Amor é para sempre
Por.Amanda-chan
Capítulo 15 – A única fraqueza
A mulher continuava parada com um olhar sério, uma brisa suave fez esvoaçar seus longos cabelos negros. Inuyasha se separou de Kagome ao reconhecer a voz da mulher que o chamava.
-Kikyou... – ele sussurrou e virou-se para encará-la.
-Vejo que ainda se lembra do nome da sua noiva... – ela comentou irônica olhando para Kagome e esta apenas baixou o olhar. Kikyou aproximou-se lentamente, o longo vestido verde arrastando no chão fez com que parecesse que ela deslizava, nem um único sorriso se formou em seus finos lábios.
Kagome a observava se aproximando, era possível ver a tristeza no fundo de seus belos olhos azuis.
-Não, porque eu não tenho mais uma noiva... – Inuyasha respondeu sem dar importância para a expressão nervosa de Kikyou – vamos Kagome... – completou dando a mão para a menina ao seu lado.
Kagome olhou-o, confusa, decidiu não perguntar ao perceber a expressão séria de Inuyasha. O seguiu calada, ele a guiou até onde Sesshoumaru se encontrava.
Este estava em frente a uma pequena cabana de madeira, conversava com um homem de aparência severa, ao ver Inuyasha, Sesshoumaru dispensou o homem. Ele se aproximou e percebeu que Inuyasha não estava com uma cara muito boa.
-O que houve Inuyasha? Sua cara feia está pior do que o normal... – comentou Sesshoumaru com seu ar sério, Inuyasha por sua vez rosnou para o irmão, nervoso, já não bastava encontrar com Kikyou ainda tinha de ouvir seu irmão debochar de si, se controlou ao máximo para não pular no pescoço do irmão.
-Me deixe em paz... – disse em meio a mais um rosnado.
Sesshoumaru suspirou e continuou olhando para a cabana, depois de um tempo o mesmo homem com quem conversava retornou. Fez um breve aceno de cabeça e se retirou novamente.
-Bom. Irmãozinho, temos de ir agora... – comentou Sesshoumaru, dando as costas a Inuyasha e seguindo na direção do seu cavalo. Montou rápido e começou uma pequena cavalgada para o castelo. Inuyasha suspirou e guiou Kagome até a carroça, Miroku e Sango os seguiram.
Todos subiram na velha carroça de madeira enquanto o senhor continuava uma conversa incompreensível, da qual nenhum dos quatro jovens prestava atenção, todos estavam concentrados nos próprios pensamentos.
O balanço da carroça e a voz do velho começaram a irritar Inuyasha, este não via a hora de chegar no castelo, apesar de estar um pouco nervoso e receoso da reação do pai.
Finalmente e mais do que na hora, o velho percebeu que ninguém prestava atenção no que ele dizia e seguiu em silêncio.
Era um silencio intimidador, ninguém ousava quebrá-lo, parecia que o primeiro que ousasse pronunciar uma única palavra, teria um fim lento e doloroso.
Entretanto, o desligado Shippou, parecia não ter percebido tal ameaça que pairava no ar, pois resolveu fazer um de seus comentários, proclamando assim o próprio fim.
-Inuyasha, quem mandou ficar noivo de uma mulher e fugir depois? Se não tivesse feito isso não estaríamos aqui, e eu não teria de ficar vendo essa sua cara feia... – disse o pequeno cruzando o braço.
Inuyasha fechou o punho tentando se controlar, porém, como poderia resistir a acertar a cabeça daquele kitsune intrometido? Não tinha como, ergueu o punho e acertou um belo cascudo nele e o tacou fora da carroça.
-KAGOME!!! – gritava o kitsune enquanto corria atrás da carroça. Quando Kagome foi pedir para o velho parar, Inuyasha mandou-lhe um olhar tão bravo, que ela teve medo que ele fizesse o mesmo com ela.
Temendo ser tacada fora da carroça, Kagome se manteve quieta sentindo pena do pequeno kitsune, que ainda gritava. Por sorte o castelo já podia ser visto mais à diante.
