou incrédula, mas sem alterar-se.

"Isso" ele respondeu estufando o peito e ajeitando a camisa.

Mais do que depressa, ela o agarrou pelo braço, torcendo-o como se fosse quebrá-lo e ficando atrás de João: "O que você aprontou, João Roquis Tão? Hein? Ou vai armar o que? Eu te conheço!"

"Eu não fiz nada, eu juro, minha malagueta! Eu só pensei que a gente podia namorar um pouquinho, só isso, eu juro."

Margarida o soltou, jogando-o contra a parede. Coçou o queixo por alguns segundos, refletindo. "É, seria legal namorar um pouquinho" disse a si mesma.

"Tudo bem, João."

"Vai tomando um banho, coloca aquela lingerie vermelha, sabe? E fica me esperando na nossa cama" ele disse olhando-a de cima a baixo, levantando as sobrancelhas e lambendo os lábios como um lobo esfomeado.

No quarto das crianças, ele anunciou: "Crianças, hoje a estória é o papai quem vai contar!"

"Você?????????????????" perguntaram decepcionados. "Cadê a mamãe?" indagaram sérios.

"Sua mãe precisa descansar. Agora calem a boca e escutem. Vamos ver" disse procurando na pequena biblioteca infantil com mais de 10.000 volumes algum livro interessante. "Aqui. João e o pé de feijão. Esse João deve ser um cara gente boa."

"Esse a mamãe já leu" disse Marguerite torcendo o nariz enquanto o pai sentava-se no sofá.

"Eu perguntei se vocês já leram?" perguntou já respondendo, bastante irritado. "Pois bem, agora que já sentei, vai ser essa mesma. Calem a boca e ouçam."

"Era uma vez um tal de João que era muito pobre e aí ele vendeu sua vaca, trocou por feijões, foi no céu, voltou e ficou rico. Fim. Bela estória, hein? Boa noite" ele disse. João, como bom contador de estórias que era, olhou apenas as figuras.

"Não é assim! Conta direito! Vou chamar a mamãe!" gritavam os anjinhos em coro. Pensando na grande probabilidade que isso haveria de irritar mais a Margarida, visto que a essa altura já estaria em sua cama com a lingerie vermelha e faze-la levantar-se, seria o mesmo que roubar o ovo de uma T-rex. Então, em sua infinita sabedoria, Roquis Tão preferiu reconsiderar.

"Está bem! Que sacola, crianças! Vamos lá, onde eu estava? Ah sim, aqui está... Introdução. Após anos de exaustivas pesquisas dos estudos folclóricos..." Roquis Tão foi interrompido quando travesseiros e brinquedos voadores voaram em sua cabeça.

"Pula a introdução!" gritavam enquanto continuavam a torturar seu velho papi.

"Ok, mas depois não reclamem se não entenderem nada..." protestou ele, indo para o primeiro capítulo. Deu um arroto discreto (ele acabou de jantar, né gente? Dá um desconto) e depois bocejou, sabendo que o sono lhe impediria muito em breve de continuar a animada narrativa. Com muito esforço, começou a balbuciar o "era uma vez" tomado pelo cansaço.

Era uma vez um jovem chamado João Roquis Tão, que morava num sitiozinho com sua mãe, Jorja C (NOTA: é o Jorge Carpenter mesmo, vestido de mulher e sem tirar a barba ruiva. É que estávamos com falta de figurantes, visto que esta fic não tem fins lucrativos e por isso ele teve que fazer o papel). Eram freqüentemente marginalizados dos círculos sociais devido a sua situação econômica, que era uma merda de dar gosto.

Um dia, C chamou João e disse-lhe que pegasse a única vaca que tinham, levando-a até a cidade e vendendo-a pelo melhor preço que conseguisse para alguma churrascaria rodízio.

É claro que os dois insensíveis não pensaram nas centenas de litros de leite que já haviam roubado dela! Tampouco pensaram nas longas horas de prazer que passaram ao lado de sua doce companheira bovina. Nem sequer se lembraram de seu esterco que serviu um dia para adubar a terra. O pobre animal-bovino-não-humano era um objeto para eles. E João, que não achava que os bichos tivessem direitos como o humano, fez o que sua mãe travestida lhe mandou e foi até a cidade.

CONTINUA!!!