Amor é para sempre
Por. Nayome Isuy
Capítulo 16 – Para sempreInuyasha deu um murro no gramado verde, seu coração doía. Como não conseguira proteger a pessoa mais importante para ele? Aquilo o abalava muito, não conseguia aceitar o fato de que não pode fazer absolutamente nada para ajudá-la. Ergueu-se de cabeça baixa, fitando a relva verde que se movimentava de acordo com a pequena brisa que passava pelo local.
Seus olhos dourados estavam marejados pelas lágrimas que denunciavam seu sofrimento. Sango e Miroku, somente o observavam, não sabiam o que deveriam dizer, e não queriam brigar com o hanyou. Miroku se aproximou lentamente de Inuyasha e pôs a mão no seu ombro.
Inuyasha ergueu a cabeça, entretanto não fez menção de se virar e encarar o monge. Miroku suspirou e decidiu dizer algo para reconfortá-lo.
-Sinto muito... Nós sabemos como se sente, também gostamos muito da senhorita Kagome... – Inuyasha permaneceu imóvel e calado, o monge estava desistindo de receber uma resposta quando ouviu as palavras do hanyou.
-Não sabem... Vocês não fazem a menor idéia do que eu estou sentindo... – Sango ficou nervosa com esse comentário e decidiu interferir:
-Deixe de ser egoísta Inuyasha! A Kagome era como uma irmã para mim! Não é só você que está sofrendo por ela... – Inuyasha se virou e encarou Sango e esta pode ver pela primeira vez o olhar triste do jovem, este baixou a cabeça.
-Você não sabe o que é se sentir fracassado e derrotado... Eu não pude fazer nada para ajudá-la... Eu não consegui salvar a pessoa que eu mais amo! – ele disse fechando os punhos – mas isso não vai acontecer de novo! – disse erguendo a cabeça – eu vou salvá-la e matar aquele maldito Naraku!
Miroku permaneceu calado apenas olhando os dois, por um breve momento Sango fez menção de responder algo, entretanto decidiu não fazê-lo.
-Como pretende fazer isso Inuyasha? – perguntou Miroku, Inuyasha se virou para este.
-A Kagome estava muito ferida, posso sentir o cheiro doce do sangue dela... – disse seguindo na direção da floresta.
-Espere Inuyasha, nós vamos com você... – disse Miroku, caminhando até o hanyou, que sem se virar apenas respondeu:
-Não preciso da ajuda de vocês...
-Deixe de ser cabeça dura Inuyasha, nós vamos e ponto final... – disse Sango pegando seu osso voador e montando em Kirara, que já havia se transformado.
-Humf... Façam o que bem entenderem... – respondeu resignado, recomeçando a caminhar. E assim, Miroku montou também em Kirara e seguiram Inuyasha.
A floresta estava totalmente às penumbras, o silêncio predominava e nenhum dos jovens se atrevia a quebrá-lo. Era possível ouvir o farfalhar das folhas e a luz da lua não conseguia penetrar pelas copas das árvores.
Inuyasha corria e saltava sobre os diversos galhos das árvores, por vezes parava e se concentrava para sentir o cheiro do sangue da jovem e continuava sua corrida. Aquele cheiro cada vez ficava mais forte e ele podia sentir também, embora estivesse bem fraco, o cheiro de Naraku. "Eu vou te matar seu maldito por ter machucado a Kagome e por raptá-la!" pensou nervoso.
-Inuyasha... Eu acho que eu deveria te dizer... Que... A Kagome está correndo risco de vida... – disse Sango num sussurro.
-Você pensa que eu não sei?! É claro que ela está! O maldito do Naraku pode matá-la quando quiser!! – brandiu nervoso.
-Não é disso que eu estou falando seu idiota! – Sango exclamou, Inuyasha desviou sua atenção para a jovem – a Kagome estava muito ferida! Ela precisa de cuidados urgentes! Ela perdeu muito sangue!
Inuyasha voltou sua atenção para o caminho, mas seus pensamentos divagaram. "É verdade... além do Naraku poder matá-la, ela também está ferida e cansada! E se... não! Não! Não vai acontecer nada! Eu vou salvá-la, ou jamais me perdoarei!" balançou a cabeça para espantar os pensamentos desagradáveis.
o.o.o.o
Sua cabeça doía, onde estava mesmo? Não conseguia se lembrar. Tentou se mover, contudo foi inútil, parecia que ela não tinha forças para fazer o menor movimento. Com dificuldade ela abriu os olhos, a imagem estava turva, suas pálpebras pesaram.
Estava jogada no chão de madeira, olhou ao redor e viu um futon, uma pequena fogueira estava acesa em um dos cantos do cômodo o que proporcionava uma fraca luz. Tentou novamente se mover, mas a única coisa que conseguiu foi uma enorme dor no corpo.
-Droga... – Kagome praguejou – estou muito ferida, não tenho força para nada... – disse baixando a cabeça e a apoiando no chão sujo. "Onde será que estou? Eu... eu sinto... medo..." pensou enquanto se encolhia um pouco. "Inuyasha... onde você está?" uma lágrima escorreu pelo seu rosto, ela suava frio, sua temperatura devia estar baixa. Respirava com dificuldade enquanto as lágrimas escorriam por seu rosto.