A carroça parou a frente, pensamentos nada agradáveis vieram à mente de Inuyasha, não gostava da vida que levava lá. "Acho que era porque eu me sentia sozinho..." talvez esse fosse o verdadeiro motivo, havia perdido a mãe muito cedo, e como toda criança, ele tinha sentido muito sua falta.
Desceu da carroça e começou a observar o castelo, não havia mudado nada, continuava exatamente como se lembrava.
Shippou finalmente alcançou a carroça, e pulou nos braços de Kagome, ofegante, o pequeno youkai tentava falar algo, ou talvez reclamar, sem sucesso.
-Sinto muito Shippou... – sussurrou Kagome, enquanto caminhava atrás de Inuyasha com o pequeno no colo.
Sesshoumaru desceu do cavalo e entregou as rédeas a um dos criados. Aproximou-se de Inuyasha e Kagome.
-Irmãozinho, quero que me acompanhe e você... – disse se dirigindo a Kagome – espere junto com os seus amigos aqui fora... – disse frio.
Inuyasha fuzilou Sesshoumaru com o olhar, entretanto Kagome segurou seu braço, impedindo-o que avançasse sobre o irmão e lançando-o um olhar de censura. Este se acalmou e seguiu o irmão para dentro do castelo.
A cada corredor que virava, a cada passo que ele dava, seu nervosismo aumentava, não sabia descrever o que sentia. Não sabia se era saudades do pai, seu único parente a ser considerado. Afinal, ele e Sesshoumaru não se davam muito bem.
Em fim, Sesshoumaru parou e sussurrou:
-Espere aqui! – disse dando bastante ênfase na palavra "aqui". Inuyasha fez uma careta e proferiu um pequeno:
-Feh!
-Não entre enquanto eu não te chamar... – Sesshoumaru completou. Ele entrou no grande salão onde o rei já esperava sentado no trono, com um olhar meio entediado. Sesshoumaru fez uma pequena vênia e seu pai comentou:
-Finalmente o encontrou...
-Sim...
-Traga-o aqui.
-Eu estou aqui! – disse Inuyasha adentrando no salão sem muita cerimônia, de braços cruzado e emburrado com sempre.
-Eu não mandei você esperar no corredor? – perguntou Sesshoumaru nervoso.
-Humf. Pare de reclamar um pouco Sesshoumaru... – respondeu Inuyasha mal humorado arrancando uma bela careta do seu irmão.
-Parem os dois! Inuyasha! Mal retorna e já está brigando com o seu irmão?! – disse seu pai nervoso. Inutaisho possuía longos cabelos prata e era muito parecido com seu filho mais velho, Sesshoumaru.
-Estou brigando com ele, porque ELE me obrigou a retornar!! – retrucou Inuyasha elevando a voz.
-Inuyasha, você foge, e desaparece por dois anos... Sem nenhum motivo! – exclamou seu pai.
-Como assim "sem nenhum motivo"?! – Inuyasha perguntou irônico – você sabe muito bem porque eu fugi!
-Ora, não acredito que ainda lembra daquela besteira! – comentou Inutaisho se lembrando da discussão que teve com Inuyasha na noite em que ele havia fugido do reino.
-Besteira?! – exclamou Inuyasha revoltado com o que havia ouvido do pai – como pode dizer que foi uma besteira?!
-Claro que foi uma besteira! – retrucou seu pai – terminar um noivado que traria muitos lucros ao reino por causa de um pequeno desentendimento...
-Não foi um desentendimento!!! – exclamou Inuyasha, seu pai lançou um olhar nervoso ao rapaz – quer dizer, você chama de desentendimento porque não aconteceu com você... – comentou com um meio sorriso no rosto, permitindo que a amargura transparecesse em seu olhar.
-Como pode dizer isso? – perguntou Inutaisho revoltado.
-Ora, estou dizendo a verdade! – disse Inuyasha cruzando os braços e virando o rosto, não gostava que os outros percebessem seus sentimentos.
Inutaisho suspirou, percebendo que se continuasse com aquela conversa não conseguiria nada, decidiu mudar o seu rumo – Inuyasha...
-Não pai... – disse Inuyasha diminuindo a voz – Você não entende, nunca passou pelo que eu tive de passar, nunca foi traído e obrigado a se casar mesmo assim... Mamãe nunca faria isso com o Senhor, e sei que se ela continuasse entre nós estaria me apoiando agora...