Ela começou a ouvir os sons de passos, virou o rosto com dificuldade onde pode ver uma porta velha de madeira. Viu a porta se abrir e uma silhueta de um homem alto de longos cabelos negros adentrar.
-Huh, huh, huh, Kagome, vejo que já acordou... – disse o homem com um sorriso maligno no rosto.
-Quem... Quem é você? – ela perguntou com dificuldade.
-Isso não importa, afinal você não me conhece... – ele respondeu se aproximando da jovem. Ela tentou novamente se mover, contudo não obteve sucesso, seu coração acelerou, o homem estava cada vez mais próximo.
-Então... Por que me raptou, se... Nem ao menos... Nos conhecemos...? – ela perguntou, e ele se abaixou na sua frente.
-Acredite garota... Pouco me importa você... O problema é que o Inuyasha se importa... – disse virando o rosto para olhar qualquer coisa ao seu redor.
-Am? Do que... Está falando? – ela perguntou confusa.
-Ora, eu quero ver o Inuyasha sofrer... E parece que a única fraqueza dele é você... Ainda continua sem entender? – ele perguntou debochado. Kagome decidiu não responder "Por que esse homem odeia tanto o Inuyasha?" pensou Kagome preocupada.
-Naraku...
Kagome arregalou os olhos "Será possível? Esse é o Naraku? Aquele com quem Kikyou havia traído Inuyasha?" Kagome se virou em direção à porta para ver a silhueta de uma mulher parada nesta.
A mulher adentrou no cômodo e assim com a pouca luz da fogueira Kagome pode reconhecê-la, era Kikyou, com seu olhar frio de sempre.
-Kikyou... O que faz aqui? – Kagome perguntou em um sussurro. A mulher olhou para ela com superioridade.
-Nada que lhe interesse garota... – ela virou o rosto e caminhou até Naraku – parece que conseguiu o que queria, mas prepare-se o Inuyasha está perto... – Naraku confirmou com um aceno breve de cabeça.
-O que vocês pretendem? – Kagome perguntou olhando os dois, sentia medo, ambos tinham uma aparência fria e demonstravam não se preocupar com o sofrimento dos outros.
-Ora garota... Não é obvio? Queremos matar o Inuyasha, e sabe com faremos isso? – Kikyou perguntou com um sorriso cínico, o que fez o tremor correr por seu corpo – Usaremos você como chantagem... Eu sei que o Inuyasha fará tudo para salvar a garota que ama... Humf... Que patético...
-Mas... Kikyou... O que o Inuyasha fez para você querer a morte dele? – Kagome perguntou. Por que ela queria tanto matar Inuyasha se ele não havia feito nada a ela? Quer dizer, quem foi traído fora ele... Não seria, pelo menos, mais razoável se ele quisesse matá-la e não ela a ele?
-Isso não é da sua conta, garota... – respondeu Kikyou de forma agressiva, Kagome apenas a observou curiosa.
-Agora deixem de conversa... – interrompeu Naraku – vamos Kikyou, temos muito que fazer... – dizendo isso os dois deixaram o cômodo.
Um vento gélido correu pelo local e apagou a fogueira, Kagome se encolheu enquanto milhares de lágrimas corriam sem controle por seu rosto. "Inuyasha..."
o.o.o.o
Inuyasha saltava por entre as árvores, tinha o coração comprimido, e estava muito nervoso, não agüentava mais aquela angustia. Subitamente parou sobre uma das árvores, Miroku e Sango fizeram o mesmo.
-Inuyasha...? – começou Miroku.
-Sim Miroku... É uma barreira... – disse Inuyasha levando uma das mãos a espada e observando ao redor.
-O que pretende Inuyasha? – perguntou Miroku observando o hanyou de forma interrogativa.
-Não é obvio Miroku?! Eu vou quebrar essa maldita barreira! – exclamou Inuyasha sacando a espada, que logo se transformou em um grande canino, a espada passou a tomar uma cor avermelhada.
Inuyasha ergueu-a e com um movimento ágil ele baixou a espada rompendo a barreira, guardou-a novamente na bainha e entrou correndo pelos campos do castelo. Seu coração estava acelerado, podia sentir o forte cheiro do sangue da jovem, precisava encontrá-la rápido.
Começou a sentir uma forte energia sinistra rodear o local, quando se deu conta percebeu que havia milhares de youkais ao redor deles.
-Droga! – Inuyasha exclamou sacando a tetsussaiga – Saiam da frente! Estão me atrapalhando!! – gritou, correndo na direção dos youkais – Ferida do vento!
A grande rajada de energia sinistra pulverizou diversos youkais presentes, entretanto cada vez apareciam mais.
-Eu não tenho tempo para isso! Saiam da frente! – exclamou atacando mais uma vez. Miroku e Sango se encontravam mais atrás.
-Inuyasha! Eu vou abrir o buraco do vento! – o monge já estava retirando o colar de contas quando os insetos venenosos apareceram no local – Droga! – falou colocando o colar novamente.
-Osso voador! – gritou Sango arremessando seu grande bumerangue e destruindo alguns youkais. Inuyasha ergueu a espada novamente, descendo-a rapidamente rompendo o vento.