O silêncio predominou no salão, Inutaisho se permitiu recordar dos momentos vividos com sua falecida esposa, sentia falta dela, assim como Inuyasha. Sesshoumaru permaneceu indiferente perante a menção da mulher na conversa.
Inuyasha baixou o olhar ao se recordar da mãe. Ele se virou de costas e saiu do salão deixando o pai refletindo sobre suas palavras. Sesshoumaru seguiu Inuyasha e o alcançou no corredor.
-Aonde pensa que vai? – perguntou Sesshoumaru. Inuyasha apenas parou, não se virou, não queria que seu irmão visse como ele havia se abalado, ele comentou sem muita emoção:
-Embora, acho que já percebeu que a nossa conversa já terminou...
-Não terminou... Você sabe que nosso pai ainda quer terminar, mas não por enquanto... – respondeu Sesshoumaru – chame seus amigos... Os criados vão mostrar os quartos onde vocês poderão passar a noite... Acredito que nosso pai queira que você passe a noite por aqui...
-Humf... – Inuyasha suspirou e seguiu na direção da saída do castelo para ir falar com os outros.
Passou pelas altas portas de madeira, cabeça baixa e um olhar triste. Kagome conversava com Miroku, porém ao ver Inuyasha correu em sua direção.
-Inuyasha! – disse em quanto o abraçava, este retribuiu o ato.
Kagome separou-se de Inuyasha e percebeu sua expressão triste, olhou para ele considerando a possibilidade de perguntar o que havia acontecido, mas talvez não fosse uma boa idéia.
-Kagome, nós vamos ter de passar a noite aqui... – Inuyasha sussurrou.
-Ta... – foi a única coisa que ela conseguiu dizer.
Inuyasha olhou para ela, deu um pequeno sorriso e pegou sua mão, foi na direção de Miroku e comunicou que eles teriam de passar a noite no castelo.
Kikyou andava pela floresta, a noite já havia caído, e somente a escuridão predominava naquela área. Passos lentos e suaves sobre a relva úmida, em fim chegou em uma barreira, atravessou-a sem maiores dificuldades e continuou seu caminho na direção do castelo.
Adentrou nos corredores sombrios do local, que mais pareciam abandonados, entretanto ela sabia que o homem pelo qual ela havia cometido uma de suas aventuras, que acabou destruindo sua oportunidade de se tornar uma rainha, estava ali.
Passos calmos, o único som ouvido era esse. Logo ela estava adentrando um dos aposentos do misterioso castelo.
-Kikyou... – sussurrou uma voz sombria no reduto da alcova – o que faz por aqui?
-Naraku... Vim avisá-lo de que Inuyasha está de volta... – ela comentou com uma voz serena.
-Eu já havia percebido... E tenho alguns planos em mente... – comentou. Seus longos cabelos negros era a única parte de seu corpo visível.
-O que pretende? – ela perguntou com certa curiosidade – acho que Inuyasha tem uma nova fraqueza...
-A que se refere Kikyou? – Naraku perguntou com interesse.
-A garota... – ela disse se permitindo que sua expressão se tornasse nervosa – a garota que segue com ele... Ele parece apaixonado...
-Sei de quem você fala... – Naraku comentou pensativo "Então quer dizer que você, Inuyasha, se permitiu ter uma nova fraqueza... Isso é bom... Huh, huh, huh... Talvez eu possa tirar algum proveito disso..."
-Naraku, o que pretende fazer? – Kikyou tornou a perguntar.
-Você logo saberá...
Finalmente todos já haviam arrumado suas coisas e permaneciam no quarto, Inuyasha não prestava atenção na conversa que seus amigos tinham, estava concentrado demais observando a lua alta no céu. Seus pensamentos estavam centrados somente na conversa que tivera com o pai um pouco mais cedo.
Olhou para Kagome, ela estava sorrindo como sempre, e tentava passar uma boa energia aos que estavam ao seu redor, ela percebeu o olhar de Inuyasha sobre si, se virou para ele e perguntou preocupada:
-O que houve Inuyasha? Está sério assim desde quando você conversou com o seu pai... Aconteceu alguma coisa? – ele despertou de seus devaneios e duvidas, sacudiu a cabeça e respondeu sério:
-Não... Não houve nada... – disse baixando o olhar. Kagome continuou a fitá-lo com um olhar sereno, "Eu sei que ele está mentindo... O que será que aconteceu? Ele anda tão distraído... Será que ele está pensando na Kikyou? Não, ele não... Não faria isso, ele disse que não gosta dela e que já a esqueceu, mas será verdade?" suspirou, não adiantava tentar adivinhar...
Miroku continuava sua conversa com Sango sem perceber que Inuyasha e Kagome estavam pensando em coisas muito mais importantes.
"Pai, independente da sua decisão, eu não me casarei com a Kikyou!".
-Inuyasha... – uma voz séria adentrou no quarto, Inuyasha ergueu o olhar e percebeu que Sesshoumaru se encontrava na porta – nosso pai quer terminar aquela conversa...
Inuyasha ergueu-se e caminhou em silêncio na direção da porta, Kagome baixou o olhar. Após Inuyasha deixar o cômodo Sango percebeu que a amiga parecia meio triste e resolveu que deveria descobrir o que a abalava.
-Kagome, por que está tão triste?
-Ahm? – perguntou Kagome distraída – ah, Sango, não houve nada, está tudo bem – respondeu dando um sorriso. Sango achou melhor não forçar o assunto e assim começou uma nova conversa.
Inuyasha entrou no grande salão, percebendo que o pai parecia mais sério do que de costume. Sesshoumaru desta vez permaneceu do lado de fora, talvez seu pai tivesse pedido que aquela fosse uma conversa particular.
-Inuyasha........... Eu sinto muito... Não devia ter feito o que fiz... – Inuyasha olhou para o pai surpreso, não esperava que ele fosse compreender, e muito menos se desculpar.
-O-o quê?
-Isso que você ouviu meu filho... Eu não tinha direito... Acho que fiquei muito obcecado, e pensei que assim poderia melhorar o destino do reino e não pensei na sua felicidade... Eu sinto muito...
-Que bom que me entende agora... Ainda vai me obrigar a casar com a Kikyou? – Inuyasha perguntou sério.
-Não... – Inuyasha permitiu que um sorriso se formasse em seus lábios – você estava certo quanto a sua mãe... Ela o apoiaria se ainda estivesse viva...
-Eu sei... – Inuyasha comentou.
-Mas, Inuyasha, tem algo que deve saber...
-O quê? – perguntou Inuyasha e o bom humor já transparecia pela sua voz.
-Você não precisa se casar com a Kikyou, como já disse, mas...
-Mas.... O quê? – Inuyasha perguntou meio receoso.
-Mas... – ele suspirou – mas precisa arrumar uma noiva... Eu preciso que se case para poder assumir o reino... – um pequeno sorriso se formou nos lábios de Inuyasha, até que era uma boa idéia, será que Kagome se casaria com ele? Não seria ruim, apesar de não gostar de governar um reino, não se importaria se ela estivesse ao seu lado.
-Tudo bem... – Inuyasha comentou, seu pai ergueu uma das sobrancelhas, curioso com a resposta que o filho havia dado.
-Tem alguém em mente meu filho?
-Talvez... – comentou – se me der licença, eu vou retornar ao meu quarto... – seu pai fez um breve aceno de cabeça, com um sorriso nos lábios, não importava quem seu filho escolhesse, ele precisava somente que ele se casasse.
Inuyasha seguia com um sorriso nos lábios, estava com um ótimo humor, até que ouviu um barulho extremamente alto e logo após um grito. O cheiro de um youkai invadiu seus sentidos, saiu correndo em direção do quarto onde se encontravam seus amigos.
Adentrou no aposento e se deparou com um pedaço da parede derrubado e um grande youkai, ele parecia com uma toupeira, com grandes olhos púrpuras, orelhas pontiagudas e alguns espinhos na cabeça.
-Inuyasha!! Ele pegou a Kagome! – gritou Miroku em posição de ataque.