-FERIDA DO VENTO!!!! – novamente o ataque irrompeu o campo e destruiu milhares de youkais, levantando muita poeira.
Parecia que o lugar estava vazio agora, Inuyasha não conseguia sentir o cheiro de nenhum youkai ao redor. Ele guardou a espada e saltou para fora da poeira. Saiu correndo na direção do castelo quando ouviu uma voz familiar:
-Seja bem vindo Inuyasha... – Inuyasha parou onde estava sem nem ao menos se virar, sabia que era Kikyou e não tinha a mínima vontade encará-la, mas o que ela estava fazendo naquele lugar?
-Humf... Kikyou parece que ainda anda com esse maldito Naraku... – comentou Inuyasha se lembrando do que ocorrera no passado.
-Ora Inuyasha, não precisa ficar com ciúmes... – ela comentou irônica.
-Feh! Deixe de besteiras! Por que eu teria ciúmes de você?! Afinal, você não representa mais nada para mim... – respondeu sério. Ela ficou parada o observando.
-É verdade... Agora você só liga para aquela maldita garota... Pobrezinha, jogada naquele chão sujo, toda debilitada, até uma humana como eu poderia matá-la naquele estado, isso se ela não morrer sozinha... – comentou de forma cínica, rindo logo em seguida.
Inuyasha se virou bruscamente, sua expressão se contorcia em raiva. Ele se aproximou da mulher que continuava rindo, segurou-a com força por um dos braços e praticamente rosnando disse:
-Você sabe onde a Kagome está, não é?! Diga onde ela está!!
-Inuyasha você está me machucando! Anda me solte! – ela respondeu séria, fingindo não ter ouvindo as insinuações do hanyou.
-Pare de brincadeiras Kikyou! – disse sacudindo-a brevemente e apertando mais o braço da mulher.
-Solte-a Inuyasha... – disse a voz fria de Naraku – ou eu mato a garota...
-É melhor fazer o que ele disse Inuyasha... – disse Miroku que estava atrás dele.
-Eu sei Miroku...
Inuyasha se virou para Naraku e pode ver que este segurava Kagome pelo pescoço, ela parecia muito fraca. Soltou o braço da mulher a contra gosto e esta ficou gemendo e massageando o braço avermelhado por causa da força que Inuyasha havia usado para segurá-lo.
-Inuyasha... – a jovem sussurrou.
-Deixe a Kagome fora disso Naraku! - Inuyasha exclamou, levando uma das mãos a espada.
-Huh, huh, huh, largue a espada Inuyasha! – disse Naraku apertando mais o pescoço da jovem, fazendo com que escorresse lágrimas pelo rosto sujo da mesma. Inuyasha largou a espada ao vê-lo fazer aquilo – me dê os fragmentos da jóia Inuyasha, e assim eu solto a garota!
-Não! Inuyasha...! – Kagome exclamou, porém não pode terminar a frase já que Naraku apertou mais seu pescoço.
-É melhor ficar quieta garota... – comentou Naraku com um sorriso cínico. Inuyasha ficou parado um tempo, não sabia o que fazer... Baixou o olhar e pegou os fragmentos da jóia.
-Droga! Eu não tenho escolha!
-Inuyasha... – disse Miroku colocando a mão no ombro do hanyou, que continuava parado sério, encarando os pequenos fragmentos rosados com um certo ódio por ter chegado a se envolver com eles.
-Eu tenho que fazer isso... Não posso deixar ela morrer, entretanto... Se eu entregar esses fragmentos ao Naraku, ele terá a jóia completa... – Miroku o observou sério.
-Sei que isso é perigoso Inuyasha... Todavia, a vida da senhorita Kagome está em jogo... Acho que é preferível o Naraku obter a jóia completa do que a senhorita Kagome perder a vida... – Inuyasha se virou com um olhar assassino pra Miroku.
-Eu sei disso!! Eu não permitirei que esse maldito mate a Kagome! – respondeu nervoso, respirou fundo e baixou o olhar – entretanto, eu creio que não possamos acreditar no Naraku, não sabemos se ele cumprirá com o acordo...
-Huh, huh, huh, Inuyasha, o que fará? – perguntou Naraku com um sorriso cínico – salvará sua namoradinha? – Inuyasha teve que se segurar para não atacá-lo, afinal Kagome ainda estava sob o seu poder, entretanto não pode conter um rosnado que lhe rompeu os lábios.
-Naraku! Nunca te perdoarei por isso! Vou te matar! – exclamou fora de si.
-Acho que você não está em condições de fazer ameaças... – disse Naraku dirigindo um olhar maléfico para Kagome, que sentiu um leve tremor percorre-lhe o corpo.
-Mate logo essa garota, Naraku... Não precisamos dela para mais nada... – disse Kikyou cansada daquela discussão entre ambos, e por não estar sendo notada ali. Inuyasha se virou de forma voraz e fuzilou-a com o olhar.
-Certo Naraku! Eu vou te entregar essa maldita jóia... – disse com um olhar sério – mas quero ter certeza que vai me entregar a Kagome!
-Ora, ora, parece que se decidiu... – comentou Naraku.
-A jóia por essa garota... Que patético – disse Kikyou com uma expressão de desgosto.