-KAGOME!!! – exclamou Inuyasha sacando a espada que logo se transformou em um grande canino – DESGRAÇADO! Deixe a Kagome em paz!
O youkai saiu correndo em direção da floresta e Inuyasha, Miroku e Sango foram atrás. Correndo entre as varias árvores, enquanto algumas vezes as sombras os deixavam sobre a escuridão daquela densa floresta.
Inuyasha saltou na altura do braço do youkai e o cortou com um único e eficiente golpe da tetsussaiga, pegou Kagome no colo antes que ela atingisse o solo. A jovem estava ofegante em seus braços e sorriu para ele.
-Você está bem Kagome? – Inuyasha perguntou preocupado.
-Estou... – foi a única coisa que ela conseguiu responder.
Ele a colocou no chão, e ficou em posição de ataque na frente dela, jamais se perdoaria se algo acontecesse com ela, principalmente agora que pretendia pedi-la em casamento, nada o impediria disso.
-CHEGOU O SEU FIM! – gritou Inuyasha saltando para atacar o adversário.
-NÃO! INUYASHA, NÃO FAÇA ISSO! – exclamou Sango – O CORPO DESSE YOUKAI ESTÁ CHEIO DE MIASMA!!
-O QUÊ?! MALDIÇÃO! – disse Inuyasha parando subitamente o seu ataque e retornando ao solo.
-Droga! Inuyasha, o único youkai que poderia produzir essa quantidade de miasma... – começo Miroku.
-É o Naraku! – Inuyasha exclamou – NARAKU SEU DESGRAÇADO! APAREÇA!
-Huh, huh, huh, Inuyasha... – a voz sombria de Naraku soou pelo local, ele usava uma pele de babuíno para cobrir o rosto – Em fim nos reencontramos...
-Seu desgraçado eu vou matá-lo! – exclamou Inuyasha saltando e erguendo a grande espada, em pouco tempo ele cortou a ferida do vento – FERIDA DO VENTO!
Uma grande quantidade de energia acertou Naraku que caiu no chão.
-Era uma marionete! – exclamou Sango subitamente – esse desgraçado não tem coragem de aparecer pessoalmente!
-AHHHHHHHHHHHHHH! – um grito irrompeu no local, Inuyasha desviou os olhar e viu o grande youkai atacar Kagome, provocando um ferimento em sua perna. O cheiro de sangue se espalhou pelo local.
-KAGOME! – gritou Inuyasha correndo na direção da jovem. Pegou-a no colo, pois ela não conseguia se mover com o ferimento que não parava de sangrar – Sango cuide da Kagome... – disse colocando a menina no chão próxima a Sango.
-Kagome... Espere um pouco, eu farei um curativo nesse seu ferimento... – disse Sango correndo para ir pegar alguns remédios.
-Kagome! Você está bem? – perguntou Shippou com sua voz infantil. Kagome apenas confirmou com um aceno de cabeça, ela sentiu a cabeça latejar por causa da grande perda de sangue.
-Seu desgraçado eu não vou perdoá-lo pelo que fez com a Kagome!
-Inuyasha, cuidado! Ele possui três fragmentos da jóia! – exclamou Kagome se erguendo com dificuldade.
-Senhorita Kagome, você não pode fazer esforços! – disse Miroku amparando Kagome antes que ela caísse e se machucasse ainda mais.
Sango chegou correndo com os curativos, se sentou ao lado de Kagome e começou cuidar do ferimento da jovem, passou um pouco de água para desinfetar e logo após passou algumas ervas.
-Droga! Kagome onde estão os fragmentos? – perguntou Inuyasha.
-Estão na testa dele! – exclamou a jovem.
-Fique quieta Kagome! – disse Sango. Miroku apenas suspirou, sabia que não conseguiria manter a garota quieta enquanto Inuyasha estivesse lutando.
Quando Inuyasha ia atacar o youkai este o derrubou com um soco no abdome, e Inuyasha acabou colidindo com uma rocha ali perto.
-INUYASHA! – exclamou Kagome se erguendo subitamente, derrubando a vasilha de ervas da mão de Sango.