-Não se meta Kikyou! – exclamou Inuyasha irritado, esta apenas girou os olhos fazendo careta.
Inuyasha, que ainda continuava com os fragmentos nas mãos, arremessou-os para Naraku que os pegou sem dificuldades, jogando a garota no chão, Inuyasha se antecipou, pegando a jovem antes que ela colidisse com o chão duro e saltando para longe de Naraku. Miroku e Sango correram na direção de ambos, para ver o estado da menina.
-Huh, huh, huh! Agora eu tenho todos os fragmentos da jóia! E vocês irão morrer! – disse ele juntando os fragmentos e inserindo-os no próprio corpo.
-Feh! Maldito, vou matá-lo! – exclamou Inuyasha colocando Kagome deitada sobre a relva verde – você está bem Kagome? – perguntou num sussurro para a jovem, esta apenas balançou a cabeça de forma afirmativa – Miroku, Sango, cuidem da Kagome... – disse Inuyasha sacando a tetsussaiga.
-Pode deixar... – disse Sango, pegando um pedaço de pano.
-Miroku de um jeito de molhar esse pano... Rápido! – disse Sango entregando o pano ao monge e checando a temperatura da jovem – droga está muito baixa... – murmurou para si mesma. A menina tremia e suava frio, deixando escapar, vez por outra, pequenos gemidos.
Ao inserir os fragmentos da jóia no próprio corpo, uma luz negra envolveu Naraku, Inuyasha pode sentir a forte energia sinistra exalada por ele. "Droga! Isso não vai ser fácil..." pensou nervoso.
Começou uma corrida na direção de Naraku, ergueu a espada descendo-a sobre ele, porém ele se defendeu com facilidade, metendo-lhe um soco, o que o fez cair no gramado. Ele se levantou, limpando o sangue que escorria pelo canto de sua boa.
-Feh! Isso é o melhor que pode fazer? – perguntou Inuyasha em deboche.
-Não! Isso é uma pequena demonstração... – em poucos segundos ele estava diante do hanyou, com um golpe veloz atingiu-o na barriga abrindo um rombo. Inuyasha pegou a espada e cortou-lhe o braço fora. Naraku se distanciou, entretanto em poucos minutos seu braço já estava normal.
-Droga...! – murmurou Inuyasha levando uma das mãos ao ferimento que sangrava. Sua visão ficou turva, ele balançou a cabeça rápido, fazendo-a voltar ao normal.
-Huh, huh, huh, Inuyasha, já está cansado? – perguntou Naraku observando o jovem.
-Maldito!
Novamente ele avançou contra Naraku que desviou com facilidade, e assim se repetiu inúmeras vezes. Inuyasha já estava exausto e Naraku parecia estar ótimo.
-Droga! – ofegou Inuyasha "eu não agüento mais...".
-Ora, Inuyasha ,pensei que fosse um adversário mais forte, pelo visto me enganei... – comentou Naraku – eu já estou farto dessa brincadeira... Tenho mais o que fazer... Por isso vou terminar logo com isso...
-Inuyasha... – murmurou Kagome que assistia a batalha. Ela se sentou e olhou ao redor – onde está meu arco e fecha Sango?
-O que? O que está pensando Kagome? Você está muito ferida, não pode lutar desse jeito! – exclamou Sango preocupada.
-Desgraçado! Não conte vitória antes do tempo! – Inuyasha exclamou correndo na direção de Naraku.
-Maldito morra! – gritou Naraku lançando uma grande quantidade de energia sinistra na direção do hanyou, o que certamente o mataria.
Foi nesse instante que Inuyasha viu sua única opção, ergueu a espada cortando a energia sinistra.
-ONDA EXPLOSIVA!!! – a grande energia junto com o poder da ferida do vento voltou na direção de Naraku, que deixou sua face tomar a expressão de espanto.
A forte energia sinistra o atingiu, porém o poder da jóia que ele havia inserido no corpo fez como que em vez de pulverizado ele fosse apenas cortado em diversos pedaços.
-Naraku! – exclamou Kikyou que correu em sua direção – não morra e leve os fragmentos junto com você! Deixe de ser pão duro!
-Ora, Inuyasha... Nem mesmo o poder supremo da tetsussaiga foi capaz de me destruir... – comentou Naraku.
-NARAKU!! – exclamou Kagome se levantando com o arco e flecha nas mãos, tinha uma flecha apontada para ele – ESSE É O SEU FIM!! – assim a menina soltou a flecha que foi envolvida por uma forte energia pura e rosada, que atravessou o campo purificando a energia sinistra e atingindo em cheio o que havia sobrado de Naraku, entretanto, tamanha fora a força da flecha que esta acabou pulverizando Naraku e Kikyou juntos.
Kagome caiu sobre os joelhos, estava exausta, se sentiu tonta e acabou desmaiando. Inuyasha correu na direção da jovem e pegou-a no colo.
-Está tudo acabado, finalmente... – Inuyasha pegou a pequena esfera rosa e olhou para a jovem no seu colo. Sorriu, ela estava bem, apenas dormindo.
Miroku olhou para a mão e tirou o colar de contas com um certo receio, nada aconteceu, ele olhou para a mão e pode ver que não havia mais nenhum buraco do vento.