-Kagome, eu já lhe disse, você tem que ficar parada, assim o ferimento não vai parar de sangrar! – disse Sango preocupada, pegando uma fita para enfaixar o machucado que ainda sangrava um pouco.
O youkai seguiu na direção de Inuyasha pronto para atacá-lo novamente, mas dessa vez seria um golpe que com certeza poderia feri-lo muito. Kagome não agüentava mais assistir e não poder fazer nada para ajudá-lo, olhou ao seu redor e viu seu arco e flechas. Levantou-se meio cambaleando enquanto Sango gritava para amiga que ela não podia se esforçar.
Pegou o arco e flechas e mirou no youkai, atirando a flecha que produziu um intenso brilho no local e acertou nas costas do youkai, que rugiu de dor.
-Vou matá-lo! – exclamou atirando uma nova flecha. Inuyasha se ergueu e utilizou a ferida do vento no youkai que foi pulverizado diante de tamanha energia. Kagome caiu sobre os joelhos exausta.
-Kagome! – exclamaram todos, Miroku já estava indo a direção de Kagome quando subitamente parou ao sentir uma forte energia sinistra.
-Inuyasha... – ele começou.
-Sim Miroku, eu percebi... – respondeu Inuyasha olhando para o céu que tinha a cor negra com um aspecto arroxeado.
Sango amparou a amiga e a ajudou a se deitar novamente, terminou rapidamente de fazer o curativo e pegou seu osso voador, pois sabia que Inuyasha e Miroku precisariam de sua ajuda.
A energia aproximava-se cada vez mais. Finalmente um grande youkai apareceu no céu, ele possuía longos cabelos negros e olhos incrivelmente vermelhos, trajava vestes escuras, pareciam meio azuladas, uma armadura cinza e uma lua na testa.
-Prepare-se Inuyasha, esse youkai parece muito mais forte que esse que nos atacou há pouco... – comentou Miroku.
-Sim, Miroku, eu percebi, esse youkai possui uma grande energia sinistra... – comentou Inuyasha.
-Você acha que ele está a mando do Naraku? – perguntou Miroku se virando para Inuyasha com um ar de preocupação.
-Eu acho que sim Miroku... – "droga! Esse desgraçado do Naraku sabe que estamos fracos agora e que a Kagome está muito ferida, ele quer tirar proveito disso!" pensou Inuyasha nervoso.
-Rápido... – Kagome murmurou, se arrastando no gramado suando frio. – Os fragmentos da jóia!
-Ahm? – indagou Inuyasha se virando para Kagome, percebeu seu estado, a garota não podia continuar ali, se continuasse assim ela poderia morrer.
-Rápido Inuyasha! – ela elevou um pouco a voz – pegue os fragmentos da jóia antes que esse youkai pegue-os! – Inuyasha confirmou com um breve aceno de cabeça.
Correu na direção em que os fragmentos estavam, porém foi interrompido quando o youkai o acertou com um veloz golpe no rosto. Este se abaixou e recolheu os fragmentos, e ficou os observando sério.
-Você não vai ficar com estes fragmentos hanyou. Naraku os quer de volta... – Inuyasha se ergueu e limpou o sangue que escorria do canto de sua boca com as costas da mão. Rosnou enquanto observava o youkai.
-Inuyasha... – Kagome sussurrou ainda deitada no chão, estava muito preocupada com ele, ela o amava não queria que nada de ruim acontece a ele. Estava muito fraca e acabou perdendo a consciência.
-KAGOME! – exclamou Shippou correndo na direção de Kagome – Inuyasha ela desmaiou! – Inuyasha correu até Kagome "Droga, ela está muito fraca!".
-Inuyasha... – disse Sango se aproximando – deixe que eu cuide dela. Concentre-se em acabar com ele! – Inuyasha se ergueu.
-Por que o Naraku nunca vem fazer o seu servicinho sujo em vez de mandar alguém no seu lugar?! – exclamou Inuyasha nervoso – você vai morrer e depois eu vou matar aquele desgraçado!
-Eu não penso assim..... Inuyasha... – comentou o youkai. Ele parou de observar os fragmentos e passou a olhar Inuyasha, ele possuía uma voz grossa e séria.