-Finalmente! – Mitroku olhou para o céu claro, pois já estava amanhecendo. Caminhou até Sango e ajudou-a a se levantar.
Inuyasha saiu andando pela floresta, que antecedia o vilarejo, com Kagome no colo, Miroku e Sango os seguiram de mãos dadas.
-Inuyasha ,vamos levar a senhorita Kagome de volta para o castelo, ela precisa descansar... – comentou Miroku.
-Sim... – respondeu Inuyasha.
Caminharam um pouco apreciando aquela paz que pairava tanto entre eles, assim como no ar, logo chegaram no castelo e foram recebidos pelo o pai de Inuyasha que estava aflito, pois não sabia o que havia acontecido.
-Depois nós conversamos pai... A Kagome precisa de um médico! – disse Inuyasha.
-Certo, providenciarei para que algum médico do castelo vá examiná-la... – disse o rei, Inuyasha apenas afirmou com a cabeça.
Inuyasha, Miroku e Sango seguiram pelos corredores do grande castelo, subiram as escadas e chegaram em um corredor estreito, Inuyasha parou diante de uma porta de madeira e com um pontapé abriu-a sem cerimônias.
O aposento era grande, uma cama estava encostada na parede, pela janela adentravam os primeiros raios do sol. Inuyasha colocou a jovem na cama e junto com Miroku e Sango eles esperaram pelo médico.
o.o.o.o
Os dias se passaram lentos e calmos, já não havia ameaças pairando sobre o grupo. Fazia quatro dias desde a batalha. Kagome ainda não havia acordado, mas todos queriam que ela se recuperasse, por isso não faziam questão que ela acordasse.
Inuyasha passava os dias pensativo. Pensava na batalha e em como seria a sua vida de agora em diante. "Kagome... será que vai aceitar se casar comigo?" ele estava deitado sobre uma frondosa árvore enquanto observava o céu claro de começo de tarde.
-Inuyasha... – a voz de Sango o acordou de seus devaneios. Ele pulou da árvore e perguntou:
-O que foi Sango?
-Kagome... – a jovem comentou sorridente – ela acordou... – Inuyasha arregalou os olhos e saiu correndo na direção do quarto, onde a jovem se encontrava.
Quando adentrou o cômodo, foi recebido pela jovem sorridente com um gostoso abraço, ele retribuiu prontamente enquanto afagava os cabelos negros dela.
-Você está bem Kagome? – ele perguntou preocupado.
-Sim... Estou ótima! – ela respondeu.
-Que bom... – ele comentou roçando os lábios nos dela e a beijando com carinho e com saudades, ela passou seus braços ao redor do pescoço dele para corresponder melhor aquele beijo apaixonado.
Eles cessaram o beijo por causa da falta de ar, mas permaneceram abraçados. Ele aproximou seus lábios do ouvido dela e sussurrou:
-Quer... Casar comigo? – Kagome arregalou os olhos surpresa pela pergunta, entretanto seu espanto foi substituído pela grande felicidade que a invadiu. Ela o beijou novamente e disse:
-Claro que sim!! – ambos sorriram. Passaram o dia juntos, logo escureceu, todos estavam no quarto conversando, Kagome estava muito sorridente e animada.
-Kagome, por que está tão contente? – perguntou Sango curiosa, erguendo uma sobrancelha.
Kagome corou um pouco e olhou para Inuyasha que apenas assentiu com a cabeça, ela sorriu e se virou para Sango.
-É que... Eu e o Inuyasha vamos nos casar... – disse ela ficando totalmente vermelha. Sango arregalou os olhos e Miroku cuspiu a bebida em Shippou.
-Ei!!! Miroku! – exclamou o kitsune – por que fez isso? Tudo bem que o Inuyasha seja um idiota, mas por que ficou tão surpreso?! AI!!! – gritou o pequeno youkai massageando o galo que se forma na sua cabeça – por que fez isso Inuyasha?
-Feh! – disse Inuyasha virando a cara.
-Amiga, essa é uma grande notícia, meus parabéns! Para você também Inuyasha, espero que sejam felizes juntos... – comentou Sango feliz.
-Ora, e quem não seria feliz ao lado da senhorita Kagome? – perguntou Miroku com um sorriso malicioso – Itai! Sangozinha essa doeu – disse Miroku massageando a bochecha, onde agora se encontrava a marca da mão da Sango.
-Monge depravado! – disse ela brava.
Kagome olhou para Inuyasha e percebeu que ele estava um pouco sério. "O que será que houve?" ela se perguntou preocupada. Aproximou-se dele e disse num sussurro:
-Inuyasha, posso falar com você em... Particular? – Inuyasha olhou para Kagome curioso com o pedido e assentiu, levantou-se e quando estavam na porta ouviu o comentário pervertido de Miroku:
-Ora, vocês já estão pensando em consumar o casamento? – Kagome e Inuyasha ficaram vermelhos, contudo Inuyasha se adiantou e meteu um soco na cabeça do monge.
-É melhor parar de falar besteiras Miroku, ou se não da próxima vez você não ficará vivo para contar a alguém sobre isso! – exclamou Inuyasha nervoso.
Após esse pequeno acontecimento Inuyasha e Kagome deixaram o aposento, desceram as escadas e foram para o jardim do castelo, onde somente a lua iluminava o local, e a pequena brisa da noite pairava. Kagome se sentou em um dos bancos presentes e Inuyasha sentou-se ao seu lado.
Permaneceram um tempo parados e calados, Kagome pensava no que deveria dizer a ele, e ele esperava ela se decidir, até que não agüentando mais decidiu perguntar:
-E então Kagome? O que queria falar comigo? – ele se virou para encara-la nos olhos, ela suspirou e se virou para ele.
-É que você parecia tão sério... Aconteceu alguma coisa? – ele ficou calado um tempo pensando se deveria contar a ela ou não "acho que ela deve saber... Afinal isso diz respeito a ela..."
-Kagome... Lembra-se de quando eu fui ao seu reino...? – ele percebeu a breve mudança de humor que transpareceu pelos olhos azuis da jovem.
-Sim lembro... – ela comentou triste.
-No festival... Quando o castelo foi atacado e a jóia roubada, eu prometi ao seu pai que lhe devolveria a jóia e mataria o Naraku... Por isso, eu tenho que voltar para o seu reino... – ele segurou uma das mãos dela e percebeu que estava tremula.
-Eu... Eu entendo... Mas que dia você vai? – ela perguntou um pouco triste, olhando-o nos olhos.
-Provavelmente... Amanhã... – ele comentou um pouco sério, ela ficou parada não conseguia falar nada, apenas o fitava – acho que... Você deveria vir comigo... – ele disse sério. Ela arregalou os olhos, não conseguia aceitar a idéia de que voltasse a ver os pais, mas por outro lado fazia muito tempo e sentia saudades, seus olhos ficaram marejados de lágrimas.
-Acho... Que não tenho coragem para isso Inuyasha... – ela sussurrou, ele a olhou de forma interrogativa, sabia que ela ainda estava magoada com os pais, mas ele achava que seria uma grande oportunidade para eles se entenderem. Quer dizer, eles haviam espalhado cartazes pelos diversos reinos, deviam ter algo importante para dizer-lhe. Inuyasha apertou sua mão e disse:
-Kagome, essa discussão entre vocês já foi longe demais, está na hora de vocês conversarem e se entenderem... –
-Eu sei... Mas eu tenho medo... – ela disse enquanto uma lágrima rolava por sua face. Ele a abraçou.
-Kagome, você não precisa ter medo, eu estarei ao seu lado... – a jovem retribuiu o abraço e se aconchegou nos braços fortes do hanyou.
-Eu sei... – ela sussurrou.
-Você vem comigo? – ele perguntou um pouco ansioso. Ela se virou para ele e o olhou nos olhos secando as lágrimas do rosto.
-Sim... Como você disse, já está na hora da gente se entender... – ela comentou sorrindo, ela a abraçou mais forte.
-Então partimos amanhã de manhã... Certo? – ela o beijou e aproximou os lábios do seu ouvido e disse num sussurro:
-Sim... – ele apenas sorriu, permaneceram assim por um tempo, as horas foram passando e eles decidiram entrar, pois teriam de acordar cedo no dia seguinte e Kagome pretendia avisar Sango.
O castelo estava silencioso, muitos já deviam ter se recolhido e agora provavelmente já estariam dormindo, passaram pelos corredores e retornaram para o quarto onde Sango e Miroku permaneciam acordados conversando. Ao entrarem no quarto Miroku não pode evitar um comentário:
-Nossa, vocês demoraram... O que estavam fazendo? – perguntou com um sorriso cínico no rosto. Inuyasha fechou o punho nervoso.
-Droga Miroku! O que eu lhe disse sobre esses seus comentários pervertidos?!!!! – exclamou Miroku. Inuyasha começou a correr atrás dele. Kagome preferiu ignorar e foi conversar com Sango.
-Sango... Eu e o Inuyasha estávamos conversando e decidimos que amanhã de manhã partiremos de volta para o nosso reino. Precisamos devolver a Shikon no Tama... – disse Kagome se sentando ao lado da amiga.
-É verdade, eu já tinha até me esquecido, mas você acha que ficará bem em rever seus pais? –Sango perguntou preocupada.
-Sim... Afinal eles devem ter algo para me dizer... Se não, não teriam espalhado aqueles cartazes pelos reinos... – Kagome comentou pensativa.
-É verdade... Então é melhor irmos dormir, amanhã teremos de acordar cedo, certo? – Sango perguntou animada, Kagome assentiu com a cabeça.
-Kagome, nós vamos voltar para o nosso reino? – o pequeno kitsune perguntou um pouco ansioso pela resposta, ele sentia saudades de Kaede e de seus amigos.
-Sim... – respondeu Kagome de forma carinhosa, afagando a cabecinha do pequeno youkai.
Inuyasha e Miroku pararam com o escândalo depois que Inuyasha havia dado três socos na cabeça de Miroku. Todos foram dormir, pois no dia seguinte teriam uma grande viagem em busca de um final feliz.
o.o.o.o
O dia amanheceu frio, os pássaros cantavam suas diversas melodias o que melhorava o astral daquele começo de manhã. Os jovens acordaram cedo e se arrumaram para a partida. Inuyasha foi falar com o pai e avisá-lo que voltaria dentro de alguns dias, a principio seu pai teve medo e consentir na viagem, pensando que talvez Inuyasha pudesse fugir novamente, entretanto Inuyasha disse que era necessário, pois se não fosse não poderia se casar, e como seu pai desejava que ele se casasse e assumisse seu lugar, teve de concordar.