Um vento gélido circulou pelo local e esvoaçou o cabelo de ambos, as vestes se mexeram conforme o vento. O youkai deu um pequeno sorriso olhando ao redor.
-O que quis dizer com isso maldito?! – exclamou Inuyasha observando aquele sorriso sombrio e maldoso que se formava nos lábios finos do youkai.
-Ora, Inuyasha... Você é tão patético... – ele comentou, Inuyasha levantou um das sobrancelhas.
-Como é? Você me chamou de patético?!! Feh! Não diga bobagens! – retrucou Inuyasha cruzando os braços.
-Eu vou tirar de você o que você mais quer... – o youkai disse desviando o olhar para onde se encontrava Sango e Kagome, que continuava inconsciente. Inuyasha arregalou os olhos ao perceber para onde ele olhava.
Em poucos segundos o youkai estava do lado de Sango, que assustada não pode fazer nada quando o youkai a jogou em outro lugar em pegou Kagome no colo "Essa menina tem um poder incrível, destruiu o outro youkai de Naraku com uma fecha..."
-O QUE VOCÊ QUER COM A KAGOME?! – gritou Inuyasha.
-Eu não quero absolutamente nada com essa garota... Mas o Naraku... Ele quer. – respondeu o youkai com um sorriso maligno, Inuyasha sentiu seu coração acelerar, correu na direção do youkai, porém ele era muito mais rápido e subitamente desapareceu diante de todos. Inuyasha caiu de joelhos, seu coração estava comprimido, não conseguia acreditar. Não podia acreditar!
- KAGOME!!!!!!
O/OO/OO/OO/OO/OO/OO/OO/OO/OO/OO/
YO MINNA!
Podem dizer, eu deixo! Eu sei que demorei uma eternidade para escrever esse capitulo! Sinto muito! Acho que muitos chegaram a pensar que eu tinha desistido... Confesso que pensei, mas no fim, decidi que devia continuar! Como disse na nota de outra fic que não me lembro o nome agora, eu lutei com as muralhas e finalmente alcancei o mundo da imaginação! (XD) Derrotei os soldados da gramática e estamos aqui, agora, com esse novo capítulo e eu só falando besteira... Mas eu sei... Vocês já estão acostumados, afinal sempre deixo uma nota mais doida que a outra!
Pessoal, como recompensa fiz esse capítulo maior, acredite esse foi o maior capitulo que já escrevi na vida... Espero que possa reparar o meu erro!
Em fim, vamos ao que realmente interessa! Quero agradecer a Lily que revisou esse cap! Lily, muito obrigada, você revisa muito bem, eu tenho que te agradecer muito! VALEU MIGA!
Agora vamos agradecer ao pessoal que me deixou reviews a mais ou menos dois anos... (to brincando! XD)
Taiji Ya Sango-chan: Obrigadinha miga! Sinto muitíssimo ter demorado! Espero que esse capítulo tenha te satisfeito! Mil beijinhos!
Sakura (Kgome): Eu te ajudaria com muito prazer! Sinto por só responder essa review agora! Mas se você tiver msn, me inclua e a gente conversa, mas se você não tiver me manda a fic num e-mail e com uma explicação do que você quer que eu faça. Meu e-mail é: (como eu não confio no na hora de deixar meu e-mail, porque ele faz o favor de comer o underline, vou deixar aqui um aviso é ) Mil beijos....
Lari-chan: Muito obrigada pela sua opinião, adoro receber sugestões e vou fazer o possível para colocar o que você quer nos próximos capítulos, apesar de achar que vai ser difícil colocar beijos no meio de uma batalha, mas vou tentar! Beijinhos!
Lo Kagome: Oi Lo! Quanto tempo! Muito obrigada pela review... Espero que tenha gostado deste capitulo! Mil beijos...
Rebeca: Olá!! Muito obrigada pela review miga! Até mais! Mil beijinhos!
Samy-chan: Ola!! Muito obrigada pela review! Mil beijinhos!!
Bom, acabei! Espero que todos tenham gostado do capítulo! Muito obrigada a galera que deixou reviews! E por favor, deixem reviews nesse capítulo também! Então até o próximo capítulo!
Mil beijos...
Amanda-chan