Começaram a viagem que demorou em torno de três dias, no final do terceiro dia alcançaram os portões do reino e adentraram sem dificuldades.
Diversas lembranças invadiram a mente de Kagome, tanto boas como ruins. Lembrou-se da briga com o pai e de Kouga "Será que me receberá, meu pai?" essa pergunta não lhe abandonava a mente. Andaram um pouco e logo avistaram a cabana de Kaede.
-Inuyasha, por favor, vamos falar com a vovó Kaede. – pediu Kagome esperançosa agarrando o braço do hanyou.
-Ora, Kagome, temos muito que fazer! Não vamos perder tempo... – respondeu Inuyasha virando o rosto.
-Por favor!!! – pediu de novo. Inuyasha suspirou e resignado afirmou:
-Feh! Está certo! Mas não vamos demorar... – falou de mau humor cruzando os braços sobre o peito.
Kagome foi correndo até a cabana, ao lado da horta Kaede estava parada recolhendo algumas ervas, para fazer seus costumeiros medicamentos.
-Kaede! – exclamaram Kagome e Shippou. Kaede reconheceu as vozes e se virou contente.
-Kagome, Shippou, que bom revê-los! – disse a senhora os abraçando – quanto tempo... Mas, Kagome o que os trazem aqui?
-Nós recuperamos a jóia de quatro almas e matamos o Naraku! –disse Kagome sorridente.
-Que ótima notícia! Mas, você pretende falar com seus pais, Kagome? – perguntou Kaede, a jovem ficou meio agitada.
-Sim... O Inuyasha me convenceu a vir até aqui... - a jovem comentou – entretanto eu tenho medo da reação deles...
-Acalme-se menina, vai dar tudo certo... – Kaede disse de forma carinhosa, Kagome apenas assentiu.
-Vamos logo Kagome! – gritou Inuyasha nervoso com a demora da menina. Kagome abraçou Kaede mais uma vez e disse:
-Depois nos falamos de novo... – a senhora confirmou. Kagome correu até onde Inuyasha estava parado junto de Sango e Miroku.
Eles retornaram a caminhada até o castelo, passaram pela escura floresta que antecedia o castelo e logo alcançaram os altos portões negros do mesmo. Havia dois guardas parados no mesmo, fazendo hora.
-Com licença... – disse Inuyasha se aproximando dos portões – nós precisamos falar com o rei... – um dos guardas se aproximou.
-Quem quer falar? – perguntou o mesmo.
-Diga que é Inuyasha... – respondeu.
-Certo. Espere aqui, por favor... – disse e seguiu na direção do castelo, o grupo ficou parado ali, Kagome tremia de nervoso, depois de um pequeno espaço de tempo o mesmo guarda retornou – podem entrar – disse abrindo os portões – por favor, sigam-me.
Caminharam um pouco e adentraram no castelo, Kagome observava ao seu redor, tudo continuava como antes, os moveis assim como o sentimento de paz que Kagome sentia ao andar pelos corredores compridos. Eles chegaram numa sala.
-Esperem aqui, quero conversar com eles primeiro... – disse Inuyasha - depois eu chamo vocês... –
Inuyasha entrou na sala e foi muito bem recebido pelo rei, fazia muito tempo que não se viam.
-Inuyasha! Quanto tempo! Que bons ares o trás? – Hitaru perguntou animado (dentro do possível, ne?)
-Tenho boas notícias! – disse Inuyasha de forma polida.
-Finalmente alguém com boas notícias! Esse reino não é mais o mesmo desde o desaparecimento da minha filha... – Inuyasha ergueu uma sobrancelha "como eu imaginava, ele quer conversar com ela".
-Anda procurando por sua filha? –
-Claro, desde o dia daquele festival, sabe tivemos uma discussão e não a vejo desde então, como sinto falta dela... – disse o rei se sentando novamente na sua cadeira, Inuyasha se aproximou – mas e então que novidades você me trás?
-Trouxe isso... – disse Inuyasha tirando de dentro do kimono uma pequena esfera cor de rosa, a Shikon no Tama. O rei arregalou os olhos se levantou e se aproximou. Inuyasha lhe entregou a jóia – Naraku está morto, como disse que faria... - o rei ficou o olhando sério e observou a jóia que tinha nas mãos.
-Naraku está morto... Não sei como agradecê-lo... – disse o rei, nesse momento Satoru entrou na sala. Inuyasha fez uma reverência.
-Satoru, Inuyasha recuperou a jóia... – disse o rei mostrando-lhe a esfera cor de rosa. A mulher sorriu.
-Ainda não terminei... Eu... Trouxe alguém aqui para vê-los... – disse Inuyasha, o rei o olhou de forma interrogativa – vou chamar...
Inuyasha saiu do salão e encontrou Kagome sentada no pequeno sofá, ela ergueu os olhos e ele fez um pequeno aceno para jovem o seguir. Eles entraram no salão de mãos dadas e o rei arregalou os olhos ao ver a filha, Satoru correu na direção de Kagome e a abraçou enquanto lágrimas escorriam dos olhos de ambas.
-Mamãe... Como senti sua falta – disse Kagome.
-Eu também minha filha! – disse a mulher. As duas se separaram e Hitaro se aproximou lentamente.
-Vou deixá-los a sós... – disse Inuyasha, seguindo na direção da porta, porém foi interrompido, pois Kagome o segurou pela mão.
-Você disse que ficaria comigo... – ela disse, Inuyasha se virou para ela.
-Eu volto daqui a pouco... Vocês precisam se acertar... – disse sério – eu volto para falar com eles... – ela assentiu. Inuyasha seguiu na direção da porta e deixou-os a sós para conversarem mais abertamente.
Os três permaneceram em silêncio, Satoru não agüentou e resolveu perguntar:
-A onde esteve esse tempo todo minha filha? – perguntou preocupada – para onde foi? Estamos te procuram a tanto tempo...
-Eu e a Sango fomos com o Inuyasha e o Miroku atrás dos fragmentos da jóia e do Naraku... – disse cabisbaixa.
-O quê?! Vocês foram atrás dos fragmentos da jóia?! Você podia ter morrido! – exclamou Hitaro.
-E quem ia se importar!!! Meus pais haviam me expulsado de casa, acha que eu me importava com morrer naquela época?! – perguntou Kagome nervosa, as lágrimas escorriam por seu rosto – mas isso não aconteceu, sabe por quê? – eles permaneceram calados – porque o Inuyasha me protegeu sempre...
-Minha filha... Perdoe-me, naquela noite eu estava nervoso, tinha acontecido muitas coisas, eu realmente sinto muito... Por favor, volte para casa... – Hitaro pediu.
-Para me obrigar a casar novamente com quem eu não amo? – ela perguntou com a face úmida – não...
-Kagome, eu sei que errei, eu devia tê-la respeitado por suas decisões, não quero que se case com quem não ama, somente quero que retorne para casa... – Hitaro disse deprimido. Kagome secou as lágrimas.
-Verdade? –
-Sim... É verdade... – ela sorriu e correu para abraçar o pai – vou chamar o Inuyasha, quero conversar com ele... – Hitaro saiu e chamou Inuyasha que estava sentado no mesmo sofá onde Kagome estava. Inuyasha o seguiu e adentrou no salão - Inuyasha como lhe prometi vou lhe dar uma boa recompensa, por recuperar a jóia, matar o Naraku e principalmente por trazer a Kagome de volta.
-Não quero recompensa... – disse sério – eu não preciso... – Hitaro arregalou os olhos, e Kagome sorriu.
-Mas... Como?... Você precisa aceitar... Eu preciso retribuir o seu favor... – disse Hitaro confuso com a decisão do jovem.
-Então... Dê-me a mão de sua filha em casamento... – disse Inuyasha, Kagome sorriu e correu para o seu lado. Hitaro ficou pensativo.
-Por favor, meu pai, eu o amo... – disse Kagome. Hitaro suspirou.
-Se é assim que quer, eu vos abençôo... Têm o meu concentimento.
-Assim como eu minha filha... – disse Satoru – sei que você fará minha filha muito feliz, Inuyasha – Kagome sorriu e abraçou Inuyasha.
Depois da conversa eles saíram do castelo e foram para o jardim, Miroku e Sango planejavam o que fariam depois, Miroku tinha muitos planos e um, entre eles, era se casar, ele amava Sango, apesar de sempre agir como um pervertido e ela o amava também.
o.o.o.o
-Inuyasha... – disse Kagome abraçada ao jovem.
-Hum? – ele perguntou distraído.
-Nós finalmente vamos ter um pouco de paz... – ela comentou
-Sim... – ele parou e ela fez o mesmo – eu te amo muito Kagome, antes de te conhecer minha vida não tinha sentido, mas agora, minha vida é repleta de felicidade, eu não me sinto mais só, você me faz completo – ele disse de forma sincera.
-Eu também te amo Inuyasha! Te amo pelo que você é! Você é muito especial para mim! – ele se aproximou e se beijaram de forma apaixonada.
O tempo passou e Inuyasha e Kagome se casaram, com o casamento ouve a junção dos dois reinos, onde Inuyasha e Kagome governaram com soberania, numa época de paz. Tiveram um filho, humano, um belo menininho de cabelos negros e olhos azuis, que quando crescesse substituiria seus pais. E com certeza não deixaria de orgulha-lo.
FIM!
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ALOHA!Chegamos no ultimo capítulo de "Amor é para sempre", fiz ele bem grande e bati o meu recorde, 20 páginas! Deu muito trabalho e eu sei que demorei, pois o meu computador havia estragado, e só concertou esses dias.
Espero que todos tenham gostado da fic, assim como eu gostei de escrevê-la. Muito obrigada a todo o pessoal que deixou review, sinto dizer que não responderei dessa vez, pois como demorei muito queria postar logo.
Quero avisar que a partir de hoje eu ESPERO que consiga postar mais rápido os próximos capítulos de "Guerra de sentimentos".
Quero agradecer a Cahh Kinomoto por ter revisado esse capítulo para mim.
Mil beijinhos a todos...
Nayome Isuy
